FACULDADE DA REGIÃO SERRANA 

(FARESE)

 

PSICOPEDAGOGIA INSTITUICIONAL

 

BIÉBELE ABREU CORRÊA 

 

   A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 


SÃO FIDÉLIS - RJ

               2021

 

   A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 

 

Autor, Biébele Abreu Corrêa

 

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 

RESUMO- O projeto busca discutir a relevância do papel do psicopedagogo na educação infantil diante das dificuldades apresentadas no processo de aprendizagem da criança. Através das bases teóricas de alguns autores como Bossa (1994, 2000 e 2011), Scoz (1994 e 2009), Barbosa (2012), dentre outros, foi possível realizar um estudo bibliográfico mostrando como a intervenção do psicopedagogo na primeira etapa da educação básica pode ajudar de forma significativa a sanar as dificuldades que interferem no processo de ensino aprendizagem, assim como, este profissional pode orientar os professores na elaboração de práticas pedagógicas e como também as atividades lúdicas podem facilitar a aquisição de conhecimento de alunos que apresentam problemas na aprendizagem. Por meio deste estudo permitiu-se compreender a importância da atuação do psicopedagogo na escola, traçando estratégias para prevenir e solucionar as dificuldades que comprometem o desenvolvimento da aprendizagem das crianças. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogo. Aprendizagem. Dificuldade. Educação Infantil.

 

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1    INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta uma discussão acerca das contribuições do psicopedagogo diante das possíveis dificuldades de aprendizagens surgidas na primeira etapa da Educação Básica - (Educação Infantil), período no qual compreende as crianças na faixa etária de 0 (zero) a 05 (cinco) anos. Essa fase inicial é de extrema importância para a formação do educando, pois inicia-se o desenvolvimento de diversos aspectos como social, cognitivo, psicológico e motor. Nesse período, é fundamental uma intervenção psicopedagógica a fim de minimizar essas dificuldades que surgem logo no início da vida escolar. 

Nesse sentido, o psicopedagogo pode atuar na educação infantil desempenhando um papel importante com o intuito de favorecer a aprendizagem das crianças, uma vez que este profissional possui uma visão mais profunda e humanista em relação às necessidades dos alunos e dos docentes. Assim, ele busca identificar, solucionar e prevenir os problemas que surgem no contexto escolar, melhorando o processo de aquisição de conhecimento do educando, além de orientar os professores, contribuindo para elaboração de atividades e evidenciando a importância de se trabalhar com as brincadeiras, ou seja, com o ensino lúdico, facilitando o desenvolvimento das crianças.

Diante disso, o trabalho apresenta a seguinte problemática: Qual o papel do psicopedagogo diante das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos na educação infantil? Como este profissional pode orientar os professores nesse contexto?

Partindo da premissa de que o psicopedagogo busca investigar os problemas de aprendizagem apresentados pelos alunos, analisa-se de que forma o trabalho deste profissional frente às dificuldades encontradas pelas crianças, vai contribuir de maneira positiva para o processo educacional do aluno.

O projeto tem como objetivo geral compreender a importância do psicopedagogo na educação infantil, analisando como este pode intervir diante das dificuldades apresentadas pelos alunos. Já os objetivos específicos busca apresentar um breve contexto histórico da Psicopedagogia mostrando a importância da mesma para o campo educacional. Analisar o papel do psicopedagogo na primeira etapa da educação básica, mostrando como este profissional pode juntamente com docente buscar estratégias pedagógicas que facilitem a aquisição de conhecimento do aluno. Compreender de que forma o lúdico favorece o trabalho do psicopedagogo.

A temática proposta é de grande relevância para contexto educacional, visto que as crianças ingressam cada vez mais cedo na unidade escolar e muitas das vezes, apresentam problemas relacionados ao seu desenvolvimento cognitivo, sendo necessário uma intervenção psicopedagógica. Nessas condições, o projeto justifica-se a partir das diversas experiências pessoais vivenciadas como educador na etapa da educação infantil, reconhecendo a relevância do psicopedagogo em solucionar e prevenir os problemas que surgem no decorrer da fase educacional dos alunos, trabalhando de forma conjunta com toda a equipe escolar.

