O PRIMO BASÍLIO E O NATURALISMO[1]

 

 

Daniella Leite de Souza[2]

 

RESUMO: Este trabalho tem como foco a análise da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós, em que analisaremos por meio do plano do conteúdo e da expressão, os elementos característicos do Naturalismo presentes no romance em estudo, e também sua relação com o Realismo.

 

PALAVRAS – CHAVE: Plano do conteúdo. Plano da expressão. Naturalismo. O Primo Basílio. Eça de Queirós.

 

Numa frase bem resumida, quase que podemos afirmar, como bem sugeria José Carlos Lisboa [...] “o Realismo tende para uma visão biológica do homem; o Naturalismo encaminha-se para uma visão patológica”. Ou como quer Afrânio Coutinho, o Naturalismo “é um Realismo a que se acrescentam certos elementos, que o distinguem e tornam inconfundível sua fisionomia em relação a ele”. (PROENÇA FILHO, 2004: 242).

 

INTRODUÇÃO:

 

            José Maria Eça de Queirós (1845 - 1900) foi e continua sendo, um dos mais renomados escritores da Literatura Portuguesa e segundo MOISÉS (2005: 194), “Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garrett, uma espécie de divisor de águas línguístico entre a tradição e a modernidade”. E até hoje, exerce influência tanto em Portugal quanto no Brasil, por sua ousadia em abordar criticamente assuntos delicados, como por exemplo, o adultério.

 

            As produções literárias, de Eça de Queirós, são divididas pelos críticos-teóricos em três fases fundamentais, na primeira, há um Realismo com heranças do Romantismo, é uma fase de “indecisão, preparação e procura”, pois, o escritor ainda é jovem e romântico, segundo MOISÉS (2005: 194) “do ponto de vista literário, é a fase menos importante da carreira de Eça.

 

            A segunda fase trata-se do momento mais caracteristicamente realista-naturalista, em que o autor expõe nos seus romances características próprias, também adere às “teorias do Realismo iconoclasta”, denunciando criticamente a sociedade portuguesa dando destaque às três instituições vigentes (Monarquia, Igreja e Burguesia).

 

            O romance em estudo, O Primo Basílio, é um exemplo desta fase, em que denuncia a burguesia portuguesa. Percebemos que a linguagem naturalista, precisa e fluente, ganha destaque a partir do seu segundo momento de literatura.

 

            Na terceira fase, sem abandonar o registro crítico realista, o autor, mais confiante, mostra seus próprios recursos expressivos, escapa das normas rígidas realistas-naturalistas, dando lugar à fantasia. Neste momento o escritor resolve construir obras de sentido construtivista, como diria MOISÉS (2005: 196) “[...] fruto da dolorosa consciência de ter investido inutilmente contra o burguês e a família”.

 

            Eça de Queirós é considerado um precursor do Realismo português, pois, revelou em suas obras, o declínio da moral e a hipocrisia da sociedade portuguesa do século XIX por meio da análise patológica, além disso, a maleabilidade e naturalismo da linguagem que utiliza, faz com que suas obras destaquem-se na Literatura Portuguesa.

 

 

            Confirmando o que já destacamos acima, o motivo de Eça ser considerado um dos grandes nomes da Literatura Portuguesa, é também pela utilização de uma linguagem simples, que envolve os leitores e é capaz de refletir a realidade social, desvendando seu lado pitoresco.

 

 

Em O Primo Basílio, Eça denuncia a Burguesia, em especial, a família lisboeta, que foi (juntamente com a Monarquia e a Igreja) muito desmascarada no Realismo e no Naturalismo, e analisando esta obra,  no plano do conteúdo e da expressão, surge o problema.  Por que o romance O Primo Basílio, de Eça de Queirós, pode ser considerado um romance naturalista? Eis a questão que nos faz debruçar por sobre este livro e obras relacionadas, para tentar demonstrar, como uma obra realista pode ser também considerada naturalista.

