VOTO EM LISTA OU VOTO DISTRITAL

No sistema de voto em lista, o partido escolhe uma lista de candidatos, naturalmente os mais "preparados" de acordo com o que eles entendem por preparo. Aí o eleitor acostumado a votar naquele partido, por fidelidade, por comodismo, por fanatismo, por idiotice, etc, vota, e nem vai saber quem elegeu. Outra vantagem para o partido é que seus candidatos só precisam ter compromisso com o próprio grupo.

A campanha politica ficará centrada em jogo de marketing, musiquinhas, frases de efeito, slogam, etc. Um candidato vedete também deverá ser usado para atrair votos para a trupe da lista.

Está ruim e ainda pode piorar. O voto em lista é um golpe politico que visa manter no poder o mesmo grupo de famílias: magalhães, barbalho, sarney, e seus agregados. Um sarney qualquer não precisa se mudar do Maranhão para se eleger pelo Amapá, basta alugar um kitnet num prédio qualquer e colocar a conta de luz em seu nome, pronto, está comprovado o domicílio e vai pra cabeça da lista, apto a se beneficiar dos votos em todo o estado.

Por isso que o voto distrital é melhor. Com ele o candidato só recebe votação no seu distrito, onde naturalmente deve ter seu domicilio real e não fictício. Outros quesitos que devem ser levados em conta são os seguintes:

a)-Voto facultativo. Vota quem se inscrever como eleitor para cada eleição.

b)-Prévias locais pra escolher os candidatos (tantos quantos forem as vagas para o distrito), sendo obrigatório aos partidos ter um quorum de filiados equivalente a um por cento de eleitores da última eleição.

c)-Os eleitores votam em tantos candidatos quanto forem as vagas disponíveis para o seu distrito, por exemplo, se há três vagas, os eleitores escolhem três nomes. Os três mais votados serão os eleitos.

d)-Fim da reeleição para todos os cargos, abrindo espaço para a participação de um maior número de pessoas e cortando pela raiz essa cultura da profissionalização da atividade política. A maior mobilidade no poder consolidará um tipo de democracia melhor, a de participação.

É preciso valorizar a participação e menos o voto. Voto obrigatório não é participação, é obrigação. É lá no interior do partido que começa a participação, o debate para a escolha dos candidatos e o combate à corrupção. O partido que não conseguir se renovar constantemente estará fadado ao desaparecimento.

Os políticos atuais é que não querem nada disso, por isso estão pensando em voto em lista.