ANÁLISE DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM UMA TURMA DE 5º ANO DA ESCOLA ESTADUAL ALFREDO GRANJA NO MUNICIPIO DE ARENAPÓLIS –MT USANDO OS JOGOS LÚDICOS COMO FERRAMENTA DE ENSINO.

 

         lahr, MILENA pinatto dias

 

 

RESUMO

 

A pesquisa que se segue refere-se a turma do 5º da Escola Alfredo Granja e objetiva-se propiciar o uso dos jogos pedagógicos como ferramenta para uma aprendizagem significativa. Apresenta como objetivos específicos o levantamento bibliográfico sobre a importância dos jogos e das atividades lúdicas na inserção da aprendizagem do aluno; Incluir atividades lúdicas no ambiente da sala de aula; Desenvolver atividades que necessitem da criatividade, aguçando a liberdade de expressão e a sociabilidade como os demais alunos; Criar momentos de partilha e interação entre os alunos; Desenvolver o hábito de aceitar as regras; Aprender a lidar com os resultados independentemente do resultado; Conscientizar os alunos sobre as futuras frustrações e alto sentimento de incapacidade; Proporcionar a autoconfiança e a concentração. Justifica-se a relevância sobre a referida pesquisa quando concordamos com Ausubel em 2001, quando ele sugere que ao ser oferta um ensino voltado para a significatividade o educando se encanta mais rápido, apresenta maiores resultados e satisfação em realizar o que seja proposto. Ao planejarmos e executarmos esse projeto pode-se observar que o engajamento dos alunos foram positivos, houve maior participar e maiores resultados quanto as avaliação diagnósticas e avaliativas que foram aplicadas.  Apoiada sempre na qualidade do suporte de como planejar, preparar e dirigir atividades lúdicas exitosas, e também na qualidade da mensagem, procurando transmitir para as crianças um conteúdo educacional adequado e desejável. Podendo assim, entrelaçar suporte e mensagem, de forma a produzir um veículo adequado à formação de cidadãos plenos, autoconfiantes, éticos e construtivos. Brincar e jogar são coisas simples na vida das crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel fundamentalmente na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez renegar a nossa própria história de aprendizagem

A escola trabalha com atividades eletivas ofertadas aos alunos, o pensar em utilizar os jogos lúdicos como ferramenta para aprendizagem se deu quando observamos que há mais interação e maior participação os mesmo. Pois ao utilizar essa ferramenta no ensino estamos ofertando ao educando um ensino mais prazeroso e significativo aos mesmo. Foram vários jogos ofertados aos alunos, dentre eles podemos citar:  Bingo, Dado utilizando o material dourado, Jogos utilizando palitos de picolé, Trilha numérica, Dominó matemático, Jogo de dama, Tabuleiro matemático, Tabuleiro da tabuada, Para dar suporte quanto as teorias usadas, usamos com base para nossa pesquisa autores como Ausebel, Oliveira, Vaqueiro, Freire, Frenet, Brasil, Piaget, dentre outros,

Palavras  Chave: Análise -  Ensino Lúdico – Multidisciplinar

           

1. INTRODUÇÃO

 

A pesquisa que se segue refere-se a turma do 5º da Escola Alfredo Granja e objetiva-se propiciar o uso dos jogos pedagógicos como ferramenta para uma aprendizagem significativa. Apresenta como objetivos específicos o levantamento bibliográfico sobre a importância dos jogos e das atividades lúdicas na inserção da aprendizagem do aluno; Incluir atividades lúdicas no ambiente da sala de aula; Desenvolver atividades que necessitem da criatividade, aguçando a liberdade de expressão e a sociabilidade como os demais alunos; Criar momentos de partilha e interação entre os alunos; Desenvolver o hábito de aceitar as regras; Aprender a lidar com os resultados independentemente do resultado; Conscientizar os alunos sobre as futuras frustrações e alto sentimento de incapacidade; Proporcionar a autoconfiança e a concentração. Justifica-se a relevância sobre a referida pesquisa quando concordamos com Ausubel em 2001, quando ele sugere que ao ser oferta um ensino voltado para a significatividade o educando se encanta mais rápido, apresenta maiores resultados e satisfação em realizar o que seja proposto.

