O jejum intermitente tem apresentado considerável repercussão científica e popular, sendo orientado na prática médica devido à sua relação com o controle e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemias. Diante da crescente epidemia de obesidade mundial com repercussões sociais e políticas importantes, estratégias de emagrecimento e controle de peso têm sido exaustivamente estudadas e utilizadas na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis. O excesso de peso manifesta repercussões clínicas que compreendem a síndrome metabólica, resistência à insulina e hipertensão arterial e várias outras doenças. O percentual de obesidade no Brasil seria algo relevante que deve ser tratado. O JI (jejum intermitente) traz benefícios e prejuizos à saúde, devendo haverá sempre junto com a pratica de uma exercício físico.

Palavras chave: jejum, saúde e exercício físico

               

  1.     INTRODUÇÃO


O jejum intermitente tem apresentado considerável repercussão científica e popular, sendo orientado na prática médica devido à sua relação com o controle e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemias (BRASIL, 2017).

O jejum intermitente de modo geral, é uma estratégia ou prática de redução do consumo alimentar que pode variar entre 25% a 100% do total calaórico diário ou em períodos variáveis sem alimentação, o mesmo pode promover mudanças importantes em estados metabólicos e processos celulares como a lipólise e a autofagia e não deve ser confundido com o estado de inanição que se caracteriza por insuficiência nutricional crônica prejudicando o funcionamento orgânico e trazendo efeitos gravemente deletérios à saúde (BOTELHO, 2016).

Diante da crescente epidemia de obesidade mundial com repercussões sociais e políticas importantes, estratégias de emagrecimento e controle de peso têm sido exaustivamente estudadas e utilizadas na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis. O excesso de peso manifesta repercussões clínicas que compreendem a síndrome metabólica, resistência à insulina e hipertensão arterial e várias outras doenças (BOTELHO, 2016).

O Brasil  seria  segundo o levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2017, um país com a população com excesso de peso. O excesso de peso seria considerado quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 25kg/m2, e a obesidade é caracterizada pelo IMC maior ou igual a 30 kg/m2 (WESTCOTT; 2012).

Atualmente o jejum intermitente apresenta uma realidade na vida de todas as pessoas de qualquer idade, pelos recursos de melhores na qualidade de vida do indivíduo. O Brasil seria mais futuramente o quinto país a possuir uma população praticante do regime, sendo sempre necessária os cuidados de profissional de educação física na pratica do exercício físico. Enfatiza-se a importância da atividade física e alimentação adequada em qualquer tipo de alimentação (VARGAS; PESSOA e ROSA, 2019).

O jejum intermitente deve ser igual a dieta low carb, cuidadosa, porém devem ser sempre realizados, com o avanço da idade, deve-se evitar essas dietas muito restritas, pela falta de nutrientes no corpo humano, sendo que com o tempo irá sentir a falta de nutrientes com o avanço da idade, por essa razão, devemos evitar o incentivo dessas dietas muito restritas na idade avançada, incentivar mais a pratica de atividade física em qualquer fase para melhor qualidade de vida e capacidade funcional até o envelhecimento. (CUNHA, CASTRO, 2019).

Sendo assim este trabalho tem como problema a seguinte pergunta:

“Quais os benefícios do Jejum Intermitente no emagrecimento?”

O objetivo geral da pesquisa é identificar os efeitos do JI na composição corporal. Especificadamente pretende-se identificar os modelos de JI, analisar os efeitos do JI associado a diferentes modelos de exercício (Exercícios aeróbios e resistidos) na composição corporal e descrever a prática de jejum intermitente e sua relação com a redução de peso, especialmente massa gorda, concomitantemente com a melhora do perfil bioquímico e na qualidade de vida.

Além do mais, a pesquisa deseja nortear os profissionais de educação física a buscarem aprofundamento sobre o assunto, bem como, se especializando, por exemplo, para atender, orientar e estimular todos os praticantes do atividade física (VARGAS; PESSOA e ROSA, 2019).

