Autoras:

Angela Moraes Cordeiro Sena[1]

Ingrid Campos de Oliveira Miranda[2]

Jacyara Coy Souza Evangelista[3]

Kátia Gomes Cardoso Souza[4]

Renata Andrade Lima de Souza[5]

              

RESUMO:

A educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade do sistema educacional que visa permitir ao educando, geralmente em idade adulta e que não pode terminar sua escolaridade em tempo adequado, retomar sua escolaridade em momento oportuno. As políticas de oferecimento desta etapa educacional abordam preferencialmente, as atividades pedagógicas exclusivas do processo de alfabetização. Mais do que alfabetizar deve-se ter um olhar atento, observando que a alfabetização é só o inicio deste processo, que deve prezar primordialmente pela inserção destes educandos no seu processo de aprendizagem assim como exercerem efetivamente sua autonomia, seu desenvolvimento social e pessoal. O presente estudo visa abordar questões relativas à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e explicitar como a Teoria Vygotskiana contribui para o entendimento e a constituição do fazer pedagógico pautado nas práticas sócio interacionistas. São abordados o conceito de funções psicológicas superiores e de zona de desenvolvimento proximal a fim de refletir acerca de como é possível implementar novas práticas emancipadora, utilizando-se para tal, da teoria Vygotskiana como ferramenta auxiliar ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

 

Palavras-chave: Psicologia da Educação. Educação de Jovens e Adultos. Aprendizagem.

 


 

  1. INTRODUÇÃO

 

Com a aprovação da Declaração dos Direitos Humanos em 1948, o cenário mundial observou uma mudança de visão, apontando para a necessidade da construção de declarações e diretrizes que apoiassem essas transformações e reforçassem os aspectos ressaltados e evidenciados nesses novos tempos. Em um desses pontos, a educação, alcança um patamar de ligação e destaque, sendo privilegiada com a realização de diversos estudos e discussões em nível mundial.

 

A própria Declaração dos Direitos Humanos (1948) em seu artigo XXVI cita que: “Toda pessoa tem direito à instrução (...). A instrução será orientada no sentido de pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento dos respeitos pelos direitos humanos”.

 

Outros documentos como a Declaração Mundial sobre Educação para Todos (ocorrido em Jointem, Tailândia - 1990) afirma ainda: “A educação básica deve ser proporcionados a todas as crianças, jovens e adultos (...)”.

 

No Brasil o reflexo dessas mudanças vem se apresentando ao longo de diversas décadas. As novas necessidades da sociedade expressam-se nas transformações que vemos na esfera social, política, econômica e cultural. Essas transformações indicam também que devemos reavaliar o conceito de ordem pessoal como o surgimento de um novo cidadão, autônomo, crítico e participativo capaz de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vive.

 

Como no mundo, em nosso país, os aspectos educacionais e os ligados à Educação de Jovens e Adultos também estão em evidência. A mais recente contribuição para a garantia dos direitos à educação é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal 9.394) de 20 de dezembro de 1996. A lei indica que:

 

Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (LDB, 1996, Seção V, art.37,§ 1)

 

                        O acesso à escola deve propiciar oportunidades para todos independentes de sua étnica, gênero, idade ou realidade social, contribuindo para a formação de um indivíduo integral e construtor de seu processo de desenvolvimento, bem como deve estar pautada nos princípios de igualdade, liberdade, respeito e valorização.

 

No entanto, apesar da lei apontar para uma perspectiva de “educação para todos”, essa ainda não é a realidade de uma parcela numerosa de nossos educandos que buscam na esfera escolar reconhecer-se como ser pertencente de uma sociedade letrada[6], onde o saber bancário[7] é evidenciado a todo o momento (Freire, 1987).

 

Atualmente as perspectivas da fundamentação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), são baseadas na “Declaração Mundial de Educação para Todos” e o no “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem” (Gadotti, 2011, p.46) onde pode ser observado que embora as taxas de analfabetismo no Brasil tenham diminuído, a matrícula na EJA vem caindo, demonstrando que assim como os demais segmentos educacionais de nosso país, que estão em crise, a educação de jovens e adultos, infelizmente distancia-se da realidade e da necessidade dos educandos criando no ambiente escolar descontextualização e descontentamento.