Ao planejarmos e executarmos esse projeto pode-se observar que o engajamento dos alunos foram positivos, houve maior participar e maiores resultados quanto as avalição diagnósticas e avaliativas que foram aplicadas.  Apoiada sempre na qualidade do suporte de como planejar, preparar e dirigir atividades lúdicas exitosas, e também na qualidade da mensagem, procurando transmitir para as crianças um conteúdo educacional adequado e desejável. Podendo assim, entrelaçar suporte e mensagem, de forma a produzir um veículo adequado à formação de cidadãos plenos, autoconfiantes, éticos e construtivos.

Brincar e jogar são coisas simples na vida das crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel fundamentalmente na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez renegar a nossa própria história de aprendizagem. O brincar existe na vida dos indivíduos, embora ao passar dos anos tenha diminuído o espaço físico e o tempo destinado ao jogo, provocado pelo aparecimento de brinquedos cada vez mais sofisticados e pela influência da televisão. Com toda essa questão chegou-se a conclusão da necessidade de se retornar aos estudos dos jogos.

A escola trabalha com atividades eletivas ofertadas aos alunos, o pensar em utilizar os jogos lúdicos como ferramenta para aprendizagem se deu quando observamos que há mais interação e maior participação os mesmo. Pois ao utilizar essa ferramenta no ensino estamos ofertando ao educando um ensino mais prazeroso e significativo aos mesmo.

Foram vários jogos ofertados aos alunos, dentre eles podemos citar:

  •  
  • Dado utilizando o material dourado
  • Jogos utilizando palitos de picolé
  • Trilha numérica
  • Dominó matemático
  • Jogo de dama
  • Tabuleiro matemático
  • Tabuleiro da tabuada

Para dar suporte quanto as teorias usadas, usamos com base para nossa pesquisa autores como...............................................

           

 

2. CARACTERIAÇÃO DA ESCOLA

 

 

            A Escola Estadual Prefeito Alfredo de Araújo Granja, foi fundada no ano de 1985, através do decreto de criação 4.741/84, situada na avenida Daury Riva nº 200S bairro Vila Nova desde então, tem como meta, ser um espaço que proporcione aos educadores e alunos, a construção interativa do conhecimento em perder os valores que precisam ser fortalecidos para a construção de uma sociedade mais justa e participativa, possibilitando ao educando ser sujeito de sua história. A escola é mantida pela secretaria de estado de educação, atendemos em torno de 220 alunos do ensino fundamental, inicia as aulas às 07:00 até as 15:30 hs.na modalidade do ensino em tempo integral. Possui 10 turmas, 15 professores, 4 colaboradores do apoio, 4 colaboradores da nutrição, e 2 funcionários em readaptação de função.

 

 

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Ao propiciarmos o ensino voltado ao lúdico estamos propiciando também ao educando o contato com algo prazeroso. Os jogos sempre estiveram presente em todas as épocas entre os povos e estudiosos, estando nos mais diversos momentos da história da humanidade, a importância no desenvolvimento da criança e o comportamento dessa criança em sociedade. Atualmente a visão sobre o lúdico apresenta não só mais com a intenção do brincar e sim no aprender, aprender com significativa, usando os jogos como estratégias de ensino em torno da prática pedagógica.

Oliveira em 2002 nos remete que as brincadeiras formam alicerces, fortalecendo o processo de aprendizado do aluno.

Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e utilização de sistemas simbólicos como a escrita, assim como da capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com a própria mãozinha e, mais adiante, com a mãe. Assim como aos poucos vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de intenção e precisão progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros, inclusive com seus pares, crescendo em autonomia e sociabilidade. Oliveira (2002 p. 154)

Já Piaget em 1973, defende que os jogos e as atividades lúdicas tornaram-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato.

Trazemos uma proposta em que a prática dos jogos em sala de como uma importante e essencial auxilio e possiblidades para o desenvolvimento da criança. O processo de construção do ensino e aprendizado da Matemática é longo e resulta da interação dos alunos com o meio de ensino e com professor.

 Percebe-se que os jogos possibilitam uma melhor compreensão do processo de interação deixando-o cada vez mais agradável o ambiente de ensino, e possibilitando outros conceitos de aprendizagem. Neste sentido verifica-se a existência de aspectos que justificam a incorporação do jogo nas aulas. Como, o desenvolvimento de técnicas intelectuais o caráter lúdico e a formação de relações sociais, afetivas e intelectual no processo de desenvolvimento. A motivação ou a sua falta é a principal causa do desinteresse dos alunos, quase sempre acarretada pela metodologia utilizada pelo professor ao repassar os conteúdos. Para despertar o interesse do aluno para a aprendizagem é necessário o uso de uma linguagem atraente, capaz de aproximá-lo o máximo possível da realidade, transformando os conteúdos em vivência.

