O pacto de Dorian Gray e o mito de Narciso Karen Tatyane C. dos Anjos Resumo Este trabalho trata de uma renomada obra, O Retrato de Dorian Gray, um romance inglês escrito por Oscar Wilde em 1890. A obra narra a história de Dorian Gray, um jovem de uma beleza rara, que se envaidece ao ponto de desejar que sua beleza se tornasse eterna, isso o leva a realizar um pacto com o retrato de si mesmo que Basil, um artista e seu amigo pessoal, havia pintado. A partir dos aspectos que dizem respeito a esse pacto, proponho-me a analisar as relações que se podem estabelecer entre o mesmo com o mito de Narciso e o culto à beleza, a relação com a arte e o belo, bem como, as críticas que o autor faz à sociedade de sua época através dessa obra. Palavras-chave: beleza, mito, retrato, alma, sociedade. O Retrato de Dorian Gray é considerado uma das obras primas de Oscar Wilde e, o único romance do autor, escrito em 1890. O livro conta a história de Dorian Gray, filho de uma linda mulher que arriscara sua vida por uma paixão, deixando-o a mercê da tirania de um velho, o avô de Dorian. Este homem havia proibido o relacionamento de sua filha com o homem que ela amava, por serem de classes sociais muito diferentes. Mas, mesmo contra a vontade de seu pai, a moça, Lady Margaret, casa-se com o rapaz. O pai de Margaret, o velho Kelso, propõe um duelo entre seu genro e um homem ao qual paga para que o mate. Uma linda mulher arriscando tudo por uma louca paixão. Algumas semanas de felicidade veemente cortada por um crime traiçoeiro, hediondo. Meses de agonia muda o garoto nasce dessa dor, a mãe levada pela morte, o filho abandonado à solidão, à tirania e ao desamor de um velho (WILDE, 2002: 41). Nota-se, desde já, que o contexto em que nasce Dorian não é muito favorável. A vida lhe colocaria de frente a situações que poderiam lembrar seu passado e certamente ele deverá escolher o caminho pelo qual andará. Podemos adiantar que as escolhas de Dorian é que traçarão seu destino. O rapaz - Dorian Gray - era extremamente belo e aos vinte anos de idade, numa das festas da sociedade Inglesa, conhece Basil Hallward, um pintor muito famoso em sua época. Este se propõe a pintar o admirável e de rara beleza Dorian Gray, num retrato em tamanho real. É através deste retrato que o rapaz se dará conta da totalidade de sua beleza, pois até então não havia se preocupado com isso, nem sequer havia parado para pensar sobre isso, até esse momento nunca reparara em sua própria beleza. Basil tinha um grande amigo, Lorde Henry Watton. Um dia, quando chega à casa de Basil para posar para o seu retrato, como de costume, Dorian o conhece e fica fascinado por sua filosofia sobre o homem daquela Inglaterra e sua vida hipócrita. Eles começam a se encontrar com freqüência e, em conseqüência disso, a vida de Dorian começa a mudar totalmente. Wotton, através de seus belos discursos, abre os olhos do rapaz para sua maravilhosa aparência, então Dorian começa a ficar obcecado por sua própria beleza e com medo de envelhecer. Lorde Wotton chama a atenção de Dorian para o fato de que, conseqüentemente, ficará velho e feio. (...) A noção de sua beleza dominava-o como uma revelação. Nunca a tivera antes dessa hora. Sempre tomara os elogios de Basil por um exagero gentil de amigo. Ouvira-os, rira deles, esquecera-os. Nunca esses cumprimentos lhe tinham influenciado a índole. Eis que surgira Lorde Henry Wotton com o seu singular elogio da mocidade, a terrível advertência da breve duração dessa quadra da vida. (...) (WILDE, 2007: 35) Desde então uma ansiedade e total obsessão começam a invadir todo o ser de Dorian, e um desejo terrível começa a dominar por completa a sua mente e o seu coração. Ele deseja que seu retrato assuma todos os sinais desagradáveis, obscuros e desventurosos que pudessem vir sobre ele em um futuro muito próximo, e que ele pudesse ser jovem e belo eternamente. Menciona que seria capaz de entregar a própria alma em troca desse favor, sem saber que isso poderia lhe trazer conseqüências terríveis e que ele nunca imaginara em toda sua vida, e que estas poderiam persegui-lo por toda a existência. (...) Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma! (...) ¬(...) _ Tenho inveja de todas as coisas cuja beleza não morre. Tenho ciúme do retrato que você fez de mim. Porque ele há de guardar o que perderei? Todo momento que passa tira-me alguma coisa para dar a ele. Oh! Se fosse possível o inverso! Se o retrato mudasse, e eu fosse sempre o que sou agora! Porque pintou esse quadro? Ele zombará de mim dia a dia... Zombará horrivelmente! (WILDE, 2007: 37) O desejo do coração de Dorian é expresso por seus lábios e de alguma forma, e em algum lugar, fora ouvido, talvez por alguém ou por algo e, pelo desenrolar dos fatos, é possível presumir que foi atendido. Ao observar o quadro, ano após ano, o belo e maravilhoso rapaz percebe que os traços da pintura se modificam apavorantemente. A beleza e a juventude se transformam em velhice e feiúra, que tomam conta de sua face estampada no retrato. Como isso acontecera? Será que, ao dizer essas palavras, Dorian imaginara que realmente poderia ser jovem para sempre enquanto seu retrato envelheceria? A noção de beleza eterna o cegara a tal ponto que naquele instante é possível que tenha mesmo pensado que sim. No decorrer da história, sob possíveis influências de Lorde Wotton, o protagonista da obra se corrompe e passa a dedicar-se a realizar todos os seus próprios caprichos e prazeres. Quando ele, inconseqüentemente menciona seu desejo, o que acontece de fato, é uma troca: enquanto a alma de Dorian fica presa ao retrato, a beleza eterna da pintura prende-se a ele. Sua verdadeira personalidade se revela a cada dia através do quadro. Dorian começa a praticar todas as coisas consideradas abomináveis e sujas, porém, nada disso transparece em sua face, ele continua impecável, exatamente como aos seus vinte anos de idade, quando seu retrato fora pintado. Todo sentimento de inveja, ira, maldade, tristeza, tudo o que há de mais horrendo em Dorian é automaticamente refletido em seu retrato através de sua alma. Analisando a obra, percebe-se que o retrato pintado por Basil é a representação simbólica da alma de Dorian Gray, ou ainda o espelho que absorve tudo o que há de mais terrível em sua alma, que reflete não só a sua alma, mas a sua personalidade interior, tudo aquilo que ele pensava que deveria ser guardado dentro de seu ser, onde ninguém poderia ver. O espelho é simbólico, é o reflexo da alma, ele não mente. É o conhecimento do homem sobre si mesmo. Segundo VETTORAZZO FILHO, 2007 A relação entre “imagem” e o desenvolvimento do Eu, como subjetividade, sempre esteve presente nas teorizações psicanalíticas. Lacan, seguindo Freud, propôs com a noção de estágio do espelho um momento constitutivo, no qual se produz a partir da identificação à imagem do outro – matriz identificante –, uma imagem unificada de si, correspondente aos primeiros esboços do Eu. Ao reconhecer sua “imagem”, a criança inicia uma relação especular com ela, correlata à sua relação com a mãe, cujo olhar é tal qual o próprio espelho em que se vê. Tal condição nos permite ainda pensar a questão narcísica sob o vértice do “outro” que, implicado em seu próprio narcisismo, também se vê refletido na própria imagem que projeta. (P. 02) Essa relação do retrato de Dorian com o espelho nos remete ao mito de Narciso, que segundo a Mitologia Grega, era um jovem dotado de extrema beleza, filho do deus Céfiso e da ninfa Liríope. No dia em que ele nasceu, o adivinho Tirésias profetizou que desde que não visse a si próprio, Narciso viveria longamente. Porém, havia Eco, uma ninfa que se apaixonara por Narciso sem nunca ser correspondida. A ninfa havia recebido um castigo da deusa Era: não mais falaria, apenas repetiria os últimos sons das palavras que ouvisse. Certo dia de verão, Narciso partira para caçar com alguns amigos e Eco o seguia sem que alguém a visse. Tendo-se afastado muito de seus amigos Narciso percebe que está perdido e começa a gritar por eles. Segundo Brandão (2000), Antonio Feliciano de Castilho nos deu, com sua tradução do latim para o português, o tom, primeiro das esperanças e, depois, do desespero de Eco: Dos sócios seus na caça extraviado Narciso bradava: olá! Ninguém me escuta? Escuta, lhe responde a amante ninfa. Ele pasma, em redor estira os olhos; E, não vendo ninguém: vem cá, lhe grita; Convite igual ao seu parte dela. Volta-se, nada vê: Por que me foges? Clama; Por que me foges, lhe respondem. Da mútua voz deluso, insiste ainda: Juntemo-nos aqui. Frase mais doce, Nem lha espera, nem quer; delira, e logo, Juntemo-nos aqui, vozeia em ânsias De o pôr por obra; a espessura rompe, Vem de braços abertos, anelando, Tão suspirado objeto, alfim colhê-lo. Ele foge; fugindo, ilude o abraço, E Antes, diz, morrerei, que amor nos una. Ela, imóvel, co’a vista o vai seguindo, E, ao que ouviu, só responde: Amor nos