Baseado nos objetivos propostos, o presente projeto é composto por meio de um levantamento bibliográfico, de leituras de artigos em periódicos, dissertações e teses e livros de diversos autores especialistas nesse assunto, como Bossa (1994, 2000 e 2011), Scoz (1994 e 2009), Barbosa (2012), entre outros, destacando e refletindo de forma crítica tudo que envolve a temática abordada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 2     DESENVOLVIMENTO

A psicopedagogia teve origem no Brasil por volta dos anos 70. Ela surgiu com a finalidade de atender as crianças que tinham dificuldades no processo de assimilação do conhecimento. Segundo Mansini (2006, p. 249), ela nasceu da necessidade “de atendimento e orientação as crianças que apresentavam dificuldades ligadas à sua educação, mais especificamente, a sua aprendizagem, quer cognitiva, quer de comportamento social”. Para Bossa (2000),

 

A Psicopedagogia chegou ao Brasil na década de 70, em uma época cujas dificuldades de aprendizagem eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que virou moda neste período, servindo para camuflar problemas sociopedagógicos. (BOSSA, 2000, p. 48-49).

 

Segundo Bossa (2011), além das contribuições da Pedagogia e da Psicologia, a psicopedagogia também integra os conhecimentos da Filosofia, Neurologia, Sociologia, Linguística e Psicanalise, a fim de buscar compreender e interpretar de forma profunda o processo de aprendizagem do indivíduo, analisando as dificuldades que interferem nesse processo, ou seja, ela possui um caráter multidisciplinar, que engloba outras áreas de estudos.  Para Bossa (2011, p. 25), “reconhecer tal caráter significa admitir a sua especificidade enquanto área de estudos, uma vez que, buscando conhecimento em outros campos, cria seu próprio objeto, condição essencial da interdisciplinaridade.” De acordo com Visca (1987),

 

A psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiária destas disciplinas, perfilou-se como um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo de aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios. (VISCA, 1987, p. 33).

 

Fagali e Vale (2003), apontam que a psicopedagogia é uma área de estudo que se encontra dividida em dois campos de atuação: a curativa ou terapêutica e a preventiva. O psicopedagogo que atua na área clínica possui enfoque terapêutico. Para Vercelli (2012, p. 73), “o atendimento clínico é praticado em centros de saúde e clínicas e normalmente esses atendimentos são feitos individualmente”. De acordo com Bossa (2011),

Nesse trabalho clínico, que se dá em consultórios ou em hospitais, o psicopedagogo busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas também o que ele pode aprender e como. A busca desse conhecimento inicia-se no processo diagnóstico, momento em que a ênfase é a leitura da realidade daquele sujeito, para então proceder à intervenção, que é o próprio tratamento ou o encaminhamento. (BOSSA, 2011, p. 150).

 

Já o psicopedagogo institucional tem seu trabalho desenvolvido em instituições escolares e empresariais, possuindo um enfoque preventivo, em relação aos problemas de aprendizagem que afeta diretamente a capacidade de absorção de conhecimentos dos indivíduos, além de auxiliar os docentes no desenvolvimento de práticas pedagógicas, a fim de traçar um planejamento que esteja voltado para as dificuldades do educando. Segundo Oliveira (2009, p. 39), “a psicopedagogia institucional se coloca, atentamente às variadas possibilidades de construção do conhecimento e valoriza o imenso universo de informações que envolve a vida escolar”. Para Bossa (2011),

 

A Psicopedagogia institucional se caracteriza pela própria intencionalidade do trabalho. Atuamos como psicopedagogos na construção do conhecimento do sujeito, que, neste momento, é a instituição com a sua filosofia, valores e ideologia. A demanda da instituição está associada à forma de existir do sujeito institucional, seja ele a família, a escola, uma empresa industrial, um hospital, uma creche, uma organização assistencial. (BOSSA, 2011, p.139).

