EDUCAÇÃO ESPECIAL: ANÁLISE HISTÓRICA

AZEVEDO, Etnalva Cerqueira,

Pedagoga especializada em educação especial. 

RESUMO

A questão da inclusão é muito complexa e exige muito mais responsabilidade do que se imagina, insere-se no contexto de discussões sobre as adequações necessárias da escola, em relação a acessibilidade, função do governo; formação de professores, e conscientização social, para a integração das pessoas portadoras de deficiências enquanto cidadãos, com direitos e deveres de participação e contribuição social. Sabe-se, porém, que a trajetória enfrentada pelos portadores de necessidades especiais não tem sido fácil. Falta comprometimento, reconhecimento e investimento na infraestrutura para atendimento deste indivíduo, e não menos importante, que a escola e sociedade construam uma corrente de inclusão e de educação. Entender, portanto, o caminho percorrido por este indivíduo, no passar dos séculos, é extremamente importante para que se possa estudar métodos para sanar as deficiências no atendimento a este.

Palavras-chave: Inclusão, Adequações, Trajetória. 

 

1 INTRODUÇÃO 

O ser humano, portador de necessidades especiais, durante séculos, e até mesmo milênios, foi discriminado como portador de enfermidades contagiosas, perigosas, delinquentes e até mesmo demoníacas. Com o avanço da ciência e da tecnologia, e uma ampla mudança de pensamento, essas pessoas passaram a ser vistas de forma diferente no contexto social. Nas últimas décadas, várias tem sido as tentativas de socialização das pessoas com deficiência; surgiram múltiplas discussões sobre esse tema, como simpósios, seminários e conferências e tais atitudes contribuíram para o processo atual denominado inclusão.

Procura-se identificar a origem e os principais conceitos e aspectos relevantes sobre a inclusão, já que este conceito de tem sido adotado como fator de grande relevância na educação. Essa prática de ensino considera que a instituição não pode permanecer estática e rígida. Esse processo requer um trabalho de mudança constante no ambiente escolar.  Sendo assim a adaptação deve ser da escola ao aluno, e não do aluno à escola. Apesar da escola possuir sua própria estrutura e cultura, isso não significa que a cultura do aluno seja errada.

Torna-se importante mencionar que a inclusão não é um processo que procura atender apenas às pessoas com deficiência, seja essa física e/ou cognitiva, mas também as pessoas “consideradas normais”. É preciso evidenciar também que o educador representa um papel fundamental no processo de inclusão, principalmente no ambiente escolar.

Para isso, entender como a educação inclusiva surgiu e como tem superado a cultura milenar da discriminação, faz-se necessário para aqueles que a veem na educação o caminho para a autossuficiência e evolução, para estes indivíduos.