PATATIVA E A EDUCAÇÃO

 

Professor Alison Evangelista Duarte Sipauba.

 Assaré/CE 01/04/2014

 

 

Primeiro peço a Jesus Cristo nosso senhor, uma santa inspiração para transcrever um dialogo sem me afastar da razão.

Os livros e os poemas de Patativa têm que ser cultivado muito mais do que os livros que vemos sendo usados por aí. Neles ele traz mais do que a historia da sua gente, traz a realidade nacional que foi cultivada por gente de fora.

Meu livro – Patativa do Assaré

ABC nem beabá

no meu livro não se encerra.

O meu livro é natura

é o má, o céu e a terra,

cum a sua imensidade.

Livro cheio de verdade,

de beleza e de primô,

tudo incadernado, iscrito

pelo pudê infinito

Do nosso pai Criadô.

 

          Nosso poeta popular em praticamente quase tudo ele se fala, da política á reforma agrária, da religião à educação, da discriminação ao negro à realidade triste do sertanejo, esse que tanto sofre e tem aplausos do poeta maior, entre muitos outros temas que usamos em nossas salas de aula, mas principalmente o nosso poeta traz a realidade da nossa região e do nosso Brasil.

Cultivar nossa identidade, nossa cultura popular nos grandes versos do nosso poeta maior, é dever daqueles que busca o melhor para sua terra, principalmente aqueles que nela vivem, na torra do poeta de Assaré.

Patativa do Assaré maior da poesia popular deve todo professor estudar e ensinar os poemas dele para educar.

Sempre estará na memória do povo de sua terra, mas só que mais que relembrar a sua historia e a sua memória é viver os seus pensamentos que através de seus ensinamentos vistos nos seus livros possamos sonhar em uma sociedade melhor, mais justa e solidaria para formar bons cidadãos.

Menino de Rua, Patativa do Assaré.

 

“Assim continuas de noite e de dia
Não tens alegria
Não cantas nem ri (sic)
No caos de incerteza que o seu mundo encerra
Os grandes da terra
Não zelam por ti.


Teus olhos demonstram a dor, a tristeza,
Miséria, pobreza
E cruéis privações
E enquanto estas dores tu vives pensando,
Vão ricos roubando
Milhões e milhões


Garoto eu desejo que em vez deste inferno
Tu tenhas caderno
Também professor
Menino de Rua de ti não me esqueço
E aqui te ofereço
Meu canto de dor”.

                   

Cultivar a sua memória e revelar através de seus poemas é o mínimo que devemos fazer para propiciar aos educando de nossa terra a importância desse grande poeta que tanto faz e tanto fez pela sua gente.

Ensinar “Inspiração Nordestina” e “Ispinho e fulô” sem esquecer “Cante lá que eu canto cá”, por que aqui em nossa terra, “aqui tem coisa” pra contar. Professor melhor do que ele, em nosso Assaré não houve e não há.

Nós professores sabemos que não possamos deixar os conteúdos mundanos de lado, eles formam nossos conhecimentos para nós seguirmos nossas lutas em busca de um futuro melhor, compreendendo só estudo dos livros de lá, os livros de cá também podem formar bons cidadãos.

Patativa do Assaré símbolo de orgulho para sua gente e para quem o reconhece como grande professor e debatedor da realidade que vivia, venho mais uma vez concluir que os seus livros devem ser ensinados por aqueles que buscam o bem e a formação dos jovens da terra que aquele foi e é o maior símbolo dessa gente, Patativa do Assaré.

Encerro aqui minha pequena produção, uma pequena homenagem a esse pequeno grande homem que tanto nos deixou do saber e fazer ensinar.

 Seus grandes livros muito nos ensinam, mas poucos são os que cultivam os seus grandes saberes, mas aqui uma coisa eu defendo e digo: “Cultivar os livros do poeta é dever e nossa obrigação professores, para o pleno conhecimento de nossas crianças, jovens e adultos, para o desenvolvimento da educação dos filhos do seu torrão, isso é dever nossa da profissão. Além de educar através dos livros do poeta, estamos enriquecendo cada vez mais a cultura, a nossa identidade, a imagem e importância do nosso poeta maior Patativa do Assaré.

Referências Bibliográficas:

 

ASSARÉ, Patativa do. Aqui tem coisa. São Paulo: Hedra, 2004.

ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá: Filosofia de um trovador nordestino. 8ª ed., Petrópolis: Vozes/Crato: Fundação Pe. Ibiapina, 1992.