 

Segundo Scoz (1994), a psicopedagogia tem seu objeto de estudo voltado para o processo de assimilação de conhecimento, buscando identificar as características dessa etapa, como que ocorre a aquisição de informações, quais fatores podem influenciar e modificar esse processo e como o psicopedagogo pode proceder nesse momento complicado, a fim de verificar as possíveis causas das dificuldades surgidas no decorrer desse período.

Pontes (2010) relata que o trabalho do psicopedagogo na escola precisa ser norteado por meio do diálogo, do ouvir e do propor, ou seja, a intervenção psicopedagógica deve ser realizada de acordo com a necessidade do aluno e da instituição escolar. Assim, o psicopedagogo deve adaptar-se ao contexto educacional no qual está atuando, desenvolvendo atividades que são fundamentais para estabelecer segurança e reduzir fatores que afetam a aprendizagem do educando. Segundo Allessandrini (1996),

 

O psicopedagogo pode reprogramar projetos educacionais facilitadores de uma aprendizagem mais dinâmica e significante, supervisionando programas, treinando educadores e atuando junto a profissionais de educação, ou então buscando o aprimoramento da qualidade de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades escolares (ALLESSANDRINI, 1996, p. 21).

 

De acordo com Barbosa (2012), a observação é de extrema importância para o diagnóstico, pois através do olhar atento do psicopedagogo é possível levantar e identificar as causas e possíveis obstáculos compromete a aprendizagem do educando, e assim, promover um trabalho adequado, proporcionando à criança a aquisição de conhecimentos que serão fundamentais para seu crescimento. Para Bossa (2011),

 

É de extrema relevância detectarmos, através do diagnóstico, o momento da vida da criança em que se iniciam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz muita diferença constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam com o ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a problemática tinha como causa fatores intraescolares. (BOSSA, 2011, p. 101).

 

Segundo Lopes e Del Prette (2011), existem vários fatores externos e internos que podem prejudicar a aprendizagem das crianças e adolescentes e são capazes de interferir no desenvolvimento de diversos aspectos como intelectual, social, emocional e consequentemente afetando a vida escolar do aluno. Além disso, para os autores os problemas socioemocionais são os mais complicados de serem reconhecidos e podem dificultar diretamente a sua produtividade acadêmica, gerando baixo rendimento escolar.

A criança tem ingressado cada vez mais precoce nas instituições de ensino devido às necessidades particulares dos pais ou responsáveis, como por exemplo, o ingresso no mercado de trabalho. Dessa forma, assim que as crianças passam a frequentar o espaço escolar, elas iniciam seu processo de socialização e aquisição de conhecimento através das diversas situações que esse ambiente propicia.

A escola é um lugar que apresenta uma grande diversidade de indivíduos com diferentes caraterísticas físicas, cognitivas, sociais e emocionais, que os tornam únicos. Cada criança presente no espaço escolar possui habilidades e um ritmo próprio de evolução de suas capacidades físicas, mentais e sociais, não podendo o educador ter um olhar único e homogêneo para todos os alunos. Dessa forma, o professor deve considerar todas as diferenças existentes entre os alunos.

Nessas condições, a forma como cada criança vai se desenvolver pode variar podendo algumas levar mais tempo e apresentando dificuldades, enquanto outras não. Assim, é muito importante que o professor esteja atento e observando as individualidades dos alunos na educação infantil, para que assim possam traçar estratégias metodológicas que devem ser implementadas de acordo com a carência dos educandos

Diante disso, a intervenção psicopedagógica se faz necessária já na primeira etapa da educação básica para prevenir e identificar as causas dos problemas que influenciam no desempenho acadêmico das crianças, consequentemente buscando soluções para os problemas identificados. Segundo Cortes (2012), o trabalho do psicopedagogo deve ser feito em conjunto com os professores e gestores, visando assim, a elaboração de um planejamento pedagógico para combater obstáculos que impedem o alcance da aprendizagem. Além disso, ele também pode atuar favorecendo o relacionamento entre os alunos e seus pais/responsáveis, ou seja, contribuindo para a criação e fortalecimento dos laços afetivos.

