O presente relatório de estágio supervisionado gestão em organizações não escolares, foi realizado no Museu Aracy Paraguaçu no período de 26 de fevereiro a 09 de Março de 2020 nos turnos matutino e vespertino com a carga horaria de 100 cem horas, sendo 30 horas de orientação metodológica e 70 de observação e gerenciamento no campo de atuação, tendo como requisito parcial de avaliação da disciplina de estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade do Tapajós-FAT, objetivando conhecer e vivenciar a importância da prática do pedagogo em espaços não escolares e seu desenvolvimento acerca dos projetos sociais e o seu principal papel na atuação fora do ambiente educacional, como também descrever relatos e experiências vivenciadas pelo estagiário durante seu processo de estágio.

O trabalho apresentado está dividido em quatro capítulos, o primeiro tratará de um diagnóstico da realidade da organização não escolar descrevendo a caracterização geral da organização não escolar bem como a caracterização técnica, pedagógica e administrativa.

O segundo abordará da importância do pedagogo no setor de gestão de pessoas demostrando a relevância da sua pratica profissional e o papel humanizador deste profissional.

O terceiro capitulo contará com o levantamento e análise de projetos desenvolvidos na organização não escolar, acompanhamento no plano de intervenção e também ações integradas para atender a comunidade tais como programas e projetos.

O quarto capitulo expõem todo o trajeto percorrido pelo acadêmico estagiário no campo de estágio, descrição dos conhecimentos do profissional acompanhado acerca da função desempenhada pelo pedagogo na organização não escolar.

Nesta perspectiva é indispensável o desenvolvimento do estágio supervisionado, em ambientes não escolares, visto que é através deste que o futuro pedagogo irá se deparar.com uma realidade distinta do meio educacional a qual estuda durante todo o curso de pedagogia, possibilitando a percepção da realidade acerca da organização não escolar, bem como a importância do papel do pedagogo no setor de gestão de pessoas.

 

1 DIAGNOSTICO DA REALIDADE DA ORGANIZAÇÃO NÃO ESCOLAR

 

1.1Caracterização Geral da Organização Não Escolar

 

Com base nos registros históricos do Museu Municipal Aracy Paraguaçu este foi criado em 1993, através da iniciativa da Professora Regina Lucirene Macedo de Oliveira, filha de famílias tradicionais do município de Itaituba que tiveram o privilégio de registrar e guardar através de fotos, livros, jornais e documentos, os passos deste município, que teve a honra e a gloria de ter sido o maior do mundo em extensão territorial, neste sentido, dona Regina percebeu a necessidade de preservar e registrar as ações testemunhos da época, objetivando fornecer uma significação histórico cultural, material e imaterial que na percepção de Borges,2009 p. 358, são considerados bens ou patrimônios culturais (materiais e imateriais, tangíveis e intangíveis) os produtos e testemunhos dos diversos povos e que, enquanto tais, fazem parte do ethos desses povos e de suas múltiplas tradições histórico-culturais.  A determinação de um objeto, expressão ou manifestação cultural como bem patrimonial dependerá de seu reconhecimento e sua significação histórico-cultural para uma determinada nação, povo, comunidade ou segmento populacional. Dessa perspectiva, os patrimônios culturais integram os processos identitários de um povo ou nação.

Por um longo período a cidade de Itaituba-Pará, onde o museu Aracy Paraguaçu está localizado, foi conhecida mundialmente pela sua rápida expansão devido ao auge do ouro em meados da década de 80, que resultou na migração de pessoas de diversas regiões nacionais e até mesmo internacionais, tendo muitos acontecimentos no que tange a política, a cultura e o setor econômico do município naquela época, estes acontecimentos, segundo ao histórico do muse, eram apenas conhecidos e visualizados através de iconografia e registros deixados pelo Sr. Cláudio Couto, redator do 1º Jornal “ O Ortiga”, no ano de 1913.

Com incentivos vindos deste mesmo senhor, as senhoras Aracy Paraguassu e Itay Iracema Couto, continuaram colecionando recortes de jornais, fotografias e outros documentos históricos referentes a Itaituba. Ghirardello (2008) menciona que patrimônio cultural é o conjunto de bens, podendo ser de natureza material e imaterial, que guardam as referências da identidade de um grupo social, traços da memória da coletividade que são considerados importantes para aquele grupo social.

Aracy Paraguaçu Couto da Costa exerceu um papel significativo, foi uma das pioneiras culturais do município, influente membro do América Futebol Club na área social, promovia eventos beneficentes ao clube, promovia bailes, festas juninas e possuía uma quadrilha que dançava em épocas, promovias bailes carnavalescos para adultos e crianças e possuía o bloco de rua denominado “Gosto de você”, introduziu no município os desfiles do dia da Raça na semana da Pátria, onde só desfilavam os clubes de nossa cidade neste dia, com carros alegóricos e figurinos avançados para a época, foi uma das pioneiras em introduzir equipes de vôlei feminino na época em que os jovens ainda jogavam de saias abaixo do joelho.

Aracy teve dois filhos Wanelly Maria Couto da Costa e Sebastião Teodomiro da Costa Filho, fruto de sua união de 55 anos de casada com o Senhor Sebastião Teodomiro da Costa, seu filho Sabbá, herdou de sua mãe esse amor pela arte e hoje e um dos mais importantes ativistas culturais do nosso município, o qual está diretamente compromissado e envolvido com tudo que tange a nossa cultura.

