As massas ou multidões, em geral, estão sempre se atendo a alguma festa, farra ou fanfarra, ou qualquer comemoração. Mal festejam o natal com seu ano novo, já estão ansiosas esperando o carnaval. Em virtude disto, quiçá, nunca consigam deixarem a situação, ou condição, que vivem: famintos e explorados.

Um renomado filósofo já ensinara que uma mentira repetida mil vezes se transforma numa grande verdade. É lamentável, porque algumas sociedades esqueceram este ensinamento, pois a política e a religião usam desta estratégia – a repetição – dia e noite sem cessar, para promover seu processo de dominação.

De fato existe um Ser Soberano, princípio motor de todas as coisas – naturais –, forças, seres e poderes. O Senhor da criação. Mas Este Ser nunca foi visto, ouvido, encontrado ou alcançado, em lugar algum. Nunca se revelou nem se declarou para homem nenhum em qualquer sociedade, templo, crença ou lugar. Desta forma o que disseram Dele não passou de construção humana ou projeção mental daquilo que os homens queriam que fosse, conforme seus desconcertos ou desesperos.

Existe um dito popular, ou cristão – ou Ocidental – que diz que “mente vazia é oficina do diabo”. Nas sociedades de hoje as mentes estão cada vez mais ocupadas ou cheias, de asneiras, porém estressadas, desorientadas, melancólicas e até mesmo depressivas e doentias. Talvez esta condição de mentes sempre ocupadas não permita às multidões perceberam sua situação de explorada, reprimida ou oprimida, faminta ou falida. É interessante que no Oriente, ao contrário de nós, uma das coisas que mais um monge se esforça para conseguir é esvaziar a mente, alcançando, desta forma, um estado de harmonia e conforto mental, consequentemente um equilíbrio vital.

Uma das coisas que mais interessa a um governo ditador ou totalitário são soldados ou subordinados estúpidos ou cegos, que não pensam ou questionam, pois estes são capazes de cumprir todas as ordens e praticarem todas as ações, sem avaliar o que de fato é justo, o que é verdadeiro ou que realmente é bom, inclusive assassinar inocentes e opositores.

As religiões cometeram o grande erro de transformarem imagens, crenças e contos das mitologias antigas – grega, romana, egípcia, assíria, babilônica – em feitos e fatos reais, impostos como uma verdade divina, sobrenatural e incontestável.

Muitas ideologias, tecnologias e teologias, elas todas estão servindo, no mundo moderno e de mentes apressadas ou precipitadas – ou pior ainda, agitadas – de forma de controle, acomodação ou paralisia social.  Ou colocação em estados de demência coletiva.

Vários foram os instrumentos que serviram de forma de disseminação de ideias e dominação, algumas até falsárias, como as que foram disseminadas pelos rótulos e ritos costumeiros da política, da cultura, da televisão, da religião etc.. Até as artes e arte cinematográfica se dispuseram a propagar mensagens que se prestam a submeter, induzir, convencer, incutir, fixar etc., como, por exemplo, o cinema que passou décadas que procura disseminar, através de filmes americanos, que a bandeira e os heróis daquele país são símbolos de justiça, liberdade, democracia e paz, mesmo que, em grande contradição, eles tenham promovido injustiças, opressão, ditaduras e guerras ao longo da História. Até o cinema se transformou em uma força e ferramenta de controle e aculturação coletivos.

Muitas são as delícias e doçuras deste mundo cheio de manjares e maravilhas, apesar dos pesares. Um suco de uma fruta predileta, uma porção de uma determinada torta, uma delícia de abacaxi, um doce cremoso, um queijo com mel são comidas e coisas deliciosas; ou prazerosas. De qualquer forma, possivelmente, os beijos molhados, os afagos, as carícias, os prazeres, as delícias… proporcionadas por uma delícia de fêmea e doçura de mulher são tão doces ou deliciosos quanto tudo isto; ou muito mais.

Neste imenso mundo muitas coisas são vitais, ou essenciais; ou as duas coisas simultaneamente. Uma delas é o sexo – que tem tanto sabor e é de grande favor, pois debela tantos desconfortos e insônias dos seres humanos.

Dizia um literato que “um fraco rei faz fraca a sua gente”. Da mesma forma, um acovardado comandante faz acovardada a sua tropa.

Os mais ingênuos, mais fracos, ou mais pobres se passaram para dizer que “todos são iguais”. Como pode isto ser dito se a deusa natureza faz fortes, fracos e medianos; feios, bonitos e extremamente belos; nascem alguns seres humanos pigmeus, baixos e outros muito altos; uns nascem extremamente inteligentes (gênios da humanidade), outros têm inteligência admirável e alguns acompanhados pela ignorância do intelecto a vida toda, em extrema cegueira das realidades e fatos que se manifestam neste mundo. É impossível todos serem iguais, se até mesmos os gêmeos vitelinos são diferentes, no mínimo em suas digitais.

Nas falsas democracias as armas dadas aos governos, para dominar e espoliar as massas, vêm das mãos do próprio povo: a falta de instrução, organização e disposição para lutar. Isto é, ao que parece, uma condição milenar.

São incontáveis aqueles que dizem que adoram ou amam a um deus – que nunca viram, ouviram, tocara, sentiram, alcançaram – mesmo que eles não amem, sequer, a natureza, com todas as suas forças, poderes, elementares e seres, que os seres humanos podem tocar, perceber, alcançar, ouvir, sentir, cuidar...

Alguns se passaram para dizer que existe um livro chamado de “o livro da vida”, e este seria o único existente como literatura vital. Mas é fácil se refuta tal pensamento. A vida da humanidade estaria numa grande derrota – como vivia na idade média – se tantas ciências não tivessem se desenvolvido e servindo à vida, como é o caso da medicina (cardiologia, neurologia, psiquiatria, odontologia, ortopedia, oftalmologia etc. etc.), da química, da física (a mecânica, a ótica e a eletricidade), da anatomia, das engenharias e tantas outras ciências e conhecimentos que serviram para a VIDA; outros livros da vida.

A escrita da História nos aponta que os governos - em repúblicas e monarquias, nas democracias ou ditaduras, nos principados ou impérios - nunca respeitaram ou levaram em consideração um povo fraco e inerte.

Amor e sexo, ou apenas uma destas coisas, são duas forças motrizes que mobilizaram – e mobilizam – humanos e animais, opulentos e famulentos, belos e feios, fortes e fracos, ignaros e prudentes.