A História do Brasil é cheia de altos e baixos, estudar toda a dimensão de nosso contexto histórico requer esperteza e acima de tudo, encontrar uma boa análise sem viés ideológico, seria como achar uma agulha em um palheiro. 

Essa é uma constatação triste que traz indignação a qualquer criatura com o desejo de saber os reais acontecimentos de nossa trajetória. Além de toda essa dimensão, especificamente quanto ao campo político, que tem também suas tramas doutrinárias, uma vez que conduzem ao imbróglio mediante seus aspectos revoltantes e humilhantes para a maioria com a crença numa ‘democracia’ ingênua e sem interesse.

Essas afirmações são expostas por este que vos escreve como um historiador independente e cidadão. Venho acompanhando o processo político de nosso país, desde os tempos de minha adolescência, uma vez que sempre fui um aguerrido amante dos rumos desta área! Neste contexto, fica muito enfático que a política deste país parece ser um jogo de cartas marcadas. Cito apenas um exemplo: no Mato Grosso do Sul, onde resido a mais de trinta anos, continuo sempre vendo as mesmas ‘caras’ sendo eleitos; inclusive pais que passam seu poder político para seus filhos. Estes são subterfúgios que levam a profundos questionamentos quanto à forma de regime democrático em vigor no país. Para mais, há o sistema ‘implantado’, meio que de goela abaixo, que se trata das urnas eletrônicas. Apenas uma indagação: elas realmente expressão a vontade popular?

Mas, trazendo a reflexão para o foco do momento atual em relação aos resultados das eleições do segundo turno de 2022, realizadas em trinta de outubro, exatamente quanto ao cargo de presidente da República, percebe-se uma inquietação, mobilização e inúmeras dúvidas quanto aos resultados apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral, TSE e que são balizados pelo STF, Supremo Tribunal Federal.

Como nestes dias estava em viagens, acabei sentindo na pele toda essa agitação, isto se comprovou pelo cenário encontrado nas estradas e cidades pelas quais passei, onde a insatisfação e indignação eram grandes, inclusive em um dos transportes coletivo que viajei, passamos por diversas barreiras e constatei movimentação, tanto dentro do coletivo, como na estrada, algo que nunca havia visto antes. Sendo assim, para chegar ao destino, não foi fácil, aliás, tivemos momentos tensos e constatei que enfrentamos um leão que não está mais adormecido.

Este cenário leva-me a perguntar: até quando conviveremos com lambanças e falcatruas no cenário político? Será que iremos perder dois grandes trunfos conquistados no decorrer de nossas lutas como a democracia e a liberdade de expressão? Os absurdos presenciados como cidadão, levam-me a expressar descontentamento: Diretas Já, não aprovadas em 1984; depois o Sarney e seu o enganoso Plano Cruzado, em 1986; Collor e o seu confisco da poupança, em 1990; FHC e seus inúmeros casos de envolvimento em corrupções de seus dois governos, bem como sua sucinta ‘política das tesouras’ com seus planos por baixo do pano com o PT; na sequencia a ‘era’ dos governos do ‘partidão’ que escancarou a corrupção, especialmente quanto tivemos a primeira mulher como presidente do país, além deste ‘partidão’ buscar arrumar sua cama para se perpetuar no poder do Brasil; chegando a atual presidência que trouxe a tona os ranços do quanto à política de interesses é maléfica ao país.

Enfim, de lambança em lambança, nossa história vai sendo contada da melhor  forma que a quantidade de ‘grana’ é despejada  para ela ser escrita. Confesso que às vezes tenho certo ‘nojo’ como ela é escrita em alguns livros didáticos com seus desejos intrínsecos em esboçar meras e pífias ideologias altamente focadas no marxismo e na Escola de Frankfurt, para citar algumas. Contudo, no contraponto encontram-se os que são ‘condenados’ ao enfadonho trabalho, tentando fazer este país ir para frente.

Neste lamaçal convivemos com grupos que apenas desejam o poder para ter as benesses para sua ‘prole’, inclusive utilizando os pobres e miseráveis como massa de manobra. Parece vivenciarmos o contexto da Revolução Francesa, com suas devidas proporções, inclusive políticas, onde a Liberdade, Igualdade e Fraternidade tornavam-se artifícios utilizados para mera inflamação dos ‘sans-culottes’, ou seja, os marginalizados de Paris, estas criaturas foram enganadas pelos Jacobinos (partido do povo da época).

E, a lambança está novamente, ou melhor, continua sendo lançada. Gritos nas ruas, país com uma nítida divisão, tendo um instrumento de justiça tendencioso que não inspira confiança. Ao nosso querido e amado país, resta, como escrito no artigo anterior, pedir aos mentores espirituais que nos forneçam proteção, luz, discernimento e vontade de continuar a lutar para não cair no desânimo e descrédito de tudo.

Pense nisso, até o próximo.