UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

           UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

                     INSTITUTO DE LINGUAGENS

                    DEPARTAMENTO DE LETRAS

                        CURSO DE LETRAS

 

 

 

 

                    SOLANGE APARECIDA DA SILVA

 

 

 

 

 

 

                           CONCEITO E UTILIZAÇÃO DE MIMESE, CATARSE E VEROSSIMILHANÇA NA PRODUÇÃO LITERÀRIA MODERNA

 

 

                                      ATIVIDADE II

          

 

 

 

 

 

 

 

                               Barra do Bugres, MT

                                             2013

 

 

                  

                  SOLANGE APARECIDA DA SILVA

 

 

 

 

                                 CONCEITO E UTILIZAÇÃO DE MIMESE, CATARSE E VEROSSIMILHANÇA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA MODERNA

 

 

 

                                        ATIVIDADE  II

 

 

 

 

 

 

       

 

Atividade de Aprendizagem apresentado ao curso de letras Espanhol, da Universidade  Aberta do Brasil, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagem,como parcial para avaliação na disciplina de Teoria da Literatura I Profa. Dra Ana Paula 

 

 

 

 

 

                                                Barra do Bugres,MT

                                                            2013

 

                      

                                 CONCEITO E UTILIZAÇÃO DE MIMESE, CATARSE E VEROSSIMILHANÇA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA MODERNA

 

 

Essa produção tem como finalidade estabelecer o conceito de mimese, catarse e verossimilhança da literatura Moderna, tendo como ponto de partida Shakespeare e a poesia como denúncia social.

Mimese é um conceito utilizado pelos filósofos e seus seguidores desde o século IV a. C, usado como o ato de imitar, ou representar sempre referenciando a ideia de fazer ou criar algo que se assemelha a outra coisa. Porém, Aristóteles relaciona o conceito de mimese em a "A Arte Poética" atribuindo-lhe dois significados o da imitação e emulação que é o sentido construtivo de rivalidade que induz alguém a imitar o outro. Em síntese pode-se entender que a mimese é a reprodução de sua capacidade de gerar e de criar a realidade. 

Para Aristóteles a poesia é imitação, um ato congênito ao homem, ao lado do ritmo e da harmonia. Portanto esse contato entre leitor e obra é imprescindível, porque a sensibilidade é a forma mais eficaz de aproximação com o texto. Mimese, no sentido aristotélico, é ativa e criativa, determina o modo de ser do poema trágico e estará sempre ligada à ideia de arte e de natureza, defendendo sempre que a arte imita a natureza. Exemplificando melhor a relação poesia e realidade , cita-se o poema ‘’A Rosa de Hiroshima’’de Vinícius de Moraes. Nela, o poeta relata a dor da perda de entes queridos, os filhos agora órfãos e a cidade devastada.

Mudas telepáticas

Pensem nas crianças

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária...

Durante a Segunda Guerra Mundial, o conflito ocorrido entre os anos de 1939 a 1945, onde a cidade de Hiroshima foi completamente destruída pela bomba nuclear esse ataque provocou a morte de mais de 250 mil pessoas em, além do desenvolvimento de enfermidades na população (queimaduras, cegueira, surdez, cânceres, entre outros) e desastres ambientais (devastação da vegetação, chuvas ácidas, que causaram a contaminação de rios, lagos e plantações). Entretanto os dois fatos retratam (imitam) a mesma história de destruição e dor.

Entendo que catarse é a emoção que sentimos (a mistura de felicidade e infelicidade, de terror e piedade) é purificada pela força do ritmo e da poesia. Em  “O estupro de Lucrecia” de Shakespeare retrata a desgraça que é para a mulher ao ser estuprada, a dor,  a culpa e a vergonha da mulher. Lucrecia não suportou mais aquela vergonha aquela dor, aquela culpa, e então se suicidou com o propósito de alívio. A catarse para Aristóteles é uma força emotiva causada pela mimese levando a um efeito suscitado pela tragédia no público.

  Já a verossimilhança termo cunhado por Aristóteles ao estudar as tragédias gregas, diz respeito ao sentido de realidade que a narrativa deve ter, ou seja, a qualidade ou o caráter do que é semelhante à verdade, que tem a aparência de verdadeiro, que não repugna à verdade provável.

"Por que não vais a Belo Horizonte? a saudade cicia e continua, branda: Volta lá.

Tudo é belo e cantante na coleção de perfumes das avenidas que levam ao amor, nos espelhos de luz e penumbra onde se projetam os puros jogos de viver. Anda! Volta lá, volta já.

E eu respondo, carrancudo: Não.

Não voltarei para ver o que não merece ser visto, o que merece ser esquecido, se revogado não pode ser.

 

                                        Carlos Drummond de Andrade

 

Em suma, essas poesias mostram a vida como ela é, nelas podemos ver claramente os conceitos aristotélicos seja mimese, catarse e a verossimilhança. 

 

 

 

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS

 

 

Aristóteles. A Poética. Trad. e Comentário Eudoro de Sousa. Lisboa: Casa da Moeda, 1990. 

http://www.filologia.org.br/abf/rabf/7/009.pdf

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial

 

ODISSÉIA, HOMERO; ADP:ROBERTO LACERDA. ED  SCIPIONE