Atualmente, os indivíduos têm buscado a prática de algum exercício físico para ajudar na melhora adquirir ou juntamente a sua qualidade de vida. Dentre esses indivíduos, encontramse o grupo de gestantes, o qual procura um treinamento diferenciado, no decorrer deste período de suas vidas. O presente trabalho científico com o tema “Benefícios do treinamento resistido durante a gestação”, tem como objetivo apresentar estudos sobre a gestação, demonstrando os tipos de gestação existentes, as mudanças fisiológicas e morfológicas que ocorrem com a mulher nessa fase, as características do treinamento resistido e sua diferença com o exercício físico. A metodologia aplicada neste estudo foi qualitativa, seu desenvolvimento deu-se por meio de pesquisa bibliográfica; o método de procedimento foi o monográfico e a técnica foi a pesquisa bibliográfica. Fundamentado nos autores investigados nesse estudo, pode-se dizer que cada vez mais, as gestantes estão sensibilizando-se de que as alterações que ocorrem nesse período devem ser respeitadas, buscando assim, uma gravidez mais saudável. Enfim, o estudo demonstrou que, por meio do treinamento resistido é possível promover a manutenção do condicionamento muscular, colaborando para a melhor adaptação às alterações posturais ocasionadas pela gestação, além de contribuir para aumento de força acarretando na prevenção de quedas e de desconforto musculoesquelético.

