O RETORNO DO “ESPÍRITO MODERNISTA” AO BRASIL

Talita Santos Menezes[1] 

RESUMO 

As manifestações ocorridas em cidades brasileiras tiveram repercussão nacional e internacional. Tal movimento que agregou milhares de pessoas nas ruas em protesto contra a situação política e econômica (entre outras reivindicações) evidenciou uma tomada de atitude popular que assustou as instâncias governamentais. Essas manifestações, então, passaram a ser objeto de análise de várias áreas do conhecimento. Este trabalho se situa nesse âmbito, tentando fazer uma analogia entre os protestos ocorridos (e suas eventuais incitações) e o que ocorrera durante a fase do Modernismo Brasileiro. Pretendemos evidenciar aspectos característicos do movimento modernista que são possivelmente visualizados nas manifestações ocorridas no Brasil. Nesse sentido, não assumimos que tais manifestações sejam vistas como reprodução do movimento modernista, mas, ao confrontar contextos e “estados de espírito”, pretendemos mostrar semelhanças entre ambos os movimentos. O objetivo do trabalho é, portanto, comparar as manifestações ocorridas no Brasil ao que ocorreu na época do Movimento Modernista brasileiro, a fim de encontrar conexões e/ou semelhanças entre ambas as situações.

PALAVRAS-CHAVE: Manifestações. Brasil. Modernismo.

ABTSRACT

 

The manifestations occurred in Brazilian cities have had national and international repercussion. Such movement gathered thousands of people on the streets to protest against the political and economic situation (among others claims) has evidenced that an action taken by the people that scared the governmental divisions. These manifestations, therefore, turned out to be an object of analysis to various knowledge fields. This paper is situated in this area, trying to make an analogy between the protests occurred (and its eventual incitements) and what will happen during the Brazilian Modernism period. It is intended to evidence characteristics aspects of the modernist movement that are possibly visualized in the manifestations occurred in Brazil. This way, we don’t assume that such manifestations are seen as reproduction of the modernist period, but, when confronting contexts and “states of spirits”, we intend to show similarities between both movements. The goal of this paper is, therefore, to compare the manifestations occurred in Brazil to what happened in the Brazilian Modernist Movement, aiming to find connections and/or similarities between both situations.

KEY-WORDS: Manifestations. Brazil. Modernism.

1 INTRODUÇÃO

 

É inegável que as manifestações sucedidas no mês de Junho do corrente ano tiveram grande repercussão e isso mostra que tais protestos tornaram-se um dos destaques de acontecimentos históricos ocorridos no contexto nacional.

Nesse contexto, torna-se possível observar determinadas características inerentes a essas manifestações que são muito semelhantes ao “espírito revolucionário” que tomou conta dos artistas e escritores do movimento modernista brasileiro. O objetivo do trabalho é, portanto, comparar as manifestações ocorridas no Brasil com o “contexto espiritual” do Modernismo Brasileiro, a fim de identificar semelhanças entre este movimento e os protestos vistos em Junho deste ano no país, bem como relacionar as semelhanças encontradas.

Sabe-se que a análise de qualquer acontecimento histórico que ocorra no âmbito nacional torna-se de grande valia, já que a atitude do povo acaba por criar uma nova configuração (no mínimo) ideológica na época em que sucede. Nesse sentido, o presente trabalho, de caráter qualitativo e bibliográfico, baseia-se em informações vinculadas em ambientes virtuais e em obras referentes ao movimento modernista brasileiro, nas figuras de Mário de Andrade (1978), Graça Aranha (1997) e Lafetá (2000), bem como outros autores que tratem de temas paralelos ao exposto no presente trabalho.

2 O CONTEXTO BRASILEIRO

 

Colocadas no patamar de “maior movimento popular da história do Brasil”, segundo Novaes (2013), as manifestações sociais ocorridas no Brasil em Junho deste ano mostraram o descontentamento, insatisfação e inconformismo com a realidade nacional que tomou conta do povo brasileiro.