 

            Como fundamentação teórico-crítica, quatro textos nos serviram de referência mais próxima para a elaboração deste artigo, a saber: “O Romance Realista e o Romance Naturalista” - Massaud Moisés; “O episódio Naturalista” - Nelson Werneck Sodré; “Eça de Queirós” - Massaud Moisés; “Realismo e Naturalismo” - Domício Proença Filho.

 

            Nosso artigo se dividirá em três seções. A primeira seção intitula-se O que é Naturalismo, historiaremos a respeito deste momento literário e sua relação com o Realismo. Na segunda seção, intitulada: O Naturalismo na Literatura Portuguesa, discorreremos sobre as características do Naturalismo na Literatura Portuguesa. Na terceira seção, teremos como título, O Primo Basílio e o Naturalismo, nesta seção destacaremos por meio do texto e contexto a presença naturalista na obra supracitada.

           

            A edição por nós utilizada foi: Eça de Queirós, O Primo Basílio. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. O QUE É NATURALISMO

 

A transformação da atitude realista diante da vida em um processo literário, o naturalismo, não ocorreu por força de circunstâncias fortuitas. Enquadrado no largo movimento racionalista do século XIX, traduziu as exigências de uma sociedade em que a ascensão burguesa se completara e denunciava as suas contradições. (SODRÉ, 2006, p. 425)

 

 

 

            Na segunda metade do século XIX, a sociedade passa de uma fase em que a burguesia e o povo estavam unidos para derrotarem os últimos “baluartes do feudalismo”, para uma fase em que a burguesia encontra-se de um lado e o proletariado do outro, esta situação é causa da Revolução Industrial, que neste momento mostra seus efeitos e consequências, SODRÉ acrescenta:

 

O naturalismo, numa época em que a burguesia e proletariado se chocavam, procurava trazer à ficção, como à crítica, os novos quadros que a existência européia apresentava, [...] Fugindo de figurar as suas exatas dimensões e a profundidade social de seus motivos, o naturalismo descaía inevitavelmente para o excepcional, para o isolado, para o extremo, para o arbitrário. (Idem, ibidem, p. 428).

 

 

            A sociedade burguesa entra em decadência, e neste momento surge o interesse em explicar por meio da ciência a sociedade vigente da época. Nasce assim, o Realismo e logo depois o Naturalismo, a partir de 1865, em Portugal, devido à “Questão Coimbrã” e “Conferências do Cassino” [3]. Existem aspectos entre essas duas escolas que devem ser considerados, como acrescenta MOISÉS (2005: 191)

 

Na literatura Portuguesa, semelhantemente ao que ocorre na Literatura Francesa, parece claro o limite entre o romance realista e naturalista, muito embora haja entre eles muitos e muitos pontos de contato, como não podia deixar de ser. As confusões nesse terreno nascem de não se levar em conta alguns aspectos importantes.

 

 

            O Naturalismo é, por muitas vezes, confundido com o Realismo devido algumas semelhanças, no entanto, como apresentaremos aqui, há alguns aspectos que devem ser levados em conta, posto que, são eles que diferenciam estes momentos literários.  

            Os naturalistas, assim como os realistas, baseiam-se na teoria de Taine, e aceitam que a obra de arte é condicionada ao meio, raça e momento. Mas, o Naturalismo, em todos os aspectos vai além do Realismo, e conforme PROENÇA FILHO (2004: 243) “[...] acrescentando-lhes uma visão ainda mais nítida e radicalmente determinista do comportamento humano”.

            O Naturalismo, por sua vez, diferencia-se do Realismo, mas não é independente deste, pois, aquele começa, quando este se intensifica, como se fosse uma continuação, só que com mais concretismo, o homem é visto como produto de forças naturais. MOISÉS (2005: 191) acrescenta:

 

Na sondagem dos problemas sociais, em busca da prova de que o organismo social está doente, o romance naturalista começa onde para o realista: o último leva até certo ponto, e o primeiro vai além.

