O conto Caxinauás, de José Potyguara, é alicerçado sobre as  ambiguidades que  envolvem o homem seringueiro e o ambiente selvático. O autor constrói, reportando-se ao  ciclo da borracha,  uma narrativa  que  mantém relações  íntimas com a rede intertextual dos  autores das narrativas de viagem, pois o olhar exógeno sobre a selva amazônica  - alvitre do  desejo e do delírio estrangeiro; o homem autóctone  - portador dos mais diversos epítetos  estigmatizadores; e o imigrante - ser indefeso tragado pelo inferno verde,  são degustados  paulatinamente pelo narrador-testemunha. Dessa forma, busca-se  analisar alguns elementos simbólicos empregados por José Potyguara para criar um discurso (mesmo contaminado) representante da capacidade leitora do imaginário.