Asa:

Um Coração Perfeito... Porém

 

2 Cro15:17  o coração de Asa foi perfeito todos os seus dias..., porem, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas antes os médicos. 2 Cro 16:12

 

Pastor George Emanuel

 

INTRODUÇÃO:

 

  •                Asa, filho de Abijão (Abias), tornou-se Rei de Judá no 20.º ano de Jeroboão I. Reinou por 41 anos. Asa foi o terceiro Rei de Judá após a divisão das tribos de Israel; Asa governou durante os períodos de 910-869, dando início a uma grande reforma em Judá. Ele era muito jovem quando seu pai morreu, isto explica o porquê de sua mãe Maaca continuar agindo como rainha mãe durante 5 anos do seu reinado. Na descrição de sua vida e reforma, o Cronista diz, “... O coração de Asa foi perfeito todos os seus dias” (2Cr 15.17). No Livro dos Reis lemos: “o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do Senhor” (1Rs 15.14).

 

A palavra “perfeito” (shalem) significa integridade, algo completo, justo (Dt 25.15; 1Rs 8.61;1Cr 28.9; Pv 11.1). A palavra é empregada para se referir à pedra bruta, tosca (Dt 27.6; Js 8.31), apresentando a idéia de integralidade, não artificialidade; Asa tinha de fato um coração perfeito...

 

Porem, Asa tinha seus pecados como qualquer outro líder antes ou depois dele. Durante os dez primeiros anos do seu reinado Asa foi irrepreensível em sua conduta, mas depois de ser confrontado por Baasa, rei de Israel, Asa resolveu estabelecer alianças abomináveis a Deus com nações estrangeiras. Asa fez acordo com Ben-Hadade I, rei de Damasco, e entregou a ele todos os tesouros do templo e da casa real. Após subornar o rei sírio, Asa pensou que os anos de hostilidade entre ele e o rei do Norte, Baasa, desapareceriam e seus projetos de edificar Mispa e Geba (fortalezas militares) seriam concretizados com a bênção de Deus: ledo engano!

 

Ø      Seu erro foi não ter confiado em Deus para que seus projetos, de fato, fossem levados a bom termo; não aceitou a repreensão de Deus por meio do profeta Hanani (Deus confrontou o mal intento de Asa, II Cro 16:7-10);

 

Ø      Passou a perseguir, oprimir e prender todos aqueles que iam contra seus intentos e ainda lançou na prisão o profeta Hanani, descarregando sobre ele sua ira.

Ø      Seu maior fracasso foi não ter aceitado com humildade a correção de Deus. Asa poderia ter sido honrando pelo Senhor durante todos os dias da sua vida, mas sua obstinação em continuar no erro o levou ao leito, onde foi afligido por uma enfermidade nos pés, provavelmente uma hidropisia.

 

Nos últimos três anos de sua vida, Asa foi disciplinada por Deus. Todavia, não buscou a ajuda do Senhor, antes preferiu depender inteiramente dos médicos. E mesmo procurar os médicos foi uma atitude de afronta a Deus, já que a palavra hebraica para médicos é “curandeiros”. Assim, ao invés de procurar o Médico dos médicos, Asa limitou-se a ajuda dos homens. E embora tenha sido grandemente estimado pelo povo de Judá e pelo Senhor, Asa teve que aprender que a recusa de reconhecer os seus erros e pecados tornaram-se um grande empecilho para a saúde espiritual do seu povo e do seu reino.

 

 

1) NO PRINCIPIO SUA FÉ ERA RETA DIANTE DE DEUS: (14.2)

 

Por muitos anos "Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor seu Deus. Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos, e quebrou as estátuas, e cortou os bosques. E mandou a Judá que buscassem ao Senhor Deus de seus pais, e que observassem a lei e o mandamento. Também tirou de todas as cidades de Judá os altos e as imagens do Sol; e o reino esteve quieto diante dele". Versículos 2-5.

 

1.     A Fé deve ser correta: O agir correto de Asa partia de uma compreensão correta a respeito de Deus (2Cr 14.11). Os nossos atos devem ser resultantes de uma compreensão adequada da realidade... Uma má teologia é sempre geradora de uma ética errada e de uma fé supérflua... Asa sabia quem era o seu Deus, daí a sua reforma: Aboliu os altares (3,5). Conduziu seu povo à fidelidade religiosa e moral (4) (15.12-15). Buscou o Senhor (7)

 

Ø      Em tudo que fazia havia uma integridade: agia de todo coração: 2Cr 15.12.

