INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Cristiane Aparecida de Jesus Araújo

Este artigo tem por objetivo falar sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais. Ao se pensar em inclusão logo imaginamos que esta está ligada ao processo de democracia, que na verdade não é nada inclusivo como diz Ghiraldelli( 2009) “ já não sabemos mas onde e porque queremos incluir tudo e porque.” O que é possível perceber é que grande parte dos programas de inclusão social oferecidos pelo governo na maioria das vezes colocam os beneficiários em situação de excluídos.

Atualmente um grande desafio para a sociedade é a inclusão de todas as pessoas com necessidades especiais, mais o que vemos é que isso não acontece conforme propõe as legislações vigentes. A falta de recursos como por exemplo, profissionais preparados, estrutura física adequada acabam fazendo com que essas pessoas se sintam excluídas.

De acordo com a LDB de 1996 no Art.59, “Os locais de ensino devem proporcionar aos educandos com necessidades especiais todos os recursos para o seu desenvolvimento, assim como profissionais com formação suficiente para atendimento especializado e para integração desses educandos nas classes comum.” Um dos grandes problemas da inclusão é que em poucos casos os professores estão devidamente preparados para trabalharem com esses alunos, sendo que, a formação e preparação dos professores é fundamental para que haja inclusão.

A DECLARAÇÃO de SALAMANCA (1994, p. 1) destaca que “ As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso as escolas regulares, que a elas se devem adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades.”

A Constituição Federal de 1988 em, seu Art. 205º, Inciso IV, diz que é “direito de todos a educação.”

Ao se tratar de inclusão escolar, sabemos que a maiorias das escolas não conseguem dar um atendimento adequado a esses alunos e acabam criando uma situação de exclusão. As Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (2001, p. 28) retrata que “a política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas apresenta a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando e atendendo suas necessidades.”

A Educação Inclusiva e o ensino regular devem caminhar juntos, oferecendo aos alunos com necessidades especiais um ensino de qualidade. Só que realmente para que isso aconteça é necessário preparar as escolas, pois as salas de aula precisam ter um ambiente que favoreça a aprendizagem em todos os sentidos. Sabemos que mudar não é fácil, porque toda mudança acaba gerando um clima de insegurança,, principalmente por parte dos professores. Segundo Blanco ( 2004) “ a decisão de transformação é um passo que deve ser iniciado pela escola em geral e não por um grupo isolado de professores, e após isso é necessário que toda a comunidade se envolva no processo.”

Enfim essa realidade precisa ser transformadora, pois o processo de inclusão não deve acontecer somente com aqueles que apresentam necessidades especiais, mas com todos que apresentam déficit intelectual e de aprendizagem. As escolas precisam receber mais recursos e os professores necessitam de uma preparação melhor para que de fato ocorra o processo de inclusão.