UM ERRO FATAL

 

Arnaldo Alegria[1]

 

O pequeno artigo objetiva uma reflexão para acertar na subsistência e na vitalidade das relações amorosas onde uma das partes é desproporcional em face da outra em relação ao sentimento. Esse texto de cunho pessoal não traz referencias por traduzir experiências privativas e peculiares de amar demais. Por não se tratar de conhecimento teórico e científico será elementar, podendo ser refletido de acordo com a subjetividade de cada leitor.

 

INTRODUÇÃO

 

A experiência textualizada foi facultada após a habitualidade do tormento, da redução proporcional do fenômeno sentimental desgastado pelo tempo, pela decepção amorosa e por uma ajuda mútua e solidária aderida a causa semelhante distinta pelo gênero.

O ERRO

A incorreção surge no inicio do relacionamento, pois todo ser circunspecto capta pelos sentidos de que a relação amorosa não irá perdurar, no entanto, o incômodo da solidão e a busca da razão da existência de ambos, intensificam o grau de decadência levando a transposição do primeiro obstáculo. Lembrando que, se uma ou ambas as partes não precederem esse importuno carente, dificilmente irão iniciar a relação.

Vencido este, e por motivo deste, surge a necessidade imediata da troca afetiva e cuidados mútuos, agora, se o grau do abatimento moral e da decadência de uma das partes for demasiadamente acentuada e nitidamente demonstrada, surgirá outro erro, principalmente se um dos sócios afetivos exigir do outro o amor enfornado. Mas ainda poderá sobreviver a relação deforme, se um, ou os dois sócios afetivos demonstrem  ambicionados pela extinção do condomínio solitário.

Desviando desse estágio, o vínculo amoroso fortalece e se desenvolve aleijado, mas a relação sobrevive, pois a delonga equilibra as motivações dos descaminhos primórdios, exceto que, uma ou ambas as partes não possuam sentimentos irrefletidos, ou seja, sentimentos vinculados a parte de outro relacionamento anterior, ou sensibilidade de natureza espiritual ou, qualidades morais diferenciadas pelo fulcro escrupuloso da religião, e por que ainda não dizer, pela possibilidade da soma total ou parcial destes.

Voltando a dissertar sobre a exceção da sobrevida, caso as partes preservem a frequência afetiva, esta será débil, e mesmo assim aguardam uma adequação mútua para restituir a saúde, ou voltar a viver a deformidade antes aceita. Essa adequação não surge, a saúde não restabelece, mas uma das partes já ama demais e este amor intenso, cega e não interpreta os sinais. Esclarecendo melhor, basta imaginar a pessoa amada dizer em sonho o nome do ex marido, ex namorado ou ex amante, ou ainda, interromper as carícias julgando-as indecentes ao escrúpulo moral e  religioso.

O erro fatal é não ver que esta sendo usado ou enganado, é não perceber que a outra parte apenas não quer terminar seus dias na solidão, é não interpretar os sinais justamente por não querer acreditá-los e deixar o amor imortal e ilimitado, transformá-lo em um idiota.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As palavras requintadas resumem subjetivamente que a mulher ama para ser feliz e o homem para ser feliz não pode amar. Aprendi a ser feliz e não foi eu que perdi, pois pretendia ser infeliz o resto da vida.



[1] Aluno Universitário – Curso de Sobrevivência

Faculdade do Tempo

Orientador: A vida.

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