UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA

CAMPUS BACABAL

CURSO DE PEDAGOGIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: GESTÃO EDUCACIONAL

DOCENTE: LUIZ PAULO ROCHA

DISCENTE: ELIKA DO NASCIMENTO GAUDÊNCIO



SUPERVISOR PEDAGÓGICO


Durante o período da Revolução Industrial, surgiu a necessidade da produção quantitativa  e qualitativa em menos tempo para favorecer as indústrias, daí veio o termo supervisão. Durante esse período os supervisores tinham a função de orientar os profissionais, com objetivo de exercer a produção da indústria e do comércio.

Esse surgimento deu-se através da necessidade da vigilância e controle dos profissionais que trabalhavam nas indústrias. O supervisor além de controlar, tinha a função de comandar e planejar, para que a produção ocorresse em menos tempo nas indústrias. Através dessa organização do supervisor nas indústrias, a função do supervisor foi ganhando mais espaços em diversas áreas, até chegar no campo educacional.

A atuação do supervisor educacional no Brasil ocorreu em 1931, tendo como  função principal a inspeção. Diante disso os supervisores educacionais começaram a desenvolver funções voltadas ao inspetor escolar, relacionadas ao controle de execução do trabalho educacional.

Durante aquela época o supervisor educacional passou a ter uma função estruturada, auxiliando para o funcionamento das escolas. Em relação a essa função  surgiu a necessidade de qualificação técnica e acadêmica com a formação para esse cargo. Naquela época o curso de pedagogia, tinha o objetivo de formar os profissionais da educação para atuarem em certas funções técnicas, como orientação, supervisão, e administração.

Diante de todo esse contexto houve várias mudanças em relação ao papel do supervisor educacional. Embora naquela época o papel do supervisor  não era um papel muito amplo, pois tinha como função a inspeção, ou seja uma função de fiscalizar, controlar e observar, e a supervisão educacional exige mais que isso.

Com o decorrer das mudanças educacionais esse cargo passou a ser mais estruturado, com formação do profissional em diversas áreas para ter um perfil mais amplo nesse cargo. Essa estrutura veio se  inovando pela necessidade de exigência que o cargo de supervisão pretendia ter. Houve uma grande mudança em relação ao campo educacional, mas vale ressaltar que, ser um supervisor com função apenas de inspetor  não era necessário para evoluir junto com essas mudanças em relação as instituições educacionais.

Houve uma grande mudança sim no decorrer do tempo em relação a esse cargo de supervisão, mas não eram mudanças necessárias para se chegar em uma função mais ampla e estruturada como deveria ser, pois esse cargo exige mais do que inspeção, exige um papel colaborador, organizador e cooperativo entre todos os membros da instituição educacional.

De acordo com as mudanças educacionais e o contexto histórico, a função do supervisor educacional foi ocorrendo de acordo com a época de atuação do profissional. Em relação a essas mudanças, a supervisão passou por três fases, a fiscalizadora, construtiva e criativa.

A fase fiscalizadora teve como função a supervisão voltada para inspeção, o trabalho era voltado para o cumprimento de leis, que deveriam ser seguidas. Essa fase exigia uma rigidez de forma propagada, e não trouxe evolução para campo educacional, pois foi uma fase que priorizava os padrões  rígidos e autoritários, e esses padrões eram aplicados em todo País. E não havia o respeito com a individualidade e diferença de cada região, de cada aluno e instituição escolar.

A fase construtiva, é uma fase de supervisão orientadora, tendo como função principal orientar a escola. Durante essa fase surgiu os cursos de aperfeiçoamento do docente, para melhorar o trabalho educativo. Por meio desses cursos, era possível identificar os erros ocorridos na atuação do professor na sala de aula, realizando trabalhos em relação aos erros ocorridos, para tentar corrigir os erros, desenvolvendo e buscando novas metodologias e conceitos.

A fase criativa é uma fase onde a supervisão passa a ser separada e diferenciada d a inspeção escolar. Nessa fase a principal função do supervisor é permitir que todos os membros envolvidos no campo educacional possam participar de todas às ações em relação a instituição, formando assim um trabalho democrático e cooperativo.

Analisando cada fase, é possível observar a contribuição e não contribuição de cada uma. Pois a fase fiscalizadora exigia a rigidez, algo que não se torna construtivo no campo educacional, já a fase construtiva e criativa trouxe vários pontos positivos em relação ao perfil de um supervisor, evoluindo assim as instituições escolares.

O supervisor educacional atua em uma função de liderança, essa função pode ocorrer  de duas formas, a supervisão autocrática e democrática. A supervisão autocrática é aquela que prioriza por uma ação autoritária do supervisor, que tem um perfil de determinar ordens, esse perfil de supervisão procura impor a autoridade ao invés de absorver a confiança e desenvolver a cooperação entre os docentes, não adquirindo dessa possível cooperação entre as partes, descartando um espírito de equipe coletivo onde  todos os membros participam.

A supervisão democrática é aquela em que o supervisor tem uma atuação de liberdade de expressão, cooperação, e coletividade entre toda equipe educacional da instituição. Esse tipo de supervisão não  é feita de forma autocrática , mas sim democrática, onde todos participam das tomadas de decisões no processo educativo.

Podemos perceber que até hoje encontramos esse perfil de supervisão autocrática em algumas escolas, embora não seja um tipo de supervisão construtiva. Já a supervisão democrática é mais ampla e trouxe vários pontos positivos em todo esse percurso histórico da educação até hoje, trazendo a coletividade e cooperação entre todos, assim as instituições conseguem chegar em determinadas metas e objetivos mais rápido.

Observando todo esse percurso histórico do supervisor educacional, percebemos que houve diversas mudanças. Hoje o supervisor atua desenvolvendo um trabalho pedagógico de forma democrática, tendo liderança junto com a comunidade escolar, desenvolvendo um trabalho para promover a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Essa função exige muito do supervisor, pois ele é responsável por todo esse processo de ações que ocorre na instituição. Desenvolvendo projetos educativos, sabendo equilibrar as questões administrativas e pedagógicas no campo educacional.