O uso das redes sociais na internet e a velocidade do compartilhamento das informações através dos meios tecnológicos contribuíram em grande parte para a grandeza dos protestos ocorridos. Numa sociedade em que as interações e comunicações sociais se dão em larga escala por meio das redes sociais, qualquer movimento difundido nesses ambientes virtuais alcança considerável número de indivíduos e se tal movimento for condizente com as aspirações desses usuários, as proporções do alcance deste movimento serão incontáveis. Foi o que pode ser percebido nas incoerências numéricas acerca da quantidade de manifestantes presentes nas ruas: a imprensa divulgava determinado número e os participantes refutavam-no com outro.

Novaes (2013) traz a ideia de que uma nova cartografia tem sido desenhada através dos movimentos sociais baseados em meio às redes sociais, pois tais ambientes propiciam ao sujeito a criação de uma “informação que percorre a rede acompanhada de julgamentos que instigam o ativismo social porque elevam os níveis de consciência geral.” E essa “consciência geral” foi descrita nas frases mais famosas dos movimentos: Vem pra rua, O gigante acordou, Acorda Brasil, dentre outras.

É importante também observar que a participação nas manifestações trazia a “mistura” das culturas brasileiras. O protesto agregou indivíduos de diferentes classes sociais, mas que estavam unidos por um único objetivo: fazer sua voz ouvida.

Num ensaio intitulado “Cultura brasileira e culturas brasileiras”, Bosi (2002) afirma que geralmente se fala em “cultura brasileira” (no singular) “como se existisse uma unidade prévia que aglutinasse todas as manifestações materiais e espirituais do povo brasileiro” (p. 308). Mas, ao decorrer do seu estudo, o autor mostra a variedade de culturas brasileiras existentes. Ele fala em cultura erudita – centralizada no sistema educacional (principalmente o universitário), cultura popular – basicamente iletrada, cultura criadora – nas figuras de escritores, compositores, artistas plásticos, entre outros, e cultura de massas – ligada aos sistemas de produção e mercado de bens de consumo, e trata (também) de relações existentes entre tais culturas.

Nesse sentido, é interessante observar, então, a presença dos indivíduos pertencentes a essas culturas tratadas pelo autor nas manifestações ocorridas no país. Independentemente do motivo que os tenha levado às ruas, lá estavam universitários, donas de casa, trabalhadores rurais, jornalistas, jovens, crianças, enfim, a população unida a fim de se manifestar contrariamente à realidade vivida no Brasil, afinal, incomoda saber que

No sistema de classes regido por Estado que oscila entre um liberalismo econômico e um autoritarismo político, a sorte das culturas brasileiras parece, à primeira vista, já selada. Estimuladas, reproduzem-se a cultura universitária (tecnicista) e a indústria cultural. Ignoradas, quando não exploradas, as várias formas de cultura popular. Absorvidas, até um limite, as manifestações criadoras individuais. Reprimidas, as formas abertamente críticas em qualquer faixa que se pronunciem. (BOSI, 2002, p. 340)

A intensidade das manifestações alarmou as autoridades e o desprezo por participações políticas no movimento mostrava que um dos principais alvos dos protestos – senão o principal – era a política brasileira. Mesmo assim, vários políticos deram pronunciamentos a favor das manifestações e os que ousaram falar contra, fossem políticos ou “celebridades”, foram ferozmente criticados pelos manifestantes.

O povo tomou coragem e foi às ruas, constituindo um movimento que certamente marcou a história do Brasil. Essas manifestações tornaram-se alvo de diversas análises, mas ainda são complexas demais para terem interpretações corretas e definitivas. O que cabe, então, são especulações e aproximações do que ocorrera nas ruas do Brasil nesse ano.

