Quem é melhor? Disney VS Studio Ghibli Esse texto contem S de Spoilers Comparação número um: Qualidade de animação Ambas as empresas de animação tem uma qualidade excelente, fascinando quem vem suas obras e não sabe nada sobre animação. Porém, se seguirem bem os argumentos, irão notar algumas diferenças drásticas, por exemplo, nos filmes “A viagem de Chiriro” e “O castelo animado” vocês irão notar que Miyazaki havia adotado o 3D para fazer algumas cenas, locais e personagens, como o Sem-Rosto de “A viagem de Chiriro” e a movimentação do castelo de Holw em “O castelo animado”, mas vendo que o 3D facilitava muito a animação, Miyazaki voltou a fazer a animação toda à mão. Mas já a Disney adotou o 3D e nunca mais fez filmes em 2D, e podemos ver isso nos filmes “Fronzen”, “Detona Ralph”, Operação Big Hero”, entre outros. Nessa comparação, ambos os lados vencem. Comparação número dois: Protagonistas Femininas Agora ficou complicado, mas vamos por partes e comparar três protagonistas do Studio Ghibli com três protagonistas da Disney, começando por Ponyo e Ariel. Ponyo é uma espécie de sereia diferente, pois, ao invés de ter corpo humano e cauda de peixe, o corpo dela é um corpo de peixe-dourado, mas quando se transforma em humana, ganha um vestido vermelho, cabelos ruivos e aparenta ser uma criança de cinco anos. Já Ariel é uma sereia bem genérica, seu diferencial é sua cauda verde e seus cabelos vermelhos, de resto, é uma sereia como qualquer outra. Ambas são inspiradas na protagonista do conto “A pequena sereia” e se apaixonam por um humano, só que com umas diferenças. No caso de Ariel, seu filme, que é um clássico para seu estúdio, esta mais para uma adaptação bem feita do livro, por isso, ela apresenta pouquíssimas diferenças com o livro. Já Ponyo tem diferenças grandes em suas características, atitude, idade e história, principalmente a história, que faz o filme parecer de crianças, mas sem parecer coisa infantil ao extremo. Outras duas que quero comparar são na verdade duas vilãs, Lady Eboshi de “Princesa Mononoke” e Cruella Cruel (acho que escrevi errado!) do filme “101 dálmatas” (Me corrijam se eu escrevi errado). Lady Eboshi tem cabelos escuros, pele branca, vestido estampado, utiliza espingardas e facas e aparenta 24 anos. Cruella Cruel tem os cabelos de cores preto e branco, pele branca, magérrima, usa vestido preto e peles caras, é fumante e aparenta ter no mínimo 40 anos (desculpa se eu ofendi alguém que viu o filme e sabe a idade certa, mas pela aparência do rosto dela, parece mesmo que ela tem 40 anos!). Como sempre a dois lados da mesma moeda, e esse é o caso da Lady Eboshi, se por um lado ela é vilã porque quer destruir a florestas dos deuses animais, por outro ela é heroína, pois pensa no melhor para seu povo, sempre luta pelo direito das mulheres, as pondo em cargos altos, protege sua vila de ataques inimigos, cuida da extração do ferro e ainda cuida de leprosos em sua própria casa, e, olhando assim, parece que ela não é tão má assim, poxa, ela até fica do bem no final do filme (SPOILER DESCARADO). Agora a Cruella Cruel é má do começo ao fim, matando cãezinhos inocentes e muito mais coisas que eu não vou dizer aqui senão vai ser considerado Spoiler. As ultimas que irei comparar serão Nausicaä de “Nausicaä do vale do vento” e Bianca (Ou Branca de Neve) de “Branca de Neve e os sete anões”. Nausicaä é uma princesa que foge de clichês, além de não usar vestidos que chegam até os pés e não precisar ser salva pelo príncipe encantado, ela é inteligente, bonita, forte, ama animais, é cientista e pilota profissional, ela salva seu reino da destruição, tenta compreender a “Floresta