Palavras-chave: Gestação, treinamento resistido, exercício físico


1. INTRODUÇÃO

A prática do treinamento resistido (TR) pode trazer benefícios na gestação como o controle metabólico, trazendo diversas mudanças no corpo da mulher, benefícios na qualidade de vida e prevenção de enfermidades como aumento da pressão arterial, anemia, diabetes mellitus gestacional. Alguns pesquisadores identificam algumas enfermidades do comportamento da saúde da gestante, como a lombalgia gestacional, a diabetes mellitus gestacional e controle da e açúcar no sangue (CASTRO et al., 2009; COSTA; PINON; COSTA, 2010). Apesar de diversos benefícios proporcionados pela prática do TR (treinamento resistido), e sendo a gestante de grupos especiais, antes de começar a praticar o TR é preciso que seja feita uma avaliação com um especialista, com o intuito de investigar se a gestante está apta a essa prática. A prática de atividade física deve sempre ocorrer, para se evitar doenças, como diabetes tipo I, anemia, lombalgia, segundo o American College of Obstetricians and Gynecologist (ACOG, 2015). Para Costa (2004) o período de gestação passa por muitos processos que provocam mudanças, a gravidez seria dividida em três fases (trimestres), em função das especificidades destes períodos, mostrando as mudanças nos meses iniciais. No primeiro, começa a divisão celular, que transforma o óvulo fecundado em um embrião. No segundo, todo o sistema do bebê é concluído. E, no terceiro, o bebê ganha peso e altura, enquanto o corpo da mãe se prepara para o parto. Para Azevedo (2011) o organismo de uma gestante passa por várias mudanças tanto fisiológicas, como mudanças nos órgãos, indicando mudanças também respiratórias e morfológicas. As principais alterações hemodinâmicas que ocorrem no decorrer da gravidez são aumento da frequência cardíaca entre 10 e 15 batimentos por minuto, aumento do débito cardíaco (com pico entre 20 e 24 semanas), aumento da pressão venosa. Alguns pesquisadores concordam que a prática de exercício físico seja essencial para a saúde da gestante e livramento de enfermidades, durante 30 minutos, cinco dias por semana. Já outros não concordam, pelo fato da gestação possuir alguns riscos, como parto prematuro, pré-eclâmpsia, que seria a complicação grave que ocorre com a perda de certa quantidade de proteína, a qual é perdida pela urina; hipertensão dirigida pelo fato de se estar gestante (ACOG, 2015; SMITH et al., 2011). Dentre os autores que discordam da prática de exercícios durante a gestação, se encontra Nascimento et al. (2014). Esses autores não concordam com a 9 prática de exercício na gestação, pela capacidade protetora do feto ser baixa e não indicada a prática da exercício, podendo prejudicar o feto. Inicialmente a mulher não tem muito ganho de massa corpórea, que seria quando o feto ainda se encontra em desenvolvimento, porém já se iniciam as mudanças fisiológicas. A partir do segundo trimestre essas mudanças ficam mais significativas, ocorre o aumento do volume das mamas, aumento do abdômen e da circunferência da cintura, uma vez que o crescimento do feto se torna bastante significativo (MACEDO et al., 2016). Nesse período da gestação, também são comuns alterações emocionais. Durante o terceiro trimestre as alterações emocionais tornam-se mais intensas causadas por maiores alterações corporais. Adicionalmente, no final desse trimestre os movimentos fetais tornam-se mais intensos, provocando uma dificuldade maior na respiração, além das dores lombares (MACEDO et al., 2016). Durante a gestação ocorrem várias mudanças na mecânica do esqueleto; as incertezas causam medo, somados às alterações bioquímicas, familiares, sociais e emocionais, gerando um estado de vulnerabilidade e multiplicidade de sentimentos. Estima-se que os episódios de ansiedade são muito frequentes e deletérios, compondo um quadro patológico, na ordem de 20% de ansiedade na ordem da gestante. Também no campo da sexualidade as mudanças são expressas, tendo como mudança o fisiológico da gestante (GIACOPONI, 2015). Por isso, para se evitar algumas enfermidades, a prática de exercício físico é importante. Autores como Carvalhães et al. (2013), enfatizam os benefícios da prática de exercício físico na gestação e alimentação adequada, pois ambos os elementos se complementam, geram saúde e possibilitam o quadro de sedentarismo gestacional ser contornado. Por isso, o estudo é relevante devido ao elevado número de mulheres consideradas inativas durante a gestação. Atualmente alguns médicos vêm orientando a pratica do exercício físico apenas com o acompanhamento de um profissional de educação física. O exercício físico é recomendado em todas as fases da vida, mas com as gestantes o cuidado é redobrado, afinal de contas, durante o período gestacional a mulher sofre mudanças fisiológicas, como: alterações do sistema hormonal, musculoesquelético, cardiovascular, respiratório, urinário, gastrointestinal e alterações psicológicas (ACOG, 2015). Nesse período, a mulher possui diferentes tipos de dores associadas ao aumento de peso, retenção de líquidos e alterações de todo o sistema endócrino, acaba se modificando para o desenvolvimento fetal dentro das formas corretas. Nesse caso, seria de suma importância a prática de exercício físico para a saúde da gestante e do feto (ACOG, 2015). 10 No passado diziam que a prática de exercício físico no período da gestação seria imprópria. Partindo desse pressuposto, a presente pesquisa tem como problemática: Quais seriam os efeitos do treinamento resistido na gestação? Nesse sentido, o objetivo geral da presente pesquisa consiste em discorrer sobre a indicação do treinamento resistido na gestação e como específicos: apresentar os efeitos do treinamento resistido na gestação, demonstrando os estudos do devido tema já existente; as mudanças fisiológicas e morfológicas que ocorrem com a mulher nessa fase. Em se tratando na justificativa social do trabalho, há o esclarecimento de todas as dúvidas sobre o tema, os pressupostos apresentados indicam os exercícios indicados durante a fase gestacional e, quais são os benefícios oferecidos com essa pratica para gestantes ativas, trazendo o exercício que não se deve realizar nessa fase, demonstrando o conhecimento necessário para o exercício na gestação. No que demonstra à justificativa científica, seria na contribuição de novos estudos e discussão sobre o tema da área gestacional, sendo um assunto atual e relevante, sendo importante para a área da saúde, onde os profissionais de educação física poderão supervisionar a prática para a gestante, trabalhando com segurança e demonstrando algo de grande eficácia. [...]