Aracy foi Dama da Casa da Amizade, guardou e deixou um grande acervo cultural para sua família, com relíquias de valor imensurável a memória do nosso município, como peças históricas, livros, fotos e todo o conhecimento que guardou e passou para seus familiares tendo sido considerada uma das maiores (se não a maior) responsáveis pelos registros do museu de história e recordações de Itaituba.

A primeira iniciativa da criação do museu aconteceu na I Feira Municipal de Ciências, Matemática e Educação Ambiental, com a participação do Projeto “O Passado e o Presente de Itaituba”, elaborado e pesquisado pelos alunos: Josileide Silva de Sousa, Jairzinho de Jesus Campos Barbosa, Antônio Lourenço de Andrade, Elcimar e Hoguilá Nogueira Pinto da 8ª série da Escola Municipal Eng. Fernando Guilhon.

Somente no ano de 1993, após muita pesquisa e coletas de objetos, foi criado o Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico – CPADC, departamento criado pela Universidade Federal do Para, duas salas: uma com objetos, livros, fotos, jornais e painéis de Itaituba, a outra com objetos indígenas do povo Munduruku, materiais estes que ficam expostos para visitação e pesquisa ao público diariamente.

Por entender a importância do Museu, a Professora Regina Lucirene Macedo de Oliveira, continuou sua persistência e pesquisa, visando realizar seu sonho, que não dependera somente dela, mas do apoio do Poder Municipal, dessa pesquisa, surgiu a vontade de escrever um livro, não tendo apoio, registrou em álbuns seriados toda a sua pesquisa, subsidiando assim os educandos e educadores do Município. Para Souza (2011) a preservação e a salvaguarda dos patrimônios culturais (materiais ou imateriais) são de responsabilidade de todos os envolvidos, pois esses conjuntos de bens devem ser repassados de uma geração a outra, com o intuito de salvaguardar e fortalecer as identidades culturais desses grupos sociais.

Na administração do Prefeito Roselito Soares da Silva e Vice-Prefeita Antonieta Assunção Nascimento Lima uma das incentivadora, é criado de fato e de direito o Museu “Aracy Paraguaçu” que foi contemplada por ter sido uma das pioneiras culturais de nosso município, filha de Teófila Santa’Ana Couto e Cláudio Couto, nascido nesta cidade, ele poeta, músico, compositor e poliglota, pois falava inglês, francês, casteliano e tupy guarani, sem nunca ter estudado línguas, aprendeu com os imigrantes que aqui aprimorou desde a fundação de Itaituba.

Além dessa persistência em guardar os registros históricos materiais de Itaituba, Regina Lucirene preocupou-se em preservar também o patrimônio cultural imaterial que na convenção de 2003 a Unesco reconhece, considera e explicita que:

 

Esse patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana (SOUZA, 2011 apud UNESCO, 2003, p. 2- 3).

 

De acordo com o autor, essa preservação de patrimônios culturais, materiais e imateriais gera em pessoas como dona Regina Lucirene o desejo de repassar essas histórias a gerações vindouras objetivando a proporção desse conhecimento que pouco é ministrado em ambientes educacionais, para que estes sejam disseminados a outras gerações.

Na perspectiva de guardar e preservar, o Museu Aracy Paraguassú dispõem de salas temáticas onde abrigam um acervo diversificado como arqueologia, peças sacras, fotografias históricas, peças antigas, como também coleções particulares doadas por moradores antigos da cidade. Sendo assim faz-se necessário enfatizar alguns desses espaços mais relevantes que servem não só de um ambiente de pesquisa, como também um local valoriza e conta a história do município de Itaituba- Pará, em detalhes através de artefatos.

O Salão de exposição Ithay Iracema Couto Lima, é um dos principais espaços do museu, este dispõem de registros fotográficos e também uma breve biografia de Aracy Paraguassú Couto da Costa, uma das pioneiras da cultura e em preservar registros históricos em Itaituba, o espaço contempla acervos arqueológicos, artesanatos indígenas, história das machadinhas, utensílios indígenas munduruku, registros fotográficos do ciclo econômico de alguns garimpeiros que fizeram história no município, e de alguns pilotos de aeronaves que sobrevoavam o céu itaitubense no auge do ouro. Além de todos esses objetos já mencionados o espaço preserva ossos de uma preguiça gigante encontrados na região.

Sala da Música: Raimundo Nonato dos Santos – Truth. Esta sala temática conta a história do município no que tange a musicalidade, através de registros fotográficos e baners de ícones que marcaram o cenário musical de itaituba como por exemplo, Joao Soares, Antonio Caetano dos Santos, Leopoldo Meneses Lobato, Antonio Manoel Rodrigues, Lourival Gonçalves Ramos (Amilton Ramos). Dispõem ainda de aparelhos eletrônicos musicais desde a década de 80 doados por moradores mais veteranos da cidade.

A Sala Sacra Frei Paulo Zoderer, contempla o registro fotográfico de algumas paroquias e capelas do munícipio, freiras, freis e doms, como também histórico da Igreja Matriz de Santana e diversos objetos relacionados ao catolicismo e outras denominações religiosas.

