O PAPEL DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM MOÇAMBIQUE:

Uma Reflexão Socio Antropológica dos alunos com necessidades especiais em Quelimane.


Tubias Capaina




Resumo

O presente estudo explora discursos sobre o papel das tecnologias de informação e comunicação na formação pedagógica em moçambique. este artigo permite entender os processos pedagógicos sobre os quais os alunos com deficiências físicas-visuais enfrentam e deste modo de forma documental incentivar a aderência dos mesmo nos sistemas de ensino tanto nacionais como privados. Neste contexto os objetivos da escola em termos de metas qualitativas devem ser alcançados com bases reflexivos nos alunos especiais e a gestão de conhecimento de TIC, deve fazer parte de um plano estratégico da escola, dada a sua importância nos tempos atuais. O uso dos meios de tecnologia da informação e comunicação veio no sentido de melhorar e agilizar a comunicação em vários sectores. 



Com os conhecimentos de informática, os alunos formados podem planificar, e desenvolver capacidades de soluções para questões relacionadas ao uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e implantar redes sociais. Para BLANCO & SILVA (1993:21), as teorias tecnológicas passam a fazer parte das teorias contemporâneas da educação por um lado, como uma alternativa de acesso ao processo geral mecanização da vida, isto é, o homem deve ser educado para actuar conscientemente num meio ou ambiente tecnológico e por outra, como uma ciência aplicada capaz de contribuir para tornar o processo educativo mais eficaz, isto é, melhorar aprendizagem

Palavras-chave:

Tecnologias De Informação E Comunicação, Deficientes Físicos e Atitudes ou Comportamentos.



Introdução 

O presente artigo analisa os mecanismos de alternância sobre os quais deficientes físicos podem se apropriar para obtenção de informação durante o processo de ensino e aprendizagens na Zambézia. A presente investigação de carácter explorativo abre linhas que podem ser aprofundadas futuramente quanto a compreensão do uso das Técnicas de Informação e Comunicação nas escolas em especial atenção aos deficientes físicos-visuais, visto que, atualmente é uma necessidade de todos, tanto que, o novo currículo do ensino secundário recomenda a sua implementação de grande preocupação a propagação das novas e diversas tecnologias de informação. Mas, a população local, vive o processo de transformação no que diz respeito à intensifica­ção do acesso à comunicação e informação.

Trata-se da sociedade do conhecimento, na qual os sabe­res são transitórios e há necessidade de estarmos constantemente aprendendo, construindo novos conhecimentos e que de certa forma os deficientes físicos-visuais em parte não podem obter essas informações. O espaço educacional, não diferente de outros espaços, mas de um modo particular, tem sido cada vez mais procurado na perspetiva de se experimentar novas formas de construção e difusão do conhecimento.

Gestão

ALMEIDA (2013) afirma que gestão é uma área das ciências humanas que lida com grupo de pessoas, procurando manter a sinergia ou a ação simultânea dos órgãos que compõe ou estruturam a empresa e os recursos existentes. Gestão é uma área de conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar os fatores de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins como maximização de lucros ou adequadas a prestação de serviços públicos (CHIAVENATO, 2003:6).

Estas teorias me permitem entender e refletir sobre a questão do tempo em que os agentes especiais na assimilação de uma matéria pedagógica.

Tecnologias da informação e comunicação

Para FOINA (2001), afirma que as TICs podem ser utilizadas de diversas formas. A título de exemplo podemos fazer menção da indústria (no processo de automação), (informação simultânea, comunicação imediata), no sector de investimentos, no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), assim como na educação; no processo de ensino aprendizagem.

Para ARAÚJO (1995), as TICs proporcionam ainda um progresso para a educação no geral, favorecendo ainda mais o ensino a distância. Assim sendo, com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos assim como os professores e/ou tutores têm a possibilidade de discutirem conhecimentos, trocando informações e experiências. Contudo, ARAÚJO (1995) realça que por meio da imagem digital de dados, entende-se a coleção de dados estruturados que de acordo com definidas opções tecnológicas e funcionais, representa as necessidades de informação para suportar as atividades da organização. Com isso, segundo FOINA, (2001:80) a Tecnologia da Informação (TI) pode ser entendida como uma serie de actividades e soluções providas por recursos de computação que permitem a produção, armazenamento, acesso, transmissão, segurança e o uso das informações. A Tecnologia de informação pode contribuir para alargar ou reduzir as liberdades privadas e públicas, ou tornar-se num instrumento de dominação.

