Permitam-me antes de mais, endereçar as minhas calorosas saudações a toda comunidade acadêmica desta Delegação, a todos vos aqui presentes e a todos os munícipes desta cidade pela passagem simultânea de mais um aniversario da nossa Delegação e da Beira a elevação a categoria de cidade.

De igual modo, aproveitar desejar boas vindas, ao mais alto magistrado da nação moçambicana, sua excelência Eng. Filipe Jacinto Nhusi, pela visita de trabalho a nossa Província. 

Excelências!

Foi nas comemorações do ano de prata da nossa delegação e de um século e alguns anos da Beira a elevação a categoria de cidade, que juntamo-nos num momento como esse de hoje para testemunharmos a minha tomada de posse como presidente desta Associação para representar a razão da existência desta universidade que são os estudantes, num universo estimado mais de sete mil estudantes. Sim, mais de sete mil estudantes.

Uma tarefa não fácil, que exigiu de mim e dos meus colegas muita entrega, dedicação, erros e acertes, improvisos, tentativas de últimas horas entre outras experiências.

Hoje, volvidos dois anos, mais uma vez estamos aqui, para passarmos formalmente o poder que nos foi conferido num passado não muito distante, fruto dos pleitos eleitorais de 29 de Maio de 2014, aos novos órgãos sociais eleitos a 09 e 21 de Agosto do ano em curso para o mandato 2016 – 2018 a quem endereço os meus parabéns pela conquista e bem vindo à nova missão.

Meus senhores!

Falando da nova missão que hoje em diante levaram avante, deixam-me confençar-vos que ela é exigente e requer muita dedicação, atenção, humildade, liderança e responsabilidade.

Como todos voz sabeis, a nossa Delegação é uma das maiores e mais antiga universidade desta cidade, onde actualmente habitam cerca de 6.220 estudantes distribuídos em mais de 30 cursos, estudantes estes, que querem e exigem o melhor, daí que a excelência tem que estar na primeira ordem do dia.

Mas para isso é necessário que os estudantes, os novos órgãos sociais que hoje tomam posse e todos aqui presentes, sejamos os protagonistas do nosso próprio futuro.

Um futuro que passa necessariamente pela compreensão da nossa história, e pela criação de metas;

Um futuro sem dependência de escolas ou de sectarismo como espelho da sociedade do nosso tempo onde poderão conviver velhos e novos, antigos e modernos, conservadores e reformadores, tradicionalistas e inovadores desde que animados pelos mesmos propósitos, de tolerância, paz, mútuo e recíproco respeito.

Assim, a associação dos estudantes deverá, portanto caminhar a passos largos na promoção e dinamização dos serviços de interesse dos estudantes, como em palestras, seminários, capacitações, facilidade de acesso a informação, mediação no processo de acesso a bolsas de estudos quer internas bem como externas e mobilização dos estudantes para participação massiva nas actividades desenvolvidas pela AEUP, pela Universidade e outras organizações e na defesa dos seus interesses.   

Meus pares!

O acto de transmissão de poderes que hoje testemunhamos é um legado que nos foi instituído e que passa de geração em geração em cada dois em dois anos como preconiza os nossos estatutos, cuja decisão é tomada pela maioria dos estudantes expressa nas mesas de assembléias de votos após um processo de candidatura, campanha eleitotal.

Excelentíssimo!

Queria antes de avançar com os meus pronunciamentos, se for consensual, fazer a minha radiografia.......

Muito obrigado!

Como todos vos sabem, vim da província da Zambézia para fins meramente acadêmicos, de fazer o curso de Geografia.

Durante a minha estádia nesta universidade e cidade, envolvi-me em várias iniciativas e organizações, espalhando assim a minha rede de contacto.

Fora dos meus colegas de turmas, conheci amigos, um deles, que é o dr. Prospero Hermínio Jaime a quem endereço os meus profundos agradecimentos, pos foi graças a ele que conheci está maravilhosa agremiação (AEUP-Beira), e com ela me possibilitou conhecer a vocês colegas e amigos.

