PUBLICADO PRIMEIRO LIVRO DE POESIAS DO PROF. JV
Publicado em 27 de fevereiro de 2010 por João Valente
PUBLICADO PRIMEIRO LIVRO DE POESIAS DO PROF. JV
Um livro diferente, com estranhas poesias, para fazer uma denúncia muda nos tempos pós-modernos, escrito com profundidade e bom humor, possibilita perpetuar frutos nunca dantes saboreados
Reunindo poemas inspirados na teoria da Grande Conspiração Planetária desde os 6 anos de idade, o professor João Valente de Miranda Leão Neto (conhecido por Prof. JV) oferece aos seus alunos, colegas de magistério, amigos, parentes e familiares a sua primeira coletânea de poesias, extraída de uma seleção de tudo o que escreveu nos livros "Nosso amor, nossas vidas", "Brumas", "Lago de Cristal", "O Alicerce da Razão", "Tuas Sombras em Mim", "Via Alcova", "Nós e o Sublime", "Eu", "Credenciais do Tempo", "Para o Senhor" e "Nós na Harmonia", deixando exposta a sua veia poética herdada de seu homônimo avô paterno.
O livro em questão, impresso pela Editora Clube de Autores, foi reintitulado para gerar impacto mais forte e diferençar-se de outras obras do gênero, onde a Teoria da Conspiração é tratada com as doses dos teóricos de sua corrente, geralmente intitulados com o termo da Conspiração em direta ou indireta referência. Em "A Grande Orquestração do Mal" o leitor encontrará 'de um tudo', a começar de sua apresentação em prosa e verso, onde ambos trocam de lugar, não ficando a prosa sem o ar poético e a poesia sem a seriedade da prosa, embora esta também atraia sobre si um indomável humor, aquele do brasileiro que ri da desgraça e às vezes de si mesmo, como também teima em zombar da irritante Lei de Murphy.
Neste mister e com efeito, o livro passeia livre pela brisa do Além de Deus – onde a paz completa trinca os dentes dos demiurgos e alicerça a esperança dos humildes num futuro melhor – e pelo turbilhão das perversidades inacreditáveis de um planeta sem sentido, que dá um sentido tresloucado a todo o universo, objetiva e subjetivamente falando. Não descarta nenhuma das aparentes invencionices atribuídas à paranóia do homem moderno, e muito menos à desmoralização da idéia da Conspiração que os conspiradores insones engendram com a perfeição permitida pelo dinheiro e pelas armas. Também não descarta atribuir credibilidade aos analistas moderados e sábios, que nem riem nem descartam a possibilidade de que uma Matrix real esteja em vigor no caos do Século XXI. Aliás, esta é uma ótima dica, que o próprio autor de "Eu" faz questão de ressaltar, a real e ideal contribuição do cinema para a compreensão das estranhezas do livro, na qual filmes como A Última Profecia, Sinais, Intruders, etc., são literalmente apontados ao leitor como pesquisa ou lembrete.
Uma declaração antológica de Paul Valery, reforçada informalmente por Jack Breton, pode ser afinal a chave-mestra para entendimento do abstruso conteúdo de A Grande Orquestração do Mal, e o leitor é a ela apresentado ao longo do livro, em forma de alusões incidentais e sutis evocações, e a relê ao final da obra. Valery disse: "A Liga das Nações pressupõe uma Liga das Mentes... E, hoje em dia, vemos como tudo no mundo imediatamente cria o oposto disso, e como nada de preciso e nítido pode sobreviver nessa temperatura caótica. A guerra continua no meio da paz. A miséria nasce da abundância. Progressos espantosos nas comunicações produzem o efeito imediato de apertar as barreiras alfandegárias e afastar as amizades. Num mesmo laboratório, o mesmo homem pesquisa coisas que vão matar e coisas que vão curar, cultivando o bem e o mal. Confesso: o espetáculo do mundo atual me dá náuseas. Indubitavelmente, não fui feito para assistir a isso". O autor duvida que a leitura de seu livro não produza sensação semelhante da boca do estômago do leitor atento, e por isso mesmo não acredita que sua obra seja "populista", como as más poesias costumam ser.
João Valente de Miranda é bacharel em Administração de Empresas e Teologia Sistemática, com Licenciatura Plena em Ciências da Religião, além de estudioso entusiasta de mistérios da Terra e do Cosmos. Nasceu numa casa semelhante a uma biblioteca, com mais de 5.000 livros à disposição, lidos e ensinados por seu pai e avô paterno, ambos mestres em suas respectivas áreas, filologia e medicina. A própria necessidade deste artigo e deste parágrafo final é, para ele, prova incontestável das estranhezas da Era das Comunicações, na qual o deus-dinheiro dita todas as regras, inclusive uma das mais comezinhas, a saber, a adesão à mentira que pagar melhor, e não à verdade que não pode pagar.
Prof. João Valente de Miranda.