O acesso gratuito à escola conforme nossa Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo nº. 205, diz que: “A Educação é um direito de todos e dever do Estado [...].” É condição indispensável para a garantia dessa premissa constitucional e para que se complete na totalidade do seu sentido, deve estar acompanhada de procedimentos que assegurem condições para sua concretização. O aprendizado acontece de maneira continuada e progressiva e requer ferramentas que possibilitem seu desenvolvimento, sabendo-se que a criança precisa de tempo para brincar.

As aulas muitas vezes, tornam-se meras repetições de exercícios educativos, ficando a aula monótona e como consequência vazia, procura-se a solução com a utilização dos jogos para despertar na criança o interesse pela descoberta de maneira prazerosa e com responsabilidade.

Vivemos uma época em que a tecnologia avança aceleradamente inclusive na educação, mas as atividades lúdicas não podem ser esquecidas no cotidiano escolar; porque a alternativa de trabalhar de maneira lúdica em sala de aula é muito atraente e educativa.

De acordo com RONCA (1989, p. 27) “O movimento lúdico, simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de conhecimento, pois nele a criança constrói classificações, elabora sequências lógicas, desenvolve o psicomotor e a afetividade e amplia conceitos das várias áreas da ciência”.

Percebemos desse modo que brincando a criança aprende com muito mais prazer, destacando que o brinquedo, é o caminho pelo quais as crianças compreendem o mundo em que vivem e são chamadas a mudar.

Para VIGOTSKY (1989, p.84) “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade”.

Verificamos, portanto que as atividades lúdicas propiciam à criança a possibilidade de conviver com diferentes sentimentos os quais fazem parte de seu interior, elas demonstram através das brincadeiras como vê e constrói o mundo, como gostaria que ele fosse quais as suas preocupações e que problemas a estão atormentando, ou seja, expressa-se na brincadeira o que tem dificuldade de expressar com palavras. O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola.

Dessa maneira percebemos a necessidade do professor de pensar nas atividades lúdicas nos diferentes momentos de seu planejamento.

Destacando ainda mais a importância do lúdico, lembramos as palavras de Ronca:

“O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo”. (1989, p.27).

De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil:

“As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica”. (l998, v1.p.28).

E sobre esse ponto de vista o lúdico se torna de vital importância para a educação.

Pois de acordo com Ronca em 1989

“O lúdico torna-se válido para todas as séries, porque é comum pensar na brincadeira, no jogo e na fantasia, como atividades relacionadas apenas infância. Na realidade, embora predominante neste período, não se restringe somente ao mundo infantil”. (1989, p.99).

E nessa perspectiva o lúdico se torna muito importante na escola, porque pelo lúdico a criança faz ciência, pois trabalha com a imaginação e produz uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana.

Segundo o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil (1998, v1. p.27) “as atividades lúdicas, através das brincadeiras favorecem a autoestima das crianças ajudando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa”.

Assim sendo entendemos que o lúdico contribui para o desenvolvimento da autoestima o que favorece a autoafirmação e valorização pessoal.

E ainda, as brincadeiras, os jogos, os brinquedos podem e deve ser objetos de crescimento, possibilitando à criança a exploração do mundo, descobrir-se, entender-se e posicionar-se em relação a si e a sociedade de forma lúdica e natural exercitando habilidades importantes na socialização e na conduta psicomotora.

De acordo com os PCNs de Educação Física (vol. 7. 1997, p.36) “As situações lúdicas competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos, que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-la de forma satisfatória”. A partir dessas definições constatamos que o lúdico está relacionado a tudo o que possa nos dar alegria e prazer, desenvolvendo a criatividade, a imaginação e a curiosidade, desafiando a criança a buscar solução para problemas com renovada motivação.

O jogo é uma fonte de prazer e descoberta para a criança, o que poderá contribuir no processo ensino e aprendizagem; porém tal contribuição no desenvolvimento das atividades pedagógicas dependerá da concepção que se tem do jogo não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual e que podem contribuir significativamente para o processo de ensino e aprendizagem e no processo de socialização das crianças.

Normalmente os jogos são vistos por seu caráter competitivo, ou seja, uma disputa onde existem ganhadores e perdedores; esta visão está vinculada à postura de muitos educadores, para estes o jogo é um ato diferente do brincar, não podemos considerar o jogo apenas como uma competição. A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades sociais e intelectuais.