           

            O presente artigo visa abordar questões relativas à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e explicitar como a Teoria Vygotskiana pode contribuir para o desenvolvimento do jovem e do adulto que buscam através do saber escolar retomar seu percurso acadêmico bem como criar novas perspectivas para sua vida.

 

  1. TEORIA VYGOTSKIANA

 

Na perspectiva Vygotskiana, a constituição das funções complexas do pensamento está veiculada principalmente pelas trocas sociais e, nesta interação, o fator de maior peso é a linguagem, ou seja, a comunicação entre os homens.

 

Durante os primeiros meses de vida, o sistema de atividade do individuo é determinado pelo grau de desenvolvimento orgânico e, em especial, pelo uso que ela faz de instrumentos. Para interagir com o mundo, a criança dispõe de instrumentos que mediam tal interação. Estes instrumentos podem ser de duas naturezas: física (concreta/real) e simbólica (cultural/social/afetivo).

Vygotsky (1998) postula que, tal como os instrumentos físicos, os signos constituem também atividade mediadora, uma vez que a essência do seu uso consiste em os homens afetarem por seu intermédio, o próprio comportamento. A principal diferença entre o instrumento e o signo pode ser observada na forma como estes orientam o comportamento. O instrumento cuja função é servir como um condutor da influência humana sobre o objeto é orientado externamente, devendo, por conseguinte, originar mudanças nos objetos.

 

O signo não modifica em nada o objeto da operação psicológica, na medida em que se constitui um meio de atividade interna dirigida para o controle do próprio indivíduo. Assim, o signo está, ao contrário do instrumento, orientado internamente. Acredita-se, também, que é da relação entre a fala e a inteligência prática, ou seja, de combinação entre o instrumento e o signo que emergem as funções cognitivas superiores.

 

A linguagem intervém no processo de desenvolvimento da criança desde o nascimento. Nas situações de vida diária, quando os pais chamam a atenção da criança para objetos, pessoas e fenômenos que se passam no meio ambiente, estão oferecendo elementos por meio aos quais ela organiza sua percepção. Nesta interação, a criança é orientada na discriminação do essencial e do irrelevante podendo, posteriormente, ser capaz de exercer esta tarefa por si só, ao tentar compreender a realidade. Assim, com a ajuda da linguagem, ela controla primeiro o ambiente e, mais tarde, seu próprio pensamento.

 

            Em sendo assim, na formulação de sua teoria, Vygotsky propõe novo método de análise, porque o objeto deste estudo está sendo visto a partir de outra perspectiva: da abordagem sócio histórica, isto é, as funções psicológicas superiores são constituídas através da interação do indivíduo com outros sujeitos, consigo e com o meio. Segundo ilustra Rego (2002):

É importante ressaltar que a preocupação principal de Vygotsky não era a de elaborar uma teoria do desenvolvimento infantil. Ele recorre à infância como forma de poder explicar o comportamento humano no geral, justificando que a necessidade do estudo da criança reside no fato de ela estar no centro da pré-história do desenvolvimento cultural devido ao surgimento do uso dos instrumentos e da fala humana. (REGO, 2002, p.25).

 

            Para Vygotsky (1998), o indivíduo que não se apropria do saber sistematizado veiculado na escola, não oportuniza o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, nem dos instrumentos de atuação e transformação de seu meio social assim como as condições para a aquisição de novos conhecimentos.

 

  1. AS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES

 

Segundo Vygotsky (1996) as formações psicológicas superiores são produtos da influência social sobre o ser humano. Todas as pessoas possuem estas formações, mas dependendo da história e da plasticidade de suas capacidades elas são altamente desenvolvidas em umas pessoas e em outras não. Para o autor, o meio é fator determinante para construção de estruturas mentais onde cada indivíduo aparece como ativo participante de sua própria existência.

 

Num movimento dialético, o indivíduo realiza ações externas e recebe do meio social as respostas a essas ações. Recebendo esta resposta o indivíduo a reelabora, internamente retornando assim com uma nova ação que poderá ser realizada para o meio externo. Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, contextos familiares e realidades em geral, dos vários indivíduos neste contexto, apontam possibilidades de trocas valiosas, de ajuda e de momentos reais de ampliações de capacidades cooperativas e individuais.

 

            Baseado nesta metodologia, Vygotsky (1996) afirma que as funções psicológicas superiores (pensamento abstrato, raciocínio dedutivo, capacidade de planejamento, atenção, lembrança voluntária, memorização ativa, controle consciente do comportamento) são desenvolvidas e ampliadas na relação entre os sujeitos em um contexto sócio histórico, pelo intermédio da mediatização entre os signos e os instrumentos.