O trabalho justifica-se diante do fato de que o excesso de massa corporal entre jovens e adultos vem aumentado em diversos países, inclusive no Brasil.  Isso ocorre em função do alto consumo de alimentos ricos em gorduras e do aumento do sedentarismo, nos dias de hoje devido a globalização, a informatização, o aceleramento das atividades do dia a dia, todo mundo anda ocupado e sem tempo, o que leva ao consumo de comidas prontas, que geralmente acaba no consumo de fast food, e outros tipos de comidas industrializadas.

  1.     REFERENCIAL TEÓRICO     



2.1. Obesidade


A obesidade é considerada uma doença multifatorial ocasionada pela interação de fatores   genéticos, culturais e sociais. Essa patologia pode provocar várias consequências para a saúde, como as doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, dificuldades respiratórias, apneia do sono, infertilidade masculina, hipertensão arterial sistêmica, transtornos psicossociais e alguns tipos de cânceres como: colorretal (no colón), renal, esofágico endometrial (esôfago), mamário, ovariano e prostático (ALVES, 2012).

Dentre os processos para o tratamento da obesidade, a reeducação alimentar é uma excelente estratégia nutricional utilizada para indivíduos com excesso de peso, segundo Castaneda, et al (2012) o treinamento   de resistência (TR) tem se mostrando bastante eficiente    no tratamento de intervenção à obesidade, devido ao aumento do gasto energético e do consumo excessivo de oxigênio após o exercício, em consequência disso, o metabolismo em repouso   continua elevado, preservando massa muscular.

Já as mulheres possuem mais pré-disposição com o processo de ganho de peso devido a alguns fatores relacionados a distúrbios endócrinos (como síndrome do ovário policístico), problemas psicológicos, transtornos alimentares, estresse, ansiedade e depressão, os quais conduzem à obesidade e alterações do comportamento alimentar e do gasto energético (COSTA; BRITO; LESSA, 2014).


2.2   Jejum intermitente


Pesquisadores têm buscado identificar os benefícios do jejum intermitente, sendo que alguns pesquisadores apoiam e outros não apoiam o jejum intermitente relacionados a prática saudável ou não (NEVES, 2016).

O  jejum   intermitente (JI) vem   ser tornando bastante popular entre os pesquisadores e os meios de comunicação, pois os estudos mostram que ele fornece benefícios metabólicos e   cardiovasculares   além  da   perda  de peso, segundo Daniel (2018), dentro os protocolos de JI,  podemos  citar  o  jejum  completo  em  dias alternados,  nesse protocolo  de  JI,  o  indivíduo fica  sem  consumir  alimentos  ou bebidas  com algum  tipo  de  energia,  alternando  com  dias  de alimentação ad libitum, o  indivíduo  pode  se alimentara vontade, sem privação de alimentos.

O jejum intermitente seria o termo de privação de nutrientes e proteínas necessário para o corpo, no primeiro momento a percepção do corpo, seria a falta de nutrientes. Em finalidade, esse déficit (LIMA, et al, 2019).

    Um método do jejum intermitente seria uma intervenção, seria uma alteração na composição corporal.  O jejum seria indicado para pessoas muito acima do peso e que desejam ganhar massa magra, mas o tempo deverá ser demorado, não de repente (RAMALHO,2018).

O jejum intermitente é realizado pelo motivo do emagrecimento, pois a obesidade vem sendo um problema mundial. Sendo a obesidade considerado uma epidemia com características genéticas, as condições socioeconômicas, a cultural, surgindo vários riscos, como a cormorbidades associadas (RAMALHO, 2018).

O Jejum intermitente tem um maior efeito metabólico quando comparado à restrição calórica, e associado à atividade física tem um resultado    superior    se    for    comparado    aos indivíduos sedentários.      Essa      estratégia nutricional    tem   resultados    expressivos    em pacientes obesos, pois elas permitem com que o indivíduo tenha uma diminuição do percentual de gordura (VICENT; KR; BRAITH, 2012).

Um método do jejum intermitente seria uma intervenção, seria uma alteração na composição corporal.  O jejum seria indicado para pessoas muito acima do peso e que desejam ganhar massa magra, mas o tempo deverá ser demorado, não de repente (RAMALHO,2018).


