Começar as crônicas das Copas de mais um ano e falando de Arthur Antunes Coimbra, o Zico, é uma honra para qualquer cronista e modestamente estou me dando este presente pelo aniversário de meio século de vida, completos neste 8 de janeiro.  Bom, o Zico nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de março de 1953 e poderia ser friamente definido como um treinador de futebol, ex-futebolista e ex-dirigente brasileiro, que atuava como meia e atualmente está sem clube para treinar e atua como comentarista esportivo na TV.

Particularmente, me lembro de Zico como um dos maiores camisas 10 do futebol brasileiro, jogando pelo Flamengo do Rio. Nem preciso lembrar que a mágica da camisa 10 no Brasil surgiu após a era Pelé. Na Seleção Brasileira, mais precisamente em Copas do Mundo, Zico estreou com a camisa 8, aliás número que gosto muito, a 10, no ano de 78, tinha outro dono a altura, Rivellino. A história diz que Pelé estreou na seleção com a camisa 13, aliás outro número que gosto muito.

Mas voltando ao Zico, ele estreou na Copa de 78, na Argentina, jogou a partida que foi 1x1 contra a Suécia, gol de Reinaldo. Nesta partida Zico fez um gol, mas o juiz acabou o jogo com a bola ainda no trajeto, durante a cobrança do escanteio. No 0x0 contra a Espanha, Zico saiu faltando 3 minutos para o final (entrou Jorge Mendonça); só voltou faltando seis minutos para acabar o jogo contra a Áustria, 1x0, gol de Dinamite.

No jogo que foi 3x0 no Peru fez seu 1º gol (14/6/78), saiu faltava 20 minutos. No 0x0 contra a Argentina, só entrou faltando 23 minutos, no lugar de Jorge Mendonça. Contra a Polônia 3x1, saiu aos 7 minutos, em seu lugar Gil, não jogou a decisão do 3º lugar contra a Itália, 2x1 para o Brasil, neste jogo Rivellino também estava no banco, irritou-se com Coutinho e exigiu que o colocasse, entrou no lugar de Cerezzo.

Em 82, na Espanha,  jogou nos 2x1 contra URSS; nos  4x1 contra a Escócia e fez 1 gol; jogou nos 4x0 contra a Nova Zelandia e fez 2 gols; nos  3x1 na Argentina fez um gol e foi substituito por Batista quando faltavam 6 minutos. Aliás, Batista foi personagem ao receber falta violenta de Maradona,que foi expulso. Zico ainda  jogou nos 3x2 para Itália, que eliminou o Brasil, em 5/7/82, no episódio conhecido como tragédia do Sarriá.

Em 86, no México, Zico só estreou na terceira partida, nos 3x0 contra Irlanda do Norte, quando faltavam 22 minutos para acabar o jogo.  Jogou nos  4x0 contra a Polônia, entrou  faltando 21 minutos para o final. Nas quartas de finais contra a França,  entrou faltando 19 minutos, estava 1x1, houve um pênalti, que assim como faltas próximas da área, era sua especialidade, ele relutou em bater, bateu e errou. O 1x1 levou para a prorrogação e depois os penaltis, nas cobranças alternadas Zico acertou o seu, mas o Brasil foi eliminado com os pênaltis perdidos pelo recém falecido Sócrates(este deu um chute fraco para fácil defesa de Bats) e de Júlio César (zagueiro revelado pelo Guarani de Campinas, que explodiu um chutaço na trave).

Curiosamente, um dos pênaltis dos franceses também bateu na trave, mas voltou nas costas do goleiro Carlos (revelado pela Ponte) e entrou e o craque francês Platini perdeu sua cobrança. O brasileiro Careca e o próprio Platini tinham feito os gols do empate em 1x1. Grande jogador sem dúvida, mas Zico passou por três Copas do Mundo sem erguer a taça de campeão. Na Copa do Mundo de 1990, na Itália, o técnico Sebastião Lazaroni chegou falar com Zico sobre a possibilidade de o jogador repensar a decisão de não disputar a Copa, porém o Galinho, como era mais conhecido,  optou por não jogar, tinha outros planos, naquele ano foi Secretário Nacional de Esportes, cargo público que exerceu até 1991.

Email: [email protected]