O presente trabalho tem por objetivo descrever sobre a importância do setembro azul e o papel da sociedade nesse mês que possui extrema relevância para a comunidade surda. O Setembro Azul é uma campanha de conscientização sobre a surdez e a inclusão de pessoas com deficiência auditiva na sociedade, uma vez que no dia 26 de setembro é celebrado o Dia Nacional dos Surdos no Brasil.

O objetivo principal da campanha é promover a conscientização sobre os desafios enfrentados pelas pessoas surdas, incentivar a inclusão social e divulgar informações sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma vez que muitas pessoas desconhecem a importância e a necessidade de sua utilização para a comunicação com pessoas surdas.

Dessa forma, o Setembro Azul é uma oportunidade para que a sociedade como um todo possa refletir sobre a importância da inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, garantindo-lhes direitos básicos como cidadãos.

Durante o Setembro Azul, são realizadas várias atividades para conscientizar as pessoas sobre a surdez, como palestras, seminários, exposições, campanhas nas redes sociais, entre outras. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas em todos os aspectos da vida, como educação, trabalho, saúde, lazer, entre outros.

Além disso, o Setembro Azul também busca chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas surdas, como a falta de acesso a serviços de intérpretes, a discriminação e a exclusão social. A campanha também procura incentivar a aprendizagem da língua de sinais, uma língua oficial reconhecida no Brasil, e a adoção de práticas inclusivas em todos os setores da sociedade.

Esse movimento surgiu como reflexo de inúmeras lutas da comunidade surda que aconteceram nesse mês por seus direitos dentro da sociedade.

O mês de setembro é de suma importância porque lembra a opressão em que os surdos e todos os demais deficientes viveram durante a Segunda Guerra Mundial por parte dos nazistas, que durante a guerra identificavam a população deficiente com uma faixa azul no braço para diferenciá-los dos demais.

Após o término da guerra, a comunidade surda começou a utilizar a cor como forma de referência ao que enfrentaram e desse modo, deram a cor um novo significado para esses acontecimentos, demonstrando orgulho de sua história, cultura e de sua língua.

Essa ressignificação do azul ficou marcada na Cerimônia da Fita Azul (Blue Ribbon Ceremony) em 1999, que lembrava os surdos que foram vítimas da opressão. Nela, o Dr. Patty Ladd (surdo) usou uma fita azul no braço pela primeira vez como símbolo do movimento. Hoje, a cor azul turquesa é usada, por ser uma cor viva e vibrante, que representa a riqueza cultural de uma comunidade que brilha com orgulho!

Diante de tudo que foi exposto, podemos perceber que a comunidade surda já obteve muitas conquistas, mas, ainda, há muito pelo que lutar e também para conquistar.

Desse modo, O setembro azul nos faz refletir a luta da comunidade surda para que possamos quebrar as barreiras da comunicação e buscar uma sociedade cada vez mais inclusiva para todos os surdos, respeitando também a diversidade que existe na surdez e que é expressa de múltiplas formas através dos surdos usuários de línguas de sinais, surdos oralizados e implantados.

Como em setembro é considerado o mês da visibilidade surda em virtude das diversas lutas e reivindicações enfrentadas pela comunidade, podemos elencar algumas dessas principais lutas e causas abraçadas pela comunidade surda e que incluem o acesso à educação inclusiva e de qualidade, com professores e intérpretes capacitados em língua de sinais para atender às necessidades dos alunos surdos em todos os níveis de ensino; é importante que a língua de sinais seja reconhecida e valorizada como uma língua oficial em todos os países; a garantia de acessibilidade em todos os espaços públicos, incluindo transporte, hospitais, cinemas, teatros, museus, entre outros; a luta pelo direito de igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, com acessibilidade para pessoas surdas e a eliminação de barreiras de comunicação e além disso, a comunidade surda também luta pelo acesso às tecnologias de comunicação, como softwares de reconhecimento de voz e aplicativos de tradução de língua de sinais, para garantir sua acessibilidade em todos os aspectos da vida, incluindo no ambiente digital.

Essas são apenas algumas das lutas da comunidade surda no mês de setembro e durante todo o ano. É importante ressaltar que a luta pela inclusão e acessibilidade da comunidade surda é contínua e requer o comprometimento de toda a sociedade para a promoção da igualdade e dos direitos humanos.

Em resumo, o Setembro Azul é importante porque ajuda a promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para as pessoas surdas, aumenta a conscientização sobre a surdez e destaca a importância da cultura e da comunidade surda

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

FERNANDES, Sueli. Língua Brasileira de Sinais: Libras. Curitiba: IESDE Brasil, 2018.

FERNANDES, Sueli. Educação de Surdos. 2ͣ ed. Curitiba: Editora IBPEX, 2011.

GESSER, Audrei. Libras? Que língua é esta? - crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábolas Editorial, 2009.  

FERREIRA BRITO, Lucinda. Integração social e educação de surdos. Rio de Janeiro:Babel, 1995.

KOJIMA, Catarina Kiguti; Libras: Língua Brasileira de Sinais: a imagem do pensamento Editora Escala 2008.

Disponível em: https://www.handtalk.me/br/blog/setembro-azul-mes-dos-surdos/. Acesso em: 10 de abril de 2023. Disponível em: https://blog.signumweb.com.br/historias-inspiradoras/setembro-azul/. Acesso em: 10 de abril de 2023.

Disponível em: https://campolargo.ifpr.edu.br/setembro-azul-o-mes-da-conscientizacao-sobre-a-visibilidade-da-comunidade-surda/. Acesso em: Acesso em: 10 de abril de 2023.

LIDIANE DA SILVA XAVIER - Graduada em Pedagogia; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis. 

NOEMI BRAGA DE REZENDE- Graduada em Pedagogia e História (FALBE e UFMT); Especialista em Psicopedagogia (UNIGRAN) e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

RAQUEL SANTOS SILVA - Graduada em Letras; Especialista em Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

ROSANGELA ALVES DA SILVA ARAÚJO- Graduada em Pedagogia (UFMT); Especialista em Psicopedagógico Afirmativo e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

VALQUÍRIA MENDES MARQUES- Graduada em Pedagogia (UENP); Especialista em Psicopedagogia (FIC) e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

VALQUIRIA RODRIGUES DIAS- Graduada em Pedagogia (UFMT); Especialista em Psicopedagogia (UNISERRA) e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.