Elaine da silva Cabral 1 

Resumo 

O presente trabalho oportunizou investigar e conhecer as metodologias e as estratégias de avaliação utilizadas pelos professores na Educação Infantil. Esta pesquisa partiu da curiosidade de compreender melhor o processo avaliativo utilizado com as crianças da educação infantil, de modo a entender como o processo de avaliação pode auxiliar no surgimento de mudanças no ensino e em um melhor desenvolvimento do trabalho do educador desta fase. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida, a partir de abordagem qualitativa, entretanto, a partir de uma perspectiva teórica, desenvolvida através de levantamento bibliográfico e confrontos com a realidade profissional das pesquisadoras. Os dados foram coletados a partir de leituras e reflexões de documentos e autores que são referências na educação infantil. O que se pôde concluir com base na discussão e reflexão oportunizada por este estudo, é que os educadores devem compreender a avaliação como uma ferramenta que pode fornecer subsídios para auxiliar no planejamento, acompanhamento, diagnóstico, mudanças e melhorias dentro dos processos de ensino e de aprendizagem na educação infantil. Palavras chave: Processo avaliativo. Educação Infantil. Professor reflexivo.

Introdução 

A partir da ampliação do acesso à educação que perante a lei é direito de todos e dever do estado, observou-se que nas últimas décadas foram surgindo modificações relevantes dentro do cenário educativo, entre elas podemos citar: as práticas pedagógicas desenvolvidas, a rotina, o currículo, o planejamento e também os processos avaliativos. As crianças assim como os demais seres humanos são seres sociais, ou seja, possuem capacidades emocionais, afetivas e cognitivas. Desta forma, possuem a necessidade de estar junto a outras pessoas, interagir, aprender através da troca de experiências, de modo que a medida em que se aprende também se ensina, permitindo a ampliação das interações sociais, relações e forma de se expressarem. As crianças vão se sentindo cada vez mais seguras para se comunicar e aprenderem através das relações sociais com outras crianças e também com os adultos. Mediante o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem, a educação ocorre de forma contínua. Na etapa do ensino infantil as avaliações devem ter como objetivo auxiliar no processo de aprendizagem, incentivar a auto estima dos alunos e direcionar as práticas pedagógicas. No que se refere à avaliação no segmento da educação infantil, foram surgindo novas formas e exigências para se avaliar os alunos. Nesta faixa etária as crianças estão começando a ser inseridas no ambiente educativo, e carregam consigo uma ferramenta riquíssima em todos os aspectos, que é o brincar; o brincar é algo que está presente na vida de todos os seres humanos desde os tempos mais remotos, e todos tem a oportunidade de vivenciar esta experiência desde o nascimento. Sendo assim, no cenário educacional o professor pode utilizar a brincadeira como ferramenta de auxílio para o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem, pois a mesma permite que a criança conheça o mundo que a cerca, se reconheça como cidadã, se relacione com as pessoas a sua volta, se expresse livremente e aprenda coisas novas. A avaliação neste segmento deve oportunizar ao educador ter olhar atento aos seus alunos, levando em consideração a realidade dos alunos e pensar as atividades a partir do contexto em que está inserido. O professor deve estar sempre atento de que modo as atividades foram desenvolvidas e de que modo estas atividades interferem na vida social dos seus alunos, ou seja, as atividades devem levar em consideração o conhecimento prévio dos seus alunos para que desta forma se obtenha uma educação com significados. O processo avaliativo poderá será realizado a partir de atividades práticas, registros e também utilizando observações.

