RESUMO

Esta pesquisa qualitativa e bibliográfica visa explicar a indissolubilidade existente entre juventude, universidade, mérito e excelência. E apresenta as vias necessárias para que  a juventude alcance o mérito e a excelência ao longo da sua formação universitárie e exercício socio-profissional.

Palavras chaves: Juventude, Universidade, Mérito e Excelência.

1. Introdução

Juventude, Universidade, Mérito e Excelência. Estes conceitos, são sumamente indissolúveis para a identidade, dignidade e integridade da pessoa humana enquanto ser biológico e psicossocial. E, constituem fundamentos necessários para o desenvolvimento social nos seus múltiplos domínios. A indissolubilidade entre Juventude, Universidade, Mérito e Excelência, passou a efectivar-se desde a era socrática e platónica no século IV a.C. quando estes dois sábios apresentavam uma constante preocupação com a educação da juventude há níveis cada vez mais superiores. E, chamavam atenção para a educação e ensino superior dos jovens; que esta dimensão tomasse um sentido universal qualitativo, pois estes, mais tarde seriam os sábios filósofos que poderiam servir os interesses da cidade. E, das universidades adviria os homens, cujas práticas justificariam o ser justo; suas obras poderiam garantir na humanidade a beleza inspirada pelo ser supremo. A partir das universidades a juventude deveria definitivamente saber discernir entre a justiça e a injustiça; trabalho e rendimento; distribuição e consumo (Feitosa, 2006). Em seus debates, Sócrates e Platão, foram exigentes e até mesmo chegavam de suplicar aos responsáveis da formação e ensino da juventude que ousassem dizer qual é o valor que se deve ter com os jovens no período de sua formação, porque é, justamente, nesta fase que conseguimos infundir mais facilmente na alma juvenil a orientação para vida, redundando mais em benefícios da segurança da própria sociedade. Para que a juventude possa alcançar o mérito, é indispensável que a sua formação seja tida com mais seriedade desde a concepção dos projectos de ensino, organização do ambiente didáctico, infra-estruturas e programas de ensino que devem atender e despertar as diversas tendências e desenvolver múltiplas dimensões da vida do jovem. Os jovens devem ter um ensino universitário qualitativo e adequado durante o período de crescimento, isto é um ensino que lhes leve a amadurecer o intelecto para que possam cultivar o espírito de criar, inovar e desenvolver. O ensino universitário deve ter bons mestres. Pois, os ensinamentos nas universidades são perigosos quando não há um estado de espírito bem alicerçado para orienta-los ou recebê-los Assim, toda universidade deve guiar-se em princípios de inclusão e inibição de desigualdades sociais. E, deve ser transformada numa comunidade trabalho e não de transmissão de ideologias; deve ser atraente e múltiplo cultural. E, deve incluir na sua projecção um saber diverso e prático, sem pôr de parte a ginástica para permitir à fortaleza do preparo físico, o ensino da música, para que o homem de aspecto atlético não perdesse sua sensibilidade. A universidade, dizia Platão, é aquela que educa e orienta os jovens para a formação de uma sociedade sábia, livres da depravação moral. É necessário que a educação universitária conduza a juventude a construção do bem. E, a universidade que forma a juventude deve ser precedida de grandes cuidados, para que se prolongue durante a vida. Entretanto, a universidade que conduz a juventude ao mérito, deve ser rearranjada e transformada em comunidade de trabalho. E, desfazer-se do excesso de liberdade. Pois, o excesso de liberdade no estudante degenera-se em anarquia que, pouco a pouco, se infiltra nos domicílios privados, contagiando a estrutura familiar que por sua vez pode gerar desestabilização social. [...]