una. (P. 177, 178) Muito friamente, Eco fechou-se em sua paixão por Narciso, deixando-se de se alimentar, definhou. Transformou-se num rochedo condenada a apenas repetir os últimos sons das palavras que ouvia. Então as outras ninfas irritadas com a falta de sensibilidade de Narciso, rogaram a Nêmesis que o castigasse. Este condenou Narciso a amar um amor impossível. Certo dia estava Narciso com sede e aproximou-se da fonte de Téspias para beber de suas límpidas águas. Ainda na tradução de Antônio Feliciano de Castilho: Sem limos, toda esplêndida, manava, Fonte argêntea, onde nunca os pegureiros, Nunca do monte as cabras repastadas, Nem outra qualquer grei, jamais desceram; Ave alguma o cristal lhe não turbara, Nem fera, nem caduca arbórea rama. Com seu frescor em torno se lhe alastra Mole tapete ervoso, e a cingem bosques, Do lago contra os sóis perene escudo. Da beleza do sítio, e do saudoso Murmúrio cativado, aqui chegava, Da calma, e do caçar opresso, o jovem. (P. 180) Debruçou-se sobre o espelho imaculado das águas e viu-se. Viu a própria imago (imagem), a própria umbra (sombra) refletida no espelho da fonte de Téspias. Si non si uiderit. “se ele não se vir”, profetizara Tirésias. Viu-se e não mais pode sair dali: apaixonara-se pela própria imagem. Nêmesis cumprira a maldição. (BRANDÂO, 2000: 180) A maldição de Narciso foi sua própria imagem, assim como a de Dorian Gray. Narciso, ao se ver apaixona-se por sua imagem, ficando obcecado pela mesma, não consegue mais deixar de se olhar através do reflexo das águas, não se alimenta, não dorme, nada mais. Vive, agora, em função disso, observar sua beleza. E esta é a sua perdição. A sombra que vês é um reflexo de tua imagem. Nada é em si mesma: contigo veio e contigo permanece. Tua partida a dissiparia, se pudesses partir... Inútil: sustento, sono, tudo esqueceu. Estirado na relva opaca, não se cansa de olhar seu falso enlevo, E por seus próprios olhos morre de amor. (P. 181) Narciso morrera de amor por si próprio, por sua bela e esplêndida imagem refletida nas águas do rio Téspias. O fim de Dorian Gray não é muito diferente do de Narciso, pelo contrário, sua beleza, sua maravilhosa aparência, tal como a de Narciso e, todas as coisas belas e de valor externo que buscou e às quais dedicou toda a sua vida, sua miserável vida, foi a causa de seu horrível fim. Como Dorian Gray, Narciso viu o reflexo de sua própria alma, viu o seu próprio eu, como era de verdade, sua imaculada beleza. O espelho que revela o outro eu de Dorian é seu retrato, já o de Narciso são as águas do rio Téspias. Para Bachelard, as águas são um espelho aberto às profundidades do eu. Por isso é que Narciso, ao olhar para a sua imagem refletida na água, tem uma visão idealizante de sua imagem: vida e morte, presença e ausência, no jogo mágico e no desejo obsedante de buscar o sentido da vida na perquirição da morte. A água serve de espelho, sempre aberto sobre as profundezas do eu, pois o reflexo do eu, que aí se mira, sugere, uma idealização. O espelho é motivo para uma “imaginação aberta”. (COSTA & CRUZ, 2007: 03) O reflexos de suas almas mostram quem realmente são. Dorian tinha pavor da regressão de sua imagem e fez o tudo o que pode para conservá-la. Narciso amava tanto a própria beleza que se condena a admirá-la até que a morte chegue. Narciso e Dorian eram extraordinariamente belos por fora, mas, por dentro, eram da mesma forma egoístas. A diferença entre ambos é que Dorian passa por uma vida inteira de desgraças antes de sua morte, e teve muitas chances de se redimir; e Narciso, assim que é capaz de enxergar seu próprio eu no espelho das águas, não tem chance de voltar atrás, a fonte que deveria ser de vida é a sua condenação e morte eterna, cumprindo-se a profecia de Tirésias. Dorian passou a vida inteira, a partir do pacto que realizou com seu retrato, cometendo atrocidades e todo tipo de crueldade e coisas ruins contra quem cruzasse seu caminho e contra si próprio. Destruiu-se com o álcool e muitos tipos de vícios. Viveu egoistamente, destruiu não só sua própria vida como também de outras pessoas em busca de todo tipo de prazeres e beleza estética. Mas, quando percebe todo o mal que havia feito, pensa em se redimir, não sabendo que poderia ser tarde. Vai ao quarto onde escondia seu retrato com certa esperança. Uma vida nova! Eis o que ele almejava, o que o interessava nesse momento. Já iniciara de certo modo, poupando a vida de um inocente. Nunca mais abusaria da