Justificativa O presente trabalho tem por finalidade ressaltar a importância da avaliação na educação infantil, o que é essencial para auxiliar educadores e educandos no processo de ensino e aprendizagem. Há décadas atrás a educação infantil era vista como apenas um momento que a criança iria ser cuidada, essa modalidade era enxergada como algo que foi criado para auxiliar as famílias nos cuidados com as crianças, ou seja, uma modalidade de caráter assistencialista, porém após a criação de diferentes leis, a educação infantil ganhou um novo significado. Educação essa que passou a não envolver apenas o cuidar, passou a envolver também o educar, e por isso é necessário ser pensada de maneira geral, para auxiliar assim os alunos de forma mais significativa e contextualizada. E isso não é tarefa fácil, pois exige do educador dedicação, empenho, parceria entre família e escola e também o comprometimento de toda a comunidade escolar a qual o aluno está inserido. Esta pesquisa objetiva apresentar uma reflexão a respeito da concepção de avaliação na educação infantil, cuja é compreendida como ferramenta que valoriza a aprendizagem de qualidade e tem como princípios, o diálogo, “[...] a participação, a autonomia, a autoria, o processo, a construção e a colaboração de todos os envolvidos nos processos educativos. No mesmo sentido, prioriza-se uma relação dialógica, problematizadora e emancipatória entre os sujeitos e os objetos de conhecimento” (CAMARGO, 2014, p.57). Uma educação que pense a avaliação que de fato esteja comprometida com a formação integral e a emancipação dos seus alunos, segundo Fernandes significa dizer: [...] uma avaliação mais humanizada, mais situada nos contextos vividos por professores e alunos, mais centrada na regulação e na melhoria das aprendizagens, mais participada, mais transparente e integrada nos processos de ensino e de aprendizagem. Ou seja, uma avaliação que é eminentemente formativa nas suas formas e nos seus conteúdos (FERNANDES, 2005, p. 3-4). O processo avaliativo da aprendizagem é concebido em meio ao cenário de novas e velhas discussões, que surgem a partir da problematização da realidade e tem como foco o oferecimento de uma educação que esteja efetivamente comprometida com um ensino de qualidade. Nesta perspectiva a avaliação é pensada a partir da realidade dos alunos, ou seja, a avaliação leva em consideração a bagagem cultural e social dos alunos, a avaliação é compreendida como um processo e não como um fim, este processo não tem como foco a promoção e nem a criação de rótulos. Vai muito além dos números, vida compreender o aluno como um ser completo e está preocupada com a formação integral dos alunos. Também é valido ressaltar que esse processo avaliativo não tem por finalidade julgar, classificar, ou medir o conhecimento dos alunos, mas sim contribuir para melhoria quanto à construção do conhecimento e do rendimento escolar dos educandos de modo geral. Dessa forma se faz necessário haver um acompanhamento desses alunos com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino oferecido nas instituições de ensino e auxiliar os educadores nessa difícil tarefa, visando sempre a reflexão das práticas e metodologias de ensinos utilizadas em sala de aula e também acompanhando os alunos em suas dificuldades. Neste sentido, este estudo justifica-se com o objetivo de contribuir para debates acadêmicos referentes ao tema e principalmente auxiliar na formação dos estudantes do curso de Pedagogia e também os professores, colocando em pauta o que de fato é uma avaliação pensada sobre o prisma emancipatório. Metodologia A pesquisa foi desenvolvida partindo de uma abordagem empírica qualitativa, através de levantamento bibliográfico, pesquisas em sites, leituras de alguns autores e documentos que abordam sobre a temática. Com a finalidade de apresentar a avaliação da aprendizagem escolar na Educação Infantil, diante dos avanços e o aumento da utilização das avaliações internas ou externas aos sistemas educativos, principalmente dentro do cenário político que a sociedade se encontra. De acordo com Gerhardt e Silveira, 2009: As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a influência das avaliações nacionais na qualidade do processo de ensino e aprendizagem das crianças da educação infantil e seus reflexos na prática cotidiana das escolas. E tem como objetivos específicos: Apresentar o histórico e os instrumentos usados para avaliação nacional na educação básica; Refletir sobre os métodos e procedimentos de avaliação nas escolas; Verificar os reflexos e os resultados desse processo na prática educativa das escolas. As questões que norteiam esta pesquisa são: Quais são os instrumentos usados para avaliação Nacional na educação básica?; Quando iniciou?; Qual é o seu histórico e mudanças; Quem participa? Como são aplicados e tratados os instrumentos de pesquisa? Quais resultados e análises podemos extrair desse processo? As participantes desta pesquisa foram alunas do 8º período do curso de pedagogia da Universidade Estácio de Sá. O procedimento envolveu fontes como: pesquisas na internet, artigos científicos e confrontos com a realidade profissional de cada uma; com a finalidade de fundamentar teoricamente o trabalho e também pensá-lo na prática. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram leituras e reflexões a cerca do que alguns documentos trazem em seu texto referente a discussão apresentada, foram realizadas a o confronto de ideias da teoria com a prática através de discussões, leituras e reflexões de alguns autores que são referência no assunto. Após as leituras e reflexões, o trabalho foi analisado através de uma análise teórica. A leitura e o confronto com as ideias entre o pesquisador e a reflexão oportunizaram à escrita do texto, que tem como finalidade principal apresentar a caracterização e a importância da avaliação na Educação Infantil. Avaliações Na Educação Infantil No ambiente da educação infantil o que significa Avaliar? Podemos dizer que avaliação de um modo geral é uma ação que exige reflexão e empatia sobre a realidade em que ela está acontecendo. De acordo com a função que a avaliação exerce, na Educação Infantil este exercício pode ser utilizado como forma de coletar informações a partir de observação e registros, cujos dados poderão auxiliar positivamente na elaboração das ferramentas de ensino e consequentemente na tomada de decisões. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, na seção 11, referente à Educação Infantil, artigo 31, preconiza que: “[…] a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental”. Como tem sido observado ao longo dos anos, a ferramenta avaliativa ultrapassa todos os segmentos educacionais, ela está dentro do ambiente escolar desde a educação infantil até o mais alto nível entre os estudantes. Diante do exposto, muito se tem discutido a respeito da utilização de avaliações na educação infantil, onde esta é considerada a etapa base da nossa educação. Hoffmann (2012) cita que a avaliação na Educação Infantil é considerada, “um conjunto de procedimentos didáticos que se estendem por um longo tempo e em vários espaços escolares, de caráter processual e visando, sempre, a melhoria do objeto avaliado” (HOFFMANN, 2012, p. 13). A aprendizagem na educação infantil precisa ser constantemente avaliada ao decorrer do desenvolvimento do processo educativo, de forma que tenha como foco principal a aprendizagem integral dos alunos. Neste sentido, a ferramenta avaliativa permite aos professores perceberem de que forma os seus alunos estão se desenvolvendo. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, sobre as avaliações, destacam que: As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação (BRASIL, 2010, p. 29). Ao decorrer da história o primeiro documento destinado especificamente para a Educação Infantil e que apresenta uma forma avaliativa, surgiu em 1998, chamado Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI), volume 1. Este documento trata de assuntos referentes a Educação Infantil que ainda não haviam sido abordados (pelo menos não com a atenção necessária), permitindo a ampliação dos olhares destinados a esta etapa educativa. O RCNEI, volume 1 apresenta: [...] uma reflexão sobre creches e pré-escolas no Brasil, situando e fundamentando concepções de criança, de educação, de instituição e do profissional, que foram utilizadas para definir os objetivos gerais da educação infantil (BRASIL, 1998, p. 9). É o primeiro documento que trata de assuntos como observação, registro e formação normativa pertinentes a educação infantil. A observação e o registro neste segmento educativo se constituem como as principais ferramentas que o professor tem a sua disposição para conhecer o seu aluno e também apoiar a sua prática educativa. Através destas ações o docente pode realizar registros contextualizados referentes aos processos de ensino e aprendizagem dos seus alunos, a qualidade da educação oferecida, a forma como a criança interage com a comunidade escolar e até mesmo as experiências dos alunos dentro da instituição de ensino. Esta observação e seu registro fornecem aos professores uma visão integral das crianças, ao mesmo tempo que revelam suas particularidades. (BRASIL, 1998, p. 58-59). No ano de 2010 foram elaboradas as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DNCEI), com a finalidade de apoiar o conjunto de propostas pedagógicas no segmento da educação infantil. Este documento trouxe em seu texto a discussão referente a avaliação escolar, considerando as particularidades e objetivos da mesma, colocando em cheque outros documentos anteriores. Este documento apresentou argumentos textuais, que trazem reflexões referentes a atenção necessária que deve-se ter com o processo avaliativo, de forma que demonstrou a importância de se manter regularmente o acompanhamento a cerca do desenvolvimento das crianças na educação infantil. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, citam no artigo 10, que trata da avaliação na Educação Infantil. Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo: I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano; II - a utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.); III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/ Ensino Fundamental); IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; V - a não retenção das crianças na Educação Infantil. (BRASIL, 2010, p. 29). Este artigo vem reafirmar a ideia de que a avaliação na educação infantil não deve ser pensada como um instrumento de inclusão ou exclusão das crianças na educação infantil. Sendo assim, as instituições não podem utilizar os relatórios, questionários, pareceres e avaliações realizadas por professores ou outros profissionais da comunidade escolar para delimitar se uma criança será aceita ou não na escola ou no grupo, muito menos se ela deverá continuar com o seu grupo nas demais etapas dos processos de ensino e aprendizagem. A avaliação deverá ter como objetivo, permitir que o educador alcance um conhecimento mais particular e aprofundado das crianças, de modo que os adultos que a cercam sejam capazes de mediar o desenvolvimento dos processos, da forma que seja mais adequada para a criança desta etapa educativa, levando em consideração as relações entre elas e o ambiente que fazem parte. De acordo com Reis (2017, p.01): A Educação Infantil vem passando por um longo e permanente processo de transformação no Brasil, especialmente nos últimos 20 anos. Se antes as escolas responsáveis pela fase inicial do aprendizado da criança adquiriam caráter de assistência social, hoje é consenso que essas instituições são, sim, um assunto do âmbito da Educação. Mais do que isso: especialistas, educadores e pesquisadores reconhecem a importância do desenvolvimento integral nos primeiros anos de vida e encaram a vivência escolar como parte essencial desse processo. A preocupação se reflete na inclusão do tema como um dos itens do Compromisso Todos Pela Educação, lançado pelo Ministério da Educação (MEC) como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação. Este histórico referente ao processo avaliativo que envolve os documentos mais importantes que tratam sobre a educação infantil, levou certo tempo para ser criado, pois a Educação Infantil durante um bom tempo foi vista apenas com um caráter assistencialista, que era destinada apenas aos cuidados com as necessidades físicas das crianças, compreendida como uma fase de acolhimento e passatempo da criança, ou seja, ela não recebeu a atenção necessária como sempre foi feito com o ensino fundamental e médio. Tempos mais tarde esta temática passou a ser discutida nas escolas e também na sociedade, onde os documentos destinados a esta etapa educativa passaram a oferecer o suporte necessário para que as competências e habilidades da Educação Infantil pudessem ser compreendidas e respeitadas. Após 7 (sete) anos das DCNEI, foi criada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que foi aprovada e homologada em dezembro de 2017. Nos dias atuais a BNCC é o documento que trata da educação infantil de forma mais completa, ou seja, da atenção a todas as competências e habilidades que deverão ser estimuladas e desenvolvidas pelas crianças que estão nesta fase educativa. A aprendizagem na educação infantil considera como essencial trabalhar com: “[...] comportamentos, habilidades e conhecimentos que as vivências que promovem aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de experiências” (BRASIL, 2017, s. p.). A BNCC (2017, p. 42) em seu tópico 3.2 apresenta em blocos “Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a educação infantil” estão divididos em 5 (cinco) campos de experiência, são eles: “O eu, o outro e o nós”; “corpo, gestos e movimentos”; “traços, sons, cores e formas”; “escuta, fala, pensamento e imaginação” e; “espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”. Cada campo de experiência apresenta o detalhamento dos objetivos específicos de cada faixa etária da Educação Infantil, que são respectivamente, para bebês (zero a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). Neste processo, os professores devem procurar elaborar suas práticas pedagógicas, utilizando as habilidades e competências estabelecidas pela BNCC, com a finalidade de fundamentar as metodologias utilizadas em sala de aula, oportunizando reflexões sobre sua atuação como o principal mediador do conhecimento, que atua articulando os saberes e agregando maiores significados na aprendizagem de seus alunos. Podemos destacar essas competências como sendo um agente ativador das habilidades geradoras do desenvolvimento das crianças são elas: Eu, o outro e nós: possibilita a criança a conhecer a se e ao outro respeitando a individualidade e limitação de cada um dos envolvidos, através da interação e socialização durante as atividades na troca de conhecimento e durante as brincadeiras coletivas no contexto escolar. Corpo gestos e movimentos: ao nascer a criança conhece o mundo através de brincadeiras com os pais, e ao ser inserida