Segundo OBRIEN (2004) as tecnologias da informação não abrangem somente componentes de máquina ou computador. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo da informação, como técnicas de classificação, por exemplo, que não necessitam do uso de máquinas apenas em um esquema.

Estas teorias permitem entender que o papel da comunicação seja por cabos, fios, ou sem fio na contemporânea tecnologia da informação compreendem todos os meios técnicos utilizados para tratar a informação e ajudar na comunicação.

Informática nas escolas

Segundo MANTOAN (1991), a informática pode ser um distinto recurso pedagógico a ser buscado por professores e alunos quando usada como forma adequada e planificada. assim, ANDRADE & ALBUQUERQUE (1993), a escola não pode desconhecer a influência da internet humanidade principalmente na sociedade em que hoje vivemos e a escola pode usar a internet como um recurso para impulsionar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem. segundo FOINA, (2001:80) a Tecnologia da Informação (TI) pode ser entendida como uma serie de atividades e soluções providas por recursos de computação que permitem a produção, armazenamento, acesso, transmissão, segurança e o uso das informações. Para ARAUJO (1995), com informática é possível realizar diversas ações. Dentre essas ações destaca-se o como se comunicar, fazer pesquisas, redigir textos, criar desenhos, efetuar cálculos e simular fenómenos. As utilidades e os benefícios no desenvolvimento de várias habilidades fazem do computador, hoje, um importante recurso pedagógico.


FOINA (2001) sustenta que, a utilização do computador na educação é possível ao professor e à escola dinamizarem o processo de ensino e aprendizagem com aulas mais dinâmicas e produtivas sendo elas, consequentemente mais motivadoras e que despertem, nos alunos, a curiosidade e o desejo de aprender, conhecer e fazer descobertas.

para NIQUNI (1996) a Informática na Educação de que estamos tratando enfatiza o facto de o professor da disciplina curricular ter noção ou conhecimentos sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente as actividades tradicionais de ensino e aprendizagem assim como as actividades que usam o computador. Contudo, a acção em relação ao uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo informação para o aluno, para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições para o aluno produzir seu saber por meio da criação de envolventes de aprendizagem que incorporem o uso do computador.

Segundo NIQUNI (1996), a abordagem que usa o computador como meio para difundir a esclarecimento ao aluno prevalece a prática pedagógica actual. Não obstante a isso, pode-se afirmar que o computador está sendo usado para informatizar os processos de ensino que já existem. Este facto tem simplificado a implantação do computador na escola pois não quebra a dinâmica por ela adotada. Além disso, não exige muito investimento na formação do professor. Para ser capaz de usar o computador nessa abordagem é necessário que o mesmo seja capacitado nas técnicas de uso dos softwares. No entanto, os resultados em termos da adequação dessa abordagem no preparo de cidadãos capazes de enfrentar as mudanças que a sociedade está passando são questionáveis. Tanto o ensino tradicional quanto sua informatização preparam um profissional obsoleto.

Por outro lado, NIQUNI (1996) avança ainda que o uso do computador na natureza de envolventes de aprendizagem que dão relevância a construção do conhecimento apresenta enormes desafios. Primeiro, implica em entender o computador como uma nova maneira de representar os saberes incitando um redimensionamento das conceções já conhecidos e condicionando a busca e perceção de novas ideias e valores. Usar o computador com essa finalidade requere a análise minuciosa do que significa ensinar e aprender bem como demanda rever o papel do professor assim como do aluno nesse contexto.

NIQUNI (1996), salienta ainda que a preparação do professor não pode ser um simples momento para passar informações, mas sim, deve harmonizar a vivência de uma experiência. É o contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que circunscrevem o que deve ser tratado nos cursos de formação. Portanto, o sistema de formação deve conformar condições para o professor edificar saberes sobre as técnicas computacionais e entender o porquê e como integrar o computador nas suas práticas pedagógicas.

Estas teorias permitem entender que a informática na educação não está simplesmente limitada à informatização da parte administrativa da escola ou ao ensino da informática para os alunos.