Ø      Anos mais tarde, esta seria a condição de Deus para que os exilados o encontrarem: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13).

Ø      Obviamente ele foi grandemente criticado, já que os altares tinham seus sacerdotes, suas famílias e seus seguidores... No entanto, o texto diz que “Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor seu Deus” (2Cr 14.2).

Ø      Curiosamente, com todas essas reformas – que inevitavelmente geram insatisfações –, diz o texto: “houve paz no seu reinado” (2Cr 14.5). Na seqüência, o cronista explica: “porquanto o Senhor lhe dera repouso” (2Cr 14.6).

Ø      Havia em Asa a consciência da direção e bênção de Deus: “Temos buscado o Senhor nosso Deus; temo-lo buscado, e ele nos deu repouso de todos os lados” (2Cr 14.7).

 

2.     A Fé deve ser posta à prova: Asa foi posto em severa prova quando "Zerá, o etíope, saiu contra eles com um exército de milhares, e trezentos carros" (II Cro 14:9), e invadiu-lhe o reino.

 

Ø      Nesta crise Asa não pôs sua confiança nas "cidades fortes em Judá" que ele havia construído, com "muros e torres, portas e ferrolhos",

Ø      Nem nos "varões valentes" (II Cro 14:6-8) de seu exército cuidadosamente treinado.

Ø      A confiança do rei estava em Yahweh dos exércitos, em cujo nome maravilhosos livramentos tinham sido operados em favor do Israel do passado.

Ø      Pondo suas forças no campo de batalha, ele procurou o auxílio de Deus. Os exércitos inimigos estavam agora frente a frente.

Ø      Este era um tempo de prova para os que serviam ao Senhor. Fora confessado os pecados, estavam andando em santidade diante de Deus? Será que tinham os homens de Judá plena confiança no poder de Deus para livrar?

Ø      Quais eram os pensamentos que ocupavam a mente dos líderes? De todo ponto de vista humano, o vasto exército do Egito varreria tudo que se lhe antepusesse. Mas no tempo de paz, Asa não se havia entregado a divertimentos e prazeres; ele estivera se preparando para qualquer emergência.

Ø      Tinha um exército preparado para o conflito; havia procurado levar seu povo a fazer sua paz com Deus. E agora, embora suas forças fossem em número inferior às do inimigo, sua fé Naquele em quem tinha posto sua confiança não enfraqueceu.

Ø      Havendo buscado ao Senhor nos dias de prosperidade, o rei podia agora, no dia da adversidade, descansar Nele. Suas petições mostravam que ele não era estranho ao maravilhoso poder de Deus. "Nada para Ti é ajudar", suplicou Asa, "quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, Senhor nosso Deus, porque em Ti confiamos, e no Teu nome viemos contra esta multidão. Senhor, Tu és nosso Deus, não prevaleça contra Ti o homem." II Cro 14:11.

Ø      A oração deste rei-líder é dessas que cada cristão crente pode apropriadamente oferecer. Estamos empenhados numa guerra, não contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e as potestades, e contra as maldades espirituais nos lugares celestiais. (Ef. 6:12.) No conflito da vida, temos de enfrentar os instrumentos do mal que se arregimentaram contra o direito. Nossa esperança não está no homem, mas no Deus vivo. Com plena certeza de fé, podemos esperar na providencia de Deus, Ele unirá Sua onipotência aos esforços da instrumentalidade humana, para a glória de Seu nome.

 

3.     A Fé deve ser recompensada: o rei Asa foi assinaladamente recompensado. "E o Senhor feriu os etíopes diante de Asa, e diante de Judá; e fugiram os etíopes. E Asa e o povo que estava com ele os perseguiram até Gerar, e caíram tantos dos etíopes, que já não havia neles vigor algum, porque foram quebrantados diante do Senhor, e diante do Seu exército." II Cro 14:12 e 13.