Além das salas acima enfatizadas o museu oferece uma diversidade de materiais preservados e organizados em suas respectivas salas temáticas, estas estão divididas em sala da Memória Fotográfica de Itaituba: Célia Lages de Mendonca,

Biblioteca Samuel Bemergu, esta compreende mais de 450 tipos de referências, como livros, revistas, jornais e monografias correspondenetes a temas como patrimônio, arqueologia, museologia, educação, indígena, história local e regional. Sala da Antiguidades: Lucila dos Santos Macedo, Sala da Comunicação Francisco Fernandes da Silva, Corredor da Arte: Waldemir Lima, Sala do Legislativo: Homero Gomes de Castro, Sala do Executivo: Raimundo Altamiro da Silva, Sala do Esporte, Sala da Educação Hilárita Paxiúba, entre outras mais.

Outra sala não menos importante, instalada no museu é a sala Maria Madalena Caldas -Rotary Club, uma das primeiras associações criadas no Município de Itaituba-Pará, desenvolvendo um trabalho de grande valia no que tange as famílias de baixa renda e que vivem em estado de vulnerabilidade social, esta sala conta em síntese através de artigos preservados um pouco da história dessa associação no município.

A Primavera dos Museus (PM) é uma ação anual coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus, com duração de uma semana, que visa mobilizar os museus brasileiros a elaborarem programações especiais voltadas para um mesmo tema, o qual é escolhido pelo próprio Ibram.

Geralmente o evento ocorre na semana que inicia a estação da primavera e tem como objetivos, entre outros: a) promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; b) aumentar o público visitante das instituições; e c) intensificar a relação dos museus com a sociedade.

A 1ª Primavera dos Museus ocorreu no ano de 2007, com o tema “Meio Ambiente, Memória e Vida”, com a participação de 300 museus e 874 eventos na programação. No ano de 2018 a ação chegou a sua 12ª edição, com o tema “Celebrando a Educação em Museus”, com 900 instituições de cultura e memória envolvidas e aproximadamente 2.787 eventos na programação.

O Museu Aracy Paraguassú aderiu o evento acima mencionado no ano de 2008, com o tema “Mulheres tradicionais”, segundo relatos da coordenadora, infelizmente esse evento foi possível sua realização uma única só vez.

 

 

1.2 Caracterização Técnica, Pedagógica e Administrativa

O museu Aracy Paraguaçu está localizado na Av. Dr Hugo de Mendonça, no bairro Boa Esperança, s/n em Itaituba-Pará, sob a responsabilidade da Professora Regina Lucirene Macedo, exercendo o papel de (pedagoga) coordenadora do ambiente, tendo ainda uma auxiliar administrativa Maria dos Prazeres Piva de Souza, Leude da Conceição Pereira ASG- Auxiliar de serviços gerais e dois vigias, estes fazem parte do quadro funcional do museu contribuindo para o seu funcionamento constante.

É de fundamental importância elencar neste trabalho o período em que a coordenadora do museu está nesta função contribuindo de maneira significativa para a preservação cultural deste município, Regina desde 2006 ao ano de 2012 esteve ativamente a frente do museu coordenando todos os trabalhos ali desenvolvidos, ficando afastada por um período de quatro anos na Gestão da prefeita Eliene Nunes, retomando suas atividades em 2016 na Atual gestão do prefeito Valmir Clímaco de Aguiar.

2 A PRÁTICA PROFISSIONAL- O PAPEL HUMANIZADOR DO PEDAGOGO

2.1 A importância do pedagogo no setor de gestão de pessoas.

As Transformações desde o ano de 1939, até os dias atuais são muitas em relação à pedagogia sua prática educacional vem sendo a cada dia discutida como também suas metodologias. Essas transformações ocorrem devido as grandes exigências as quais ocasiona as mudanças nas tarefas pedagógicas existentes no nosso País.

Ao longo do tempo desde os primórdios da humanidade a formação do caráter da personalidade do ser humano se tornou uma questão de estudos para os estudiosos daquela época. A pedagogia teve suas origens na Grécia Antiga, advinda dos paidagogo onde (. paidós significa ‘ criança’’, e agagé ‘’ condução).  O interessante é que era considerado escravo o responsável por cuidar das crianças. Após a conquista do poder de Roma sobre a Grécia e a inclusão dos escravos, chegados do território conquistado, o que se tornou comum esse inserimento de sábios e oradores no meio do povo Romano, os quais se tornaram preceptores eram encarregados da educação com o tempo passaram a serem mestres considerados detentores do saber, ou seja, o escravo pedagogo tinha requisitos para uma boa formação seu papel era transmitir o conhecimento educando as crianças se caso precisasse de especialista para conduzir a lugares específicos para adquirir ensino na área dos idiomas, gramática e até mesmo cálculos e expressão corporal e outras modalidades. Aranha (2006.p, 67).

Percebesse que o pedagogo deu início a sua atuação com processo de humanização, pois era responsável pelo cuidado, com o passar do tempo veio surgindo o processo de escolarização, desse modo métodos de ensino veio a suceder uns aos outros levando a aprendizagem do sujeito de acordo com suas necessidades que com o tempo o conceito foi expandindo-se com intuito de mostrar a educação de forma diferente com a pedagogia, se transformando em curso de graduação.

Para Brzezinsk (1996) o curso de pedagogia até pelo menos 1945, andava em águas calmas até 1961. No Brasil o curso teve um formato que três anos de bacharelado e um de licenciatura.

