RESUMO

O referido trabalho é resultado de uma intervenção pedagógica desenvolvida nas aulas de sociologia dos terceiros anos da Escola de Ensino Médio Lauro Rebouças de Oliveira em Limoeiro do Norte-Ce, tendo como objetivo o efetivo envolvimento e a autonomia do aluno na construção do conhecimento e desenvolvimento de sua aprendizagem, haja vista, ser a aplicação de seminários uma prática didático-pedagógica aplicada em “forma de trabalho muito utilizada como técnica de ensino socializante” (CAMPOS, 2006, p.8). O seminário é descrito por alguns autores, como técnica ou método, utilizado como instrumento de avaliação, no qual o professor não está sozinho, nem na condução da aprendizagem nem na avaliação, considerando que toda a sala participa da apresentação e da avaliação de todos.  Para Marion (2009, p.105) isso “possibilita um processo sistemático e aprofundado de leitura, análise, interpretação de textos e dados a fim de se formular um problema de pesquisa, hipótese e se conduzir uma investigação” Foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, quali-quantitativa culminando com a apresentação dos alunos em sala, onde cada equipe conta com seis participantes, quatro apresentam o conteúdo de forma oral, por cartazes, slides ou esquema na lousa, um dos que não apresentam  faz uma pergunta para uma das equipes e um  outro responde, ficando a critério da plenária  questionar ou aceitar as discussões em pauta no momento. Ao final da aula o professor pode acrescentar algo, caso julgue necessário. Foi possível verificar que a atividade proposta como intervenção pedagógica contemplou as expectativas iniciais dos alunos e do professor, contribuiu com a produção de novos conhecimentos e concretizou modos de preparo para um futuro acadêmico.

Palavras-chave- Intervenção Pedagógica. Conhecimento. Seminário. 


INTRODUÇÃO

Vivenciamos uma sociedade capitalista com inovações tão aceleradas que a rapidez e agilidade com que se propagam as informações e o acesso a elas, deixam a atual pratica pedagógica, rapidamente obsoleta e sem atrativos.  

Para competir com essa metamorfose o professor reinventa e retifica sua pratica pedagógica em consonância com as atuais legislações e a sociedade que necessita ser coparticipante e não plateia, deixando somente de transmitir conhecimentos para orientar a produção de conhecimentos, adequando-se ao uso de inovações processuais que auxiliam o seu lecionar.

Com o advento da BNCC e a globalização, Machado 2013 diz que, é inevitável o novo paradigma de integrar a sala de aula com a realidade do aluno, para a construção coletiva desse conhecimento. 

Pensando em trazer o aluno do ensino médio, mesmo focado no Enem, para participar ativamente da sociedade na qual está inserido, ousei conciliar as aulas expositivas, 

com seminários em equipes. Tendo como objetivo o efetivo envolvimento e a autonomia do aluno na construção do conhecimento e desenvolvimento de sua aprendizagem.

Uma vez que ANASTASIOU e ALVES caracterizam o seminário como um estudo que parte de ampla pesquisa de um tema para a construção de uma visão geral desse tema. 

“Portanto, não se reduz a uma simples divisão de capítulos ou tópicos de um livro entre grupos. No desenrolar da estratégia, mobiliza-se o conhecimento para pesquisar (estudando e lendo), em seguida se discute por meio da base teórica e prática, construindo sínteses” (ANASTASIOU e ALVES, 2006, p.90).

Os temas desses seminários são conteúdos sociais cobrados pelo Enem, para não desfocalizá-los além de proporcionar um aprofundamento em leituras que pode prepará-los enquanto cidadãos ativos.  

O seminário já se tornou rotina em minha prática pedagógica pelos efeitos positivos e por atender aos objetivos de educar diferenciado.