Fiquei lá até o momento que eu aguentei, até o instante que tive estômago para suportar aquela situação ridícula e absurda. E às dezoito horas, em ponto, peguei minha bolsa e fui embora... Despedi-me friamente, chamei o taxi e segui rumo à liberdade, rumo ao meu destino de encontro a tudo que eu acredito e que me faz feliz. Naquele bar, no fim da tarde de sábado deixei mil promessas, deixei sorrisos fingidos, palavras falsas tentavam me iludir e jurei não voltar nunca mais.

Pode ficar com sua cerveja estupidamente gelada, com aquela música perfeita, com aqueles garçons super agradáveis, com o clima maravilhoso. Que eu vou embora, tenho a vida inteira pra viver e não tenho mais como esperar.

Essa cerveja vai esquentar, o som vai ser desligado, os garçons vão embora e no frio da madrugada você vai vagar sozinho pela cidade e nada vai chamar sua atenção porque nesse instante seus pensamentos vão buscar os meus e você vai lembrar-se de mim. E vai se arrepender e vai doer do jeito que está doendo aqui.

Desci do táxi na frente da sua casa e fui caminhando até a minha, na esperança de que você me notasse e viesse me encontrar e me levar. Mas você não veio. Agora cheguei, encontrei minha casa vazia, olhei o relógio rosa na parede da sala e vi que tinha passado muito tempo.

Acordei cedo e não te liguei pra saber se você dormiu bem. Porque acabou o amor. Começa uma nova vida em você.