Comunicação 

Comunicação é uma palavra que deriva do termo latino communicareque significa  "partilhar, participar algo, tornar comum". Para KENN (1996), através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham distintas informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade básica para a vida em sociedade no seu todo.

Capacitação e Inclusão social 

GOMES (2013), nos cursos de capacitação também deveriam ser consideradas as diferenças individuais focando as principais características que são possíveis para o processo de inclusão nas aulas de Educação Física. Assim, o professor precisa participar de vários seminários de capacitação relacionado aos indivíduos ou alunos com deficiências colocando-lhe vários jogos ou exercícios relacionados às deficiências, o que vai-lhe tornar húmido nas suas aulas de Educação Física e a escola recebe todas as diferenças fazendo que haja inclusão social onde sabemos que é possível um atraso no desenvolvimento dessas crianças, mas hoje estamos um pouco mais preparados para prevenir atender essas necessidades que são atribuídas nas escolas (SOLER, 2005).

As últimas orientações relativas aos alunos com necessidades educativas especiais, recomendam que se dê atenção às diferenças individuais e que se faça uso, no atendimento escolar, da flexibilização curricular e da gestão dos recursos e do curriculum, de forma a proporcionar o desenvolvimento maximizado de todos os alunos e que a escola providencie mais espaços de efetivo envolvimento dos alunos (Despacho nº105/97; Decreto-Lei nº 6/2001).

Estas orientações enquadram-se na perspetiva da Declaração de Salamanca de 1994, que aconselha mudanças metodológicas e organizativas, sendo o atendimento, no caso particular das crianças com necessidades educativas especiais, prestado numa abordagem inclusiva (AINSCOW, 1995). Estes níveis de preocupação e entusiasmo, ou como alguns autores preferem como atitudes favoráveis ou desfavoráveis faces a indivíduos com deficiência, têm sido uma área de grande curiosidade para um número considerável de investigadores (FISHBEIN et. all 1975).   Essa alteração resulta, com grande frequência, em perturbações sociais. As deficiências provocam uma orientação social absolutamente particular, VYGOTSKY (1997).

Estas teorias permitem entender como as diversas tendências sociais geram o conflito bem como os níveis de participação voluntaria por parte dos agentes especiais para acompanhar com as atitudes coletivas.

Atitude e comportamentos


Para ALLPORT (1935), atitude éum estado mental e neuronal de prontidão organizado através da experiência, exercendo uma influência diretiva ou dinâmica face à resposta do indivíduo a todos os objetos ou situações com que se relaciona.  Assim, FISHBEIN e AJZEN (1975) referem que a atitude consiste numa predisposição para responder de forma favorável ou desfavorável em relação a objetos, pessoas, instituições ou acontecimentos. Mas, Para EAGLY e CHAIKEN (1993), as atitudes são tendências psicológicas avaliativas expressas através da avaliação de uma entidade particular envolvendo um certo grau de favor ou desfavor.  

Segundo, Gregório, (s/d). Comportamento é o conjunto organizado das operações selecionadas em função das informações recebidas do ambiente através das quais o indivíduo integra as suas tendências. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo) no sentido geral designa a mudança, o movimento ou a reação de qualquer entidade ou sistema em relação a seu ambiente ou situação.

MORALES e MOYA (1994) referem três tipos de crenças diferenciadas pela sua origem, as crenças descritivas, obtidas através da experiência pessoal dos indivíduos com os objeitos, as crenças inferenciais, obtidas através do estabelecimento de relações previamente aprendidas ou através da utilização de sistemas formais de codificação e as crenças informativas, obtidas através da informação veiculada por outros elementos relevantes. Segundo AJZEN (1989), a atitude em função das crenças que são salientes para os indivíduos em relação a um determinado objeto latitudinário e os valores são vistos como possíveis fatores orientadores das avaliações, atitudes, preferências e ações (WIXEY 2005). Para, THOMAS (1991) atitudes não estão isoladas dos valores duma vez que valores também determinam comportamentos de indivíduos numa sociedade e definem o modo de conduta para definir a pré-disposição. Assim uma atitude pode ser tratada como um fenómeno social oposto a um estado de consciência individual, mas é individual mesmo quando é comum a todos os membros de um grupo, quando a opomos a um valor.