 2.3       Benefícios do exercício na saúde    


Quando o homem interage com o ambiente são geradas sensações, percepções, pensamentos, memórias, linguagem e motivação, a formação do comportamento alimentar não é caracterizada simplesmente pela repetição do consumo do alimento, mas sim pela influência de fatores intrínsecos e extrínsecos (BASTOS, et al, 2013).

Os fatores intrínsecos estão relacionados com o mecanismo neurológico, são comandados por fatores biológicos, fisiológicos e químicos e são responsáveis pela sensação de fome e saciedade, estímulo do sistema sensorial e pelo mecanismo de recompensa e prazer. Já os fatores extrínsecos são aqueles relacionados com o ambiente em que se vive, o social, a cultura (crenças e valores), a mídia e o fator econômico (CORREIA, 2012).

Segundo Bastos et al (2013) alguns dos fatores extrínsecos que influenciam o consumo alimentar são a disponibilidade e o acesso ao alimento em casa, as práticas alimentares e o preparo do alimento. Esses fatores podem propiciar um ambiente desfavorável que favoreça o desenvolvimento de distúrbios alimentares, que, uma vez instalados, poderão permanecer ao longo da vida.

Os fatores intrínsecos e extrínsecos estão relacionados à escolha dos alimentos, que é um processo complexo e que pode ter consequências a curto e longo prazo para a saúde. O excesso de peso, por exemplo, pode ser influenciado pelas repetições de um determinado comportamento em que o indivíduo é exposto por um maior período, tornando-se o hábito alimentar e, diante disso, um dos grandes obstáculos para se obter uma vida saudável (CORREIA, 2012).

Para modificar o cenário de excesso de peso devido aos fatores que influenciam o hábito alimentar, existem técnicas de intervenção que preveem a mudança de com­portamento através de uma ampla gama de atividades e abordagens que afetam a escolha alimentar do indivíduo em sua comunidade e no ambiente doméstico (CORREIA, 2012).

Segundo Neves (2016) a modificação comportamental implica na utilização de técnicas para alterar o comportamento ou as reações de uma pessoa aos indícios do meio ambiente por meio de reforço positivo e negativo da extinção de comportamentos desajustados. No contexto da nutrição, tanto a educação como o aconselhamento são técnicas que podem ajudar o indivíduo a alcançar os objetivos de saúde de curto e longo prazo.

    As diretrizes de saúde pública concentram-se principalmente na promoção da atividade física e do exercício aeróbico em estado estacionário, o que melhora a aptidão cardiorrespiratória e tem algum impacto na composição corporal. No entanto, Alves (2012) mostra pesquisas que demonstram que o treinamento com exercícios de resistência tem efeitos profundos no sistema músculo-esquelético, contribui para a manutenção das habilidades funcionais e evita osteoporose, sarcopenia, dor lombar e outras deficiências.

Segundo Ades (2016) pesquisas seminais mais recentes demonstram que o treinamento resistido pode afetar positivamente fatores de risco, como resistência à insulina, taxa metabólica de repouso, metabolismo da glicose, pressão arterial, gordura corporal e tempo de trânsito gastrointestinal, associados a diabetes, doenças cardíacas e câncer, outras pesquisas também indicam que praticamente todos os benefícios do treinamento resistido são obtidos em duas sessões de treinamento de 15 a 20 minutos por semana.                 

O treinamento de resistência sensível envolve movimentos controlados precisos para cada grupo muscular principal e não requer o uso de resistência muito pesada. Juntamente com um breve exercício aeróbico prescritivo em estado estacionário, o treinamento de resistência deve ser um componente central dos programas de promoção da saúde pública (BINDER, et al, 2015).

O exercício é um dos componentes mais importantes na prevenção e tratamento da fragilidade. Portanto, revisamos sistematicamente o efeito do treinamento resistido (TR) sozinho ou combinado com a intervenção multimodal sobre a hipertrofia muscular, força máxima, potência, desempenho funcional e incidência de quedas em idosos fisicamente frágeis.

