A desigualdade social é um problema social que afeta principalmente países não desenvolvidos. O conceito de desigualdade social é um conjunto de diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, desigualdade de escolaridade, de renda, entre outros. Na generalidade a desigualdade econômica é a mais percebida sendo chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda.

            No Brasil, a desigualdade social é uma das maiores do mundo, estando, segundo dados da ONU, em 2005, o 8º país mais desigual. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém esta ainda é gritante.

            Pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, a desigualdade brasileira a fatores que remontam ao Brasil colônia, escravidão e modo como tratavam os que vinham para o Brasil trabalhar como escravos, não garantindo a eles as mínimas condições de vida, de trabalho e de sobrevivência, e logo após com o fim da escravidão e toda a marginalização, a desigualdade ficou ainda mais perceptível

            Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, além do seu surgimento durante a escravidão, mas também obsevando a influência da  decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.

            Junto com o desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as disparidades sociais, tornou-se ainda mais nítido a concentração de renda e o individualismo, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a baixa escolaridade, a violência. Essas são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.

            Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular. Podemos observar que os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e ser bem remunerado. As desigualdades sociais são em grande parte geradas pelo jogo do mercado e do capital, assim como é também verdade que o sistema político intervém de diversas maneiras, às vezes mais, às vezes menos, para regular, regulamentar e corrigir o funcionamento dos mercados que proporcionam remunerações materiais e simbólicas.

            A intervenção do Estado no combate à desigualdade está cada vez mais perceptível com os auxílios dados às famílias humildes que se preocupam com a educação de seus filhos, a politica de cotas em universidades e serviços públicos entre outras medidas que auxiliam a vida dos que sentem na pele a desigualdade social brasileira.

CAMARGO, Orson. "Desigualdade social"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm>. Acesso em 25 de setembro de 2015.