Maria José Pessoa de Andrade Araujo

                                                          Ma. pela Lusófona- Lisboa Portugal

O PAPEL DO SUPERVISOR NA REDUÇÃO DO BULLYING NA ESCOLA 

RESUMO 

Este artigo tem como objetivo, refletir um pouco sobre o bullying na escola, suas reais origens e suas consequências dentro do âmbito escolar, trabalho este que foi construído, utilizando de uma análise literária. Tendo em mente que este, constitui um sério problema, dentro do âmbito escolar, repercutindo em danos inúmeros, para os educandos, como também para o processo de ensino e aprendizagem. Dando a certeza de que realmente se precisa fazer algo, em prol da redução deste tão sério problema, como também por meio deste, irá ser ressaltado o papel do supervisor, diante deste fenômeno e como este profissional, pode intervir na luta para que tal problema seja pelo menos reduzido do ambiente escolar. Dessa forma, compreendemos que o bullying na escola, precisa urgentemente ser analisado e combatido, para que assim se possa melhorar as relações presentes na escola.

Palavras Chave: Bullying. Escola. Supervisor. 

INTRODUÇÃO

Analisando o bullying na escola suas origens e seus enormes malefícios, como sendo um fenômeno que merece ser considerado e refletido com atenção. Por muito tempo, atitudes como falta de respeito com os outros, apelidos ofensivos e até mesmo agressões físicas, para com os colegas e até os professores e demais funcionários da escola, foram vistas apenas como atitudes indisciplinares, falta de educação ou falta de respeito. Entretanto, tal fenômeno foi crescendo e se tornando cada dia mais sério, acarretando sérios prejuízos para todos da escola inclusive no processor de ensino e aprendizagem.

 O bullying na escola teve início suas reflexões, durante a década de 70, quando começou a aparecer estudos e mais estudos sobre o tema em questão, que hoje chamamos, denominamos de Bullying e que se não for devidamente tratado e combatido, corremos o sério risco de tornar mais difíceis ainda o cotidiano dos nossos alunos, professores, supervisores e demais membros da escola.

O Bullying, atualmente tem sido uma das principais queixas tanto de professores quanto de alunos, quando perguntados sobre o principal problema de suas escolas. E é cada vez mais frequente, tanto nos depoimentos dos educadores, quanto na mídia. Entretanto, vale deixar claro que o bullying, além se ser um sério problema interpessoal dentro do âmbito escolar, constitui um grave empecilho a aprendizagem. 

Como também, vale lembrar que tal problema acaba tornando as aulas, em momento de estresse, agruras, angústias e muito desconforto, para todos os que participam dela. Outro fator que merece considerarmos é que a prática deste, repercute ações intencionais e repetitivas, gerando uma situação de total desconforto para todos, um sentimento de exclusão para os que sofrem, de desaceitação para quem assiste e de medo para muitos, que por se sentirem ameaçados acabam se sentido coagidos, ficando isolados, podendo gerar sérios problemas psicossomáticos.

Partindo, dos pressupostos aqui ressaltados, quanto ao bullying na escola e o papel do supervisor, neste grave problema, surgiu das fortes evidências, quanto as muitas cenas de bullying, constatadas na escola e seus sérios malefícios, para o ambiente escolar e para as vítimas de tais agressões, sucumbindo muitos dos nossos alunos, bem como muitos profissionais a se tornaram vítimas da exclusão, do medo e da indiferença.

Possuindo como objetivo, compreender melhor as reais geradores deste tão forte fenômeno, bem como salientar o papel do supervisor escolar, na luta em prol da redução do bullying, na escola.

 Sendo utilizado para a construção deste, análise de alguns especialistas na área, como Dan Olweus(1993), Novoa (2008), Ferrer (2000), entre outros, almejando uma maior compreensão deste e ao mesmo tempo, contribuir para um mais preciso conhecimento e assim todos juntos poder pensar sobre os passos para melhor lidar com este tão grave problema que ocorre no âmbito escolar e perpassa os muros das nossas escolas, trazendo o medo e o terror para muitos.