Mar-Podre” e é dona da cena final mais bonita da história da animação, por tudo isso, não faço a mínima ideia do por que dela não ser conhecida aqui no Brasil. Bianca é mais um estereótipo de como deve ser uma princesa e de como deve ser uma história de princesa, ela tem lá seus diferencias, como cozinhar, lavar roupa, passar roupa, limpar a casa e contar histórias, mas de resto, ela é igual a qualquer princesa de contos de fadas. Com tudo que foi apresentado, eu diria que as protagonistas do Studio Ghibli são mais bem elaboradas, bem feitas e seus temas são inesquecíveis (Em especial a música “Mononoke Hime Theme”, tema da Princesa Mononoke), mas algumas protagonistas da Disney como a Pocarontas (Acho que escrevi errado; -;) também são bem elaboradas. Quem vence nesse requisito pessoal? Comparação número três: Histórias dos filmes Agora que o bicho vai pegar! Como é que eu posso explicar as histórias de alguns filmes de cada estúdio sem cometer injustiças ou parecer muito Fã-Girl? Bem, nesse caso, deixo vocês decidirem aí nos comentários quem tem as melhores histórias. Vou começar falando de duas histórias do Studio Ghibli, se preparem porque agora vai ter Spoilers até aonde a vista alcança. “Meu vizinho Totoro”, de 1988 trouxe ao mundo a história de Satsuky e Mei, duas irmãs que se mudam para o campo para ficar próximas de sua mãe que estava doente, passado alguns dias, Mei brincava no jardim de casa e viu duas pequenas criaturas com orelhas de coelho e as seguem até uma grande árvore com um buraco pequeno ao lado. Mei acaba caindo no buraco e encontra uma criatura de pelo cinza, garras pontudas, bigodes grandes e orelhas semelhantes às de um coelho, essa criatura era Totoro, o espirito guardião daquela floresta e que se tornou o melhor amigo das duas irmãs depois de um tempo (Mais especificamente depois de esperar com elas no ponto de ônibus e entregar um pacotinho com sementes para elas). “O serviço de entregas da Kiki”, de 1989 deu a chance de conhecermos Kiki, a bruxinha mais legal que existe. Quando Kiki completou 13 anos, ela deveria cumprir um ritual de amadurecimento e aprender a se virar sozinha junto com seu gato Jiji. Ela acaba indo parar em uma cidade portuária e resolve abrir seu próprio serviço de entregas voador, mas junto com ele, aprendeu mais sobre si mesma e acabou conhecendo melhor o que é amizade. Agora eu irei falar de duas histórias de dois filmes da Disney, e não precisarei me esforçar muito porque todo mundo conhece a Disney (Só de aviso, eu não sei em que ano foi lançado cada filme da Disney, portanto, não me matem aí nos comentários se eu falar alguma asneira). “Fronzen”, de 2013 traz a história das irmãs Anna e Elza, as duas eram princesas e amigas de coração desde crianças, mas após um acidente com a magia de Elza quando Anna tinha cinco anos, as duas acabaram tendo que ficar separadas. Quando os pais delas tinham morrido, Elza teve que assumir o trono e ficou desesperada porque poderiam descobrir seu estranho poder e foi o que aconteceu na festa de coroação. Agora basta Anna encontrar sua irmã e salvar seu reino do congelamento total. “Detona Ralph”, de 2012 conta a história de Ralph, um vilão de vídeo-game que sonha em ser ao menos uma vez um herói, mas como ele só quebra as coisas, esse sonho parecia estar cada dia mais distante, até que ele resolve fugir de seu jogo e entrar em outros para conseguir a medalha de herói. O meu gosto é por histórias que tenham fantasia e certo realismo ou até algo cultural ou complexo no meio, por isso eu gosto muito das histórias dos filmes do Studio Ghibli, mas essa é a minha opinião, tá? Comparação número quatro: fama Acho