inocência. Havia de ser bom. (...) Naturalmente, o quadro já não deveria parecer tão medonho. Uma vida de expiação, uma vida pura talvez desfizesse as marcas horríveis que o deformavam. Algumas já poderiam ter desaparecido. Dorian resolveu certificar-se. (...) um grito de terror, de indignação, irrompeu-lhe dos lábios. Não se operara mudança visível, salvo nos olhos, onde Luzia uma expressão nova de astúcia, e na boca vincada, um trejeito hipócrita. A imagem odiosa torna-se, se ainda era possível, mais repulsiva. (...) (WILDE, 2007: 193, 194) Dorian esperava mesmo que se livraria de tudo facilmente, porém, isso não acontece. Seu retrato estava ainda pior e agora revelava que toda sua vontade de mudar de vida não passava de hipocrisia e uma estratégia para continuar vivendo de aparência. Em desespero, Dorian olha ao seu redor e encontra a faca que usara para matar Basil, pensa então que desta vez estaria livre. Então, lança-se sobre o retrato e com a faca o trespassa. Ecoou um grito, seguido de um estrépito. O grito tão pavoroso, na sua agonia, fora tão lancinante, que a criadagem acordou e acudiu alarmada. (...) No chão, jazia o cadáver de um homem em traje de rigor, com uma faca cravada no peito. Ele estava lívido, enrugado e repugnante. Só pelos anéis é que seus criados conseguiram identificá-lo. (WILDE, 2007: 195) Enfim, tudo havia terminado. O fim de Dorian, como podemos perceber, é surpreendente e semelhante ao de Narciso. Tudo havia começado por causa de sua beleza, por ser tão belo e por escolher usar isso de forma egoísta. Assim como para Narciso sua bela imagem só lhe trouxe desgraças e maldição. Trouxe seu fim, seu miserável e horrível fim. Narciso adorou a sua imagem até que foi consumido pela chama da paixão, foi perdendo a beleza encantadora das Ninfas e afoga-se nas águas que refletira sua imagem, ele se entrega a morte. debilitado sem a beleza de antes, com a imagem degredada pela angústia. Dorian também morre em função do seu retrato: o espelho da sua alma começa mexer com a sua consciência, não é possível destruí-lo, pois ele mesmo o representa, e acaba por destruir a si mesmo tentando destruir a imagem que reflete seu inconsciente. Dorian se entrega a morte tal como narciso. Ao morrer assume todos os estigmas e degradação do tempo que estava refletido no retrato que os escondia. Narciso morre e não é encontrado para o funeral. Apenas uma flor roxa recorda sua memória. Dorian morre e fica irreconhecível, só é identificado por causa dos acessórios usados por ele. (SOUZA, 2008: 33) Dorian pensou que destruindo seu retrato tudo acabaria, tudo voltaria a ser como antes. Mas, por um instante havia se esquecido que no pacto que fizera, trocara com o retrato sua alma. Sua alma pela beleza eterna do retrato. A perfeita obra de arte de Basil havia se estabelecido em Dorian e a triste e pavorosa alma dele havia sido presa no retrato. No entanto, ao esfaquear o retrato tudo o que consegue é matar a si próprio, sua alma. Dorian amara a beleza apenas, a beleza externa de tudo o que a possuía. E nunca conseguiu enxergar e admirar a verdadeira beleza das coisas. Da mesma forma Basil, como artista, admirava apenas a beleza que seus olhos podiam ver, não tratara sua própria arte como tal. Esquecera que a beleza da obra de um artista está em sua essência. Como já destacamos antes, Wilde dissera que a arte só serve para ser admirada, sentida. Assim como para Deleuze, a arte fala por si própria, pois é linguagem e significa por si e em si. Referências Bibliográficas WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Martin Claret, 2007. BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. 11 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. BURGESS, Anthony. A literatura inglesa. São Paulo: Ática, 1999. COSTA, Sueli Aparecida da & CRUZ Antonio Donizeti da. O mito de Narciso e a imagem especular na lírica de Ferreira Gullar. Terra Roxa e outras terras: Revista de estudos literários. Volume 11 (2007) – 1-131. ISSN 1678-2054. Disponível em: http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol11/11_1.pdf DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? Trad.: Bento Prado Jr. E Alberto Alonso Muñoz. Editora 34 (coleção TRANS), 1991. FILHO, Homero Vettorazzo. “O espelho”, no mito de Narciso, em Machado de Assis e em Guimarães Rosa. Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo Instituto Sedes Sapientiae. 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