Um dos principais objetivos da escola é proporcionar a socialização, por esse motivo não devemos isolar as crianças em suas carteiras, devemos incentivar os trabalhos em grupos, a trocas de ideias, a cooperação que acontece por ocasião dos jogos.

Dentro da realidade brasileira qualquer instituição que tenha como objetivo potencializar atividades lúdicas ou de aprendizagens terá por si mesma um grande significado social.

Alertar aos educadores em relação à repressão corporal existente e à forma mecânica e descontextualizada como os conteúdos vêm sendo passados para as crianças. O que podemos perceber em algumas escolas, é que existe ainda uma aprendizagem apoiada em métodos mecânicos e abstratos, totalmente fora da realidade da criança. Predominado sempre durante as aulas a imobilidade, o silencio e a disciplina rígida. O professor comanda toda a ação do aluno, preocupando-se excessivamente em colocá-los enfileirados, imóveis em suas carteiras comandando os olhares das crianças para que ficassem com os olhos no quadro – negro.

Ao Recorre aos jogos o professor está criando na sala de aula uma atmosfera de motivação que permite aos alunos participarem ativamente do processo ensino aprendizagem, assimilando experiências e informações, incorporando atitudes e valores. Para que a aprendizagem ocorra de forma natural é necessário respeitar e resgatar o movimento humano, respeitando a bagagem espontânea de conhecimento da criança. Seu mundo cultural, movimentos, atitudes lúdicas, criaturas e fantasias.

O ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, na verdade o jogo faz parte da essência de ser dos mamíferos. O ensino utilizando meios lúdicos cria ambiente gratificante e atraente servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança. É de suma importância que nós, educadores, saibamos como usar os jogos para ajudar o aluno no desenvolvimento do raciocínio lógico, pois o lúdico pode estar presente na aprendizagem e no desenvolvimento, sem esquecer que a sua principal importância é conhecer sua aplicação na escola.

Considero que por meio dos jogos lúdicos, dos brinquedos e das brincadeiras em sala de aula possamos desenvolver o hábito do pensar nos educandos sem desviá-los do mundo real e de seu cotidiano.

Para uma utilização eficiente e completa de um jogo educativo é necessário realizar previamente uma avaliação, analisando tanto aspectos de qualidade de software, como aspectos pedagógicos e fundamentalmente a situação pré-jogo e pós-jogo que se deseja atingir.

Acredito que esse tema tem importância não só para a prática diária do professor que se configura como um meio, mas maior conhecimento sobre a importância da utilização dos jogos lúdicos na construção e no desenvolvimento do raciocínio lógico dos meus alunos.

Froebel (1782-1852), por exemplo, preocupando-se com a educação das crianças em idade pré-escolar, considerava-as, tal como Pestalozzi, como plantas humanas que precisavam ser cuidadas e protegidas.

O que fazer, efetivamente, para não pressionar a criança na escolha do esporte ou dos jogos adequados? Cozac alerta para o fato de que muitas vezes, as crianças são obrigadas a fazer esse ou aquele esporte por desejo dos pais. Os pais devem dar liberdade máxima para a escolha do esporte que seus filhos queiram desenvolver.

Dessa forma o jogo lúdico é uma atividade que tem valor educacional intrínseco. Jogar educa, assim como viver educa: sempre sobra alguma coisa.

Conhecer significa, portanto, para este autor, organizar, estruturar, explicar o real a partir das experiências vividas. E modificar, transformar o objeto, é compreender o mecanismo de sua transformação e, consequentemente, o caminho pelo qual o objeto é construído.

Como já foi dito antes, o ato de jogar é uma atividade natural no ser humano. Inicialmente a atividade lúdica surge como uma série de exercícios motores simples. Sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento. Todos os educadores afirmam que o jogo é importante para a educação, pois todos reconhecem mesmo aqueles que habitualmente não lidam com crianças, que o “brincar” é parte integrante do dia-a-dia delas.

A diferença entre os educadores é que para alguns o jogo, a brincadeira fica muito bem quando a “parte séria” acaba o que quer dizer: vamos estudar fazer as tarefas e quando tudo estiver pronto, vocês estarão “livres para brincar!”. E para outros educadores o jogo mescla-se dentro do processo de ensino e aprendizagem, isso quer dizer que o jogo é parte integrante da ação educadora. É sob este aspecto que iremos discorrer: como brincar na sala de aula e aprender do mesmo jeito, ou até, aprender melhor e mais.

