RESUMO

O processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira é essencial no desenvolvimento do aluno, principalmente no ciclo final do Ensino Fundamental. Esse processo de letramento é visto como irrisório por diversos brasileiros, entretanto, há relevância na língua como parte da globalização, tendo em vista que a cada dia formas de unir as nações são procuradas, porém nem sempre é um processo bem-sucedido. O objetivo desse estudo é discutir o ensino da língua inglesa na escola pública de ensino fundamental, como isso é colocado nos Parâmetros Curriculares Nacionais e o que é factualmente executado em sala de aula, visando meios em que o jovem possa querer dominar a língua e estar inserido na sociedade. Para a realização do estudo, primordialmente foi feito pesquisa nos Parâmetros Nacionais Curriculares e na Base Nacional Comum Curricular para ter em vista como a língua inglesa deve ser ensinada em sala de aula e seus principais objetivos. Houve, ademais, estudo realizado em pesquisa bibliográfica, que busca evidenciar problemas que dificultam seguir o que está imposto em nossa Constituição voltado ao ensino, e meios de encontrar a solução para grande parte desses problemas. Pesquisas apontam diversos fatores que estão em desacordo com o que dita os PCNs, como o fator de inclusão ou exclusão social, estrutura escolar, desinteresse dos alunos, regiões que não lecionam a língua inglesa, dentre outros fatores. Os resultados apontam para uma educação pública pouco explorada, com profissionais sem muita capacitação para lecionar. Conclui-se que é um processo emaranhado de problemas, exigente de cuidados, tornando indeclinável que o futuro professor busque além de seu conhecimento e possa expandir sua capacidade para lecionar, estimulando seus alunos no processo da globalização.

Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino Público. Teoria e Prática.

INTRODUÇÃO

O letramento da língua inglesa é algo precípuo no desenvolvimento do aluno, principalmente a partir dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental II, onde se torna parte fundamental no processo de globalização, que é vivido constantemente em nossa sociedade. Desde o ano de 1996, quando foi sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato o ensino de pelo menos uma língua estrangeira, não necessariamente o inglês tornou-se algo obrigatório nas escolas de Ensino Fundamental II e Médio a nível federal, tendo em vista que muitas escolas oferecem o ensino do espanhol por questões de fronteira ou até mesmo línguas indígenas, outras instituições oferecem línguas europeias e cada região oferta a língua que pensar ser melhor por questões internas.

Convém observar que os Parâmetros Nacionais Curriculares (PCNs) orientam as secretarias municipais e estaduais para que ditem as escolas o que deve ser ministrado em cada série nas instituições de ensino, assim como ministra a oferta de livros didáticos gratuitos, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), onde alunos e professores podem receber os livros didáticos para a função do letramento na língua.

Assim, em escolas de nível estadual / municipal, o instituto de pesquisas Plano CDE (2015, p.7) ressalta que:

Desde que sigam as diretrizes dos PCNs e da LDB, os Estados e municípios estão livres para tomar a maior parte das decisões sobre a oferta de Educação Básica – e em especial da língua estrangeira, como a escolha da língua que será ensinada, o número de aulas de língua estrangeira por semana, a duração de cada aula, a grade curricular, as habilidades que serão trabalhadas, bem como outras características da oferta de línguas.

Há de se considerar ainda que em alguns estados, o ensino da língua inglesa é ofertado também em Centros de Línguas, que servem como atividades extracurriculares e funcionam em horário distinto da grade curricular e são organizados por níveis de conhecimento, podendo receber alunos de distintas séries em mesma sala.

Dentro dessas perspectivas, é fácil lobrigar que são encontradas diversas complexidades e obstáculos no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa, vindo tanto da parte do estudante quanto da parte do profissional que irá lecionar a disciplina ao aluno.

Cabe, pois, concluir que o problema em aprender uma língua estrangeira é muito visível, em razão de os alunos pensarem que para dominar a língua é necessário ter fluência, coisa que no ensino público não é muito explorada devido aos recursos que são limitados, ao desinteresse dos alunos, dentre outros fatores. Gabriela Quatrin Marzari e Wilma Beatriz Schultz Gehres colocam que um dos fatores que implicam no desinteresse do aluno é que o aprendizado da língua inglesa é algo que não servirá para nada após sair da escola (MARZARI; GEHRES, 2015, p. 15).

De forma semelhante, Luciane Guimarães de Paula retrata problemas em relação ao ensino dissertando que “o professor tem a obrigação de buscar seu próprio desenvolvimento e assim também o de seus alunos” (PAULA, 2015, p. 915), mesmo que circunstancialmente ele se encontre em condições desfavoráveis para lecionar.

Num sentido mais amplo, a Univesp, juntamente a Nina Coutinho (diretora de língua inglesa do British Council) e Maurício Prado (diretor do instituto de pesquisas Plano CDE) documenta que o ensino da língua inglesa possui insegurança maior que as outras disciplinas até mesmo pelo professor, que em muitos casos não é instruído a lecionar a língua corretamente, não a pratica frequentemente e isso acaba despertando o desinteresse do aluno em relação ao processo de ensino-aprendizagem.

Isso faz crer que o processo de letramento da língua inglesa tem sido visto como algo ignóbil por diversos jovens brasileiros, entretanto a relevância na língua é evidente como parte da socialização, a cada dia formas de unir as nações são procuradas, porém isso nem sempre é um processo bem-sucedido. Tendo em vista isso, começar por essa língua que é vista como universal é um processo primordial a ser tomado para que esse objetivo seja alcançado.

Fica demonstrado que discutir o ensino da língua inglesa na escola pública de ensino fundamental, tendo em vista como isso é colocado teoricamente nos Parâmetros Curriculares Nacionais e o que é factualmente executado em sala de aula, é substancial, visando meios em que o jovem possa querer ter domínio da língua e estar incluso na sociedade.

Portanto, as escolas podem e necessitam basear o ensino da língua inglesa conforme é colocado nos PCNs, advertindo que diversos fatores sociais, regionais, dentre vários outros podem fazer com que a inovação seja necessária, que o interesse do jovem em aprender o inglês seja despertado, para que ele possa estar cada vez mais inserido no processo da globalização, similarmente se sinta incluso na comunidade, de mesmo modo que ele possa enxergar que o inglês trará proficiência em seu saber, mesmo que os obstáculos estejam visíveis nesse processo, o ponto primacial é tornar o aluno um amante da língua inglesa.