Surpreendente as declarações do porta-voz de Israel sobre a posição do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Palestina na faixa de Gaza. Independentemente da posição pessoal da chefe do executivo federal é de extrema importância que saibamos que nossos diplomatas são reconhecidamente, em todas as nações, considerados homens de notável saber e gozam de plena liberdade em suas ações, é claro que mesmo obrigados a seguir determinados protocolos, regulamentos e outras orientações, vez ou outra imprimem na história heroicas ações humanitárias. Formalmente, se inicia a formação do Itamaraty pelas mãos do Príncipe Regente D. João de Bragança que, recém-chegado ao Rio de Janeiro com sua Corte, assinou o Decreto de 11 de março de 1808, criou a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Desde então o Brasil, através de seus diplomatas, sempre foi exemplarmente representado, raras exceções sempre perfilou o caminho da paz e justiça, combatendo com pura diplomacia as mazelas que atormentam os seres humanos. Talvez em países como Israel não se integre ao currículo mínimo aos que aspiram cargos diplomáticos matérias atinentes a história universal, multiculturas, etc. Difícil imaginar que esqueceram da própria história do povo Judeu que é maioria populacional esmagadora em Israel, esqueceram do Holocausto e dos países e pessoas que ajudaram a minimizar o flagelo imprimido pelo Nazismo aos judeus. Nossos eternos pracinhas estiveram lutando e morrendo nas trincheiras europeias para o combate do pensamento nazista que refletia a ideia da superioridade ariana sobre todas outras raças. É fato que tivemos papel fundamental em diversas batalhas, sendo reconhecidos ao final da guerra, pelo exército americano, como incansáveis e heroicos combatentes. Ajudamos a combater o avanço do nazismo. Os brasileiros são fruto da mistura de praticamente todas as raças existentes, racismos velados a parte, não se admite aqui qualquer espécie de apartheid, judeus, mulçumanos, católicos, evangélicos, espíritas e demais praticantes de cultos diversos, convivem amistosamente. Somos uma das poucas nações pacíficas existentes. Importante levar ao conhecimento do porta voz Israelense que a diplomacia anã brasileira por seus prepostos: Aracy de Carvalho, Luis Martins de Souza Dantas e Guimarães Rosa, colaborou de forma eficaz para que fossem concedidos vistos a milhares de judeus, mesmo contrariando determinação de seus países de origem. Lembremos estes nobres DIPLOMATAS brasileiros. Isto se chama SOLIDARIEDADE, algo que foi esquecido pela diplomacia israelense junto com o sentimento de HUMANIDADE. Esquecer sua própria história e a de seus antigos aliados, não parece ser uma atitude inteligente, matar inocentes sobre o manto da plena defesa não pode ser entendido como algo racional. A desproporção no uso da força é tamanha que beira a covardia. Este tipo de atitude desumana e covarde deve ser combatida com o uso da diplomacia, mesmo que para alguns ela seja entoada por uma diplomacia anã.