Confesso-vos que é a AEUP a minha primeira das demais organizações voluntárias que hoje faço parte que me forneceu e tem me fornecido bases mais que suficientes que irão servir durante o meu viver nesta face da terra.

O meu percurso nesta casa (AEUP) vai de membro simples, adjunto secretario até ao expoente Maximo, presidente.

Como disse uma vez Newton, se vi longe é porque estive por cima dos ombros dos homens mais gigantes e se cheguei ao Expoente Máximo desta agremiação, foi graças a dois velhos amigos que acreditaram e apostaram em mim, nomeadamente, ao dr. Gelito Arigora, dr Gilberto Armando, mas também a vocês, a minha turma “Geografia 2012” e claro, a minha família que está e sempre estiveram do meu lado, a todos vocês, os meus profundos agradecimentos.

Caros Membros!

Enquanto Presidente desta Associação estive ao vosso serviço e ao serviço de todos os estudantes. Senti-me extremamente honrado com a vossa escolha de há dois anos marcada por uma tão ampla maioria. Sucedi ao meu grande homólogo Caetano José Faustino, a quem uma vez mais agradeço as suas excelentes qualidades de liderança.

Estavam nesta corrida como candidatos a este lugar o dr. Albino Tivane que não se encontra aqui hoje, mas a quem envio os meus calorosos cumprimentos e o Castelo Suflício que se faz presente.

Com estes e com os demais colegas de direcção e membros desta agremiação, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para não trair a vossa confiança.

Sempre soube que podia contar convosco, independentemente dos nossos pontos de vista.

Foi Jean Monnet quem afirmou: "Todos somos ambiciosos.

Resta saber se a ambição reside no ser ou no fazer."

Nós devemos ter a ambição de fazer.

Acreditávamos que o sucesso era sinônimo de produtividade, por isso trabalhamos sem parar, como disse Theodore Roosevelt: "de longe, o melhor prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar duro em alguma coisa que vale a pena".

Ontem, independentemente da gravidade das falhas cometidas, elas faziam parte do passado, e hoje é um novo dia. Tampouco importa que metas eu possa ter atingido ou que prêmio tenha recebido: eles produzem pouco impacto directo naquilo que faço hoje.

O dia de ontem, com seus sucessos e vitórias, lutas e fracassos se foi para sempre. Entendo que passado é passado. Não posso revivê-lo. Não posso voltar atrás e mudá-lo, mas sim que aprenderei com ele e aprimorarei meus dias.

Um velho provérbio nos ensina que "A vida se renova a cada instante".

Com a minha direcção não podia ser diferente, houve algumas tristezas assim como muitas alegrias.

E é assim que deixo esse cargo, alegre, com o sentimento de missão cumprida e cheio de confiança que o meu sucessor estará a altura e superará todas as expectativas!

Não direi adeus, porque sei que iremos nos encontrar pelos corredores desta universidade e cidade, daí que apenas pretendo dizer, até logo.

Mas antes porem, permita-me vossas excelências descrever de forma sumaria aquilo que foram as nossas actuações.

Quando entramos lembro-me que a primeira actividade foi de representar a nossa Delegação na Feira provincial de exposição organizada pela Comunidade Acadêmica para o Desenvolvimento da Educação – CADE, onde conseguimos participar com cerca 18 estudantes dos cursos de Geologia, Geografia, Psicologia, Sociologia, Biologia, Português, História e Ensino Básico, onde todos os participantes foram por nós atribuídos certificados de participação.   

Excelências

Representar condignamente a nossa delegação, nas duas feiras de exposição organizada por aquele organismo e nos demais eventos que participamos em nome da nossa instituição, foi algo tão gratificante da nossa parte que a direção desta delegação nos proporcionou.

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