A produção oral pode acontecer nas mais variadas circunstâncias; comente algumas delas. 

A variação Linguística  é a forma que a língua é expressa, tanto falada quanto escrita,  de diversas formas. A língua pode variar de região para região, de faixa etária, de época entre outras e isso comprova que a língua portuguesa é viva, e dinâmica, pois a todo tempo se modifica!

Tendo em vista que o nosso sistema  educacional sempre negou a existência de uma pluralidade de normas linguísticas dentro do universo da língua portuguesa  e o  que se vê  na verdade é o desprezo quase por completo dos gêneros textuais característicos das práticas orais, pelo preconceito de que a fala é considerada confusa e sem gramática. Para a norma padrão, essas práticas são importantes do ponto de vista do letramento. Mas, quando colocamos a escola como mediadora do conhecimento, infelizmente, no que diz respeito a variações linguísticas, a própria escola não reconhece que a norma padrão culta é apenas uma das muitas variedades possíveis no uso do português e rejeita de forma intolerante qualquer manifestação linguística diferente, tratando muitas vezes os alunos como "deficientes linguísticos". Cito aqui, um dos livros que li em outra faculdade que cursei : “A LÍNGUA DE EULÁLIA” esse livro trata a sociolinguística como ela deve ser tratada: com seriedade, mas sem sisudez. Neste livro, o autor, Marcos Bagno,  apresenta  uma argumentação  bem favorável  e mostra que falar diferente não é falar errado e o que pode parecer erro no português não-padrão tem uma explicação lógica, científica (linguística, histórica, sociológica, psicológica).

Cabe a escola, respeitar e aproveitar o “diferente” para desenvolver atividades focadas  na produção oral e, assim, trabalhar a norma culta padrão, mostrando aos alunos. Dai então, a importância da participação da escola desenvolver  atividades mais diversificadas que atenda a todos os públicos e que estes possam, assim, conhecer novas culturas linguísticas do nosso país. Assim,  a escola  poderá desconstruir a ideia da cultura negativa e excludente da língua “não-padrão” e dessa forma, contribuirá para o conhecimento e a experiência de cada falante.