 

            A mediação, tão importante na teoria de Vygotskiana, institui-se em um procedimento da intervenção de um elemento intermediário na relação homem/mundo. No caso do individuo não alfabetizado ou com pouca escolaridade, o “conhecimento de mundo”, constitui-se em saber, neste caso como conhecimento prévio[8] (Vygotsky, 1996). Este conhecimento, construído nas relações sociais anteriores, tornar-se-á saber sistematizado na escola pela intercessão entre o professor e o aluno, assim como entre os próprios pares em seu cotidiano escolar.

 

            Todos os processos internos do desenvolvimento são auxiliados pelos instrumentos e pelos signos. Os instrumentos (cadeiras, lápis, pás, baldes e etc.) possuem a função social de mediador entre o individuo e o meio. Enquanto os signos (valores, cultura, crenças, conhecimento etc.) são instrumentos psicológicos, símbolos e representações que constituem a formação do individuo consigo mesmo.

 

De acordo com Vygotsky o conceito de desenvolvimento e aprendizagem é essencial para a alfabetização de adultos, pois evidencia que a aquisição da língua escrita não se dá livremente em ambientes culturais. Existe a necessidade da intervenção em ambiente escolar, de forma sistematizada e intencional pelo professor alfabetizador.

 

            O processo de aprendizagem e o processo de desenvolvimento, embora distintos, atuam simultaneamente na medida em que a aprendizagem, resultado da interação social, é internalizada e organizada, estimulando processos internos de desenvolvimento. Portanto, a aprendizagem é fundamental no desenvolvimento cognitivo.

 

            Em sendo assim, compreende-se que a aquisição da linguagem, alfabetização e letramento, se dão em qualquer momento da vida dos sujeitos, inclusive na fase adulta. Diante deste fato é possível perceber que para Vygotsky a idade adulta também passa por processos de adaptação e transformações, refutando o conceito de que esta etapa pudesse estar com seu desenvolvimento concluído.

 

 

 

  1. ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

 

            Segundo Vygotsky (1998), existem dois níveis de desenvolvimento: o nível de desenvolvimento real, que compreende as ações já internalizadas pelo alfabetizando, ou seja, o que o individuo já aprendeu ou já consegue fazer sozinho; e o nível de desenvolvimento potencial, que diz respeito àquilo que o alfabetizando está em potencial de aprender no momento, ou ainda, àquilo que ele consegue aprender ou fazer auxiliado por um mediador.

 

            Entre estes dois níveis encontra-se a zona de desenvolvimento proximal, definidora dos desempenhos que ainda não aconteceram  mais que com intervenção mediando o processo de aprendizagem torrnem-se funções potenciais. Assim esclarece o autor sobre este aspecto:

 

Funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentemente em estado embrionário. Estas funções poderiam ser chamadas de “brotos” ou “flores” do desenvolvimento, ao invés de “frutos” do desenvolvimento (VYGOTSKY, 1998, p.113).

 

            A percepção, a atenção e a memória constituem-se em componentes importantes para o desenvolvimento do individuo e de sua aprendizagem. Para Vygotsky, esses aspectos devem ser observados em um enfoque psicológico, relacionando o desenvolvimento e aprendizagem como elementos tipicamente humanos.        


            Quanto à percepção, embora esta se baseie em possibilidades físicas, a mediação simbólica e a origem do processo sociocultural psicológico são primordiais para explicar seu funcionamento. Através da visão humana podemos perceber a luz. A audição permite a percepção de sons em diferentes timbres. O tato permite a percepção de pressão, temperaturas e texturas. A relação de percepção não se dá isoladamente, mas através de objetos, eventos e ocorrências vividas pelo indivíduo em sua cultura baseado em informações adquiridas anteriormente ou sobre a situação atual.


            Semelhante à percepção, dá-se o funcionamento da atenção. Cada indivíduo seleciona o estimulo que o ambiente lhe proporciona e o utiliza segundo a importância adequada a aquele momento. Segundo Vygotsky a atenção divide-se em dois tipos: voluntária e involuntária. Involuntariamente o indivíduo presta atenção a “estímulos muito intensos (como ruídos fortes), mudanças bruscas no ambiente, objetos em movimento” (Oliveira, 1997, p.75), mas de acordo com o seu desenvolvimento, aprende a seleciona e concentrar-se naquilo que sua interação com o meio apontou como relevantes. A esse fenômeno dá-se o nome de atenção voluntária.

