PUBLICADO PRIMEIRO LIVRO DE POESIAS DO PROF. JV

Um livro diferente, com estranhas poesias, para fazer uma denúncia muda nos tempos pós-modernos, escrito com profundidade e bom humor, possibilita perpetuar frutos nunca dantes saboreados

Reunindo poemas inspirados na teoria da Grande Conspiração Planetária desde os 6 anos de idade, o professor João Valente de Miranda Leão Neto (conhecido por Prof. JV) oferece aos seus alunos, colegas de magistério, amigos, parentes e familiares a sua primeira coletânea de poesias, extraída de uma seleção de tudo o que escreveu nos livros "Nosso amor, nossas vidas", "Brumas", "Lago de Cristal", "O Alicerce da Razão", "Tuas Sombras em Mim", "Via Alcova", "Nós e o Sublime", "Eu", "Credenciais do Tempo", "Para o Senhor" e "Nós na Harmonia", deixando exposta a sua veia poética herdada de seu homônimo avô paterno.

O livro em questão, impresso pela Editora Clube de Autores, foi reintitulado para gerar impacto mais forte e diferençar-se de outras obras do gênero, onde a Teoria da Conspiração é tratada com as doses dos teóricos de sua corrente, geralmente intitulados com o termo da Conspiração em direta ou indireta referência. Em "A Grande Orquestração do Mal" o leitor encontrará 'de um tudo', a começar de sua apresentação em prosa e verso, onde ambos trocam de lugar, não ficando a prosa sem o ar poético e a poesia sem a seriedade da prosa, embora esta também atraia sobre si um indomável humor, aquele do brasileiro que ri da desgraça e às vezes de si mesmo, como também teima em zombar da irritante Lei de Murphy.

Neste mister e com efeito, o livro passeia livre pela brisa do Além de Deus – onde a paz completa trinca os dentes dos demiurgos e alicerça a esperança dos humildes num futuro melhor – e pelo turbilhão das perversidades inacreditáveis de um planeta sem sentido, que dá um sentido tresloucado a todo o universo, objetiva e subjetivamente falando. Não descarta nenhuma das aparentes invencionices atribuídas à paranóia do homem moderno, e muito menos à desmoralização da idéia da Conspiração que os conspiradores insones engendram com a perfeição permitida pelo dinheiro e pelas armas. Também não descarta atribuir credibilidade aos analistas moderados e sábios, que nem riem nem descartam a possibilidade de que uma Matrix real esteja em vigor no caos do Século XXI. Aliás, esta é uma ótima dica, que o próprio autor de "Eu" faz questão de ressaltar, a real e ideal contribuição do cinema para a compreensão das estranhezas do livro, na qual filmes como A Última Profecia, Sinais, Intruders, etc., são literalmente apontados ao leitor como pesquisa ou lembrete.

Uma declaração antológica de Paul Valery, reforçada informalmente por Jack Breton, pode ser afinal a chave-mestra para entendimento do abstruso conteúdo de A Grande Orquestração do Mal, e o leitor é a ela apresentado ao longo do livro, em forma de alusões incidentais e sutis evocações, e a relê ao final da obra. Valery disse: "A Liga das Nações pressupõe uma Liga das Mentes... E, hoje em dia, vemos como tudo no mundo imediatamente cria o oposto disso, e como nada de preciso e nítido pode sobreviver nessa temperatura caótica. A guerra continua no meio da paz. A miséria nasce da abundância. Progressos espantosos nas comunicações produzem o efeito imediato de apertar as barreiras alfandegárias e afastar as amizades. Num mesmo laboratório, o mesmo homem pesquisa coisas que vão matar e coisas que vão curar, cultivando o bem e o mal. Confesso: o espetáculo do mundo atual me dá náuseas. Indubitavelmente, não fui feito para assistir a isso". O autor duvida que a leitura de seu livro não produza sensação semelhante da boca do estômago do leitor atento, e por isso mesmo não acredita que sua obra seja "populista", como as más poesias costumam ser.

João Valente de Miranda é bacharel em Administração de Empresas e Teologia Sistemática, com Licenciatura Plena em Ciências da Religião, além de estudioso entusiasta de mistérios da Terra e do Cosmos. Nasceu numa casa semelhante a uma biblioteca, com mais de 5.000 livros à disposição, lidos e ensinados por seu pai e avô paterno, ambos mestres em suas respectivas áreas, filologia e medicina. A própria necessidade deste artigo e deste parágrafo final é, para ele, prova incontestável das estranhezas da Era das Comunicações, na qual o deus-dinheiro dita todas as regras, inclusive uma das mais comezinhas, a saber, a adesão à mentira que pagar melhor, e não à verdade que não pode pagar.

Prof. João Valente de Miranda.

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