O tema tem por objetivo refletir sobre o processo dos direitos fundamentais garantidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Pátria de 1988.

A pobreza é entendida como fruto da ação humana, sendo resultado da forma como é conceituada, sua interpretação e, de que forma o homem pretende direcionar sua história e como aceitam os padrões mínimos de sobrevivência de cada individuo presente nesta sociedade.

É notório que em nosso país, a pobreza não ocorre por falta de recursos e sim por desigual distribuição desses. O Brasil é um país rico, mas com os maiores índices de desigualdade do mundo. Na ótica geral a desigualdade econômica é a mais conhecida, esta também é denominada de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda, a falta de emprego e carência de incentivo para qualificação profissional.

Neste sentido, observa-se que a desigualdade social e a pobreza andam juntas. Com base no artigo 3º da Declaração Universal dos Direito Humanos resguarda o direito a vida, sendo ele o maior fundamento dos Direitos. Em nossa constituição em seu artigo 5º temos assegurados os Direitos Fundamentais, ou seja, todas as vidas são de igual importância, nenhuma vida vale mais ou menos que a outra.

Dito isto, é sabido que em pleno século XXI, grande parcela da população no mundo, ainda padece com a desigualdade social e a pobreza. Estes problemas são os responsáveis por levar um grande contingente desse povo, maioria de jovens e crianças, ao roubo, as drogas e ao crime organizado, ações que em muitos casos são alternativas para que estas pessoas tenham condições de sobre vida e de seus familiares, também, serem aceitas na sociedade.

Este contingente marginalizado pelo meio em que vive por não desfrutar de um bom nível de instrução e possuir um potencial econômico incapaz de suprir suas necessidades básicas está à deriva e expostos a ação que corrompem com os princípios e as leis.

Cabe aos governantes, ao Estado, instituir em seus programas de governo, uma política séria, honesta e transparente de inclusão social aos desfavorecidos, com a finalidade de combater o analfabetismo, a informalidade, a fome, e o desemprego. Maior empenho na qualidade da SAÚDE, garantido pelo artigo 196 CF/88, como sendo um dever do Estado em efetivar a construção de hospitais mais equipados, postos de saúde nos Bairros, disponibilizar mais profissionais da área tais como; médicos especializados e enfermeiros, dentistas, ambulâncias equipada, medicamentos, para  atender a população carente e ter disponíveis outro suprimentos para atendimento desses que mais necessitam. Acredito também, que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, pelo projeto “FOME ZERO”, deve expandir este programa de Alimentação criado pelo Ex Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Estas medidas devem ser umas das formas de auxiliar na formação destas pessoas, prepará-las para ter as mesmas chances na busca por um emprego ou por um curso de profissionalização que é acessível a um cidadão que possui uma boa condição financeira.

No Brasil e outros países, que possuem um alto índice de pobreza e desigualdade social, devem concentrar esforços na melhoria das condições de vida das pessoas, desenvolvendo políticas para melhorar o atendimento a saúde pública e a alimentação, assegurando aos necessitados acesso aos cuidados básicos. No que diz respeito à desigualdade social, criar políticas de distribuição de renda, investimento em educação e na geração de empregos, de forma que crianças e jovens tenham acesso à educação, e que o país tenha condições de oferecer no futuro uma oportunidade à maioria.

Ao Estado cabe comprometer-se com as causas sociais e administrar os recursos públicos com habilidade, honestidade e transparência.

A sociedade por sua vez, pode fazer valer seus direitos, mas deve ser solidária e não ficar só esperando os milagres de um programa de governo, (bolsa família, vale gás, alimentação) deve se mobilizar através de grupos, classes e associações e a exemplo de algumas ONGs, contribuir de forma significativa para a inclusão social de todos, cobrando por políticas transparentes, criando programas e ações para melhorar as condições de vida das pessoas necessitadas no combate a pobreza e a desigualdade social. Um exemplo da iniciativa do SESC (Serviço Social do Comércio), ligada as Federações do comércio e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o programa Mesa Brasil, que visa complementar a alimentação de menores carentes e instituições de caridade.