 Portanto assim a formação da identidade profissional ainda não era bem definida, pois o curso desde início formava bacharéis sendo que os três anos era dedicados as disciplina de conteúdos que era para os fundamentos próprios da educação já o outro ano se dava o curso de didática era específico para todo o curso de licenciatura, contendo a seguinte disciplina Didática geral e didática Especial e Psicologia Educacional, Administração Escolar, dentre outras, bastava apenas o bacharel cursar as duas primeiras disciplinas já estava apto o restante já estava no curso. No entanto o bacharel em pedagogia era preparado para o cargo técnico da educação por outro lado o Licenciado era para a docência, percebesse que havia uma separação em relação às disciplinas dos mesmos como se não houvesse uma ligação entre ambos.  

 

O curso de pedagogia foi instituído por Organização da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, através do Decreto Lei nº. 1190 de 4 de abril de 1939. Visando a dupla função de formar bacharéis e licenciados para várias áreas inclusive para o setor pedagógico (SILVA, 1999, p.34).

 

Diante disso o currículo por não ter uma definição clara da formação na contrapartida e os avanços, na área de atuação o ponto vem constantemente discutidos desde a implementação do curso nas universidades Brasileira. Assim com o passar do tempo tentasse compreender o que de fato é o objetivo da pedagogia, pois a mesma vem abrangendo cada vez mais no que se refere à formação do indivíduo em vários aspectos.

Após Tanto Retrocessos à discussão, mas recente sobre essa formação está baseada na Resolução CNE/CP nº 1 de 15 de maio de 2006, em que no inciso IV do artigo 5º vem atribuir o egresso do curso de pedagogia a trabalhar ambientes escolares e não escolares, promovendo a aprendizagem de sujeitos em vários espaços diferenciando assim fases de desenvolvimento humano em diversos níveis e modalidades no processo educativo.

 Observasse que assim se abri um leque de oportunidades, pois possibilita a conhecer outro aspecto além do âmbito educacional deixando nítida essa discussão central referente ao trabalho do profissional de pedagogia no espaço não escolar trazendo ainda de que modo suas práticas em seus exercícios podem estar contribuindo para a humanização das relações nas empresas.

Baseando-se ainda na resolução acima do curso de pedagogia a onde se trata das exigências no que se refere ao profissional e a atuação do fazer pedagógico no ambiente não escolar do pedagogo geralmente são atividades como trabalho em equipe, orientação e também coordenação tendo assim o planejamento com intuito de direcionar a transformação do sujeito envolvido.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96 e o plano Nacional da Educação vêm direcionar as políticas públicas Brasileira no que se diz respeito ao campo educacional. As mudanças significativas em relação aos profissionais de educação, pois no capitulo: I Artigo: 1º se refere à educação, vem retratar que o pedagogo estar apto atuar no processo de formação que se desenvolver no ambiente familiar na convivência humana e no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Portanto é notório que a atuação do pedagogo nos ambientes não escolares é   assegurado e que o mesmo é de suma importância, ainda se tratando desses ambientes não escolares observa-se que é muito escasso a presença de um pedagogo atuando infelizmente muitas empresas não tem no seu quadro de profissional que faria um grande diferencial no processo de humanização de pessoas.        É notório as modificações constantes que a sociedade hodiernal vem enfrentando, acredita-se que a principal consequência disso é o avanço acelerado dos meios tecnológicos, que por sua vez causam impactos significantes no que diz respeito ao desenvolvimento produtivo e intelectual da humanidade.

Neste sentido percebe-se que a educação seja ela formal ou informal ainda exerce um papel de fundamental importância acerca das modificações e desafios que a sociedade vem enfrentando cotidianamente, visto que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL, 1996).

Nesta perspectiva nota-se que a educação engloba todos as esferas sociais no que tange ao preparo do cidadão para sociedade sendo possível desenvolver-se não somente em ambientes educacionais, como também em todos os outros lugares onde faz-se presente seres racionais. Frison (2004, p.88) discute o lugar da educação afirmando que, em diversos espaços sendo eles formais ou não formais os seres racionais estão em constantes aprendizado, levando em consideração que não há uma receita pronta para se fazer educação a escola não é o único espaço que é possível executar esta tarefa e talvez nem seja o ambiente mais importante para se trabalhar educação

Tratando-se de educação, é de fundamental relevância enaltecer o papel singular que o Pedagogo realiza enquanto profissional nas instituições de ensino, e também nas organizações não escolares, este desenvolve habilidades distintas para que assim alcance seus objetivos que é a educação, e a preparação do sujeito atuante em sociedade, na citação acima mencionada Frison deixa claro que, ocorre então um processo de ensinagem, isto é, ensinar aprender, aprender ensinar, em ambientes distintos do ambiente escolar destacando empresas e espaços não formais, deixando claro que o processo educativo não ocorre somente em espaços de escolarização isso advém da heterogeneidade presentes seja em locais institucionais ou não. Libâneo (2001, p.11) destaca que, o pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica.

Neste sentido percebendo que o pedagogo atua em distintas áreas seja ela de cunho educacional ou humanista, carece que esse profissional esteja disposto e preparado para a mudança social e tecnológica adequando-se em espaços diferentes com pessoas diferentes, havendo a necessidade de ser sociável, integro e dinâmico disposto a trabalhar mediante os desafios que sem dúvidas irá encontrar em sua atuação dentro e fora dos muros escolares.

O curso de Pedagogia abrange um leque significativo de funções acerca da preparação do sujeito para a sociedade e para o mundo do trabalho, porem nota-se que existem diversas falhas no sistema educacional que implicam na formação integra do sujeito deixando lacunas no que diz respeito ao seu preparo intelectual, profissional e emocional resultando em ações negativas na vida deste pessoal.