 

            Para Vygotsky a memória compreende-se em dois tipos: a primeira, a memória natural, está presente na constituição inata do organismo e propicia o uso dessas informações em momentos posteriores. Está intimamente ligada aos reflexos.


            Já a memória mediada por signos, permite ao indivíduo controlar seu próprio comportamento, por meio do uso de signos que evoquem a lembrança do conteúdo a ser recuperado. Por exemplo: os indivíduos utilizam-se de calendários, relógios e outros signos para aumentar sua capacidade memorial e assim realizar mais eficientemente seu aprendizado. Isto, segundo Vygotsky (1998), sempre envolve a interferência, direta ou indireta, de outros indivíduos e a reconstrução pessoal da experiência e dos significados.

 

            À medida que o individuo participa de situações de interação com seu meio físico amplia seus conhecimentos. Através da percepção, da atenção e da concentração este pode tornar percepções simples em percepções mais complexas, inferindo sobre sua aprendizagem e criando pontes entre as possibilidades físicas e mentais.

 

            Nesse panorama a escola aparece como potencializador desses componentes oferecendo ao individuo possibilidades de novas interações consigo e com outros e experienciando essas possibilidades através do meio cultural como base para o desenvolvimento destas experiências.

 

            Vygotsky confere à escola importância essencial, bem como a função do professor no processo ensino-aprendizagem. A influência do fazer sistematizado do professor aliado às interações com o meio cultural ao qual vivem os indivíduos, cria, desenvolve e amplia as funções mentais gerando novas zonas de desenvolvimento proximal.

 

  1. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLARIZAÇÃO PARA O JOVEM E O ADULTO

 

            O processo de ensino-aprendizagem ocorre pela convivência do individuo em ambientes culturais ou por intervenção pedagógica. E a escola é o local criado para o contato com os conhecimentos acumulados pela humanidade, didaticamente organizados, por um educador que conduz o processo. Como afirma Oliveira (1997):

 

A escola é um lugar social, onde o contato com o sistema de escrita e com a ciência enquanto modalidade de construção de conhecimento se dá de forma sistemática e intensa, potencializando os efeitos dessas outras conquistas culturais sobre os modos de pensamento. (OLIVEIRA, 1997, p.63)

 

            Com o objetivo de descrever e explicar as funções psicológicas superiores e pontuar os mecanismos cerebrais referentes a uma determinada função, sua história e contexto social, Vygotsky dá ênfase ao processo que envolve o desenvolvimento, indicando a mediação como fator fundamental nas relações de ensino-aprendizagem.

 

            Vygotsky (1996) percebe a escola como ambiente onde estão organizados os conceitos científicos para o conhecimento humano. Em sua função a escola organiza e planeja de forma cientifica estes saberes. Portanto a escola não pode negar que o aluno adulto que está buscando sua formação possui saberes que são anteriores a sua escolaridade e que esses devem fazer parte e do cotidiano escolar.

 

            A escolarização cria novas áreas de possibilidades para quem participa deste ambiente, porque através deste ambiente será objetivado na sua estrutura um conhecimento científico, padronizado, produzindo algo de novo no curso do seu desenvolvimento que, anteriormente, manejavam apenas conhecimentos espontâneos. O contato com seus pares também contribuem para novas aprendizagens. O meio ambiente o conhecimento e o contato com outras pessoas propiciam o desenvolvimento das mesmas.

 

            A Educação de jovens e adultos assume expressiva relevância, tanto pelo seu cunho político e social, como pedagógico, oportunizando condições de desenvolvimento e aprendizagem através de interações estabelecidas entre o indivíduo e o meio físico, cultural e social. Desta forma, o fazer pedagógico a ser desenvolvido na EJA deve partir das experiências dos alunos e considerar a aquisição e organização de conhecimentos.

 

            Em sendo assim, o processo de ensino-aprendizagem, é para Vygotsky uma dimensão social de imensa importância. A escola posse ações de suma importância na sociedade. O aprender causa nos indivíduos significativos processos para seu desenvolvimento psíquico, partindo do principio que o movimento escolar propicia está prática.