BULLYING NA ESCOLA 

A escola, entidade entendida como a responsável pelo ensino, a qual deve está devidamente comprometida com a aprendizagem e o bem estar do indivíduo. Porém este ambiente, que tem por dever ser agradável e sadio, propiciador de momentos significantes na vida de cada educando, tem sido marcado por diversas atitudes rotineiras, que envolvem atos de violência entre os alunos, ficando evidente, dessa forma, a conduta bullying.

Falando sobre o bullying no ambiente escolar, deve-se inicialmente observar de que forma está sendo aplicada a função pedagógica nas escolas. Apple (apud NOVOA, 2008, p.220) ressalta que, alguns dos docentes são mal preparados e estão mais preocupados com seus próprios interesses do que com os alunos, outros estão tão desalentados com os sérios problemas de violência, de indisciplina escolar, de várias ocorrências de bullying na escola que terminam sendo sucumbidos por medo, apatia e falta de interesse em fazer o trabalho docente bem feito, diante deste quadro tão complexo.­ Como também, vale lembrar que a grande maioria dos nossos docentes, estão sucumbidos ao estresse e ao mesmo tempo, cheio de preocupação e dessa forma, acaba ficando meio alheios ao que está realmente ocorrendo dentro do âmbito escolar.

O conhecimento transmitido na sala de aula é um pouco sombrio e até mesmo e aborrecedor, e não consegue tanto êxito quanto se deseja. Um outro ponto em questão, é como deve ser mais bem analisada é como que pessoas que não possuem uma boa qualificação podem formar pessoas qualificados para este mercado tão exigente. Como também vale lembrar, que se não tiver interesse em passar um bom nível de conhecimento aos educandos, possivelmente eles não receberão um aprendizado de qualidade, tornando-se pessoas incapazes de produzir conhecimentos necessários a boa formação acadêmica.

A escola está sempre dividida em grupos, seja de alunos ou de professores, não há um sentimento de coletividade. Nesse sentido, Chauí (2006) diz que "a sociedade brasileira é escravista, é nessa verticalidade nas suas relações sempre alguém se põe como superior ao outro” não há uma relação de união entre tais indivíduos, provocando uma enorme barreira entre o educando e o educador.

            Este fato, constitui um dos grandes provocadores do alto índice de indisciplina escolar. Desta maneira, o indivíduo que na verdade deveria ser a autoridade da escola, bem como de seu principal representante, acaba assumindo o papel de um simples profissional, muitas vezes incapaz de enfrentar e resolver este tão grave problema, ficando sua função pedagógica infelizmente bastante comprometida de maneira negativa, pois como afirma Antunes (1990), “não há aprendizagem mais difícil que manter a coragem, renovar-se a cada dia e buscar entusiasmo nos desafio de cada hora. E por conta desta tão comentada indisciplina muitas vezes a coragem dos professores acabam sendo reduzidas, oprimidas e até escassa.

             O bullying praticado entre alunos e de alunos para professores, infelizmente podem estar diretamente interligadas com a perca da autoridade de sua profissão, pois por não possuir a autoridade necessária, este profissional da docência não terá como alcançar condições precisas para instigar, repassar corretamente o saber científico ensinar as regras e as normas da sociedade, nesta perspectiva, é necessário urgentemente refletir e buscar um entendimento coerente decorrente dos fatos. No entanto, podemos analisar de por outra vertente, indo de encontro ao que diz Shuartz, (1985, p.38): "[...] é certo que muitos jovens, sobretudo a partir dos 14 ou 15 anos, se desinteressam da escola mais ainda se estão atrasados, pois a escola não lhes está adaptada".

              Entretanto, vale lembrar que infelizmente por conta da indisciplina escolar, são muitos os educandos que acabam por desistir da carreira acadêmica, se sentindo desanimados ou até mesmo assustados diante desta triste realidade, como alega Brito(2000), por conta da falta de respeito, da violência ocorrida dentro das escolas, são muitos os que acabam desistindo de seus sonhos acadêmicos e acabam abandonando a escola.

Um outro ponto que merece ser analisado, é o fato de que muitos alunos adolescentes estão sempre testando muitas extremidades, tanto próprios como de seus colegas e até de seus docentes, estes geralmente se negam a cumprir as normas de convivência das entidades educacionais, gerando um sério problema indisciplinar, provocando o que chamamos de bullying.

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