Levando em consideração estas falhas que sem duvidadas afetam o desenvolvimento integro do sujeito em sua vida como cidadão, os espaços de trabalho constantemente cobra do trabalhador além de qualificação profissional, uma postura formal e equilíbrio no que tange o emocional deste, surgindo a necessidade da atuação de um profissional afim de minimizar fatores que contribuem para o insucesso em empresas e outras organizações.

O profissional pedagogo tem habilitação para atuar em uma diversidade de campos profissionais, como por exemplo, empresas, mercados, hospitais, instituições, entre outras, a inserção do ´pedagogo em ambiente não escolar surge a partir da necessidade de formação dos colaboradores, isto é preparação dos Recursos Humanos nas organizações, em contra partida tem-se a necessidade de as empresas enquanto estabelecimento que oferecem algum tipo de serviço ou produto, estar cientes não só da necessidade como também de quão importante é a ação do pedagogo para o desenvolvimento eficaz da mesma que na visão de Scherer (2011), sua influência é tão significativa que os resultados serão representativos para a empresa ou organização.

Refletindo sobre as ações do pedagogo em sua atuação direta com os funcionários das empresas, promovendo atividades, cursos e palestras (RIBEIRO, 2008), destaca que este desenvolvimento profissional do pedagogo tem a finalidade de promover ao funcionário um desenvolvimento não só pessoal como também intelectual quebrando paradigmas, objetivando proporcionar-lhes uma nova visão para a criação, desenvolvimento autônomo, pessoal como também trabalho em equipe, que além da produtividade da empresa o profissional pedagogo está empenhado em proporcionar desenvolvimentos intelectuais e formações para que assim os funcionários sejam lapidados cotidianamente. Lopes (2009, p.29) afirma que

 

O investimento no capital intelectual dos trabalhadores da empresa também é fundamental, pois “quanto mais se lapida uma pedra de diamantes, mais valiosa ela se torna”. O mesmo se diz em relação ao trabalhador: “Quanto mais se investe no aperfeiçoamento do conhecimento já adquirido do funcionário da empresa, mais ele se torna valioso e essencial para a mesma”.

 

 

O pedagogo tem o enfoque de além no desenvolvimento da satisfação e prioridades das empresas, executar um trabalho voltado para o lado humano, independente de qual setor esteja em exercício, com o objetivo de sempre atuar com responsabilidade, sensibilidade e dignidade, desenvolvendo ações claras e objetivas tendo a finalidade o de propiciar o conhecimento social, intelectual e profissional aos funcionários envolvidos no funcionamento de uma determinada instituição empresarial, não menos importante, fazendo uma comparação (FREIREapud BRAGA, 2012, p.65), evidencia que o papel do pedagogo no que diz respeito a pratica humanizadora é:

 

Uma prática pedagógica que se pretenda humanizadora, que considera os diferentes sujeitos nela envolvidos como atores que, fazendo da realidade objeto de sua análise crítica, jamais dicotomizada da ação, se vão inserindo no processo histórico, como sujeitos.

 

Isto é, a pratica pedagógica que evidencia a humanização através do ensino, levando sempre em consideração as condições dos sujeitos envolvidos seja no ambiente educativo ou fora dele, utilizando não somente a criticidade como também o diálogo, um dos fatores fundamentais no processo de humanização, promovendo com isso a integralidade do sujeito.

A pedagogia é a ciência de técnicas, métodos, estratégias, voltados para a educação, de acordo com Farfus (2012, p. 81), “A educação, atualmente, não se faz mais apenas dentro dos muros escolares, mais vai além”, a pedagogia deixou apenas de ser aplicada em sala de aula e seu espaço se ampliou na atuação de gestão não escolares, como ambientes empresarial, hospitalares, Museu entre outros.

Inicialmente a Pedagogia Empresarial era capacitações em empresas para o progresso de atividades desenvolvidas, mediante a revolução industrial no sec. XIX, onde a produção cresceu rapidamente e as pessoas não estavam preparadas e capacitadas para uma mão de obra qualificada e especializada, diante da qualidade dos produtos que se era necessário para as empresas que queriam entrar no mercado mundial. Na década de 1980, era muito extenso o número de pessoas analfabetas funcionais nas organizações, não obtendo ao menos as quatros series dos anos inicias, a baixa escolarização era visível. As empresas que centravam tarefas e métodos cederam lugar para abordagens humanística, evidenciando o homem e o grupo social. Observou – se um desejo antagônico entre as empresas, os trabalhadores, com relação a prioridade de busca por harmonia em prol das relações humanas.

 

Para ultrapassar suas limitações individuais, as pessoas se agrupam para formar organizações, no sentido de alcançar objetivos comuns. À medida que as organizações são bem-sucedidas, elas sobrevivem ou crescem. E, ao crescerem, as organizações requerem maior número de pessoas para a execução de suas atividades. Essas pessoas, ao ingressarem nas organizações, perseguem objetivos individuais diferentes daqueles que formaram originalmente as organizações. Isto faz com que gradativamente os objetivos organizacionais se distanciem dos objetivos individuais dos novos participantes. (CHIAVENATO, 2006, p.92).

 

Deste modo, observa – se que tanto os organizadores e indivíduos tem objetos a serem supridos, e os organizadores através de seus recursos humanos seleciona as pessoas de acordo com a necessidade para poder alcançar seus objetivos como organização, e os selecionados buscam através da empresa alcançar seus objetivos pessoais e profissionais.