Segundo THOMAS e ZNANIECKI (1918 cit. por JASPARS e FRASER, 1984), as atitudes correspondem à parte individual dos valores sociais, entendendo-se os últimos como qualquer dado que apresente um conteúdo empírico acessível aos membros de um dado grupo social, e um significado que é ou pode ser objeto de atividade. O conceito de atitude, segundo esta perspetiva, permite estabelecer uma relação entre o psicológico e o cultural. Um outro construtor referido como tendo semelhanças com o conceito de atitudes foi o de traços de personalidade. Tal como as atitudes, os traços de personalidade podem manifestar-se através de um vasto conjunto de respostas observáveis (AJZEN, 1988).

Estas teorias permitem entender que existem todo um conjunto de diferenças entre os dois conceitos, nomeadamente a nível do fator avaliativo do alvo das atitudes, e a nível da estrutura. Enquanto a atitude é sempre relativa a um alvo, os traços de personalidade não têm um alvo específico, pelo que o fator avaliativo aliado aos alvos não existe necessariamente nos traços de personalidade.

Deficiência  

O termo “Deficiente” é atribuído a qualquer redução das aptidões físicas ou mentais, devido a um funcionamento perturbado ou defeituoso do raciocínio ou de um órgão de elaboração mental ou de actividade (POTTER, 1986).  

Inclusão  

Segundo LEITÃO (2010), inclusão significa um esforço de mudança e melhoria da própria escola, de forma a proporcionar a todos as melhores condições de aprendizagem, sucesso e participação, na base das circunstâncias específicas de cada um visando a preparação e o desenvolvimento das escolas, para que estas possam garantir as condições necessárias ao desenvolvimento de crianças com necessidades educativas especiais, inserindo desta forma o aluno com deficiência nas classes públicas, como também, tende a estruturar o currículo individual de cada aluno em resposta à sua diversidade e às necessidades da própria sociedade.  

A inclusão escolar centra-se nas pessoas deficientes e insere-se nos grandes movimentos contra a exclusão social, tendo como principal objectivo a defesa da justiça social, celebrando deste modo a diversidade humana (AINSCOW e FERREIRA, 2003). Pressupondo mudanças físicas relacionadas às diferentes conceções existentes na escola, sendo que uma das preocupações está inerente à formação de professores (em níveis teóricos, práticos e pessoais), que muitas vezes é esquecida e pouco valorizada, o que faz com que as práticas utilizadas não estimulem a autonomia, a criatividade e a ampliação das competências do aluno com deficiência (SILVEIRA, 2006).  Neste sentido, depreende-se que o papel das instituições de educação especial pode manifestar-se como elemento facilitador das mudanças nas práticas integradoras tradicionais ao organizar-se como recurso de apoio e suporte à inclusão (LEITÃO, 1999). Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida académica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas publicas onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente" (EDLER, 1998).  

Educação Inclusiva  

Entende-se como sendo aprendizagens dentro da sala de aula, como refere SANCHEZ (2003) “nas escolas inclusivas, nenhum aluno sai da sala para receber ajuda, essa ajuda recebe-se no interior da classe”. Mesmo que, os ambientes educacionais públicos tentem responder eficazmente às necessidades dos alunos ditos especiais, oferecendo-lhes assim, iguais oportunidades, e reconhecendo os seus direitos de forma a prepará-los para um futuro melhor, ainda continuam a existir barreiras arquitetónicas, físicas, psicológicas e comportamentais, que dificultam a operacionalização desses mesmos direitos (NUNES, 2000). Assim, o sistema de ensino massificado coloca diversos problemas em que um dos mais preocupantes será o insucesso escolar, traduzido em elevadas taxas de reprovação, esta situação tem tendência a agravar-se, pois agudiza as situações desfavoráveis de quem tem dificuldades de aprendizagem ou qualquer tipo de incapacidade, tornando estas crianças vítimas de exclusão (UNESCO, 1996). Assim sendo, discordo com a ideia sobre o qual define a inclusão como enta uma filosofia educativa que promove a participação das crianças com necessidades educativas especiais em todos os aspetos da escola e da vida comunitária (BARRETO, 1997).

