O ser unicamente é dono do seu corpo: Sim ou Não?

Sim, para os que ainda defendem a valorização do corpo, elegendo-o como ser único vital.  Mas desde quando entendamos que, além desse corpo material, palpável, há outros corpos: espírito ou energia vital/ fluídica que o anima; que os corpos fluídicos foram constituídos antes do corpo sólido, a resposta será de imediata negativa.

Para nós, seres humanos, a criação deste ser inteligente, sábio, capaz... já é de fato uma maravilha. E mais maravilhado ficamos quando nos detemos na buscar dessa compreensão do: por que, para quê, o que estamos fazendo, e pra onde vamos. E nessa procura é que passamos a observar como foi grande toda essa criação do mundo.

Como disse o sábio do eclesiástico: “Não há nada de novo, pois o que é,  já foi;  e o que virá a ser, também já foi” Não é mesmo um fato interessante!

A vaidade, o orgulho quando, em muitas vezes, coadunado à ira e ao ódio, fazendo fileira com a ignorância resultante da falta de informações, são elementos que levam muitos a se valerem de práticas imediatistas. Então ocorre que, diante de certos problemas, a pessoa entra verdadeiramente em parafuso; tornando-se cega, surda e muda, em nada mais conseguindo pensar, senão em solucionar esse problema do imediato.

O aborto é ou não, um crime? Teria uma mãe o direito de apertar o gatilho para executar seu próprio filho? Ou,  mais sensato seria cuidar desse; mesmo que, para o seu ego inconformado, ele represente marcas vivas do sofrimento, da violência inconsequente e absurda do estupro?

Antes de tecer quaisquer posicionamentos a essas questões, apesar de ser inequivocamente contra essas práticas, compreendo e sou a favor que cada pessoa, envolvida pelo interesse de conhecer mais sobre o assunto, assistam em filmes ou mesmo em slides a exposição de um aborto de feto já no 5º ou 6º  mês de gestação.

Verá realmente que, principalmente neste estágio da gestação, o aborto é uma pratica tétrica; e, muito mais que isso, fica gritante a qualidade da atmosfera fúnebre que é criada no entorno do ambiente. A frieza estampada nas pessoas envolvidas, ali presentes, encarnadas naqueles instrumentos de carnificina.

São fragmentos de braços e pernas, mãos delicadas, dedinhos umidificados pelo seu próprio sangue que, ao mesmo tempo em que se misturam confunde-se com o plasma vermelho que vem da sua ex-possível mãezinha. Tudo vira lixo, e como dejetos são jogados num balde frio como também fria é a indiferença daquelas pessoas.

 Muitos órgãos ainda são retirados inteiros, vivos, pulsantes. Cenas tristes, aterrorizantes, de profunda crueldade; como se todos os envolvidos fossem deuses, fossem absolutos.

Essa é a maior agressão imposta a um ser indefeso. Se houve o rompimento afetivo, se estranguladas foram todas as expressões preliminares, quando se inverteram os valores do ato da fornicação. Se aqueles momentos foram só de incertezas, torturas psíquicas e, por consequência do próprio ato, o físico tenha sido impiedosamente também machucado. Mesmo que todo esse passado ainda viva presente e lhes tragam marcas, cicatrizes... Nada disso pode ser comparado àquele momento mórbido, gelado de desamor, aparentemente calmo, mas fúnebre da sala de cirurgia.

Em resumo, o autor:

Assim como funciona a lei da gravidade, biunivocamente, funciona a lei de causa e efeito: se você jogar uma pedra para cima, inexoravelmente, ela cairá sobre a sua cabeça, estando você no mesmo espaço do objeto. Como vivemos todos no mesmo espaço global, planetário, o que jogarmos para cima em desrespeito às leis da natureza, certamente voltará pra nós como prêmio de colheita. A plantação é livre, todavia, a colheita é, obrigatoriamente, nossa e nada se perderá.  Antes de tomar quaisquer atitudes, pense no legado que o cordeiro, filho de Nazareth, nos deixou como lição para o nosso aprendizado: Com o ferro que feres, com ele também, serás ferido. Esta é a lei.                                                          Edson Santos.