 

 

 

            Assim, identificamos que o Naturalismo, não pode ser estudado isoladamente, pois, mantém um contato muito grande com seu antecessor, mas que possui características próprias capaz de destacá-lo. Diante de estudos, como, PROENÇA FILHO (2004: 242), citaremos alguns aspectos do Naturalismo, vejamos:

 

1)    Preocupação científica: existe o constante interesse em explicar, por meio da ciência, o procedimento das personagens e fenômenos;

2)    Amoralismo: despreocupação com a moral, desde que o fato analisado tenha interesse;

3)    Patologia social: aborda temas patológicos, como, adultério, miséria, problemas ligados ao sexo, entre outros, com a mesma intenção reformadora do Realismo;

4)    Romance experimental ou de tese: constrói a ação das personagens de acordo com o diagnóstico das ciências naturais.

            Com isso, percebemos, o quanto que o romance naturalista é baseado na ciência, e tenta explicar todas as ações e caracterizações das personagens, por meio desta. A precisão dos detalhes do comportamento humano, em se tratando das patologias sociais.

2. NATURALISMO NA LITERATURA PORTUGUESA

 

            A década de 60 em Portugal, foi marcada pelo fim do Romantismo e início do espírito realista, como já vimos. Neste período voltam-se para os estudos do evolucionismo, socialismo e positivismo. Os universitários que defendiam essas correntes foram criticados por quem defendiam os ideais românticos, como Antônio Feliciano de Castilho, que ataca os jovens intelectuais, gerando assim, uma acirrada polêmica, que foi denominada “Questão Coimbrã”.

            Essa foi uma das mais importantes polêmicas literárias portuguesas, pois, os estudantes reagiam contra a degeneração romântica e também o atraso cultural do país, e após o ataque dos defensores do romantismo, que vinham de encontro com seus ideais, os jovens manifestaram a vontade de modernizar o pensamento e a Literatura Portuguesa. Embora, este movimento tenha sido desenvolvido literalmente, a questão alargou-se a outras áreas, como a política, a cultura e a filosofia.

            Eça de Queirós juntamente com Antero de Quental, é considerado o autor que introduz esse movimento no país, o primeiro, romancista, aborda os problemas sociais, psicológicos e patológicos do homem, estas características são suas principais formas de expressão; o segundo, poeta realista, visa primordialmente servir à reforma cultural.

            Em 1971, a “Questão Coimbrã”, reafirma-se com apoio das “Conferências do Cassino Lisboenense”, este tinha como objetivo aproximar Portugal da Europa. Os jovens intelectuais previram muitas conferências, mas não passou da quinta, pois, o governo proibiu as reuniões, alegando que os mesmos atacavam as instituições políticas do estado e a religião, fazendo com que as ondas de protestos crescessem, sentindo-se até mesmo na França, na Alemanha e na Inglaterra crescer a “semente” da modernidade. Esse pensamento revolucionário e positivista dominou a maior parte da classe pensante da época.

            Então, “Eça publica seu primeiro romance realista em 1875 [...] e o mais ortodoxo e acabado representante do Naturalismo, Abel Botelho, dá ao público sua primeira obra em 1891” [4]. “[...] (entre 75 e 91, em Portugal, operou-se notável transformação na mentalidade culta)” [5].

            Esses movimentos literários não perduraram, mas foram de grande significação para a Literatura e Sociedade, e deixaram suas marcas até os dias de hoje.

 

 

  1. O PRIMO BASÍLIO E O NATURALISMO

 

            Nesta seção evidenciaremos empiricamente como o Naturalismo está inserido na obra O Primo Basílio (1878), de Eça de Queirós, pois, como já vimos, as características deste momento confundem-se com o seu antecedente, o Realismo, mas o primeiro vai além do segundo, e suas marcas como comprovaremos com fragmentos do romance, estão tanto no plano da expressão quanto no do conteúdo, assim, podemos considerá-lo naturalista.

            Ao analisarmos a obra Queirosiana, deparamo-nos com uma denúncia explícita à família burguesa lisboeta e suas frustrações, mostrando a face desestruturada desta sociedade. Denuncia o adultério, por meio da personagem Luísa, que casa-se ainda jovem, por conveniência, com o engenheiro de minas, o Jorge. Sua vida rotineira é transformada com a viagem do seu marido e a chegada do seu primo e ex-noivo à Portugal, o primo Basílio.

