Há algum tempo venho refletindo sobre os problemas da política em nosso país, e diante das ultimas revelações a respeito dos nossos governantes, passei a refletir ainda mais, podendo concluir que o problema da política é a corrupção dos homens.

Certamente alguém dirá, “mas depois de tanto refletir essa é a conclusão melhor conclusão que pôde chegar ” Essa é a conclusão mais óbvia que se poderia chegar”. Verdade, mas por quê não seguir a diante com os questionamentos para entendermos a corrupção desses homens, ditos políticos? Por quê não seguir a diante na busca da fonte do problema que leva o homem aos desvio de conduta?

A política não tem problema, o homem é quem cria os problemas na política. É preciso entender, acima de tudo, o que leva o homem a recorrer a política¿

Há muito tempo vemos homens recorrer a política por dinheiro e por poder, até porque atualmente é difícil separar dinheiro e poder, são coisas que embora distintas, passaram a estar, ao que me parece, sempre juntas. Junto com o dinheiro vem o poder, mas o poder desse homem.

Mas o poder que os homens passaram a buscar na política não é o poder atribuído de fato ao político. O poder conferido pelo povo a aquele representante que, em essência, é para que o representante leve suas necessidades e reinvindicações ao debate, afim de que este resulte em uma solução positiva que venha suprir essas necessidades, consequentemente beneficie o povo.

Porém, o homem passou a utilizar a política como um meio para obter para si poder e dinheiro, o que já basta para comprovar o que o homem não busca mais nada para aqueles que devia representar. A partir do momento em que conquista esse objetivo que da uma guinada em sua vida, ele teme perder o que conquistou, e é ai que ele passa a lutar pela manutenção do seu poder, poder esse que já não possui a finalidade a qual lhe foi conferida para o exercício da sua real função, representar aqueles que o elegeram. Esse poder agora é usado única e exclusivamente em benefício próprio, uma vez que esse é posto acima do interesse daqueles que representa, tendo esses então seus interesses defendidos somente de forma esporádica, mas não se engane, apesar de às vezes parecer uma representação ferrenha, é o que este quer que você pense, pois é isso que irá leva-lo a um novo mandato, podendo defender também interesses de quem pode beneficia-lo após se corromper por alguém que venha a contribuir para o aumento de seu poder e riqueza, nitidamente como acontece com nossos representantes que vendem seu poder de influência para defender os interesses dos megaempresários.

O poder político não foi feito para a ganancia dos homens, corruptos, corruptores. O poder conferido pelo povo aos seus escolhidos devia ser exercido com amor e empatia aos que escolheram para representa-los. A política não deve ser feito única e exclusivamente em busca pelo de riqueza e poder, mas sim através do amor ao povo, empatia por aqueles que representa, minimamente guiado pelo senso de justiça e moralidade, de forma que nem é necessário fingir, muitas vezes, ser um homem do povo, contanto que seja um homem a favor do povo.

Infelizmente a única coisa que vemos no cenário político, atualmente, é apenas ganancia disseminada e enraizada na cultura das instituições e estruturas do país, não apenas da política em si, pois a corrupção dos homens atinge a política, que leva ao poder, que os divide entre os poderes executivo, legislativo, inclusive o judiciário.

O homem político, na sua busca pelo poder optou por abandonar o senso de justiça e de moralidade para defender aquilo que seja vantajoso para ele. Este homem chegou ao ponto de fazer política transformando o seu dever em uma conquista pessoal, um exemplo disso é o Deputado Fernando Francischini, ao usar a prisão de um traficante, líder de um cartel de drogas colombiano, como autopromoção, se projetando para a carreira política, muito embora o resultado “positivo”, a prisão do traficante, não tenha acontecido porque o agora Deputado prendeu o Juan Carlos Abadia, e sim porque as equipes envolvidas na investigação levaram a operação que resultou na prisão dele. E ainda que ele tivesse efetuado sozinho essa prisão como da a entender, isso seria suficiente para projeta-lo a vida política¿ isso é de fato um feito pessoal ou estrito cumprimento do dever legal? Se tratando de cumprimento do dever, é válido usar esse fato para fazer campanha política? Mas foi algo moralmente aceito pelas pessoas que o elegeram.

