À minha frente, um quadro. Meu campo de visão é o que determina a sua moldura. Não foi desenhado por homem algum, tampouco é estático. Tem vida e é animado por Deus.
Que há nesses quadros vivos, insondáveis e tristes, e de tal forma
expressionistas, que nos suscitam tão profundas e lancinantes impressões?
Estou na portaria de um prédio comercial, num bairro movimentado em Niterói. A penumbra natural despacha de vez um sol que vai deitar-se, ao longe e fatigado, por trás dos edifícios. E a noite cai, de vez, na rua barulhenta.