A aprendizagem e o conhecimento estão interligados em uma das ações que o pedagogo desenvolve em uma empresa, onde o mesmo é responsável por orientações acerca do comportamento do colaborador e se isso está se aplicando e não ficando apenas na teoria, deste modo, é necessário o autoconhecimento de suas limitações e poder supera-las, ou seja, um dos objetivos do pedagogo é a mudança do funcionário para seu melhor desempenho profissional e pessoal, contribuindo para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades através de palestras, treinamentos, cursos e etc.

 

Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana. (Chiavenato 1999, p. 290).

 

            A participação do pedagogo em ambientes não escolares é de suma importância para que os colaboradores/funcionários desenvolvam melhor suas habilidades, diante da capacitação e formação que é ofertada, à vista disso, investir no desenvolvimento das habilidades e adquirir mais conhecimento faz com que a empresa alcance seus objetivos, visando o crescimento do indivíduo e o tornando eficaz. Nos dias atuais as organizações valorizam a eficácia e habilidades adquiridas pelos funcionários, que através de formações contínuas abrangem seus conhecimentos, reconhecem a importância da educação na empresa.

            Portanto, é possível notar o quão se faz necessária a presença de pedagogos em ambientes não escolar, ressaltando que o profissional abrange sua área de atuação e faz prática de suas habilidades. Assim, é fundamental enfatizar a importância de um pedagogo nos Museus, como um local de bastante informações para agregar conhecimento, onde neste ambiente obtém uma serie de contextos históricos em que o pedagogo pode orientar as pessoas que visitam este ambiente, elaborar e fornecer capacitação para as pessoas que ali trabalham para melhor exercer seus papeis no ambiente de trabalho. A organização museológica é um ambiente que conduz a aprendizagem, fornece informações, conduz.

 

Planejar, organizar, acompanhar e avaliar as práticas educativas desenvolvidas no museu; coordenar e supervisionar monitores/educador; preparar material didático; elaborar projetos; acompanhar as visitas atuando como monitor/educador; desenvolver pesquisas; promover dinâmicas, atividades lúdicas, oficinas e jogos (LUCINDO, 2016 p. 8)

 

            É notória nos dias atuais a busca das escolas em fazer visitas aos museus de suas cidades, sendo assim, os professores estão fazendo mais uso de suas matérias de estudo, com matérias concretas em que se tem nos museus. Buscando melhor aproveitamento dos estudos.

            O pedagogo em seu vasto campo de atuação tem as Organizações não governamentais (ONGs), meios de comunicação, casas penitenciarias, para exercer seu papel, que se tornou extremamente importante para realizar as capacitações, ações de reeducação, orientações e muitas mais especificidades.

 

3 PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ORGANIZAÇÃO NÃO ESCOLAR

 

3.1 Analise de projetos

 

De acordo com a coordenadora, o museu recebe uma diversidade de pessoas não só do município e localidades adjacentes, como também pesquisadores, formandos dos cursos de graduação, mestrado e doutorado residentes em outras localidades, além do espaço físico com um vasto conhecimento ali preservado, o museu oferece cursos e palestras voltadas para a sociedade civil objetivando a disseminação dos conhecimentos museológicos, para os que não tem oportunidade de acesso ao espaço.

No que se refere as visitas itinerantes com o programa intitulado “Rede de Educadores do Museu”, que objetivava desenvolver ações educativas para alunos das escolas públicas através de visitação, a professora destaca que essas visitas eram realizadas nas escolas com o intuito de proporcionar aos alunos de uma localidade distante do museu, a visualização de peças e o conhecimento de cada uma exposta nas visitas devido à falta de apoio político em comissão foi decidido encerrar as atividades de visitas, tendo em vista que nestas ações as peças históricas acabavam sendo danificadas pelo difícil percurso até as escolas.

Em parceira com SEMED- Secretaria Municipal de Educação, o Museu desenvolveu no ano de 2020 o primeiro workshop de Metodologia e Pratica de Ensino, proporcionando a comunidade acadêmica, palestras e oficinas voltadas para elaboração de trabalhos científicos, técnica de arte e educação inclusiva.

 

3.2 Acompanhamento no plano de intervenção pedagógica

 

O Museu dispõe de um plano de ação onde está registrado todas as ações previstas para o ano em vigência, este documento tem-se a necessidade de sofrer alterações mensais ou anuais de acordo com o desenvolvimento das ações pedagógicas.

Neste sentido o museu tem a missão de registrar, preservar e expor a história da cidade de Itaituba com finalidade de promover e valorizar sua identidade, bem como promover a valorização memorias das ocupações humanas pré-colombias, da pesquisa e da comunicação de seu acervo, visando ao patrimônio arqueológico.

O museu de modo geral tem participado ativamente das atividades em ambientes escolares e não escolares, promovendo palestras e exposições, visando o crescimento, a dinamização e a divulgação de suas atividades de incentivo a manutenção do caráter de grupo de estudo e troca de experiências entre profissionais da educação, para que propaguem o conhecimento histórico em sala de aula.

Este acompanhamento se dá também atreves das visitas realizadas ao espaço como forma de direcionamento e melhor esclarecimento das peças e registros armazenados no espaço de funcionamento.

 

3.3 Programas e Projetos: Ações integradas para atender a população

 

De acordo com documentos contidos na secretaria do museu, o primeiro projeto registrado o de criação do museu, este foi pensado de forma a levar o conhecimento da população a história deste município, bem como valorizar e salvaguardar a difusão do patrimônio cultural de natureza arqueológica, intensificando o turismo na região.