Aprenderam também a manipular o ódio e a intolerância para se manter  no poder por muito tempo. Um bom Exemplo disso é o modo que o Deputado Jair Bolsonaro encontrou de fazer política, se manter no poder por aproximadamente três décadas e ainda puxar seus familiares.

Jair Bolsonaro possui um grande número de seguidores, descobriu que não é apenas o discurso do politicamente correto que agrada as pessoas, passando a se utilizar do ódio e do preconceito para com as mais diversas minorias, passando a recriminar a diferença do outro como algo inaceitável, taxando quem luta por direitos como aproveitadores que buscam privilégios, promovendo a tão falada inversão de valores, tanto éticos, quanto morais, isso porque é assim ele ganha conquista apoio e empatia de quem possui preconceito em relação às minorias, ou até mesmo ao próximo. Distanciando-se desta forma da finalidade da política, que devia promover união entre o povo, cooperação, para superar as dificuldade e melhorar a vida em sociedade, mas ao invés disso, divide ainda mais o povo, como se determinado grupo tivesse que necessariamente ser inimigo de outro.

É preciso entender de uma vez por todas que o ser humano é um ser social, a vida em sociedade foi fundamental para sobrevivência do ser humano, pois aprendemos que precisamos nos organizar em grupos e nos dividir para realizar as tarefas necessárias para que tudo funcione. Essa organização é fundamental e é o que permite que o “sistema” funcione. E o que permite que um sistema funcione como um todo é a integração, não a exclusão.

Todos têm lugar na sociedade, e devia ser para lembrar e garanti isso e o bem estar social que a política devia ser usada. Não para usar o poder conferido pelo povo para enriquecer e defender interesses próprios.

Na atual conjuntura é preciso prestar atenção aos acontecimentos, e entender que a verdade é que nossos políticos não governam para o povo, assim como alguns salvadores da pátria, como por exemplo o “Movimento Brasil Livre”, mais conhecido como “MBL”, também não estão preocupados com o com o povo, pois se estivessem não sentariam a uma mesa com Eduardo Cunha, se dizendo um movimento que luta pelo fim da corrupção. Se estivessem ao lado do povo, não se esforçariam para mostrar que o ataque descarado aos trabalhadores representado pelas reformas trabalhistas e previdenciárias, como algo bom para o Brasil, para a economia e para o povo.

Esses são apenas são mais uma classe de oportunistas que se usam dos crimes de outros para encobrir sua hipocrisia enquanto alimenta e potencializa a falta de esperança nos políticos e no futuro da política do país, que afeta o brasileiro, se articulando, criando novos formadores de opinião, novas lideranças que em breve também irão em busca de poder.

Estamos no fundo do poço, só podemos ir mais fundo se cavarmos, pois chegamos a tal ponto que o povo deixou de culpar os representantes eleitos pela situação em que nos encontramos, passando a culpar uns aos outros por ter votado em fulano ou em beltrano, quando na verdade a culpa é de TODOS nós. Não foi só o petista ou o psdebista que votou, fomos todos nós que votamos. Enquanto as pessoas mantiverem seu foco em culpar umas as outras pela canalhice dos que estão no poder ao invés de se revoltarem contra eles, nada irá mudar. Nem enquanto persistirem os argumentos que começam com “mas pelo menos ele...” você, eu, nós, NÃO MERECEMOS pelo menos...”! Muito menos usar honestidade como algo quase que surreal, quando é obrigação e dever de todos ser honesto. A moralidade parece não ser mais uma virtude dos políticos que estão no poder, nem dos que se dizem ou se popularizaram por, supostamente, serem honestos.

É hora do povo passar a escolher não só os representantes que irá por no poder, mas também escolher quem será ou não candidato. Não é hora de ser de esquerda ou de direita, é hora de ser um povo unido, é hora de buscar mudanças reais, renovar todo o congresso nacional.

O que falta para o homem que se destina a carreira política é amor, empatia e consciência.