De acordo com Cavicchia (1996), o psicopedagogo pode nortear o trabalho dos professores, incentivando-os a buscarem aperfeiçoamento de técnicas e ampliar os conhecimentos, ou seja, uma formação continuada, que leve o educador a reavaliar sua prática pedagógica, preparando-o para lidar com os alunos, estabelecendo uma relação mais sólida, baseada no diálogo, na interação, carinho, acolhimento e na criação de vínculos afetivos com as crianças, proporcionando assim, o desenvolvimento e uma aprendizagem significativa e de qualidade para o educando. Nessas condições, “o psicopedagogo auxilia os educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias de ensino/aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa”. (SCOZ, 2009, p. 154).

Para Hoffmann e Silva (2014), as atividades utilizadas pelos docentes na educação infantil devem ir muito além de uma simples brincadeira, é fundamental desenvolver a reflexão crítica dos educadores em relação a suas metodologias aplicadas em sala de aula, devendo-os sempre redefinir sua metodologia, buscando práticas inovadoras que condizem com o contexto atual da criança.

De acordo com Bossa (1994),

Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/pratico das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e as necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, do própria “ensinarem”. (BOSSA,1994, p. 23)  

 

As crianças antes de ingressar na escola já possuem um grau de conhecimento e uma bagagem cultural oriunda do seu convívio familiar e de suas relações sociais. Desse modo, é fundamental que a realidade do aluno, no qual está inserido, seja considerada por toda a instituição escolar. Quando o educando apresenta os primeiros sinais de problemas na aprendizagem, o psicopedagogo deve primeiramente respeitar as caraterísticas individuais do mesmo, reconhecendo-o como um ser único e especial. Em seguida, ele deve identificar quais são essas dificuldades que o aluno está demonstrando e o que pode estar acarretando tais perturbações, para que assim possa intervir de forma adequada. Para Vygotsky (1988),

 

A aprendizagem da criança começa muito antes da aprendizagem escolar e está nunca parte do zero. Toda a aprendizagem da criança na escola tem uma pré-história. E a partir desse pressuposto que os professore devem ressignificar sua prática docente, pois ela precisa ser concreta, consciente, atual e transformadora, elaborando vínculos afetivos com o ser aprendente, mesmo que não se deseje aprender naquele momento, por alguma circunstância. E se persistirem tais resistências, a frustração, em função do não alcance dos objetivos devem ser banidos, pois, o trabalho é conjunto, e talvez seja o momento de compartilhá-lo com outro profissional especializado, pois como se viu a psicopedagogia trabalha concomitantemente com a aprendizagem e o desenvolvimento do seu processo. (VYGOTSKY, 1988, p. 126).

 

Diante disso, cabe ao psicopedagogo elaborar métodos que serão imprescindíveis para o sucesso educacional da criança, um exemplo, é a utilização de atividades lúdicas como os jogos e as brincadeiras que podem contribuir de forma positiva no tratamento das dificuldades de aprendizagem do educando.

As atividades lúdicas são ferramentas que podem colaborar de forma direta para o trabalho do psicopedagogo na educação infantil, uma vez que as brincadeiras e os jogos são recursos fundamentais para o desenvolvimento das crianças, pois desperta a criatividade, raciocínio lógico, coordenação motora, percepção visual, convívio social, autonomia, entre outros. Barbosa (2012, p. 198) ressalta que “o jogo pode auxiliar no enfrentamento de situações desconhecidas que provoquem tensões, na medida em que jogar pode aliviá-las, minimizar os erros e as dificuldades’’.

