INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA
ALUNA: POLLIANA MARTINS FARIA
PROFESSORA: ANA PAULA LAZARINO OLIVEIRA



REPENSANDO A PESQUISA EM DIREITO

Grandes são os avanços aos quais tem passado à universidade, porém a obstrução da atividade de pesquisa tem sido fator de preocupação diante da realidade vivenciada pelos universitários do curso de direito, aos quais tiveram seu conhecimento jurídico encapsulado, privando se dos fenômenos particulares de suas vidas.
De certa forma, a questão da pesquisa em direito nas universidades, é um fato a ser repensado, aonde cada vez mais alunos vão aos bancos das universidades apenas por obter um diploma, um canudo de boa carreira onde lhe confira status ou ainda um diferencial diante dos que não têm a oportunidade de se ingressar na universidade.
Mas e o aprendizado? Onde fica a inquietude do buscar o novo, o descoberto e o implícito?
Na grande parte das universidades o ato da pesquisa cientifica tem se tornado cada vez mais corrompido. Não se formam mais juristas, mas apenas capacitam futuros operadores de direito, onde apenas a técnica será capaz de moldar sua carreira. O novo, o implícito, a dúvida e a discussão muita das vezes já não fazem parte do contexto da maioria dos universitários em direito, pois já possuem a receita pela qual devem seguir, e assim se tornam pessoas de visão parcial, os futuros míopes na arte do direito, ao qual se preservam a tradição de anos e anos, isentos de nenhuma atualização ou renovação acabando por comprometer a evolução do saber jurídico.
Seria de grande importância que a pesquisa jurídica não se limitasse apenas à troca de experiências entre professor-aluno, mas que a iniciação cientifica fosse o suplemento indispensável na vida de novos pesquisadores, onde o conhecimento científico sustente maior credibilidade ao ensino superior, proporcionando assim uma reformulação dogmática no país.
Desta forma, diante do contexto social em que a informação seja moeda pulsante, o direito mostra se em dificuldades de acompanhar os novos padrões cognoscíveis, onde apresentam problemas metodológicos e compreensivos de acordo com valores e princípios específicos ou ainda verdades fragmentárias.
Com a chamada era digital, onde cada vez mais a sociedade se prepara e se moderniza, torna se impossível se manter apenas com um único diploma legal. Trata se de estar em sintonia com a atualidade e viver as transições sociais de acordo com os avanços tecnológicos propiciados em cada momento. Assim já não é o bastante sentar se na cadeira da universidade e obter o tão sonhado diploma que conferirá ao universitário o poder e o status de doutor, mas sim de buscar incansavelmente o diferencial na pesquisa e na extensão, tornando se não apenas formado, mas de fato capacitado para exercer sua profissão diante da sociedade de forma responsável, a fim de nortear a aplicação do direito diante da globalização.
Assim, alunos e professores podem desfrutar de um engajamento onde a interação seja continua e a esterilização da pesquisa não seja um fator presente no direito, onde indivíduos sem vocação se extingam, restando apenas aqueles que não buscam apenas um diploma ou uma carreira promissora citada em cartas de emprego ou concursos públicos, mas sim aqueles que realmente se mostram profissionais ansiosos, inquietos, dotados de informações cientificas e sempre aguçados pelo trabalho de pesquisa e extensão na busca do novo, a fim de recuperar o status financeiro e intelectual que o meio jurídico ostenta.