Para pensar o jogo como meio educacional, devemos situá-lo a partir da definição de objetivos mais amplos. Que papel tem a educação em relação à sociedade? A escola é um instrumento de transformação da sociedade; sua função é contribuir, junto com outras instâncias da vida social, para que essas transformações se efetivem. Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração na sociedade seja construtiva.

Nessa linha de pensamento, a educação deve privilegiar o contexto socioeconômico e cultural, reconhecendo as diferenças existentes entre as crianças ter a preocupação de propiciar a todas as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico cognitivo, afetivo, linguístico, social, moral e físico-motor, assim como a construção e o acesso aos conhecimentos socialmente disponíveis do mundo físico e social

Tornando como base à concepção da criança como ser integral, constata-se que as atividades que as crianças estão realizando na escola têm um tratamento compartimentado.

Em relação ao desenvolvimento moral as crianças constroem normalmente o seu próprio sistema de valores morais, baseando-se em sua própria necessidade de confiança com as outras. Esse processo é uma verdadeira – construção interior. Através da construção autônoma se forma uma boa concepção de si, um ego íntegro e uma autonomia que sustente uma saúde mental positiva.

Formar homens sensíveis, criativos, inventivos e descobridores, assim como espíritos capazes de criticar e distinguir entre o que está provado e o que não está deve ser o principal objetivo da educação.

Para ajudar os indivíduos a chegar a níveis mais elevados do desenvolvimento afetivo e cognitivo, deve-se encorajar a autonomia e o pensamento tico independente.

Num contexto onde a relação adulta – criança caracteriza-se pelo respeito mútuo, pelo afeto e pela confiança (necessidades básicas das crianças), a autonomia terá um campo para se desenvolver tanto do ponto de vista intelectual como do sócio-afetivo: a descontração e a cooperação são básicas para o equilíbrio afetivo da criança, do qual depende seu desenvolvimento geral.

A aprendizagem depende em grande parte da motivação: as necessidades e os interesses da criança são mais importantes que qualquer outra razão para que ela se ligue a uma atividade. Ser esperta, independente, curiosa, ter iniciativa e confiança na sua capacidade de construir uma ideia própria, sobre as coisas, assim como exprimir seu pensamento com convicção são características que fazem parte da personalidade integral da criança.

Para concretizar esses grandes objetivos, pensando na participação dinâmica da criança nesse processo, devem ser levados em conta seus interesses e necessidades, e o educador deve ter bem claros esses objetivos.

Assim, é interessante a construção progressiva, na prática educacional, de estratégias metodológicas que respondam aos objetivos formulados. Essa metodologia deve ser construída, levando-se em conta a realidade de cada grupo de crianças, a partir de atividades que constituam desafios e seja ao mesmo tempo significativo e capazes de incentivar a descoberta, a criatividade e a criticidade.

É nessas estratégias que quero situar o jogo como mais uma alternativa metodológica. Para tal, proponho um instrumento de análise do jogo que permite o aproveitamento desse recurso no âmbito da educação.

Aqui, deve-se prestar especial atenção para não considerar a atividade lúdica como único e exclusivo recurso de ação, já que essa seria uma postura ingênua: o jogo é uma alternativa significativa e importante, mas sua utilização não exclui outros caminhos metodológicos.

Há um aspecto ao qual se deve dar especial atenção ao se trabalhar com o jogo de forma mais consciente: o caráter de prazer e ludicidade que ele tem na vida das crianças. Sem esse componente básico, perde-se o sentido de utilização de um instrumento cujo intuito principal é o de resgatar a atividade lúdica, sua espontaneidade e, junto com ela, sua importância no desenvolvimento integral das crianças.

Antes de passar ao detalhamento desse instrumento metodológico, analisarei as principais ideias teóricas que o sustentaram. Nesse sentido, as concepções construtivistas de Piaget vêm responder às ideias de desenvolvimento e aprendizagem que elaboro em seguida. As ideias de Vygotsky e seus discípulos foram relevantes para a compreensão da importância do contexto sociocultural e das interações sociais.

 

4. METODOLOGIA

            Utilizamos com métodos a pesquisa bibliográfica quando utilizamos referencial bibliográficos de autores como: Oliveira, Ronca, Piaget, Freire, Coaza, Baqueiro, Brasil entre outras. Vale ressaltar também que a pesquisa contemplou a pesquisa-ação com a observação e a participar dos alunos, quando apresentávamos os conteúdos através dos jogos e atividades lúdicas,

            Essa investigação foi fruto da observação e participação dos alunos do 5º ano do ensino fundamental contendo 24 alunos, e na Eletiva participaram 47 alunos do 3º e 4º ano também do ensino fundamental, a Eletiva foi trabalhada com as três séries.

