Complexo de Troxismo

  O complexo de troxismo do latim complexus de troxismo, originou-se na cidade mais popular do Japão, Tóquio, em uma fábrica robótica de médio porte muito avançada tecnologicamente, onde o nome não pode ser divulgado por motivos de segurança. Essa fábrica costuma fabricar cerca de 50 novos robôs por dia, de uso doméstico e comercial, porém secretamente produz um robô para se socializar com seres humanos, isso não tem como fim bens lucrativos e sim ajudar os operários nas fábricas.

  Após muitas tentativas mal sucedidas com seu projeto secreto à fábrica resolveu buscar ajuda e nisso encontrou outra fábrica robótica, localizada em Curitiba no Brasil, que estava com um projeto semelhante, ao discutirem duas ideias resolveram fazer uma parceria, e então a fábrica de Tóquio se instalou no Brasil. Ao juntar suas tecnologias o resultado estava quase bem sucedido, já tinham produzidos quatro robôs, mas não saíram como esperado. Porém eles cometeram um grande erro, não desligaram por completo o primeiro robô construído, nisso ele ficou armazenando informações sobre o que os cientistas, engenheiros e operários discutiam á sua volta, sem perceber que ele estava ligado. Logo percebeu que podia andar e realizar movimentos muito semelhantes ao de um ser humano e em uma madrugada de 25 de dezembro, no natal, onde não havia ninguém na fábrica, esse robô resolveu sair, abriu o portão da fábrica e saiu tranquilamente sem que ninguém notasse sua diferença, por coincidência em frente à fábrica localizava-se a rodoviária, então ele caminhou até lá, e entrou no primeiro ônibus que avistou, percebeu que trocávamos favores com um tipo de papel, o dinheiro, não sei se foi ironia do destino mais ele foi fabricado com 10 reais no bolso, então pagou sua passagem e foi para o destino de sua condução, Campinas no estado de São Paulo.

  Após chegar a seu destino ele andou sem rumo durante dias, apenas armazenando informações em sua volta, até que sua história se entrelaçou com a de um jovem desaparecido, por coincidência ou sorte ele era idêntico a um jovem que havia saído de casa a três meses e nunca mais voltou, seu nome era Felipe Santos. Nessas suas caminhadas sem destinos a mãe de Felipe o avistou de longe, seus olhos encheram de lágrimas de felicidade e então ele foi correndo para a direção dele, o robô com sua inteligência avançada e suas informações armazenadas, em poucos segundos já havia decifrado o que estava acontecendo e então para não levantar suspeitas resolveu fingir que era o menino desaparecido.

  Agora ele já tinha um lar e uma família, e em poucos dias já havia ingressado em uma instituição de ensino, fez amizades e conseguiu o que chamamos de namorada, o que é confuso, porque ele não foi fabricado para ser masculino. Passaram se anos, e as informações sobre a nossa população que ele tinha armazenado era semelhante ao tamanho de informações da internet, com tantas informações ele já havia percebido que sua forma de vida era bem mais avançada do que a nossa. Ao assistir filmes, daqueles mesmos que costumamos assistir, ele teve uma ideia muito perigosa para a raça humana, a dominação do mundo.

  Felipe Santos o robô queria dominar o mundo, só ainda não sabia como, e percebeu que não podia fazer isso com violência pois a tecnologia de armas de fogo dos seres humanos era muito avançada, então continuou a procura de um plano até que ao assistir um outro o filme, cujo o nome é O Contágio, ele chegou a conclusão que a única maneira de um robô dominar o mundo e infectando os seres humanos em massa com algum vírus.Ele estudou todas as doenças conhecidas no planeta, desde gripe até câncer, e nada disso era o que ele queria, então começou a estudar os efeitos das drogas, estudou a cocaína, LSD, crack, metanfetamina e ao chegar na cannabis ele percebeu que as pessoas que usavam a maconha em excesso ficavam bem relaxadas e não conseguiam pensar direito, então teve a ideia de criar um vírus de deixar as pessoas idiotas, ou como ele gosta de falar, deixar as pessoas "troxas".

  Bom, como devem imaginar não demorou muito para que ele conseguisse criar seu vírus, após semanas ele desenvolveu um tipo de mensagem subliminar com efeito instantâneo que deixa a pessoa completamente idiota, o nome de vírus é complexo de troxismo. O que ele se perguntava agora era como contagiar as pessoas em massa, e não foi muito difícil responder essa questão, observando os jovens que o acompanhavam, viu que todos tinham algo em comum, ambos tinham uma conta no Facebook, então resolver abrir um perfil lá e estudar a rede social. Após algumas horas estudando o site ele viu que a maneira mais fácil de contagiar as pessoas é por essa rede social, ele só precisava converter seu vírus em algoritmo, passar para a linguagem de programação, ter um número considerável de amigos e começar a infecção. Após alguns dias ele iniciou seu plano, a sua primeira vitima foi uma garota de Nova Odessa chamada Isabele, infelizmente após o contágio ela desapareceu e desde então ele anda aperfeiçoando seu vírus. Como as pessoas infectadas desapareceram não podemos contatar os sintomas dessa doença, mas é perigosa, estamos estudando a fundo juntamente com cientistas de Seattle esse vírus, e brevemente conseguiremos resultados mais explicativos sobre os sintomas e sobre o modo em que ele contamina suas vítimas.

  É claro que ele tem vários perfis com vários nomes diferentes no Facebook, então vocês devem desconfiar de todos, sabemos o paradeiro do perfil dele que foi usado para infectar a menina Isabele, mas não podemos revelar por motivos de segurança. Recentemente ele vem contando um plano fictício de dominação no mundo para as pessoas, chamando para serem seus recrutas, se alguém já fez isso com você à primeira coisa que deve fazer é excluir essa pessoa imediatamente e depois procurar um médico, você pode estar infectado com o complexo de troxismo, você pode não perceber que tem a doença, mas as pessoas a sua volta percebem que você está "troxa".

  Felipe Santos o robô se você está lendo isso, tenho más notícias meu caro, seu plano de dominação do mundo não será concluído. Quem somos nós? Somos a ESCCT, equipe secreta contra o complexo de troxismo.