3 ASPECTOS MODERNISTAS NAS MANIFESTAÇÕES BRASILEIRAS

Nas palavras de Mário de Andrade (1978:231) “o movimento modernista foi o prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado de espírito nacional”. Sendo um movimento que surgiu em meio a tantos acontecimentos no mundo, o modernismo impôs a criação de um “espírito novo”.

Os anos se passaram e o movimento modernista realmente marcou a história brasileira, porém, ao longo desses anos, aquele “espírito novo” deixou de ser “novo” e passou a ser o “comum”, sendo posteriormente substituído pelos “espíritos” pós-modernista e contemporâneo. Contudo, o incômodo e insatisfação que tomou conta daqueles modernistas e que fizeram com que eles preparassem o terreno para os próximos movimentos, parecem ter ressurgido no coração dos brasileiros.

Assustados com as crises ocorridas em outros países, incomodados com a crescente “invasão” de estrangeiros no país – os quais, em sua maioria, acabam por ocupar os cargos que por direito deveriam ser (e talvez até fossem) destinados aos próprios brasileiros – insatisfeitos e saturados com a corrupção política que se tem visto no país, os brasileiros foram às ruas manifestar e num ato (parecido com o ocorrido na Semana de Arte Moderna), as manifestações populares ocorridas no Brasil tornaram-se o atual “brado coletivo”.

3.1 PROJETO ESTÉTICO E PROJETO IDEOLÓGICO

Lafetá (2000), ao examinar o modernismo brasileiro, assinala que em qualquer movimento de renovação estética, há um projeto estético – ligado às modificações operadas na linguagem – e um projeto ideológico – atrelado ao pensamento (visão de mundo) da época em que tal movimento ocorra, ou seja, há “relações que o movimento mantém com os outros aspectos da vida cultural” (p. 19). Vale ressaltar, no entanto, que o próprio autor afirma que ambas as faces são complementares e intimamente conjugadas.

Voltando o olhar para as manifestações sociais ocorridas no cenário brasileiro e mais especificamente às produções textuais expostas nesses movimentos – principalmente através dos cartazes – é possível também vislumbrar tanto um projeto estético, quanto um projeto ideológico do movimento denominado “Acorda Brasil”.

Expressões como “Vem pra rua”, “o gigante acordou” ou mesmo o (novo) uso de trechos do hino nacional brasileiro, como “verás que um filho teu não foge à luta”, tornaram-se alvo de várias análises por, além de trazer uma nova significação aos termos, expressar (também) a ideologia ou uma das ideologias dos protestos.

Cartaz de manifestante 

                                                                                                                  Cartaz de manifestante (2)

Lafetá (2000) afirma que

Para situar o Modernismo é preciso pensar na sua correlação com outras séries da vida social brasileira, em especial na sua correlação com o desenvolvimento da economia capitalista em nosso país. [...] Nesse ponto o Modernismo [...] trata-se da denúncia do Brasil arcaico, regido por uma política ineficaz e incompetente. (pp. 26,27)

Não se pode afirmar que as manifestações ocorridas no Brasil estão diretamente ligadas ao movimento modernista (impossível!), mas é possível perceber quão semelhantes são as inquietações dos indivíduos de ambas as épocas nos que diz respeito (principalmente) à economia e política brasileira. 

Manifestações

3.2 O ESTADO DE ESPÍRITO

Embora o modernismo e a Semana de Arte Moderna tenham marcado notoriamente como um movimento literário e artístico, não há incongruência alguma em dizer que as manifestações ocorridas no Brasil trouxeram características modernistas, já que nas palavras de Mário de Andrade (1978) – um dos personagens do movimento modernista no Brasil – o modernismo “não era uma estética [...]. Era um estado de espírito revoltado e revolucionário que [...] preparou o estado revolucionário das outras manifestações sociais do país.” (p. 251).

Vê-se, então, que a marca do modernismo era um novo “estado de espírito” que surgira nos artistas e escritores pertencentes ao movimento, da mesma forma que um “novo espírito” surgiu no coração de grande parte[2] dos brasileiros e os fez ir às ruas reivindicar direitos e expor sua insatisfação e não contentamento com a realidade brasileira.