no contexto escolar passa a estabelecer relações por meio de diferentes formas como, interpretando personagem no faz de conta, nas danças durante rodinhas de musicas, onde expressam e se comunicam através de diferentes linguagens. Traços, sons, cores e formas: dentro do ambiente escolar as crianças tem o contato direto com obras culturais seja por meio do concreto ou através de imagem, possibilitando as diversas formas de linguagem e expressão pessoal de forma critica de se e do outro, como forma de um agregar no conhecimento do outro com inúmeros significados. Escuta, fala, pensamento e imaginação: nesse processo é de suma importância a utilização de atividades que estimule as crianças a ouvir e falar, como por exemplo durante contação e releitura de historia, de modo que venha participar ativamente desse momento sentase pertencente aquele ambiente. Espaços, tempos, quantidades, relação e transformações: quando crianças chega no ambiente escolar ela começa a conhecer o espaço físico e cultural do ambiente, é importante que os professores crie situações que gere na criança estabilidade emocionais, forneça experiência que as crianças façam suas próprias observações e investiguem e explore todo o ambiente pra que venha obter respostas as sua curiosidades sobre o ambiente em que foi inserido. Todas essas competências tem um papel importante na educação infantil como objetivo que precisa ser considerado por todos os envolvidos nesse processo de aquisição do conhecimento, como forma de contribuir para o desenvolvimento pleno das crianças par que possam adquiri essas competências e habilidades durante o processo ensino aprendizagem, com o intuito de agregar valor ao ensino oferecido no âmbito escolar. Dessa forma o trabalho realizado pelos professores ganhou um novo olhar, passou a ser visto como um processo educativo que tente auxiliar no desenvolvimento integral das crianças, pois ao ingressarem no ambiente escolar no segmento da educação infantil passam a desenvolver suas competências e habilidades, a parte do brincar, da interação e socialização, troca de experiências e vivencias relacionadas a sua atuação no contexto familiar e educacional. Na educação infantil não se trabalha com áreas de conhecimentos específicos, como em outros segmentos que estão baseados nos parâmetros curriculares, mas trabalha com a ludicidade e os campos de experiências de modo que as crianças desenvolvam capacidades de ler o mundo a sua volta, através do brincar e imaginar, no decorrer do processo de ensino aprendizagem. Mediante ao exposto, a avaliação neste segmento deve buscar verificar as características mais relevantes durante a convivência e participação nas as atividades realizadas no ambiente escolar, que vai do acolhimento da criança até o atual momento avaliativo, cumprindo das exigências da BNCC que visa assegurar todas as faces do desenvolvimento das crianças. Considerações finais O desenvolvimento deste estudo possibilitou um olhar diferenciado a respeito da concepção de avaliação, onde a partir da reflexão permitiu projetar de que forma os docentes que atuam na educação Infantil devem favorecer o processo avaliativo dentro deste espaço. E de que modo as avaliações tem contribuído para o desenvolvimento das crianças. Este estudo contribuiu significativamente para a nossa formação enquanto futuras pedagogas e também sobre os reais objetivos da prática avaliativa que faz parte da ação pedagógica. No momento atual para que a educação infantil ofereça melhores condições de acolhimento e o processo avaliativo seja utilizado efetivamente de maneira correta, é necessária uma mediação por parte dos educadores para que seja encontrado um ponto em comum entre todas as crianças, que neste sentido é o brincar, os educadores devem utilizá-la de maneira que sirva como ferramenta de apoio e permita uma reflexão crítica referente às concepções que dão embasamento ao seu olhar avaliativo. São necessários também projetos e recursos que auxiliem no oferecimento de ações que auxiliem na formação continuada dos educadores, com a finalidade de proporcionar fundamentos teóricos e ampliar o conhecimento dos professores deste ciclo tão importante no cenário educativo. Esta é uma pesquisa com resultado inconcluso, ou seja, a sua elaboração permite uma pesquisa futura, pois a sociedade encontra-se em constante mudança e muito irá se modificar ao decorrer dos avanços sociais e tecnológicos. Sendo assim, por hora conclui-se com base no levantamento teórico e na discussão oportunizada através deste trabalho, que existem diversas maneiras e possibilidades para se avaliar as crianças, e proporcionar processos de ensino e aprendizagem de qualidade na educação infantil. A educação com caráter emancipatório deve ser pensada de modo que os educadores possam avançar em seus conhecimentos investindo em formação continuada, e utilizar a brincadeira como ferramenta auxiliar no processo avaliativo com o intuito de trazer inovação e mudanças significativas para o ambiente educativo. [...]