Em algumas religiões é bem visível a quantidade de pessoas que aderem ao que muitos adeptos chamam de caminho da salvação ou da redenção divina. Pois bem, essas religiões são bem dogmáticas quando o assunto está relacionado ao mundo e a todos que não fazem parte de suas doutrinas, ou seja, para a maioria dos seguidores de algumas religiões, não é admissível ter ou estabelecer alianças com outras pessoas que não aderiram ou não preferem seguir da mesma religião que aquela segue. Não pode ter conhecimento de certos fatos do mundo, não usufruir até mesmo de alguns produtos, medicamentos e até mesmo roupas ou calçados ou comportar -se de tal modo que a  religião não permita. É quase um “xiitismo”, em outras palavras, restrito ao acesso a outras sociedades, lugares e até a informações cujo certos conteúdos apresentados por tv, rádio e internet são desprezados e criticados por religiões mais ortodoxas. É de se respeitar, claro, tais doutrinas.

Mas, embora convictas de suas crenças, muitas delas entram em contradição com suas próprias leis, seus próprios fundamentos. Não cabe aqui retratar quais, mas muitos sabem que isso é bem verdade. Condenar alguns comportamentos que estão fora do padrão da religião a que se segue é fato incontestável de arrogância e hostilidade sem precedentes, principalmente com pessoas que não possuem nenhuma religião. O que levanta questionamentos são os próprios comportamentos dos seguidores de várias religiões que se consideram melhores do que aqueles que não têm. Tais comportamentos chegam a ser piores daqueles que não compartilham da mesma religiosidade, e ainda acreditam que serão absolvidos por seu líder que se autoproclama  representante de Deus. Tais líderes religiosos em vários casos possuem comportamentos um tanto aversivos à sua religião, cometem atrocidades que chocam sociedades.

O assunto não levanta questionamento sobre a existência ou não de Deus. É válido ressaltar que é sobre o modo como algumas religiões tratam o mundo em geral, o enxergam como se fosse uma aberração, algo longe de proporcionar ao ser humano alguma coisa boa. Sempre ouvimos falar que quem não segue religião X ou Y é do mundo. Mas, que mundo então se referem se não o mesmo que o próprio Deus criou? Estariam, então, rejeitando o mundo que Deus nos deu?

Alguns acontecimentos cotidianos da vida de alguns religiosos chegam a não condizer com a realidade nua e crua do mundo, este diga-se de passagem, criado por Deus. Em certos momentos de nossas vidas já vimos absurdos acontecerem, como outras pessoas que aproveitam da boa fé, crença, ingenuidade, bondade e honestidade de outras, somente com o propósito de enriquecimento pessoal, sem por em prioridades as tais ações que farão ser salvos por Deus. Outro aspecto inadmissível é o preconceito com que algumas religiões cometem todos os dias, como é o caso de vários desempregados que não têm religião alguma, onde ao deixarem seus currículos em empresas de fiéis seguidores de determinadas religiões ditas divinas e sagradas, são rejeitados. Só pelo fato de não seguir a mesma doutrina, o modo de vida do dono da empresa, por exemplo, já é fator crucial para a não admissão, mesmo tendo a pessoa, talento, habilidades e currículo de dar inveja.

Pode se observar que já existem várias sociedades criadas em torno de uma religião. Donos de escolas que só aceitam filhos de fiéis de mesma religião, donos de empresas que somente aceitam pessoas de mesma doutrina e o que é pior, tanto o homem quanto a mulher só se casam se forem seguidores de uma mesma religião, não importando se há ou não amor, não se importando com sentimentos humanos, sentimentos estes da natureza que Deus proporcionou ao homem sentir, independente se este sente por negros, índios, amarelos, hindus, budistas, protestantes, católicos, ortodoxos, etc. Diante desta indagação, surge uma visão abrupta deste contexto. Chegará um momento em que pessoas que não possuem religião, só poderão comer, beber, usufruir de novas amizades, sociedades, produtos, se divertir e trabalhar se aceitarem as regras impostas por certas doutrinas. É sobre isso que surge uma nova pergunta: Não será o mesmo conceito 666, a marca da besta, onde na bíblia diz que somente sobreviverão no mundo quem aceitar conviver com tais regras?  Vemos todos os dias novos seguidores, não pelo fato mais importante, DEUS, mas pelo aspecto de que terão mais facilmente acesso a coisas que antes não tinham, como exemplo clássico, emprego.

Deus é um só em todas e qualquer religião, tem vários nomes, mas não é através de uma doutrina, dogmas, que o ser humano irá encontrar a salvação, a luz e o caminho divino. É através de si mesmos, na busca em seu interior, amando uns aos outros, na procura da felicidade de modo que faça bem a si mesmos e aos outros, ter compaixão, misericórdia, perdoando e respeitando aos demais que encontraremos Deus. Este é o mapa, o roteiro que Deus nos dá para conseguirmos achar o caminho tão difícil que é o seu amor e a sua salvação.