 

Ø      Ao retornarem os exércitos de Judá e Benjamim a Jerusalém, "veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Obede. E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto vós estais com Ele, e, se 0 buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará". "Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa." II Cro 15:1, 2 e 7.

 

4.    A Fé deve ser exortada: Grandemente encorajado por essas palavras, Asa logo promoveu uma segunda reforma em Judá. Ele "esforçou-se, e tirou as abominações de toda a terra de Judá e de Benjamim, como também das cidades que tomara nas montanhas de Efraim; e renovou o altar do Senhor, que estava diante do pórtico do Senhor". E ajuntou a todo o Judá, e Benjamim, e com eles os estrangeiros de Efraim e Manassés, e de Simeão; porque de Israel vinham a ele em grande número, vendo que o Senhor seu Deus era com ele. E ajuntaram-se em Jerusalém no terceiro mês, no ano décimo do reinado de Asa.

 

Ø      E no mesmo dia ofereceram em sacrifício ao Senhor, do despojo que trouxeram seiscentos bois e seis mil ovelhas. “E entraram no concerto de buscarem ao Senhor, Deus de seus pais, com todo o coração, e com toda a sua alma”. "E O acharam; e o Senhor lhes deu repouso em redor." II Cro 15:8-12 e 15.

 

 

 

 

 

 

2) NO MEIO, SUA FÉ GEROU MUITAS OPORTUNIDADES: (14.6-8).

 

 

               Para alguns, o rei poderia parecer que estava com mania de guerra; o reino estava em paz, mas ele não esquecia a guerra... Na realidade Asa tinha o senso de oportunidade... Ele sabia discernir o tempo.

 

1.     ASA EDIFICOU E PROSPEROU.

 

Ø      No período de paz é que devemos nos preparar para a guerra, para que não sejamos tomados de surpresa e destruídos... Asa compreendeu bem isso e edificou as cidades, construiu muros, torres, fortaleceu as portas, equipou o seu seleto exército...

Ø      O texto diz que edificaram e prosperaram (14.8).

Ø      É necessário que nós também tenhamos o legítimo senso de oportunidade, aproveitando as circunstâncias que Deus nos dá para o nosso fortalecimento espiritual... Muitas vezes só lembramos de Deus durante as guerras espirituais e não nos momentos de paz. Precisamos cultivar uma reserva espiritual para as grandes batalhas... Isso só é possível se mantivermos diariamente um contato constante com o nosso Pai...

Ø      Hoje é sempre o momento oportuno para buscarmos a Deus: Israel havia se esquecido de Deus durante muito tempo... (15.1-4).

Ø      A Palavra de Deus nunca nos faz desafios para amanhã; ela sempre nos fala do hoje; de começarmos hoje, agora... “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações como foi na provocação” (Hb 3.15).

Ø      Asa, ao mesmo tempo que usava de todos os recursos fornecidos por Deus, confiava intensamente em Deus. Sabia que a vitória estava em Deus. Diz o texto: “Zerá, o etíope, saiu contra eles, com um exército de um milhão de homens e trezentos carros, e chegou até Maressa. Então, Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, perto de Maressa. Versículo 11, diz: Clamou Asa ao SENHOR, seu Deus, e disse: SENHOR, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, SENHOR, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão. SENHOR, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (2Cr 14.9-11).

 

 

 

2.     ASA ALIMENTOU-SE DA PALAVRA DE DEUS: (15.8)

 

               Conforme a palavra de estímulo do Senhor, Asa cobrou ânimo e continuou a sua reforma...

 

  1. O testemunho de Asa e as bênçãos de Deus eram tão evidentes que pessoas de outras tribos de Israel buscaram abrigo em Judá (2Cr 15.9).
  2. Nesta condição depôs a sua mãe, Maaca, da dignidade de “rainha-mãe”, visto que ela era idólatra, tendo confeccionado uma imagem em homenagem ao poste-ídolo Aserá   (15.16)(1Rs 15.13).
  3. Diante da clareza da Palavra de Deus, todas as nossas relações de fidelidade tornam-se secundárias, mesmo as mais caras...
  4. O alimentar-se da Palavra, refletiu-se em sua atitude, bem como na de todo o povo: “Entraram em aliança de buscarem o Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração, e de toda a alma” (2Cr 15.12).
  5. Devemos estar atentos à Palavra de Deus. Paulo escreve aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito, não desprezeis profecias” (1Ts 5.19-20).  Devemos estar sinceramente atentos ao que o Espírito diz à Igreja através da Palavra, a fim de praticar os Seus ensinamentos. E isto é válido tanto para quem ouve como para quem prega...
  6. As reformas de Asa foram modeladas pela Palavra; do mesmo modo devemos pautar a nossa vida pela Palavra de Deus...
  7. Devemos nos alimentar da Palavra: “Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação todo dia” (Sl 119.97).

 

 

3) NO FIM SUA FÉ ENTROU EM CRISE:

 

Ao longo do relato do fiel serviço de Asa, vemos que não existe perfeição absoluta nesta existência, pois seu testemunho foi mareado por alguns erros, cometido nas vezes em que ele deixou de pôr sua confiança inteiramente em Deus.

 

Quando, certa ocasião, o rei de Israel entrou no reino de Judá e capturou Ramá, uma cidade fortificada distante apenas uns oito quilômetros de Jerusalém, Asa procurou livramento fazendo uma aliança com Ben-Hadade, rei da Síria.

 

Esta falha em não confiar somente em Deus nos tempos de necessidade foi severamente reprovada por Hanani, o profeta, que apareceu perante Asa com a mensagem: "Porquanto confiaste no rei da Síria, e não confiaste no Senhor teu Deus, portanto o exército do rei da Síria escapou da tua mão. Porventura não foram os etíopes e os líbios um grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Confiando tu, porém, no Senhor, Ele os entregou nas tuas mãos. Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra, para mostrar-Se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele; nisto, pois, procedeste loucamente, porque desde agora haverá guerras contra ti." II Cro 16:7-9.

 

Ø      Em lugar de humilhar-se perante Deus por causa de seu erro, "Asa se indignou contra o vidente, e lançou-o na casa do tronco, porque disto grandemente se alterou contra ele; também Asa no mesmo tempo oprimiu a alguns do povo". II Cro 16:10.

Ø      "E caiu Asa doente de seus pés no ano trinta e nove do seu reinado; grande por extremo era a sua enfermidade, e, contudo na sua enfermidade não buscou ao Senhor, mas antes aos médicos." II Cro 16:12. O rei morreu no quadragésimo primeiro ano do seu reinado, e foi sucedido por seu filho Josafá.

Ø      Dois anos antes da morte de Asa, Acabe começou a reinar em Israel. Seu reinado foi marcado desde o início por uma estranha e terrível apostasia. Seu pai, Onri, o fundador de Samaria, tinha feito "o que parecia mal aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele" (I Reis 16:25); mas os pecados de Acabe foram ainda maiores. Ele "fez muito mais para irritar o Senhor Deus de Israel do que todos os reis de Israel que foram antes dele", agindo "como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate". I Reis 16:33 e 31. Não contente com encorajar as formas de adoração seguidas em Betel e Dã, ousadamente levou o povo a grosseiro paganismo, substituindo o culto a Yahweh pelo de Baal.

 

 

 

 

 

IMPLICAÇÕES CONCLUSIVAS:

 

Ø      Louis Berkhof, nos alerta sobre o perigo do perfeccionismo: Há segundo se diz exemplos de santos que levaram vida perfeita, como Noé, Jó e Asa, Gn 6.9; Jó 1.1; 1 Rs 15.14. Mas seguramente, exemplos que tais não provam ser valido o perfeccionismo cristão, pela simples razão de que eles não são exemplos de perfeição sem pecado. Mesmo os santos mais notáveis da Bíblia são retratados como homens que tiveram seus deslizes e pecaram, nalguns casos, gravemente. Isto vale para Noé, Moisés, Jó, Abraão e todos os demais. É certo que isto não prova que as sua vidas continuaram sendo pecaminosas enquanto viveram na terra, mas é notável o fato de que não nos é apresentado um único personagem sem pecado. A interrogação de Salomão ainda é pertinente: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” – Pv 20.9. Ademais, diz João: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1 Jo 1.8.

Ø      Por mais distantes que estejamos de Deus, se nós O buscarmos de todo o coração Ele Se deixará encontrar: “Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei. Mas quando na sua angústia eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, foi por eles achado” (2Cr 15.3-4).