Assim, os jogos e as brincadeiras funcionam como um suporte psicopedagógico e devem ser utilizados tanto pelo professor quanto pelo psicopedagogo, de modo a desenvolver um papel imprescindível frente aos problemas de aprendizagem do educando. Esses recursos são fundamentais para a construção cognitiva e psicomotora do aluno.

O brincar é algo prazeroso e dinâmico para as crianças, proporcionando o crescimento de diferentes habilidades, estimulando a concentração e linguagem, consequentemente fazendo com que elas se sintam mais seguras e confiantes no ambiente a qual estão inseridas. Assim, de acordo com Kamii; Devries (2009, p. 36), “a confiança e autoconceito positivos estarão prestes a se desenvolver caso as crianças sejam respeitadas e suas ideias levadas a sério nas relações humanas que promovam o desenvolvimento da autonomia de cada um”.

As crianças que estão inseridas na educação infantil carecem o tempo todo de estímulos, atenção e carinho para se desenvolverem. Nessas instituições o lúdico é a principal atividade utilizada para favorecer a aprendizagem e as potencialidades dos educandos. Dessa forma, as salas de aulas devem proporcionar um ambiente prazeroso, com brincadeiras estimulantes que estejam de acordo com as capacidades físicas e cognitivas das crianças.     

Assim, observa-se que a intervenção psicopedagógica contribui de forma positiva para a educação infantil, uma vez que previne e trata os problemas relacionados ao processo de ensino-aprendizagem das crianças nessa primeira etapa da educação básica, assim como, oferece aos professores uma assistência para eles desenvolverem um trabalho de qualidade com estratégias pedagógicas significativas e voltadas para o desenvolvimento integral e o bem-estar físico do educando.

 

            3    CONCLUSÃO

O projeto proposto enfatizou a importância da intervenção psicopedagógica diante das dificuldades surgidas no processo de aprendizagem infantil. Diante de tudo que foi abordado, fica evidente a relevância do psicopedagogo na instituição de ensino, auxiliando os professores e toda a equipe pedagógica, fazendo um trabalho de assessoramento, atuando no sentido de traçar ações e propostas com o intuito de sanar transtornos que impedem a assimilação do conhecimento pelo aluno, facilitando assim, o seu aprendizado.

Nessa perspectiva, os objetivos propostos no trabalho foram atingidos, uma vez que apresentou o contexto histórico da psicopedagogia, como área de estudo que surgiu para ajudar a identificar, prevenir e solucionar os problemas que comprometem a aquisição do conteúdo escolar. Além disso, evidenciou-se a contribuição desta para a educação, destacando de forma precisa a atuação do psicopedagogo na educação infantil, trabalhando juntamente com os professores, orientando-os quanto ao planejamento de atividades e intervindo com diversos recursos e métodos, a fim de contribuir de forma positiva para a vida acadêmica do aluno, possibilitando a formação integral do educando.  

Através deste estudo, percebe-se como a psicopedagogia se faz importante para o ensino, seja ela clínica ou institucional. Nesse sentido, a contribuição do psicopedagogo é de fato essencial para educação infantil, pois desde o início da escolaridade do aluno podem surgir problemas na aprendizagem que devem ser tratados, a fim de evitar que prejudiquem o processo de aquisição do conhecimento nas próximas etapas de ensino.

Por fim, espera-se através deste estudo, contribuir de forma significativa para melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem da criança na educação infantil. Assim, o psicopedagogo se faz responsável por compreender a metodologia da construção do conhecimento, reconhecendo as dificuldades encontradas pelas da criança durante esse período e assim, ajudar o educando a atingir uma aprendizagem de sucesso e consequentemente uma formação voltada para a cidadania.

           4    REFERÊNCIAS Bibliográficas 

 

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