O treinamento resistido é recomendado pelas organizações nacionais de saúde para incorporação em um programa abrangente de condicionamento físico que inclui exercícios aeróbicos e de flexibilidade. Seus benefícios potenciais em saúde e desempenho são numerosos, foi demonstrado que reduz a gordura corporal, aumenta a taxa metabólica basal, diminui a pressão sanguínea e as demandas cardiovasculares para se exercitar, melhora o perfil lipídico no sangue, a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina, aumenta a área transversal do músculo e do tecido conjuntivo, melhora a capacidade funcional, e aliviar a dor lombar (CASTANEDA, et al, 2012).

Muitas melhorias na função física e no desempenho atlético estão associadas ao aumento da força muscular, potência, resistência e hipertrofia observadas durante o treinamento de força. Segundo Evans (2018) o elemento chave para o treinamento de resistência eficaz é a supervisão de um profissional qualificado e a prescrição adequada das variáveis do programa.

O treinamento de força ajuda a acelerar o metabolismo e a manter um corpo mais magro e saudável, o treinamento de força ajuda a prevenir doenças, é muito eficaz para a artrite e ajuda as mulheres na menopausa a aumentar sua densidade óssea, em outras palavras, pode ajudar a prevenir lesões, também apenas faz você se sentir bem, pode dar ao seu corpo o impulso extra que ele pode estar procurando.

A adaptação mais popular ao treinamento de resistência inclui o desenvolvimento de força e hipertrofia muscular esquelética, em idosos também aumenta a potência, reduz a dificuldade de realizar tarefas diárias, aumenta o gasto de energia e a composição corporal e promove a participação na atividade física espontânea. Segundo Vicent; Kr; Braith (2012) o comprometimento do desenvolvimento da força pode resultar quando o treinamento aeróbico é adicionado ao treinamento de resistência, mas pode ser evitado com o treinamento limitado a 3 dias / semana.

A amiotrofia é um dos fatores responsáveis pelo declínio na produção de força, no entanto, estudos com fibras isoladas permitiram sugerir que alterações bioquímicas complexas também participam da explicação da diminuição do desempenho durante o envelhecimento, além da amiotrofia, há uma diminuição real na capacidade das fibras de produzir força. 

A origem dessa disfunção permanece obscura, mas pode implicar as propriedades da própria molécula de miosina cuja síntese e taxa de renovação são mais lentas. os efeitos do envelhecimento têm consequências funcionais menos marcadas para eles, a amiotrofia é um dos fatores responsáveis pelo declínio na produção de força, no entanto, estudos com fibras isoladas permitiram sugerir que alterações bioquímicas complexas também participam da explicação da diminuição do desempenho durante o envelhecimento, além da amiotrofia, há uma diminuição real na capacidade das fibras de produzir força (WESTCOTT, 2012). 

O treinamento resistido é um componente importante da atividade física para todas as faixas etárias, mas o treinamento resistido para idosos tem benefícios especiais adicionais para a saúde do idoso. Segundo Alves (2012) a American Heart Association indica que todas as faixas etárias podem se beneficiar do treinamento de resistência:

  •        O    treinamento resistido aprimora um programa de exercícios aeróbicos;
       
  •    Permite    que o corpo das pessoas funcione melhor no dia-a-dia; por exemplo,    ao pegar uma criança pequena ou uma caixa;

        
  •    Promove    músculos fortes em todo o corpo, mas muito visivelmente nas costas    e no abdômen;

        
  •    O    treinamento regular reduz o risco de lesões nas costas;

        
  •    Estudos    observam que o treinamento resistido melhora a atividade física que    você já faz. Se você jogar golfe, seu swing    irá melhorar. Se você gosta de nadar, seus movimentos melhoram e    assim por diante;

        
  •    O    treinamento progressivo com pesos pode ajudar a prevenir e tratar    uma infinidade de problemas de saúde. Os riscos de doenças    crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes    e muito mais, são reduzidos com o treinamento regular de    resistência, porque o corpo tem mais músculos e menos gordura;

        
  •     Bem-estar    psicológico aprimorado, incluindo uma auto-imagem mais positiva,    porque o corpo está mais apto e o indivíduo é capaz de operar de    forma independente. [...]