"Permutas matemáticas e sentimentais."

O que trocamos com nossas mulheres, nós, homens, que tanto as queremos? Tão doadoras, dedicadas, felizes e tristes...
O sentido e o paradigma do amor... Elas sabem dividir! Não na matemática, mas antes, não entendendo por vezes as nossas angústias, se confundem por conta do grande sentimento e fazem jorrar para nós aquela incerteza da certeza: "porque está assim, tão estranho, não me ama mais?"
Nós, nas raias da lucidez e da racionalidade, trazendo o fardo das noites mal dormidas e vividas, interpolamos o comportamento e nos transformamos em curvas e retas do gráfico cartesiano: "x = 10 y /2 + 4 x ? 7 y". E elas, logicamente, não entendem! Assustam-se...
Ainda bem que a grande mãe natureza, por obra da criação, as fez assim! E, falando baixinho, com aquela peculiar meiguice, extrapolam em peles arrepiadas tudo que sentem... Aí, nesse ponto exato, percebemos o quanto são importantes e essenciais na vida dividida, partilhada, transpirada nos descompromissos...
O grande mote é a doação, ainda que parcial, tentando alcançar o almejado, o total, o resultado, o quociente, a divisão exata, sem resto... o "xix da questão"...
Amo-te! Ainda que, um dia, por mais bem e por mais mal...