Em registro notou-se que após a inauguração do museu em 2006, o museu em parceria com o IPHAN, desenvolve a primeira semana do museu com a participação das escolas públicas, universidades e associações desenvolvendo diversas atividades educacionais e artísticas. Realizou-se exposições para demostrar a cultura através de banners, objetos e vídeos contando a história do município e da importância da preservação do patrimônio histórico da cultura.

O evento da semana do museu ainda está em vigência neste ano de 2020 com o mesmo proposito desde a sua criação atendendo a comunidade escolar e os parceiros da organização.

Um dos eventos mais relevância de esfera maior (internacional) proporcionados pelo museu é o Colóquio internacional IPEASA, trata-se de um instituto de pesquisa e estudos ambientais e culturais sustentáveis da Amazônia, este foi fundado no dia 11 de agosto de 2017 por uma renomada equipe de pesquisadores de município de itaitua que estudam a região amazônica juntamente as instituições como pesquisadores com titulação de mestres, doutores, doutorandos e pós-doutorado.

O objetivo principal é reunir, construir e elaborar juntos um acervo cientifico necessário para atender as demandas da população acadêmica. E ainda, subsidiar pesquisas e políticas públicas para régio com base nos estudos das diversas áreas do conhecimento e suas complexidades.

O primeiro colóquio internacional realizou-se no mês de agosto de 2018, com o tema “Atividades da Amazônia Territoriedade Saberes e Conflitos”, como uma de suas propostas, a formação de um bando de dados teórico-cientifico em todas as áreas do conhecimento relacionado as complexidades amazônicas, especificamente de Itaituba e da região do tapajós. Este evento contou com a presença de ilustríssimos palestrantes que contribuíram para a realização deste evento, ministrando cursos e palestras, proporcionando conhecimentos amazônicos em diversos âmbitos aos participantes que estiveram presentes no evento, este está em sua terceira edição.

O MAP, Museu Aracy paraguassú, para melhor organização e atendimento a comunidade para decisões conjuntas, em 2006 foi criada a associação dos amigos do museu, neste ano foram empossados os membros que fizeram parte da diretoria por alguns anos, já no ano de 2019 houve a necessidade de reorganizar a diretoria e tornar a associação mais ativa, no sentido de organizar, elaborar e oferecer programas e projetos direcionados a sociedade como um todo.

Esse evento tem em sua essência um caráter educativo- cultural, uma vez que as atividades desenvolvidas perpassam pela relação ensino-aprendizagem focadas em questões sobre patrimônio, primando através das ações mediar assuntos inerentes do museu com seu público, favorecendo o conhecimento, a valorização, por meio da troca de trocas de experiências. Dessa forma, há uma possibilidade de todos os envolvidos serem multiplicadores das informações possivelmente repassadas e produzidas.

 

4 ORGANIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGOGICA NA FORMAÇÃO CONTINNUADA

 

4.1 Conhecimento do profissional acompanhado sobre a função do pedagogo na organização.

 

No que diz respeito a formação acadêmica profissional, a professora Regina Lucirene Macedo de Oliveira é formada em pedagogia pela UVA- Universidade Estadual Vale de Acaraú, é pós-graduada pela UFPA- Universidade Federal do Para no curso de ciências e matemática, além disso, conta com um conhecimento singular no que tange a sua atuação na organização não escolar, uma vez que busca constantemente formações continuadas para capacitação e aperfeiçoamento no ramo da museologia.

Estas informações acima mencionadas foram coletadas através de uma entrevista realizada pelos estagiários, onde a professora não hesitou em explicitar todas as informações requeridas e ainda deixou claro que a SENDAS- secretaria de assistência social órgão na qual o museu tem vínculo direto, nunca forneceu capacitações acerca da sua formação.

A coordenadora participa de encontros relacionados a estudos de museologia, sendo que sua última visita aconteceu em 2019 na França. A coordenadora faz questão de expor sua preocupação em manter o museu e o conhecimento necessário para nortear todo o trabalho que o espaço precisa, sempre em busca de atualização das informações que contemplam sua área.

Os demais funcionários que compõem o quadro de trabalho do museu, de acordo com documentos oficiais, em termo de escolarização, possuem apenas o ensino médio, e sempre que possível participam de formações voltadas para suas respectivas áreas quando oferecida pelas secretarias municipais.

Neste sentido é possível afirmar que o trabalho desenvolvido no Museu Municipal Aracy Paraguassú se caracteriza na preservação de patrimônios históricos culturais materiais e imateriais de Itaituba-pa, sendo assim a pedagoga responsável cotidianamente desenvolve um trabalho ímpar para manter o museu em seu pleno funcionamento enfrentando diariamente desafios que surgem através da ausência de apoio governamental

Com todos esses impasses presentes na organização não escolar, a pedagoga além de realizar atividade voltadas ao museu, desenvolve um papel social e humanizador, objetivando aflorar sentimentos de cuidado através de suas rememorações a todos os visitantes do espaço, para que futuramente alguém tenha a sensibilidade de guardar e preservar uma história tão rica como a do Município de Itaituba-Pa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma é possível afirmar que, o pedagogo exerce um papel valioso em espaços caracterizados não escolar, desenvolvendo ações não só de cunhos pedagógicos e organizacionais, como também interfere na orientação e direcionamento das relações interpessoais, que com toda certeza contribui de modo excepcional para a eficácia no desenvolvimento das atividades executadas nestas instituições.

