UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ- UVA

CENTRO DE FILO

UM EXEMPLÁRIO DA EVOLUÇÃO DIACRÔNICA  DA  LÍNGUA PORTUGUESA  A PARTIR DOS METAPLA

1 INTRODUÇÃO           

              O conhecimento perante  às mudanças formais, no plano do desenvolvimento histórico-gramatical da nossa língua materna e a comparação diacrônica da mesma em relação aos processos de evolução externos e internos justificam  a razão fundamental ,na qual desenvolvemos a presente pesquisa.

             Toda língua em qualquer que seja seu contexto, histórico, social e/ou político, é constituída basicamente de fatores extrínsecos e intrínsecos (desenvolvimento gramatical da língua), que a caracterizam como singular e a definem valorosamente dentro de uma determinada sociedade onde realizam-se mental e perceptivelmente em todos os falantes nativos.

             Estes fatores, sejam fonéticos (tipos de som pertencentes a determinados grupos de falantes), morfológicos ( organização dos morfemas nas palavras com suas construções e flexões),  sintáticos (organização lógica do locutor), ou semânticos (atribuições significativas),estão presentes em todos  os dialetos do planeta. Sendo assim, para as construções do português, não poderiam ser diferentes.

            A formação estrutural, morfológica, fonológica e sintática, e a diacronia da língua portuguesa estão ligadas ao domínio do Império Romano; a língua do povo dominador -o latim clássico- se impôs a quase todas as regiões da Europa apresentando-se em duas modalidades: o Latim Gramatical, cultuado pela classe escolarizada de Roma e o Vulgar. Esta modalidade era apenas falada. Devido ao escasso número de evidências escritas, as conclusões pressupõem consideravelmente a hipótese. Porém, não podemos desconsiderar a segunda alternativa, já que a esta deve-se o aparecimento do português arcaico.

            Ao longo da Idade Medieval, várias línguas se formaram com a mistura de substratos3 já existentes nas regiões. Na Península Ibérica ,tínhamos o catalão, língua de cultura da região da Catalunha, Espanha, o castelhano  e o galego-português no Condado portucalense e Galiza. Mais tarde, a influência dos falantes do sul seria mais preponderante, separando o galego e o português atual.

            Este trabalho está voltado principalmente para o estudo da importância do conhecimento das mudanças estruturais morfológicas ocorridas com o português, pois aqui configura-se uma maneira de analisá-lo e explicá-lo através da diacronia em seu processo de formação.

            Pressupomos que a tarefa é árdua, pois os percalços que envolvem a pesquisa são muitos e as fontes possíveis de confiança para o presente estudo são difíceis. Por isso iniciamos nossas argumentações partindo da ideia de que o levantamento de hipóteses e a tentativa de explicação comparativa ainda sejam as melhores maneiras para o desenvolvimento positivo dos argumentos.    As línguas estão em constante processo de mudanças.

          Através dos dados, este trabalho tem por objetivo analisar a teoria dos metaplasmos aplicados à língua portuguesa em sua fase inicial. Pois o processo de formação da língua não para, os acontecimentos continuam atuando e modificando-se conforme o decorrer do tempo.

            A partir da segunda seção, procuraremos diferenciar sistematicamente história externa e interna. Traçamos através dos estudos de Coutinho (1967) e do professor Melo (1967), os parâmetros pelos quais nos foram legados essas estruturas. Seguiremos com as temáticas de construção da língua, na discussão a respeito dos metaplasmos.