Em sentido restrito, a inclusão refere-se aos aspectos específicos, mais práticos, tais como estratégias, métodos, que são essenciais à implementação dos modelos inclusivos.   Mas, se o professor apresenta uma atitude positiva, provavelmente, a sua influência sobre os alunos terá sucesso (HEIKINARO, JOHAN e SHERRILL, 1994; MURATA, JANSMA e HODGE, 1994).

Para RODRIGUES (2001) e MACIEL (2002), o processo de inclusão refere-se a uma reestruturação bastante significativa no sistema político e educativo. Esta reestruturação terá fundamentalmente de se apoiar num conjunto de pressupostos, sendo um destes a colaboração, visto que a inclusão exige de todos um grande esforço no sentido da criação de uma escola para todos.

Os recursos são necessários; no entanto, tornar uma escola inclusiva não se resume ao desenvolvimento de competências dos professores e reestruturação técnica, mas deve-se começar através de mudanças nas atitudes, o que, segundo RODRIGUES (2001), é o alicerce do grande edifício que se pretende construir, que é a inclusão e o comportamento de uma pessoa, de acordo com PISANI e RIZZON (1992) e PALLA (2001), é usualmente coerente com as suas atitudes. RODRIGUES (2001), afirma que para se dar a todos os alunos a oportunidade de ter uma educação de qualidade, existe a necessidade de que se aceite o princípio humanista da inclusão. Concordo com MAZZOTA (2003) ao referir que os profissionais envolvidos na construção do desenvolvimento psicológico, físico e social de crianças com necessidades educativas especiais devem construir as suas práticas pedagógicas visando a construção de uma nova atitude em relação a estas crianças. Tal atitude deve possibilitar a aquisição de atitudes de solidariedade, cooperação, respeito mútuo e aceitação, excluindo qualquer possibilidade de preconceito e estigma.  

A condição de deficiência também está diretamente relacionada com o tipo da atitude expressa a tendência é que as atitudes negativas sejam expressas quando relacionadas com a deficiência física, RODRIGUES (2003). Através desta constatação, para RODRIGUES (2001), é possível afirmar que a forma mais segura de melhorar as atitudes e as expectativas dos professores é desenvolver o seu conhecimento sobre a diversidade dos alunos e as competências para os ensinar.

Atualmente regista-se um aumento do número de alunos com deficiência a serem incluídos no ensino público. Neste sentido, estes alunos são também abrangidos pelos programas e currículos públicos, nomeadamente na disciplina de Educação Física (BLOCK, 1994). Os professores têm a seu cargo a educação de todos os alunos com deficiência, que estão incluídos nas aulas públicas (FOLSOM-MEEK, NEARING e KRAMPF, 1995). Segundo RIZZO e KOWALSKI (1996), nas Universidades as cadeiras ligadas a NEE não podiam ser semestrais e se é semestral a maior parte dos conteúdos seriam relacionados as aulas práticas onde podia envolver os alunos com deficiências.  

Do mesmo modo HODGE e JANSMA (2000), concluem nos seus estudos que o nível de conforto percebido do género feminino no ensino por condição de deficiência das estudantes finalistas era significativamente mais alto que o dos seus pares masculinos perante o ensino de alunos com deficiência física.

Estas teorias permitem entender que as tecnologias de informação e comunicação podem contribuir para alargar ou reduzir o aproveitamento pedagógico no sistema de educação, tanto nas privadas como em públicas tornando-se assim, num instrumento de dominação académica por parte de quem não o possui.



Conclusão

Este artigo permite entender por um lado alguns dos problemas na gestão dos sistemas de educação que afetam por um lado o trabalho do professor, e por outro, o empenho dos alunos com necessidades especiais. Visto que, é de responsabilidade moral tanto do sistema de educação como dos professores garantirem oportunidades de um futuro melhor para essas pessoas.


Para a melhoria desses problemas propomos a ideia de promoção de campanhas para a sensibilização da população que tenha um irmão ou amigo com estas necessidades a aderir a escola por um lado, e por outro, a necessidade do governo através dos seus parceiros encontrarem um meio para adquirir aparelhos e capacitação dos professores que vão trabalhar com os alunos especiais sem descriminação e com paciência e  responsabilidade durante o processo de ensino e aprendizagem, pois, ninguém é suficientemente competente para governar a outra pessoa sem o seu consentimento. É preciso estabelecer confiança nas pessoas para que elas nos aceitem como parte integrante na vida delas.


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