Graça Aranha (1997) na conferência que deu na Academia Brasileira de Letras em 19 de Junho de 1924, falou (entre outras questões) sobre um dos aspectos presentes no movimento modernista, aspecto este que também foi notório nas manifestações sociais ocorridas no país: libertação.

A nossa vida começa exatamente no ponto em que se inicia a nossa libertação, ou já no esforço que fazemos para nos libertar das nossas heranças espirituais. Só daí em diante começamos a viver nossa personalidade. Aquele que não tem forças para essa libertação, para criar a sua vida e fazer dela uma força nova, esse na sua humilde submissão não é um homem vivo. É espectro do passado. (ARANHA, 1997, p. 320)

Possivelmente fora que isso que ocorreu nas avenidas brasileiras: o povo mostrou que se libertou (ou está se libertando) das heranças espirituais do conformismo político, social e histórico que paira (ou pairava até Junho deste ano) sobre os brasileiros.

3.3 CENÁRIOS

Semelhantemente ao ocorrido durante o movimento modernista, São Paulo e Rio de Janeiro destacaram-se entre as capitais onde ocorreram as manifestações e, embora Brasília – sede do governo – fosse o principal alvo das críticas, essas duas cidades, após anos das antigas manifestações e do movimento modernista, mais uma vez foram os principais pontos de encontro dos incomodados e insatisfeitos, daqueles que não se conformam, que querem mudança, desejam o novo, fazem a revolução.

O movimento de Inteligência que representamos, na sua fase verdadeiramente “modernista”, não foi o fator das mudanças político-sociais posteriores a ele no Brasil. Foi essencialmente um preparador; o criador de um estado de espírito revolucionário e de um sentimento de arrebentação. (ANDRADE, 1978, p. 241)

Talvez, como ocorrido nessa fase descrita por Mário de Andrade, as manifestações não sejam responsáveis por mudanças político-sociais que possam vir a acontecer – ou não – no Brasil, mas tais movimentos certamente contribuíram para (ou já foram o resultado) de um estado de espírito novo que fez com que o indivíduo tivesse coragem de se expressar sem temer às críticas ou repressões, mas que desejou marcar sua geração e até mesmo escrever sua própria história como um brasileiro que faz jus ao hino de sua pátria – um filho que “não foge à luta” – já premeditado por Mário de Andrade (1978) quando disse “mas nesse vulcão, agora ativo e de tantas esperanças, já vinham se fortificando as belas figuras mais nítidas e construidoras [...]. Que a vida terá que imitar qualquer dia” (p. 242)

Talvez esse dia já tenha chegado, talvez do meio das multidões que foram às ruas protestar saiam os poetas, escritores e artistas capazes de criar um novo movimento – absurdo demais? – um novo marco histórico e até mesmo literário (quem sabe?!).

Seguindo o pensamento modernista de que o modernismo trouxe um “espírito novo”, Graça Aranha (1997) diz que esse movimento espiritual modernista não deveria se limitar unicamente à arte e à literatura, mas deveria ser total. Ou seja, havia nos modernistas um sentimento e desejo de transformações artísticas, filosóficas e sociais também.

Ser brasileiro é ver tudo, sentir tudo como brasileiro, seja a nossa vida, seja a civilização estrangeira, seja o presente, seja o passado. É no espírito que está a manumissão nacional o espírito que pela cultura vence a natureza, a nossa metafísica, a nossa inteligência e nos transfigura em uma força criadora, livre e construtora da nação. (ARANHA, 1997, p. 323)

É o que o brasileiro foi para as ruas dizer; que quer construir um novo cenário nacional.

3.4 DIREITO DE LIBERDADE

         Em seu discurso acerca do movimento modernista, Andrade (1978:242) diz que “o espírito modernista que avassalou o Brasil, que deu o sentido histórico da Inteligência nacional desse período, foi destruidor. Mas esta destruição, não apenas continha todos os germes da atualidade, como era uma convulsão profundíssima da realidade brasileira.”