Em observação na prática do estágio, foi possível perceber e discernir o funcionamento de uma empresa que dispõem de um pedagogo e também aquelas que ainda não contemplam com a colaboração deste profissional, onde é notório a atuação de suma importância destes profissionais que esforçam-se agindo de maneira polivalente no desenvolvimento do que lhe és de sua responsabilidade.

É relevante dizer que, o estágio em organizações não escolares proporcionou ao acadêmico estagiário conhecimentos singulares no que diz respeito a atuação do pedagogo em diferentes esferas de trabalho, contribuindo assim para o seu melhor preparo com relação a sua atuação profissional futura, possibilitou ainda a percepção de que além do campo educacional, o pedagogo pode cooperar com suas habilidades e conhecimentos, em outros ambientes.

Com relação a atuação do pedagogo em museus, a realização do estágio supervisionado em organização não escolar, foi possível perceber que este profissional que no que diz respeito ao trabalho pedagógico elabora  além de programas, projetos, numerosos materiais para a ação pedagógica, este trabalho é voltado para perspectivas culturais e sociais afim de possibilitar o sujeito a fundar suas hipóteses possibilitando o acesso a acervos culturais que é somente encontrados em museus como por exemplo, objetos antigos, fósseis e outras diversas peças históricas que não estão presentes na escola e que através dos museus estes discentes terão a possibilidade de acesso. 

Neste sentido é possível afirmar a relevância da inserção do pedagogo em ambientes não escolares, uma vez que este além de proporcionar um ambiente mais agradável com relação a conflitos no trabalho, também organiza das mais diversas estratégias para o pleno funcionamento da organização a qual está inserido, desenvolve ainda ações voltadas para a comunidade através de projetos e ações integradas a sociedade.

REFERÊNCIAS

 

 

ARANHA, M, L, A. História da Educação e da pedagogia: geral e Brasil.3 ed.rev e ampl. SP: Moderna, 2006.

 

BRASIL, 2008: lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, acesso em 19 de fevereiro de 2020, disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/93117/lei-do-estagio-lei-11788-08.

______, Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações. Brasília: MEC; SEESP, 2002.

 

BRZEZINSKI, Iria. Pedagogia, pedagogos e formação de professores. Campinas: Papirus, 1999.

 

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das Organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. Curso de Pedagogia- Fai Faculdades, Itapiranga, 2011.

 

_____. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos: como incrementar talentos na empresa. São Paulo: Atlas, 1999.

FARFUS, Daniele. Espaços educativos: um olhar pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2012.

 

FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. O pedagogo em espaços não escolas: novos desafios. Ciência. Porto Alegre: n. 36, p. 87-103, jul./dez. 2004.

Inicialmente a Pedagogia Empresarial era capacitações em empresas para o progresso de atividades desenvolvidas,

 

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Curitiba: Ed da UFPR, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n17/n17a12.pdf. Acesso em: 14/02/2020.

 

______, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Curitiba: Ed da UFPR, 2001.

 

LOPES, Isolda (Org.). Pedagogia empresarial: formas e contexto de atuação. 3 ed.

 

LUCINDO, N. I. Museu: um campo de atuação do pedagogo? Eixo Temático Formação inicial de professores de educação básica, Universidade Federal Minas Gerais, 2016 p.8. Disponível em: http://200.145.6.217/ proceedings_ arquivos/ArtigosCongressoEducadores/5791.pdf. Acesso em: 2 mar. 2020

Resolução: CNE/CP nº 1 de 15 de maio de 2006. Diário Oficial da União Brasilia, 16 de maio de 2006 seção 1, p.disponivel acesso 29 de fev.2020

 

RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do

Rio de Janeiro: Ed. Wak, 2009.

 

SCHERER, João Valdenir. A atuação do pedagogo empresarial. Campinas, São Paulo: Autores associados, 2011.

 

SILVA, C, S, B Da. Curso de pedagogia no Brasil: história e identidade. Campinas, SP: Autores associados, 1999. Disponível em: acessado em 29 de fevereiro de 2020.

 

TAVARES, Andrezza Maria Batista do Nascimento; SANTOS, Fábio Alexandre Araújo dos. Educação social, pedagogia social e espaços não-escolares: horizontes conceituais necessários para o acolhimento de sujeitos em risco na perspectiva do desenvolvimento humano. 2010. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN)._Disponível_em_. Acesso 14 de Fev. 2020.

 

PARAGUASSÚ, Museu Municipal Aracy. Histórico Local do Museu. Itaituba-Pa, 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APÊNDICES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilustração: Catalogação das Peças

Ilustração: Organização da sala sacra

 

 

 

 

 

 

Fonte: Dados do autor, 2020

Fonte: Dados do autor, 2020

 

 

 

 

 

Ilustração: Organização de documentos

Ilustração: Fim do estágio

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Dados do autor, 2020

Fonte: Dados do autor, 2020

 

 

 

 

Ilustração: Biblioteca Samuel Bemerguy

Ilustração: Sala Sacra

 

 

 

 

 

Fonte: Dados do autor, 2020

Fonte: Dados do autor, 2020

 

 

 

 

Ilustração: Sala da Comunicação

Ilustração: Corredor da Arte: Waldemir Lima

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Dados do autor, 2020

Fonte: Dados do autor, 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXOS