Por que e como fazer a inclusão escolar diante dos desafios do ensino híbrido no cotidiano educacional em uma escola pública do município de São Bento/PB

Por francisco hermes batista alencar | 03/01/2022 | Literatura

Francisco Hermes Batista Alencar   

RESUMO

No que se refere ao tocante da educação especial, da inclusão, dentro da temática da inclusão escolar e seus desafios cotidianos; tentamos responder algumas questões dentro desses desafios do dia a dia educacional: O que é, por que e como fazer a inclusão? Segundo a concepção da renomada pesquisadora doutora Maria Teresa Eglér Mantoan (2020), essa com muitas colaborações nesse campo pela Unicamp e outras instituições superiores no país e fora do país; uma referência nacional com o trabalho da educação especial e inclusiva, os direitos humanos, trabalhando com a temática da inclusão desde os anos de 1986, e em 1992, quando já havia defendido seu doutorado ao presenciar e vivenciar o que significa o desenvolvimento intelectual dos alunos saídos de uma escola especial; de uma classe de ensino especial, passando a estudar juntos com colegas nas escolas e salas de aula comuns. 

 

Palavras-chave: BNCC. Educação Ambiental Crítica. Inclusão Escolar. Pensamento Complexo.


RESUMEN

Por qué y cómo hacer la inclusión escolar frente a los desafíos de la enseñanza híbrida en la vida educativa cotidiana en una escuela pública de la ciudad de São Bento/PB


En cuanto a la educación especial, la inclusión, dentro del tema de la inclusión escolar y sus desafíos diarios; intentamos dar respuesta a algunas preguntas dentro de estos desafíos de la vida educativa cotidiana: ¿Qué es, por qué y cómo incluirlo? Según la concepción de la reconocida investigadora Doctora Maria Tereza Eglér Mantoan (2020), ésta cuenta con muchas colaboraciones en este campo por parte de la Unicamp y otras instituciones superiores del país y del exterior; un referente nacional con la labor de la educación especial e inclusiva, los derechos humanos, trabajando con el tema de la inclusión desde 1986, y en 1992, cuando ya defendía su doctorado presenciando y experimentando lo que significa el 

desarrollo intelectual de los estudiantes. escuela especial; de una clase de educación especial, para estudiar junto con sus compañeros en escuelas y aulas ordinarias.


Palabras clave: BNCC. Educación ambiental crítica. Inclusión escolar. Pensamiento complejo.


INTRODUÇÃO

    

Ao pesquisarmos a inclusão em outros países a partir de 1998 até o ano de 2003, fomos nos preparando e conhecendo o que se torna fundamental nesse aspecto, dentro da rede escolar, para que as suas instituições de ensino regular sejam ou se tornem escolas inclusivas, consoante a concepção de MANTOAN (2020, p. 43ª). 

A partir do ano de 2008, através da Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da educação inclusiva; com essa nova política de educação inclusiva pudemos garantir algumas coisas que já estavam presentes em nossa Constituição de 1988. 


1 Por uma educação mais  inclusiva e cidadã


Segundo a capacidade de cada aluno é direito de todos estudar com seus pares, ou seja, com aqueles que são da sua geração em escolas comuns; em escolas de todas as crianças, dos jovens e dos pais, ou responsáveis, estando matriculados frequentando os mesmos ambientes escolares quotidianamente.

Quando estes estão frequentando os mesmos ambientes escolares no seu dia a dia, para apresentar a todos a forma da dinâmica toda da inclusão escolar, da educação inclusiva, e, da Educação Especial,  ambas estando todas integradas e amalgamadas no cotidiano educacional em nossa instituições brasileiras.

A nossa Constituição Federal prescreve, no ano de 1988, e preceitua  ‘a educação é para todos’, indistintamente consoante a abalizada concepção da pesquisadora internacional da Unicamp MANTOAN, GERALIS & FLICK (2020, p. 34ª): 


A integração e a inclusão são modos diferentes de se inserir as crianças, sejam as crianças da educação especial, seja qualquer criança nas escolas. A integração é um modo de inserção que é 

condicionado à capacidade de um estudante acompanhar a sua turma, em qualquer nível, em qualquer etapa,  do ensino básico e do ensino superior. A inclusão é um movimento bastante antigo da política de educação especial inclusiva, do ano de 1994. (MANTOAN, GERALIS & FLICK, 2020, p. 34ª)


Segundo afirmam os autores acima MANTOAN et al. (2020), a integração é um modo de inserção de qualquer aluno, não necessariamente participando este da educação especial, ou não; por exemplo, às vezes, o menino habitava e se localiza muito distante, não havia escola e nem mesmo meios de transporte para o mesmo. então, quando esse conseguia ser matriculado na escola o mesmo já tinha em torno de nove anos de idade.

Mas por que esse menino não estava ainda alfabetizado, não conseguia acompanhar seus colegas de classe, este era direcionado para uma sala espacial. Ou mesmo iria para uma sala de reforço escolar, antes dele poder frequentar juntamente com os outros meninos e meninas de nove anos, aproximadamente, que seria uma sala de aula respectiva de sua pertença, isto é, aquela sala de aula propicia ao seu desenvolvimento sócio-construtivo.



2 Integração X inclusão: Modos diferentes de inserção escolar


Todavia, uma sala de aula onde aquele aluno de nove anos ficava se preparando; e, se este não conseguisse preparar-se, dificilmente este ficaria naquela instituição; muitas vezes, aquele aluno teria que aguardar mais e mais, chegando a idade para frequentar as salas de jovens e adultos, ou simplesmente, aquele jovem não voltava mais para a escola.

Conforme o pensamento complexo de GUERRA, RODRIGUES & JIMÉNEZ (2008, pp. 14ª-15ª):


Aquele aluno especial nessa situação ficava sem aprender a ler nem escrever; muitos alunos da educação especial também faziam esta tentativa, de se prepararem para frequentarem e, quando não dariam certo, continuavam na e nas classes por não estar alfabetizado e não poderem acompanhar o currículo, indo a uma sala especial ou de reforço; consequentemente preparando-se para adentrar a sala de aula 

regular. (GUERRA, RODRIGUES & JIMÉNEZ, 2008, p. 15ª)



Segundo o pensamento de  Guerra et al. (2008), quando o aluno especial não conseguisse se pensino reparar o suficiente dificilmente este não permaneceria naquela instituição educacional do Ensino Fundamental. Por vezes esperava pela EJA uma oportunidade tardiamente; deixando, afinal de contas, aquela  mesma escola. 

    

3 A inclusão escolar revisitada


    Quando o aluno especial permanecesse sem aprender a ler e nem escrever, igualmente havia essa tentativa por parte de muitos alunos da educação especial de se prevenirem na preparação de frequentarem a educação comum, do contrário, continuava nas escolas e turmas de educação especial, segundo a concepção de MANTOAN (2020, p. 13ª).

Porém, consoante MANTOAN (2020), no caso dos alunos da educação especial, inclusive, havia alunos de até dez anos de idade, no Primeiro Ano do Ensino Fundamental; o que, ao final de contas, não cabe aqui com certeza. Assim sendo, como um menino de dez de suas vivências poderá estar em uma sala com crianças de seis anos de idade? 

Para a concepção de LIMA-RODRIGUES (2007), a não boa convivência com tais minorias; pois, o movimento de inclusão se caracteriza como um movimento mais recente que o movimento de integração, uma vez que a integração é anterior ao ano de 1994; mas este foi consagrado  pela política pública de Educação Especial, dos idos de 1994. já o movimento de inclusão tem a ver não mais com uma inserção, mas com uma condicional como era o movimento de integração.


4 Considerações Finais

    

    Todavia, quando a criança não conseguia se alfabetizar não havia inclusão; simplesmente, havia uma integração; pois, aqueles que obtivessem êxito em acompanhar os demais colegas, caso dos alunos da educação especial, mesmo tendo mais idade permaneciam por lá nessa classe com uma defasagem enorme de ano-série. Mas aqueles que não eram alunos em educação especial, geralmente, estes debandavam igualmente, evadiriam-se por completo.

Finalmente, então, a integração é um modo de inserção que não poderia continuar como estava. A partir do final dos anos de 1990, houve um movimento em favor de uma escola para todos, começou a ficar cada vez mais forte. Uma vez que muitos movimentos estavam eclodindo em todo o mundo, em favor de as pessoas não serem segregadas, não serem discriminadas, por uma diferença que fosse ter em relação aos demais.

Então, começou a surgir na Europa, especialmente, na Itália, um movimento para que se acabassem os manicômios. logo em seguida, acabassem com as salas de educação espacial, daí por diante, inicia-se toda essa luta das minorias segregadas, discriminadas, por uma único atributo seja uma deficiência, seja o fato de serem negros, pardos, amarelos, ou mesmo indígenas; as mulheres, os homossexuais, todos esses que sabemos serem pessoas que em sociedades não evoluídas; nesse caso, infelizmente, a nossa igualmente, não consegue conviver bem como convivem com os demais. Ficando aqui o espaço para posteriores e mais aprofundadas pesquisas científicas dos futuros pesquisadores em inclusão escolar.


Referências:


FLICK, U. Métodos qualitativos na investigação científica. Lisboa: Monitor. Fontes, M. (2008). Educação e Expressão Musical em Crianças com Lesão Cerebral – Paralisia Cerebral. Trabalho de Pós-Graduação em Educação Especial, Inédita. Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, Porto, 2008.

GERALIS, E. Crianças com Paralisia Cerebral – guia para pais e educadores (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed. 2008.

GUERRA, I. Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo: Sentidos e formas de uso. Lisboa: Principia. 2008.

Hegarty, S. O apoio centrado na escola: Novas oportunidades e novos desafios. In D. RODRIGUES, D. (Org.), Educação e diferença: Valores e práticas para uma Educação Inclusiva (p. 81-91). Porto: Porto Editora. 2008.

HEGARTY, S. Inclusão e educação para todos: Parceiros necessários. In D. Rodrigues (Ed.), Educação Inclusiva: Estamos a fazer progressos? (p.66-73). Lisboa: Fórum de Estudos de Educação Inclusiva/FMH. 2006.

JIMÉNEZ, R. (1997). Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Dinalivro. Lessard-

Hérbert, M., Goyete, M. & Boutin, G. Investigação qualitativa: Fundamentos e práticas. Lisboa: Instituto Piaget. Levitt, S. (2001). O tratamento da paralisia cerebral e do retardo motor. São Paulo: Manole Editores, 1994.

LIMA-RODRIGUES, L., Ferreira, A.M., Trindade, A.R., Rodrigues, D., Colôa, J., Nogueira, J.H. & Magalhães, M.B. Percursos de Educação Inclusiva em Portugal, dez estudos. Cruz Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana. Fórum de estudos de educação inclusiva/Edições FMH, 2007.

MANTOAN, M. O direito de ser, sendo diferente, na escola. In D. Rodrigues (Org.), Inclusão e Educação – Doze olhares sobre a educação inclusiva. (pp. 183- 210). São Paulo: Summus Editorial. (p.299-318), 2003.


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