            Basílio é malicioso, e novamente atrai Luísa, fazendo-a assim, cometer adultério. Ao descobrir a relação destes dois, Juliana, criada de Luísa, a inferniza, chantageando-a com as cartas encontradas do amante. O romance é basicamente transcorrido com o drama de Luísa em deixar-se ser chantageada pela empregada. Existem ainda os personagens secundários, o Conselheiro Acácio, Dona Felicidade e Leopoldina, que também são exemplos das personagens naturalistas de Eça de Queirós.

            Luísa exemplifica muito bem, o porquê de consideramos este romance naturalista. Pois, é demonstrado por meio desta, o esvaziamento psicológico, pois, seu caráter é colocado como inconsciente e móbil, deixando-se levar pelos outros. Vejamos:

 

Às vezes, na sua consciência achava Leopoldina “indecente”; mas tinha um fraco por ela: sempre admirava muito seu corpo, que quase lhe inspirava uma atração física. Depois desculpava-a: era tão infeliz com o marido! Ia atrás da paixão, coitada! E aquela grande palavra, faiscante e misteriosa, de onde a felicidade escorre como a água de uma taça muito cheia, satisfazia Luísa como uma justificação suficiente [...] (EÇA, O Primo Basílio, 2004, p. 31)

 

            Observamos que Luísa deixa-se ir. E ao mesmo que considera Leopoldina “indecente”, admira-a. Talvez, pelo motivo, da amiga ter coragem de fazer, o que até este momento, ela não faz. Ao contrário de Luísa, encontra-se seu primo, o Basílio, mostrando o cinismo, a irresponsabilidade, a mania de riqueza, querendo ser maior e melhor em tudo:

 

Basílio, recostado no sofá, como um parente íntimo, examinava sua meia de seda bordada de estrelinhas escarlates, e cofiava indolentemente, arrebitando um pouco o dedo mínimo ­-­- onde brilhavam, em dois grossos anéis de ouro, uma safira e um rubi.

 

 

            Consideramos a linguagem da obra, coloquial, aproximando-se da língua falada, as frases são curtas, mas cheias de ritmos e significados. O narrador é 3ª pessoa, onisciente, por não haver envolvimento algum com os personagens, é fácil encontrar exageradamente a descrição minuciosa do espaço físico e da sociedade, característica do Naturalismo. Vejamos um trecho do romance que comprova esta afirmação.

 

Ficara sentada a mesa a ler O Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates. (idem, ibidem, p.19)

 

 

            Além da linguagem, que contém características naturalistas, a obra apresenta também personagens que podem ser considerados representantes deste momento literário, como é exemplo a personagem secundária, Juliana, que em suas ações apresenta aspectos do Naturalismo, como está descrito nos fragmentos a seguir, que vem comprovar a tese de que os fins justificam os meios:

 

Vinte anos a dormir em cacifos; a levantar-se de madrugada, a comer os restos, a vestir trapos velhos, a sofrer os repelões das crianças e as más palavras das senhoras [...] Era demais! (idem, ibidem, p. 73)

 

Lentamente, começou a tornar-se desconfiada, cortante como o nordeste; [...] Fez-se má; beliscava crianças até lhe enodoar a pele; e se lhe ralhavam, a sua cólera rompia em rajadas. (idem, ibidem, p. 74) 

 

            Os fins justificam os meios por meio desta personagem, no sentido de explicar suas ações “maldosas”, como uma forma de compensar sua infelicidade, já que ela não foi feliz, o Outro não poderia ser.

