PROJETO SALA DO EDUCADOR: UM APOIO A MAIS PARA OS DOCENTES

Todos os anos, a mesma discussão, o que fazer na sala do educador? De que precisamos para ajudar no fazer pedagógico? O diagnóstico do Projeto Político Pedagógico sempre auxilia nesses momentos e deve estar ligado com o planejamento da sala de educador e o planejamento anual da entidade escolar.

É de suma importância para o educador participar de forma ativa na sala do educador, pois traz assuntos relacionados diretamente com a necessidade da sala de aula, das turmas envolvidas e da escola ou UMEI da qual faz parte.

Na formação continuada o envolvimento de cada grupo participante viabiliza partilhar conhecimentos, dividir dificuldades, discutir e debater as ações que contribuirão nas resoluções do diagnóstico.

[...] os profissionais da educação básica não apenas devem refletir sobre a própria prática educativa, mas fazer críticas e construir suas próprias teorias à medida que refletem, coletivamente, sobre seu ensino e o fazer pedagógico, considerando as condições sociais que influenciam direta ou indiretamente em suas práticas sociais. (MATO GROSSO, p.15, 2010).

              Para que juntos possamos fazer da escola um lugar melhor e com uma educação tão almejada e de qualidade, a sala do educador é um passo a mais para a realização desse objetivo. De acordo com Silva (2009, p. 225)

[...] é aquela que atenta para um conjunto de elementos e dimensões socioeconômicas e culturais que circundam o modo de viver e as experiências [...] em relação à educação; que busca compreender as políticas governamentais, os projetos sociais e ambientais em seu sentido político, voltados para o bem comum; que luta por financiamento adequado, pelo reconhecimento social e valorização dos trabalhadores em educação; que transforma todos os espaços físicos em lugar de aprendizagens significativas e de vivências efetivamente democráticas.

Não apenas o professor, mas toda a comunidade escolar torna-se de alguma forma responsável pelo processo ensino aprendizagem de cada aluno. E para que essa aprendizagem seja significativa, e esse processo de transmissão de conhecimento surta efeito nos alunos, ou seja, aconteça de forma ampla e mediada, o conhecimento precisa ser transmitido de forma agradável, buscando métodos em que o aluno sinta segurança e prazer em aprender e o professor confiança em ensinar e ai entra a sala do educador, com oportunidade para ambos os lados, uma vez que nela o conhecimento é dividido ou seja partilhado.

Como funciona: primeiramente verifica-se o diagnóstico escolar, as dificuldades, quais áreas devem ser mais trabalhadas, quais assuntos contribuirão de forma mais eficaz. Escolhem-se os temas que irão ser enviados para o coordenador de formação. Aprovados os temas, o projeto então é feito por todos e enviados novamente para o coordenador de formação, dentro do projeto constam os temas, datas, horários, palestrantes e outros.

Para uma certificação dos Cefapros o decente deverá ter no mínimo 75% de assiduidade, essa certificação vale para contagem de pontos, no caso 5 pontos de acordo com a Normativa da Secretária de Educação, esses pontos ajudam durante a atribuição aulas.

Caso o docente obtiver menos de 75% de assiduidade então o certificado valerá apenas como formação continuada que podem ser utilizados juntamente com outros certificados para atribuir aula.

Temos também uma avaliação antes desse certificado. Digamos que seja mais para verificar o aprendizado do professor e aluno. Se o PSE ocorreu satisfatoriamente, ou seja, se ajudou na prática, na reflexão, se foi como o planejado ou se priorizou outras áreas, se o ambiente foi enriquecedor, se o horário contribuiu de forma que todos pudessem estar presentes, se o material utilizado estava diretamente ligado ao tema escolhido, tudo isso é levado em conta nessa avaliação.

O que torna-se realmente relevante é que o PSE venha contribuir de forma a ajudar o docente na missão de mediador do conhecimento. Ele é necessário para a formação profissional, oportunizando o conhecimento e melhorias na prática pedagógica, levando em conta as políticas educacionais que nem sempre contribui para essas melhorias. Se pararmos para analisar, durante o PSE, podemos refletir nossa ação enquanto educador e como nos diz Schön (2000, p.32):

[...] podemos refletir no meio da ação, sem interrompê-la [...] e ainda se pode interferir na situação em desenvolvimento; nosso pensar serve para dar nova forma ao que estamos fazendo, enquanto ainda o fazemos. Eu diria, em caso como este, que refletimos-na-ação. (SCHÖN, 2000, p. 32).

            Os docentes realmente, durante os encontros, podem refletir na ação. É o momento propício para se pensar, como está se do trabalhado os conteúdos? Será que meu aluno está assimilando bem esse conteúdo? Devo mudar os métodos? Esses questionamentos ajudam durante essa reflexão.

 Enfim, a sala PSE, contribui para o aprender- ensinar, para as práticas docentes, para o para a resolução de possíveis eventualidades que possam surgir durante o ano letivo e também contribui para a ação pedagógica. Ele é enriquecedor e dinâmico e acaba por unir ainda mais a equipe nele envolvida.  É importante para a escola e todos devem participar, pois conhecimento nunca é demais e é sempre bem-vindo.

REFERÊNCIAS

MT - Política de Formação dos Profissionais da educação Básica, Seduc/MT, 2010.

SCHÖN, D. A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SILVA, M. A.. Qualidade social da educação pública: algumas aproximações. In: Cad. CEDES. Campinas/SP, vol.29, nº.78, pp. 216-226, 2009 Disponível em Acesso em 05/11/2015.