 

            Quando aprende, o individuo se desenvolve. Independente do ambiente (formal ou informal) ao qual o individuo esteja participando o aprender-desenvolver ocorrerá de forma dialética, pois em sua trajetória histórico-cultural, o individuo influência e é influenciado pelo meio construindo assim uma rede de desenvolvimento através de suas aprendizagens, seja na escola ou fora dela.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            No contexto em que a educação é uma prática social modificadora do ser humano nos seus estados físico, mental, espiritual, cultural e configura a existência humana individual e coletiva a Teoria Vygotskiana intervém no desenvolvimento humano, visando analisar e propor práticas educativas condizentes com a melhoria e inserção do individuo na sociedade minimizando os efeitos da realidade socialmente excludente em que vivemos.

 

Repensar a educação de jovens e adultos é um desafio para aqueles que se propõe na construção de uma educação emancipadora, que considere o ser humano em todas as suas dimensões. Neste processo Teoria Vygotskiana, representam um caminho para um desenvolvimento mais humano e libertador idealizando assim, novas perspectivas para aprendizagem.

 

E neste processo, que o professor precisa assumir a crença no poder de transformação que a visão sócio interacionista pode trazer para a educação e a mediação deve ser visto como um ampliador do desempenho do educador e potencializador de grandes êxitos.

 

Faz-se necessário repensar nossas práticas, ajustando as ações pedagógicas para promover o efetivo exercício da cidadania e também perceber que a sala de aula constitui-se em um ambiente com diferentes vivências que podem ser aproveitadas para estimular os alunos facilitando e dinamizando o processo de ensino-aprendizagem.

 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: Imprensa Oficial, 1996.

 

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 20ª ed., São Paulo: Cortez, 1987.

 

____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

GADOTTI, M. e ROMÃO, J. E. (orgs.). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez, 2011.

 

OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico. 4ª ed., São Paulo: Scipione, 1997. 

 

 

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Mundial sobre Educação para Todos. New York: WCEFA, 1990.

 

____________. Declaração Universal dos Direitos Humanos. ONU, 1948.

 

REGO, T.C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 14ª ed., Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

 

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

 

____________. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

 

[1] Graduada em  Licenciatura Plena em  Administração, Especialista da Pedagogia Organizacional e Recursos Humanos, Especialista em Docência do Ensino Superior, Especialista em Psicanalise Clínica, Especialista em Psicanalise Clínica e Educadora do Sistema Prisional / Tempo Formativo- EJA.  E-mail: [email protected]

 

[2] Graduada em Pedagogia, Pós Graduada em Educação Infantil, Educação Especial, Psicopedagogia e Psicomotricidade. Atuando como Educadora em Atendimento Educacional Especializado e Educação de Jovens e Adultos na rede municipal da cidade de Salvador/BA e como Psicopedagoga Clínica no Centro Ocupacional Encontro, na mesma cidade. E-mail: [email protected]

 

[3] Pedagoga, Especialista em Educação Inclusiva, pela Universidade do Estado da Bahia. Professora da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Atua como Pedagoga Hospitalar em um Hospital Filantrópico em parceria com a Prefeitura Municipal de Salvador. Formadora de Educação Continuada. E-mail: [email protected]

 

[4] Licenciada em Pedagogia, pela Universidade Católica do Salvador. Especialista em Psicopedagogia Clínica, pelo Centro de Estudos de Pós Graduação Olga Mettig. Professora da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Atua como Pedagoga Hospitalar em um Hospital Filantrópico em parceria com a Prefeitura Municipal de Salvador. E-mail: [email protected]

 

[5] Graduada em Licenciatura Plena em História. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira, Especialista em História do Brasil.. Educadora do Ensino Fundamental II  e Nível Médio da rede estadual de Salvador/BA Email: [email protected]

[6] FEIRE, P. Pedagogia do Oprimido - Entende-se por sociedade letrada o que é referente aos aspectos formais da leitura e escrita.  p.6-10

[7] Idem. Diz-se por concepção bancária, o saber absoluto do professor e o “não conhecimento” do educando. O professor é o detentor do saber e o aluno um depósito onde se arquivam conhecimentos. p.33-77

[8] VYGOTSKY, L. Para o autor, toda aprendizagem se processa em conformidade com o contexto social em que o indivíduo está inserido. Segundo Vygotsky, “o aprendizado das crianças começa muito antes de elas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia”. p. 210.