 

5. CONCLUSÃO

 

Ao finalizar essa pesquisa foi possível perceber que através das atividades lúdicas as aulas se tornaram mais prazerosas mais participativa e com melhores resultados. Apoiada sempre na qualidade do suporte de como planejar, preparar e dirigir atividades lúdicas exitosas, e também na qualidade da mensagem, procurando transmitir para as crianças um conteúdo educacional adequado e desejável. Podendo assim, entrelaçar suporte e mensagem, de forma a produzir um veículo adequado à formação de cidadãos plenos, autoconfiantes, éticos e construtivos.

Brincar e jogar são coisas simples na vida das crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel fundamentalmente na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez renegar a nossa própria história de aprendizagem. O brincar existe na vida dos indivíduos, embora ao passar dos anos tenha diminuído o espaço físico e o tempo destinado ao jogo, provocado pelo aparecimento de brinquedos cada vez mais sofisticados e pela influência da televisão. Com toda essa questão chegou-se a conclusão da necessidade de se retornar aos estudos dos jogos.

É fundamental salientar nesse momento os benefícios que o jogo fornece à aprendizagem das crianças no que diz respeito ao desenvolvimento físico–motor envolvendo as características de sociabilidade, como trocas, as atitudes, reações e emoções que envolvem as crianças e os objetivos utilizados.

Para que isso ocorra de maneira proveitosa torna-se necessário aperfeiçoar e instruir professores, sendo que a utilização dos jogos de forma errônea é o principal ponto negativo deste recurso, por isso, é necessário salientar que o sucesso pedagógico de qualquer trabalho vai depender da postura do professor durante as atividades didático–pedagógicas, propondo uma pedagogia baseada na interação coletiva, na criatividade, na ludicidade envolvendo todo o contexto escolar.

O jogo implica para a criança mais que o simples ato de jogar, é através dos jogos que ela se expressa e consequentemente se comunica com o mundo; ao jogar a criança aprende e investiga o mundo que a cerca, toda e qualquer atividade lúdica deve ser respeitada.

O papel do professor durante o processo didático-pedagógico é provocar participação coletiva e desafiar o aluno a buscar soluções. Através do jogo que pode-se despertar na criança um espírito de companheirismo, cooperação e autonomia. A criança precisa interagir de forma coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista, discordar, apresentar suas soluções é necessário também criar ambiente propício e incentivar as crianças a terem pensamento crítico e participativo, fazendo parte das decisões do grupo.

Os jogos, segundo Piaget, tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos e reinventar as coisas, o que exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação deve ser realizada ao longo da infância e consiste numa síntese progressiva da assimilação com a acomodação.

Em relação ao jogo, a criança passa por diversas etapas, sendo que cada uma delas possui esquemas específicos para assimilação do meio. O jogo representa sempre uma situação-problema a ser resolvida pela criança, e a solução deve ser construída pela mesma, sendo, portanto, uma boa proposta o jogo na sala de aula, pois propicia a relação entre parceiros e grupos, e nestas relações, podemos observar a diversidade de comportamento das crianças para construir estratégias para a vitória, e as relações diante das derrotas.

Diante da pesquisa e do embasamento teórico utilizado, pode-se concluir que o jogo é uma ferramenta de trabalho muito proveitosa para o educador, pois através dele o professor pode introduzir os conteúdos de forma diferenciada e bastante ativa. Com um simples jogo o professor poderá proporcionar apreensão de conteúdos de maneira agradável e o aluno nem perceberá que está aprendendo.

 

 6.REFERÊNCIAS

BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais./ Secretaria de Educação Fundamental – Brasília : MEC/SEF, 1997. V.7 

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/ – Brasília: MEC/SEF, 1998. V1 introdução.

COZAC, José Ricardo, Sociointeracionismo. Revista do Professor. Teorias que embasam o comportamento lúdico da criança, v. 17, n. 66, abr./jun. 2001. 

FREIRE P. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários a Prática Educativa. São Paulo : Paz e Terra, 1996.

OLIVEIRA. Vera Barros ( 0rg. ) O Brincar e a Criança : Petrópolis : Vozes, 1996. 

PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança : imitação, jogo e sonho. Rio de Janeiro : Zanar, 1978.

RONCA, P.A.C. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo : Edisplan, 1989.