UMA MULHER REAL

Publicações querem modelos próximas da mulher "real"»É o fim das magérrimas? Leia mais no Yahoo! Entretenimento

Meu cronopoema de hoje é inspirado nessa reportagem maravilhosa.

MULHERES DE RENOIR

Eu a amei a primeira vista,
Não a maneira adolescente
E infantil de se amar a primeira vista,
Mas a maneira contemporânea e madura
De se amar a primeira vista.
Eu a amei porque ela é virgem,
Não estou falando de uma menina com flores no cabelo,
Estou falando de uma mulher madura,
Com todos os atributos de ser mulher.
Sim, ela é virgem de estética artificial e bisturi,
Ela é mulher feita com toda herança genética
Que uma mulher possui.
Eu a amei tanto, e não me farto de amar essa mulher real,
Essa mulher que se deixou em minha cama,
Com seu corpo lindo igual às mulheres de Renoir.
Eu a amei não porque ela era desse ou daquele jeito,
Eu amei tanto, porque ela é mulher real
E possui a leveza de quem está em paz com seu corpo.
Ela me amou de luz acesa, se deixou nua sobre os móveis
E andou nua pela casa.
Eu vi seu corpo nu, sua alma, seu pensamentos, seus sonhos,
Seus sentimentos, suas sensações suas suspeitas e seu coração.
Nunca tinha visto uma mulher tão nua, tão livre,
Tão leve e tão feliz por ser ela mesma.
Eu a amei por isso, eu ainda a desejo por isso...
Ela esta vestindo as roupas, eu a contemplo ainda nua,
E estou aponta de implorar fique mais uma noite,
Ou fique eternamente ou então me mata de saudade.
Não posso perder essa mulher
Por causa desse tempo de sexo casual
Que não compromete o coração e que me impede de ser feliz.

  HERMINIO VASCONCELOS
J.NUNEZ

O IMPARCIALISMO: POESIA PARA O NOVO CONTEXTO