Ø      Devemos aproveitar as oportunidades que Deus nos concede para nos firmar ainda mais na Sua Palavra, nos preparando para os grandes combates da fé.

Ø      O reinado de Asa, que durou quarenta e um anos, foi um contraste marcante com os dois reinados anteriores tanto em pureza como no vigor. Durante vários anos, ele usufruiu de profunda paz, a qual ele acentuou eliminando os altares e as imagens pagãs e reorganizando a adoração ao Senhor Deus de Israel.

Ø      A nossa fé se reflete em atos: o nosso agir está diretamente ligado à nossa compreensão de Deus.

Ø       A invasão de Zerá, o etíope: A paz no reinado de Asa foi interrompida por uma invasão de um milhão de etíopes chefiados por Zerá. Asa entrou em combate com uma fervorosa oração a Deus, e venceu de maneira tão decisiva que Judá não sofreu outra invasão daquela parte por trezentos anos. Asa comemorou a vitória numa grande assembléia, na qual a aliança nacional foi renovada e a obra da reforma foi ainda mais promovida.

Ø      Quais atenções temos dado à Palavra de Deus? De Deus não se zomba. A Sua mensagem nos torna responsáveis diante Dele. O rei Asa “fez o que era reto diante do Senhor” (1 Rs15:11), Asa entendia muito bem a proibição de Deus contra a idolatria e não  procrastinou em obedecer ao Senhor, não se furtou da sua integridade quando retirou da própria mãe, Maaca, a dignidade de rainha-mãe, quando viu que ela venerava uma imagem de escultura. Logo depois de apear sua progenitora, “Asa destruiu essa imagem e a queimou no vale de Cedron” (1Rs15:13). A idolatria é um dos pecados que a Bíblia indica ser especialmente repugnante ao Senhor. É designada pelo termo hebraico to‘evah, que significa “coisa abominável, detestável, ofensiva”. Algumas passagens bíblicas deixam reconhecer muito bem essa repugnância: “A madeira cortada da floresta, trabalhada pelo cinzel do artista, ornamentada com ouro e prata, é fixada com pregos e martelo para não vacilar. Esses ídolos são como um espantalho num campo de pepinos; não falam, e é necessário carregá-los, pois não andam. (…) Todo ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu: suas estátuas são mentiras, não há espírito nelas; são absurdidades, produtos ridículos: perecerão na hora do ajuste de contas” (Jr 10:3-5,14,15). Cada uma dessas estátuas idolatradas clama a maldição que recai sobre os escultores e, não por último, sobre os incentivadores de tão grande abominação: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice” (Dt 27:15). Todos eles “trocaram a glória do Deus incorruptível por figuras representativas do homem corruptível” (Rm1:23).

Ø      Todos os profetas verdadeiros, naturalmente, eram inspirados e movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1.21). Um dos profetas antigos sobre quem veio o Espírito Santo, conforme a narrativa, foi Azarias (2 Crônicas 15.1-8). Encorajou Asa a afastar os ídolos e ajudou no seu reavivamento. Sua mensagem lembrava Asa das condições nos tempos dos Juízes. Conforme acontecia tão freqüentemente, as mensagens dos profetas fundamentavam-se na Palavra de Deus já revelada. O outro profeta foi Hanani que exortou Asa a abandonar as alianças profanas e a confiar unicamente em Yahweh.

Ø      Asa foi muito honrado no seu sepultamento e a narrativa bíblica mostra que Asa fez parte da genealogia do Messias (Mt 1: 7). Consequentemente, temos que deduzir que Asa, embora tenha cometido erros crassos e pecados de imaturidade, foi finalmente perdoado por Deus e recebido na gloria.

Ø      O nosso serviço a Deus deve ser feito sempre com integridade, da melhor forma possível... Deus deseja a nossa inteireza, daí Ele rogar:  "Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos” (Pv 23.26).

 

Soli Deo Gloria.

*********

 

Receba gratuitamente uma apostila de Liderança Cristã

 Igreja Congregacional Emanuel.

Contacto: [email protected]

 

·      DT 32:11-12 Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas. Assim o SENHOR o guiou; e não havia com ele deus estranho.