Quão semelhante “destruição” o movimento “Acorda Brasil” fez na atualidade; destruindo a apatia e conformismo de uma nação (em sua maior parte) diante da realidade vivida. É certo que outros movimento já “acordaram” o povo brasileiro anteriormente, mas as manifestações vistas durante este ano fizeram a população se erguer, ir às ruas e trazer à tona a força da voz do povo.

É pela coragem, força e ousadia dos modernistas da Semana de Arte Moderna que, segundo Andrade (1978), o artista brasileiro de hoje tem a liberdade e o direito de expor suas inquietações e pesquisas e, independentemente dos motivos ou aspirações, o povo brasileiro continua mostrando a mesma coragem, força e ousadia a fim de manter válidos esse e outros direitos conquistados.

As palavras de Graça Aranha (1997:324) expressam exatamente o grito do jovem brasileiro que foi às ruas: “Este é o meu Brasil. A nossa união é imorredoura. Nada me afasta da sua energia transcendente, que vibra na minha alma e alegra a minha fusão com esta terra exaltada e fascinante.” É certo que há várias “vozes” que ainda tentam reprimir e calar o grito do povo e até mesmo forças que tentam paralisá-los, mas, assim como Andrade (1978:255), certamente pensam os brasileiros que foram às ruas: “Será a liberdade uma bobagem?...Será que o direito é uma bobagem!... A vida humana é que é alguma coisas a mais que ciências, artes e profissões. E é nessa vida que a liberdade tem um sentido, e o direto dos homens.”

4 CONCLUSÕES

O que o país viu através da mídia ou com os próprios olhos em meio às avenidas foi o grito que estava guardado no coração do povo brasileiro há muito tempo. As manifestações iniciadas e divulgadas através das redes sociais, mas que tomaram conta das ruas, mostraram o lado crítico e inconformado da população. Os “diferentes” tornaram-se iguais e juntos marcaram a história do Brasil.

Assim como ocorrido na época do Modernismo Brasileiro, um “espírito novo” tomou conta dos indivíduos e fez com que eles expressassem de inúmeras formas a insatisfação e o não contentamento com a realidade em que vivem. As manifestações, então, trouxeram à tona novas significações e ideologias, mas em cenários e com desejos muito semelhantes aos dos modernistas. É possível até ver soar ainda hoje a ordenança de Mário de Andrade (1978:255) “Marchem com as multidões” – muito semelhante ao tão conhecido “vem pra rua”.

Certamente o “espírito novo” que na “era modernista” libertou os artistas e escritores daquela época e que agora “acordou o gigante” e fez o brasileiro ir às ruas, irá repercutir na arte e na literatura brasileira não só de nossa época, mas na de épocas vindouras também.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: ANDRADE, M. Aspectos da literatura brasileira. 6.ed. São Paulo: Martins, 1978.

ARANHA, Graça. O espírito moderno. In: TELES, G. M. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro: apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas de 1857 a 1972. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: CIA das Letras, 2002.

LAFETÁ, João Luiz. 1930: A crítica e o modernismo. ed. 34. São Paulo: Duas cidades, 2000.

NOVAES, Marlene.  A respeito das manifestações ocorridas no Brasil: movimentos sociais baseados em rede ou o que diz a voz do povo. Blog da Revista Espaço Acadêmico. 2013. Disponível em: < espacoacademico.wordpress.com>. Acesso em: 30 Jul. 2013



[1] UFS – Universidade Federal de Sergipe. Pós-Graduação em Letras. E-mail: [email protected]

[2] Dizemos “grande parte” porque, da mesma forma que os modernistas foram vaiados e reprovados durante suas apresentações na Semana de Arte Moderna, os indivíduos que foram às ruas manifestar também foram reprovados em suas atitudes por outra parte da população que não aderiu ao movimento.