            Outra personagem extremamente naturalista é Leopoldina, que é dominada por seus instintos e desejos, é demonstrado por meio desta, o comportamento humano com traços de sua natureza animal. Vejamos um trecho em que podemos compreender melhor esta personagem:

 

Era muito indiscreta; falava muito de si, das suas sensações, da sua alcova, das suas contas. [...] descrevia-lhe os seus amantes, as opiniões deles, as maneiras de amar, os tiques, as roupas, com grandes exagerações! aquilo era sempre muito picante [...] (idem, ibidem: 30-31)

 

            E Jorge cita à Luísa os amantes de Leopoldina:

 

O Carlos Viega, o magro, de bigode caído, que escrevia comédias para o Ginásio! O Santos Madeira, o picado das bexigas, com uma gaforinha! O Melchior Vadio, um jingão desossado, com um olhar de carneiro morto, sempre a fumar numa enorme boquilha! O Pedro Câmara, o bonito! O Mendonça, dos calos! (idem, ibidem: 35)  

 

            Como podemos observar, Leopoldina é uma adúltera, sem moral, por meio desta, o romancista demonstra o lado animalesco do comportamento do homem, exemplificando as ideologias naturalistas.

            O Naturalismo por ser mais objetivo, concreto, utiliza-se de uma linguagem  em que apresenta elementos comprobatórios, de ordem material. Completemos com um trecho da obra, para melhor compreensão:

 

A sala esteirada, alegrava, com seu teto de madeira pintado a branco, o seu papel claro de ramagens verdes. Era julho, um domingo; fazia um calor; as duas janelas estavam cerrada, mas sentia-se fora o sol faiscar nas vidraças, escaldar a pedra da varanda; [...] (idem, ibidem: 19)

           

            Podemos observar com este fragmento, que o autor utiliza-se de palavras concretas, para demonstrar o concretismo deste período literário, que abandona o subjetivismo e apresenta-se de forma objetiva.

            O Primo Basílio, de Eça de Queirós, pode ser considerado um romance naturalista por apresentar elementos que caracterizam esta fase literária, e como podemos notar, tanto no plano conteúdo como no plano da expressão percebe-se elementos que o comprovam naturalista. Por acrescentar uma visão mais nítida e radical que determina o comportamento humano, como podemos observar nos personagens do romance, uns não se preocupam com a moral, outros possuem problemas patológicos, enfim, características que vão além do Realismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            Com este estudo, tornou-se possível uma análise mais profunda da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós, mostrando que o romance é uma crítica à família lisboeta burguesa, que se compõe de características naturalistas.

 

            O autor supracitado desafia a sociedade portuguesa, denunciando cientificamente o modo de viver do homem, que é (segundo os naturalistas) fruto das forças “naturais”, assim, explicam o comportamento patológico do ser humano. Os Naturalistas acreditavam que o indivíduo era mero produto da hereditariedade e do meio em que vive e age.

 

            Mostramos que a obra em estudo, segundo este trabalho, pode sim ser considerada Naturalista, pois, nos trechos do romance que retiramos para comprovarmos a questão e os personagens analisados, representam, empiricamente, elementos desta fase literária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

MOISÉS, Massaud. “O Romance realista o romance naturalista”, in: - A literatura portuguesa, 33 ed. São Paulo: Cultrix, 2005, p. 191 – 197.

 

 

MOISÉS, Massaud. “Eça de Queirós”, in: - A literatura portuguesa através dos textos, 30 ed. São Paulo: Cultrix, 2006, p. 355 – 358.

 

PROENÇA FILHO, Domício. “Realismo e Naturalismo”, in: - Estilos de Época na Literatura. 15 ed. São Paulo: Editora Ática, 2004, p. 242 – 249.

 

SODRÉ, Nelson Werneck. “O Episódio Naturalista”, in: - História da Literatura Brasileira. 10 ed. Rio de Janeiro: Graphia, 2002, p. 425 – 447.

 

 



[1]    Artigo apresentado ao Prof. Dr. Vitor Hugo Fernandes Martins, do componente curricular Cânones e Contextos na Literatura Portuguesa, do curso de Letras Vernáculas, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, campus XXI, como requisito para complementação de nota.

[2]    Acadêmica do 5º Semestre, vespertino.

[3]    Serão explicados na segunda seção deste artigo.

[4]  Moisés, ibidem: 191.

[5] Idem, ibidem: 191.