UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH

GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA

Disciplina: Introdução à História da Arte

Docente.: Fernando Guerra

Discente: Edjane Silva Costa de Alencar 

 

SILVA TELLES, Augusto C. Notícia: Artigo/ Brasil - arquitetura religiosa barroca. Site do Iphan. Brasília. Nov. 2014. p. 01-08. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/>. Acesso em: 20 mar. 2021.

 

RESUMO 

O seguinte resumo tem como objetivo falar acerca da arquitetura  barroca no Brasil. Tendo como base, o artigo de Augusto Carlos da Silva Telles,  livre docente, formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ. Inicialmente, é importante definir o que é arte barroca, que seria uma multiplicidade de expressões artísticas, que pode ser visualizada em variados campos da arte. Como na arquitetura,  literatura - pintura - música etc. Tem como características principais, o excesso de ornamentos e  dramaticidade. Movimento nascido na Itália, mas que chega ao Brasil através da influência dos colonizadores portugueses, em meados do século XVII. De acordo com o artigo do  arquiteto Augusto Carlos, na segunda metade do século XVII, após denominada a restauração pernambucana, expulsos os holandeses, surgiram igrejas de maior porte e, com elas, estruturas, ornamentação e espaços internos com características do barroco. Nessa época, as igrejas continuaram a se estruturar repetindo o partido com capelas laterais e frontais, compartimentadas por pilastras e cimalhas, apresentando, em alguns casos, volutas no coroamento ou adossadas às laterais. Alguns exemplos são as igrejas dos jesuítas em Salvador( atual catedral) e de Belém do Pará. Ainda na metade do século XVII e no XVIII, os franciscanos criaram , no nordeste, um partido arquitetônico próprio para seus conventos e igrejas, que foi denominado por Germain Bazin “‘escola franciscana do Nordeste”. Caracteriza-se pelos claustros ( inclusive o convento de Salvador) envoltos por avarandados corridos, com colunas toscanas   que apoiam diretamente os beirais do telhado, tendo no térreo, galerias com arcos e sequências. Alguns exemplos são, o convento de Ipojuca e o convento de Cairu, na Bahia. Ainda em meados do século XVIII e em sua segunda metade, ocorrem soluções arquitetônicas inovadoras principalmente em algumas áreas: Nordeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Nordeste, essas alterações se concentram nas frontarias das igrejas,à semelhança do que ocorria na mesma época em Portugal, na região do Porto e de Braga: as cimalhas se movimentavam, alteando-se, os óculos que se localizavam nos frontões desceram para o corpo da fachada, ao centro e acima das janelas do coro, e o contorno superior o do frontão ondulou e se enrolou em volutas assimétricas. Pode-se observar essa solução arquitetônica nas igrejas de São Bento, em Olinda (1760-1763) e de Nossa Senhora dos Prazeres de Guararapes de Jaboatão ( 1755-1782), e em Recife, na capela da Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira ( 1766). Chegando em  1796  a 1799, Aleijadinho esculpiu as imagens em madeira para os setes passos da paixão de Cristo. As figuras de Cristo e dos apóstolos dos passos, da ceia e do Horto são obra pessoal do artista. De 1800 a 1803, Aleijadinho produziu as esculturas de pedra-sabão dos 12 profetas do antigo testamento e as instalou nos parapeitos do adro que, para isso, foi certamente reorganizado sob sua orientação.