que esse vai ser um tópico rápido. A Disney é extremamente famosa e tudo que tem a colaboração dela faz sucesso, por isso ela acaba escondendo muitos estúdios bons e muitos acabam pensado que obras de tais estúdios são da Disney, como é o caso do Studio Ghibli. Eu vou contar a minha história com a Disney e o Studio Ghibli: Como toda a criança, eu cresci vendo filmes da Disney e adorava ver os contos de fada em filmes, bem, mas em eu dia no “Emei Vanda coelho de Morais”, eu estava com minhas colegas desenhando até que a educadora sugeriu que vicemos um filme, e esse filme era “A viagem de Chiriro”, como apareceu o logo da Disney no comecinho, eu achei estar em boas mãos, até que começou o filme com um estilo diferente do qual eu estava acostuma, eu estranhei um pouco, mas continuei vendo, até que chegou a parte em que anoitece e a Chiriro fica presa no mundo dos espíritos e os pais dela são transformados em porcos. Juro que deu uma vontade enorme de sair gritando de medo e chorar. Depois de terminar de ver esse filme, a única coisa que queria levar dele era o nome da protagonista, que na época eu achava que era “Tirio”. Anos se passaram e no começo de 2014 eu já era meio doente por Minecraft e sempre procurava saber mais sobre esse jogo, daí, eu vi um vídeo do Coisadenerd (Link na descrição) chamado “O mundo de Ghibli parte 1-episodio 17- diários de Minecraft” e quando ele falou sobre o filme “A viagem de Chiriro” eu pausei o vídeo e fui ver que filme que era, para meu espanto, era o mesmo filme que tinha visto quando mais nova e acabei conhecendo melhor o Studio Ghibli e me senti enganada por acreditar que aquele filme era da Disney. Agora tirem suas próprias conclusões a parti disso! Comparação número cinco: distribuição dos filmes e dublagem Agora que o bicho pega. A Disney tem muita notoriedade nesse argumento devido a sua fama, portanto a distribuição de seus filmes é muito bem feita, com um ótimo trabalho de marketing e uma dublagem excepcional. Uma pena que isso não acontece com o Studio Ghibli aqui no ocidente, pois, a Disney é responsável por distribuir os filmes do Studio Ghibli por aqui, mas parece que ela só quer esconder esse belo estúdio de animação e não faz um bom trabalho de marketing, deixando de lançar filmes ótimos, e se lançam um filme deles aqui, a dublagem é horrível (Há exceções como “Ponyo, uma amizade que veio do mar”) e muitos desses clássicos estão no anonimato até agora. Comparação número seis: objetivos dos estúdios O objetivo de Hayao Miyazaki e Isao Takahata quando fundaram o Studio Ghibli, era de criar um lugar onde a arte falasse mais alto que o capitalismo e as margens de lucro, e que se fizesse filmes não para lucrar, mas sim para se divertir, para encantar e conseguir trazer sonhos para todas as pessoas. Já a Disney era focada em trazer os contos de fadas para o cinema e conta-los de uma forma diferente, mas como alguns estúdios, acabou caindo na graça do capitalismo. Comparação número sete: nostalgia Em questão de nostalgia, acho que a Disney ganha por estar junto de várias infâncias, mas há controversas de crianças que tiveram a oportunidade de ver os filmes do Studio Ghibli e se emocionaram ao ver as fortes cenas de “Tumulo de vaga-lumes”, que riram com as trapalhadas da Kiki, que choraram pela Chiriro e que torceram pela Sophie, essas levaram lições importantes sobre a vida. Eu sei que vai ter gente dizendo que eu sou injusta por esquecer um detalhe ou outro, mas é muita coisa mesmo. Eu sou um fã hardcore do Studio Ghibli, mas sei da importância da Disney no mundo das animações, por isso quero que digam aí nos comentários quem venceu essa disputa.