O artigo tem por finalidade analisar as práticas de gestão de pessoas e a inter-relação como o processo de Aprendizagem Organizacional, identificando os fatores facilitadores e limitadores desse processo. A análise dos dados foi feita qualitativamente à luz do referencial teórico utilizado nesse estudo.

uma vez que todos os entrevistados citaram a implantação da qualidade como uma estratégia de aprendizagem adotada pela organização, é importante observar, segundo o autor, que o conceito de aprendizagem organizacional foi confundido com mudança e adaptação.

Cada vez mais é preciso que haja o reconhecimento da necessidade de profissionais qualificados, preparados para enfrentar a acirrada competitividade e, principalmente, dispostos a “aprender a aprender” e a oportunizar o aprendizado a outras pessoas que fazem parte da organização. Para isso, salienta-se a grande ênfase que tem sido dada às práticas de gestão de pessoas alinhadas a novos formatos de aprendizagem e desempenho, buscando-se instituir uma cultura de aprendizagem nas organizações. Neste mundo de rápidas transformações, muitas empresas têm buscado meios e ações estratégicas para garantir a sobrevivência no mercado. Dessa forma, este estudo visa: investigar e analisar, em uma organização destaque em qualidade, as práticas de gestão de pessoas e a inter-relação com o processo de Aprendizagem Organizacional, identificando os fatores facilitadores e limitadores desse processo.  O mundo de hoje, caracterizado pela grande competitividade, certamente exigirá um grande esforço por parte das organizações para fazer com que as mudanças realmente aconteçam. A preocupação com a dimensão humana e com a valorização das pessoas tem sido, cada vez mais, intensificada e tem adquirido relevância estratégica no ambiente empresarial.

            Para Ulrich (1998), citado pela autora, as empresas bem sucedidas serão aquelas capazes de transformar estratégias em ação rapidamente, de gerenciar processos de forma inteligente, de maximizar o compromisso e a colaboração do funcionário e de criar condições para uma mudança consistente. A mudança de paradigma, por exemplo, requer a assimilação de novos conhecimentos e a incorporação de novas práticas de gestão de pessoas em ritmo cada vez mais intenso. Para o efetivo aprendizado as pessoas necessitam de quatro tipos diferentes de habilidades: experiência concreta, observação reflexiva, conceituação abstrata e experimentação ativa.

Outro elemento vital para a organização de aprendizagem é o objetivo comum. Essa disciplina incide em desenvolver o empenho dos colaboradores com os objetivos organizacionais e, para que isso verdadeiramente ocorra, é primordial que os objetivos individuais sejam compatíveis com os da organização. De acordo com Senge (1990), citado pela autora, “o objetivo comum é vital para a organização da aprendizagem, porque proporciona o foco e a energia para o aprendizado.” Salienta. Ele enfatiza também que “o significado básico da organização da aprendizagem: é a organização que está continuamente expandindo sua capacidade de criar o futuro.” Nota-se, portanto, que os entrevistados não consideraram as influências comportamentais sobre o processo de aprendizagem e revelaram não ter clareza quanto ao conceito de aprendizagem organizacional, limitando a noção de aprendizagem organizacional aos seguintes aspectos: abertura às mudanças; conhecimento sobre o mercado; incentivo aos funcionários para aprenderem cada vez mais; oportunidades aos colaboradores; desenvolvimento de um trabalho integrado com todos os setores; disposição em buscar o novo e adoção de experiências positivas de outras empresas. Destaca-se, por fim, que é preciso agir, sair do discurso e redimensionar as práticas de gestão de pessoas visando alavancar o processo de aprendizagem nas organizações. Não se pode deixar de considerar as questões intrínsecas ao processo de aprendizagem, as individualidades de cada pessoa e a forma como as mesmas aprendem e como transferem o que sabem para que a organização também possa aprender.

Pergunta para Análise: Referente à aprendizagem organizacional, qual a relevância das pessoas?