O Romantismo

Nesse momento, Portugal se encontra  num  ambiente de lutas contínuas para reconquistar a nação, invadida pelo domínio napoleônico. De 1808 a1847, o país viverá um período de instabilidade política e de acentuada desorganização interna, provocada pela luta para a ocupação de trono português, num longo confronto entre conservadores e liberais.

É nessa atmosfera de desalinho e tumulto que Garret implanta o Romantismo em Portugal, trazendo influências inglesas de Byron e Walter Scott.

Em 1825, publica o poema “Camões”, divulgando o ideário romântico e a nova literatura, que se firmará como expressão dos objetivos liberais. Assim, os ideais alimentados pela fase pré-romântica definem-se como ideologia e consolidam um grande momento na Literatura Portuguesa.

A poesia romântica portuguesa apresenta dois momentos diferentes. Ao primeiro, pertencem Garret, Herculano e Castilho, poetas que tentam introduzir os motivos medievais, históricos e místicos no domínio poético. Transformam o conteúdo dos poemas, afirmando o caráter nacionalista em oposição ao absolutismo dos clássicos. O segundo momento, a partir de meados do século XIX, denomina –se poesia  ultra – romântica e caracteriza –se pelo predomínio da imaginação e da sensibilidade.

Os poetas desse período afastam–se completamente dos modelos neoclássicos, mas não expressam ainda a verdadeira poesia romântica, apesar da veemência sentimental  e o poderoso ardor das paixões introduzidos no gênero.